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Sucessão em Geral Esmac 2014 Noções Propedêuticas Espécies de Sucessão Espécie de Sucessores Ordem de Vocação Hereditária Transmissão da Herança Competência Indivisibilidade da Herança Prof.º Cláudio Roberto Vasconcelos Affonso • LEGÍTIMA – Parte indisponível quando há herdeiros necessários [CÁLCULO – excluem-se os débitos da universalide. O saldo é a legítima. ESPÉCIES DE SUCESSÃO • Classificam-se em: a) Sucessão legítima • Também chamada de sucessão legal, é a que se dá em virtude da lei. • O legislador traz uma ordem de vocação hereditária: uns na falta dos outros ou em concorrência. • Ocorrerá sempre que o autor da herança falecer “ab instestato” a) Sucessão Legítima (cont.) • Também ocorrerá mesmo realizando testamento: • Se as quotas hereditárias instituídas não absorverem a totalidade do acervo. • Se existirem herdeiros necessários que não podem ser excluídos por testamento da herança. • Assim, no ordenamento jurídico pátrio a sucessão legítima e testamentária convive conjuntamente na mesma transmissão causa mortis. b) Sucessão testamentária • Deriva de ato de última vontade através de testamento promovido pelo autor da herança, na forma e condições estabelecidas na lei. • A legislação impõe determinadas limitações ao direito de testar: ex: herdeiro necessário. • A parcela indisponível em testamento é chamada de legítima. Deste modo, somente na falta de cônjuge-herdeiro, descendentes e ascendentes haverá plena liberdade de testar. • Em qualquer situação, antes deverá proceder, caso necessário, a meação dos bens. •Depois de feita a meação, caso tenha herdeiros necessários fazer a reserva da legítima, e somente com o restante poderá dispor em testamento. c) Sucessão a título universal • Transmissão do patrimônio do de cujus como um todo, atribuindo a cada sucessor as partes ideais. • No testamento quando não indica exatamente o que se herda recebe também a título universal (é o chamado herdeiro testamentário). d) Sucessão a título singular • Transferência de bens determinados a pessoas determinadas. • Somente na sucessão testamentária: este bem deixado chama-se legado e o que recebe legatário. • A sucessão legítima sempre ocorre a título universal. • Já a sucessão testamentária pode ocorrer a título universal ou singular. ESPÉCIE DE HERDEIROS a) Herdeiros legítimos: são aqueles sucessores eleitos pela legislação através da ordem de vocação hereditária (art. 1829 CC) ou por regra especial como ocorre na união estável (art. 1790 CC) b) Herdeiros testamentários: aqueles beneficiados por testamento. Pode inclusive, ser um herdeiro legítimo (desde que se respeite a legítima) c) Legatários: não é herdeiro, embora seja sucessor. Merece tratamento jurídico específico. Serão aqueles instituídos para receber um determinado bem, certo e individualizado e a título singular. ESPÉCIE DE HERDEIROS (cont.) c) Herdeiro necessário: é o sucessor legítimo com direito a uma parcela mínima resguardada, e tal parcela não pode ser disposta em testamento. Tal classe é composta por cônjuge, descendentes e ascendentes. A parte que lhes é reservada é considerada indisponível e equivale a metade dos bens depois de deduzidas dívidas e despesas com funeral (art. 1847 CC): legítima d) Herdeiros facultativos: são os herdeiros legítimos, mas que não são necessários. São os colaterais até 4° grau. ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA Herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge: direito assegurado à metade da herança (legítima) - Companheiro é herdeiro necessário? Na falta de herdeiros necessário: demais herdeiros (colaterais até quarta geração) – possibilidade de testar integralmente o patrimônio Na falta de herdeiros legítimos ou testamentários, a herança passa ao Poder Público (Município) TRANSMISSÃO DA HERANÇA O momento da transmissão da herança ocorre no exato momento do falecimento. É a abertura da sucessão. • Comoriência (art. 8º do CC/02): repercussão no direito das sucessões se houver entre os mortos vínculo sucessório. O processo de inventário é o instrumento para efetivar a transferência dos bens aos herdeiros e é através dele que se faz a identificação dos sucessores, o acervo, dívidas, obrigações para futura partilha ou adjudicação dos bens. Mesmo inexistindo patrimônio a ser conferido aos herdeiros tem cabimento a abertura do inventário negativo para regularizar toda a situação do falecido. COMPETÊNCIA Lugar de instauração do inventário: Se brasileiro ou estrangeiro, sem bens no Brasil, domiciliado no exterior: não compete à Justiça Brasileira proceder ao inventário. Salvo se ocorrer o falecimento aqui, poderá optar entre: • Local do falecimento; • Local onde se encontre os bens; • Local do ultimo domicílio COMPETÊNCIA (cont.) Se brasileiro ou estrangeiro, sem bens no Brasil, domiciliado no Brasil: compete à justiça Brasileira mesmo que também se faça simultaneamente a justiça estrangeira. Se brasileiro ou estrangeiro, com bens situados no Brasil, domiciliado aqui ou no exterior, independente de onde vier a falecer: compete exclusivamente à Justiça Brasileira. COMPETÊNCIA (cont.) Se brasileiro ou estrangeiro, com bens situados no Brasil e no exterior, domiciliado ou falecido no Brasil: a) Os bens situados aqui no Brasil competem à justiça brasileira. b) Os bens situados no exterior no exterior. COMPETÊNCIA (cont.) No âmbito interno: • A regra geral é que o procedimento seja realizado no domicílio do autor da herança. • Na falta deste, no local onde se encontram os bens se todos no mesmo lugar. • Caso contrário, ocorrerá no local do óbito. • Se tiver diversos domicílios, os herdeiros ou o viúvo indicará o melhor local ou no local do óbito. Indivisibilidade da Herança Os bens que compõem a herança, mesmo existindo mais de um herdeiro é tido como indivisível até a feitura da partilha Existência de condomínio forçado entre os herdeiros e seguirá as normas relativas ao condomínio. A indivisibilidade cessará com a partilha de bens efetuada no processo de inventário. INDIVISIBILIDADE DA HERANÇA (cont.) • Respeitando a indivisibilidade da herança, o herdeiro legítimo ou testamentário poderá ceder sua parte indivisa e abstrata. • O CC no art. 1791 determina que se apliquem as regras de condomínio aos co-herdeiros (direito de preferência). •Vide arts. 1.794 e 1.795 CC
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