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AULA 9 - REGIME DE BENS

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 
CURSO DE DIREITO 
DIREITO DE FAMÍLIA 
ESMAC – 2013 
 
 
 
REGIME DE BENS DO CASAMENTO 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
REGIME DE BENS – Art. 1.639 
 
estudo das normas disciplinadoras da administração do matrimônio - é a 
disciplina das questões patrimoniais que envolvam os cônjuges. 
 
 Princípios Norteadores do direito patrimonial: a liberdade, a variedade dos 
regimes, e o da possibilidade de alteração, dos mesmos, na constância do 
casamento, que é o caso da mutabilidade. 
 
Princípio da variedade dos regimes: CC 2002 normatiza quatro espécies : da 
comunhão parcial de bens (legal), da comunhão universal de bens, da 
separação de bens e o da participação final nos aquestos. 
 
Os cônjuges têm a liber’dade de escolher do regime e o fazem antes da 
celebração – no procedimento de habilitação apresentam ao oficial de registro 
civil e escolhem o regime (muitas vezes sem orientação). 
 
Quando os cônjuges adotam determinado regime específico e ficam 
subordinados às normas do Código Civil, não há outra lei que regulamente as 
questões patrimoniais de regime de bens. 
 
Regime da participação final nos aquestos – inovação do NCC - 
circunstâncias impostas pela vida moderna - justificadoras, para o legislador, 
desse regime - revogação expressa dos dispositivos do regime dotal de bens - 
tratava do dote para o casamento - regime há muito em desuso - sem respaldo 
social e constitucional. 
 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
 Desde 2003 essas normas estão em vigor e seus efeitos são ex nunc - não 
retroagem. 
 Àqueles que casaram no regime Dotal – havendo dissolução será 
dissolvida no regime total – trata-se de ato jurídico perfeito - os seus efeitos 
serão de acordo com o momento em que foi realizado. 
 Pergunta: Aqueles que casaram antes de 2003 podem alterar o regime de 
bens ou somente os que casaram após a vigência do novo diploma podem 
fazer essa alteração? 
 Resposta: Tecnicamente não, mas pode haver, visto trata-se de ato jurídico 
perfeito, cujos efeitos se perpetuam no tempo. Os casamentos celebrados sob 
a égide do Código Civil de 1916, podem se utilizar dos dispositivos do Código 
Civil de 2002, sendo assim, se o casamento teve como regime a comunhão 
parcial de bens, na dissolução, terá os efeitos do novo diploma, aplicam-se as 
normas vigentes. 
 
 O principio da liberdade - dois aspectos: 1º) os cônjuges podem 
escolher, livremente, um desses quatro regimes, salvo em algumas exceções 
onde os mesmos não têm essa liberdade, só podendo casar no regime 
obrigatório. 2º) Existe ainda a possibilidade de os cônjuges (por meio 
específico, no cartório) disciplinarem o seu regime próprio, as suas próprias 
regras que dizem respeito ao direito patrimonial, onde encontramos a 
autonomia da vontade, a liberdade dos sujeitos. Lembrando que será 
impossível a opção pelos dispositivos revogados. 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
O princípio da mutabilidade traz a possibilidade de os cônjuges mudarem o 
regime escolhido por ocasião da celebração, na constância do casamento. O 
legislador permitiu essa possibilidade, para o caso das sociedades irregulares 
(constituídas em regimes proibidos). Havendo a mudança teremos dois 
momentos no casamento: 
 a) Os bens que foram adquiridos até àquele regime de bens vão obedecer 
ao regime até então em vigor, ou seja, os efeitos da mudança não retroagem; 
 b) Os bens adquiridos após a mudança irão observar o novo regime de 
bens. 
Explicação: CC 1916 - regime escolhido perdurava por toda a vida 
matrimonial - as questões patrimoniais eram discutidas com base no regime 
escolhido no dia do casamento. 
O CC de 2002, no capítulo que trata do Direito Empresarial, proibiu a 
sociedade entre cônjuges casados nos regimes da separação de bens e 
também da comunhão universal de bens – vide art. 977. 
 
Proibição polêmica – há doutrinadores que entendem ser inconstitucional - fere 
direito fundamental. 
 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
 Previsão legislativa - sociedade é a união de pessoas que visam questões 
patrimoniais, lucros – se casaram sob o regime da comunhão universal de 
bens - já são sócios e não existem motivos para uma sociedade empresarial - 
ensejaria fraudes contra terceiros, credores e/ou herdeiros, por ocasião de 
execução dos débitos com credores. 
 Na separação obrigatória (de bens), o raciocínio acompanha o mesmo fato 
de que os cônjuges são sócios entre si e os bens não se comunicam. 
 As sociedades constituídas pelos sócios casados em regime proibido são 
irregulares - tem a proteção do Direito Empresarial – necessidade de requerer 
a mudança do regime - deverá ser feita mediante petição comum, de ambos 
os consortes – competência da vara de família, (especializada) ou vara cível 
onde não houver especializada – petição motivada, devendo justificarem os 
motivos da alteração - se entender o pedido pertinente, o juiz autoriza a 
mudança do regime, - exigência de prova robusta da inexistência de dívida - 
nem prejuízo a terceiros, credores e/ou herdeiros (art. 1639, § 2º do CC). 
A sentença será constitutiva com as seguintes conseqüências: 
a) Os bens que foram adquiridos até àquele regime de bens vão obedecer ao 
regime até então em vigor, ou seja, os efeitos da mudança não retroagem; 
 
b) Os bens adquiridos após a mudança irão observar o novo regime de bens 
 
 Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
Do Pacto Antenupcial 
 
Pergunta: O que é pacto antenupcial? 
Resposta: negócio jurídico, que tem por instrumento a escritura pública – seu 
objeto é o patrimônio. Os nubentes estabelecem, entre si, nesse instrumento, 
como será à disposição do patrimônio. 
 
DA ESCOLHA DO REGIME 
 No regime da comunhão parcial de bens, basta que os nubentes declarem 
a vontade perante o oficial do registro civil durante o procedimento de 
habilitação. O oficial reduz a declaração a termo, os nubentes assinam, ao tempo 
que entregam os documentos exigidos. 
 Qualquer outro regime escolhido pelos nubentes (que não seja o da 
comunhão parcial de bens) deverá ser feito por meio de ato, de negócio jurídico 
solene, que tem forma prescrita em lei. Não se trata da declaração de vontade 
feita perante o oficial do registro civil, mas sim em ato separado, próprio e 
independente, denominado de pacto antenupcial. (art. 1640, parágrafo único, 
do CC) . 
 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
Pacto Antenupcial 
Os regimes da lei são: 
- Separação de bens; 
- Comunhão universal de bens; 
- Participação final nos aqüestos (bens). 
 Atualmente - regime legal é o da comunhão parcial de bens – se os futuros 
cônjuges optarem por tal regime não há necessidade de firmar escritura 
pública de pacto antenupcial. 
 A lei determina, em certa situações que o regime de casamento a ser 
adotado deve ser o da separação legal de bens - exemplo, em razão da 
idade das pessoas que irão casar - não há pacto antenupcial.. 
 Questões sobre: filiação, nome, indenizações, guarda de filhos - direito 
pessoal, de um ou dos cônjuges, ou mesmo dos filhos - não podem ser objeto 
de ato extra judicial, por meio de cláusulas e condições - são reguladas pelo 
Código Civil 
 A eficácia dessa escritura pública, (do pacto antenupcial - ato solene e um 
negocio jurídico perfeito) fica suspensa até a celebração do casamento, 
ocasião em que passa a vigorar o regime escolhido (art. 1639, § 1º do CC) 
Obs. Existindo o pacto antenupcial, é preciso anexá-lo a toda compra de 
imóveis que se fizer, mesmo sendo em outra circunscrição. 
 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
DOS REGIMES 
1) Regime dacomunhão parcial de bens - 3 massas patrimoniais – Art. 
1.658 
 a regra que vigora diz que os bens adquiridos, a título oneroso, na 
constância do casamento são bens comuns, e, portanto, são 
compartilhados entre os cônjuges. Os bens adquiridos antes do 
casamento são particulares, ou seja, não são comuns aos cônjuges. 
 Nesse regime encontramos três massas distintas: 
a) Patrimônio do homem antes do casamento – compreende todos os 
bens que possuía antes de casar e também todos os bens que adquiriu 
durante o casamento a título gratuito: doação, herança que ele recebeu, 
sem ser dos dois, salário antes de incorporado ao patrimônio); 
b) Patrimônio da mulher antes do casamento (idem ao do homem); 
c) Patrimônio comum: são todos os bens adquiridos a título oneroso 
durante o casamento, e também por fato eventual, aluvião, avulsão - Fatos 
da natureza. 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
Exemplos: 
- um deles já possuía uma casa na praia antes do casamento, bem até então 
apenas de um deles. Se esse bem passa a ser alugado, na constância do 
casamento, os frutos desse aluguel pertencem aos dois; 
- caderneta de popança é bem próprio até o casamento e, torna-se comum 
depois dele, ressalvando a parte que a pessoa tinha antes; 
- o bem principal não se comunica, mas acessórios, frutos percebidos, 
produtos e benfeitorias, adquiridos ou feitas na constância do casamento, será 
comum aos dois. 
 Vide arts. 1.659 e 1.660 
2) Regime da comunhão universal = 1 massa - Art. 1.667. 
 Os antigos afirmam que o regime da comunhão universal de bens é o 
regime que mais reflete a comunhão plena de vida – durou até 1997 como 
regime legal - hoje, a modernidade entende que somente devam ser 
compartilhados os bens adquiridos na constância do casamento. 
 Existe apenas uma única massa, todos os bens pertencem aos dois 
Exceções: os bens excluídos - Art. 1.668 do CC. (Vide art. 1.669) 
 
 
 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
Regime da separação de bens – 2 massas 
 A regra é nada se comunica: nem frutos, nem rendimentos, nem dívidas, 
herança - Não há outorga uxória. 
 São duas massas de bens, onde só existem os bens que são do marido e 
os bens que são da esposa. Todos os bens são separados, sendo certo que 
será preciso provar em caso contrário. Ex. no caso de comprarem juntos 
determinado bem. 
 Na separação de bens temos duas hipóteses: 
1ª) Quando o regime de bens, na separação, é obrigatório, não sendo possível 
adotar outro. Nesse caso não há necessidade de pacto antenupcial, visto que 
a lei impõe tal regime. São as hipóteses do art. 1. 641 do CC. 
2ª) Ocorre uma discussão doutrinária a respeito da constitucionalidade do art. 
1.641 - fala-se em discriminação – rompimento dos princípios da igualdade, 
da dignidade e da liberdade de escolha ao obrigar a pessoa maior de 60 
anos a se casar no regime da separação de bens. 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
 Vide Súmula 377, STF 
 
3) Regime de Separação Legal de Bens - Comunicação - Constância do 
Casamento 
 No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na 
constância do casamento. 
Pergunta: as pessoas que são casadas no regime de separação de bens 
podem mudar (princípio da mutabilidade de regimes)? 
Resposta: tecnicamente não, visto que foi obrigatório, mas na prática, poderá o 
juiz permitir, pois o motivo da obrigatoriedade (menor) já não existe. 
 
Regime da participação final nos aquestos - Art. 1.672 
 Regime onde cada cônjuge possui patrimônio próprio (vide art. 1.673) - lhe 
cabe, na dissolução da sociedade conjugal metade dos bens adquiridos pelo 
casal, a título oneroso, na constância do casamento. 
Regra: durante o casamento há 2 massas de bens particulares e dissolvida a 
sociedade conjugal, apuram-se os aquestos para serem partilhados – art.1672. 
 Na esteira do dispositivo constitucional que estabeleceu a igualdade de 
direitos e deveres entre homens e mulheres, e visando atender as necessidades 
e os novos costumes da família moderna, mormente aquelas que habitam os 
grandes centros urbanos, o novo Código Civil trouxe como novidade no direito 
patrimonial da entidade familiar o regime de bens de "participação final dos 
aqüestos". 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
 O legislador buscou colocar ao alcance dos nubentes um regime misto - 
confere um relacionamento patrimonial durante a vigência do matrimônio 
semelhante ao da separação de bens - quando da dissolução da sociedade 
conjugal, semelhante ao da comunhão parcial. 
 Em termos práticos, se distingue dos demais por buscar oferecer ao casal 
uma opção que, ao mesmo tempo, garanta a segurança e liberdade de 
disposição dos bens próprios e resguarde a meação dos bens adquiridos pelo 
esforço comum. 
 Mesmo havendo suposta semelhança com o da comunhão parcial de bens, 
destaca-se que na neste regime, por conta da regra do art. 1.673, a 
comunicação de bens imóveis adquiridos após o casamento não é presumida 
como no regime paradigma (art. 1.658) – neste há a necessidade de apuração 
daquilo que será partilhado em caso de dissolução da sociedade conjugal. 
 Exemplo: digamos que o marido tinha o patrimônio no valor de R$ 
50.000,00 e durante a constância do casamento acrescentou R$ 100.000,00, 
perfazendo um total de R$ 150.000,00. A mulher, patrimônio no valor de R$ 
70.000,00 e acrescenta R$ 200.000,00, na constância do casamento, 
formando o total de R$ 270.000,00. Ao final do casamento somam-se os 
acréscimos e divide-se por dois, no nosso exemplo R$ 300.000,00, dividido 
para os dois. 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
Considerações finais 
De acordo com o que estudamos em regimes de casamento. Vimos que: 
1) Na comunhão universal de bens temos apenas uma massa de bens: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2)Na comunhão parcial, temos três massas de bens: 
 
 
 
 
 
Obs. Os bens comuns são 50% de um e 50% do outro. Logo na sucessão há 
que se verificar sobre o que pertence a quem, o que partilha ou não. Os 
bens adquiridos na constância do casamento presumem-se comuns, para 
provar contrariamente é preciso que se tenham documentos ou notas 
fiscais. 
 
Nesse regime existe apenas uma única massa, todos os bens 
pertencem aos dois, salvos às exceções dos bens excluídos, 
constantes no art. 1668 do CC. 
 
Bens do marido, salvo 
as hipóteses do art. 
1659 do CC. 
Bens comuns aos 
cônjuges, hipóteses do 
art. 1660 do CC. 
 
Bens da Mulher, salvo 
as hipóteses do art. 
1659 do CC. 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
3) O regime da separação de bens pode ser obrigatório, nas hipóteses do 
art. 1641 do CC, ou Convencional, nas do art. 1687. Nele, os bens não se 
comunicam, temos duas massas: 
 
 
 
 
Lembrando que os únicos regimes que não necessitam de pacto antenupcial 
são: o da comunhão parcial de bens, que é formado por termo no próprio 
processo de habilitação; e o regime da separação obrigatória, visto que a 
própria lei determina. 
 
Explicação: muitos doutrinadores falam sobre o regime de participação final 
dos aquestos, com sendo um regime misto – uma mescla da separação de 
bens com a comunhão parcial de bens. 
 Trata-se de regime próprio e novo, diferente dos demais. 
 A primeira das diferenças é que necessita de pacto antenupcial. 
 O termo participar significa ter direito em partes, ao final do casamento 
 Final do casamento, quer dizer o fim com a morte, divórcio, separação 
ou ainda pela invalidação, haverá a participação dos aquestos. 
Bens do Marido Bens da mulher 
Direitode Família - Prof. Cláudio Affonso 
O termo aquesto significa acréscimo, ou seja, o que foi acrescentado na 
constância do casamento e, dividido ao final dele. 
É conhecido por muitos, como sendo um regime hibrido, diferenciando-se da 
comunhão parcial nos seguintes aspectos: 
Na comunhão parcial os acréscimos são partilhados desde o início do 
casamento, onde tudo que é adquirido na constância do casamento é de co-
propriedade. 
O regime de participação final dos aquestos tem dois momentos: na 
constância do casamento, cada cônjuge tem a sua massa patrimonial distinta, 
o conjunto de bens de cada um permanece individual, vigora o regime da 
separação de bens, e ao final do casamento apuram-se os acréscimos e, onde 
se aplica a comunhão parcial, ou seja, os acréscimos serão divididos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bens do marido 
R$ 50.000,00 
 
Bens da mulher 
R$ 70.000,00 
 
A c r é s c i m o s 
R$ 100.000,00 
 
A c r é s c i m o s 
R$ 200.000,00 
 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso 
Não se trata da comunhão parcial desde o início, pois não se tem uma massa 
de bens em comum na constância do casamento. O patrimônio é distinto. 
 
Exemplo: digamos que o marido tinha o patrimônio no valor de R$ 50.000,00 e 
durante a constância do casamento acrescentou R$ 100.000,00, perfazendo 
um total de R$ 150.000,00. A mulher, patrimônio no valor de R$ 70.000,00 e 
acrescenta R$ 200.000,00, na constância do casamento, formando o total de 
R$ 270.000,00. Ao final do casamento somam-se os acréscimos e divide-se 
por dois, no nosso exemplo R$ 300.000,00, dividido para os dois. 
 A diferença é que no regime da comunhão parcial de bens existe um 
patrimônio em comum que será divido 50% para cada um. Já no regime 
da participação final dos aquestos, não existe patrimônio em comum, 
onde serão divididos somente os acréscimos. 
 As dívidas não se comunicam, salvo as que forem comuns, ou seja, 
feitas em benefício da família. 
 As doações feitas entre os cônjuges, a título de pagamento de dívida, 
serão descontadas por ocasião da participação dos aquestos. Digamos 
que um deles pague uma prestação do outro, que esteja em atraso, nesse 
caso, será descontada, ao final. 
 No entanto, no pacto antenupcial, poderá haver cláusula expressa que 
dispense essa autorização para as massas de bens imóveis, particulares, mas 
não nos aquestos, conforme art. 1.656 do CC. 
Direito de Família - Prof. Cláudio Affonso

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