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COAGULAÇÃO - INFLUÊNCIA DA COLETA

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http://www.interlabdist.com.br/internews/news_htm/internews_140_3.htm[23/03/2011 00:47:34]
 Editado pelo Grupo Interlab Ano XXXI - Nº 140 Agosto / Setembro de 2009
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Coagulação: Influência da Coleta 
Não se pode desvincular a coleta do resto do laboratório. A qualidade dos resultados está diretamente sob
influência da fase pré-analítica e é imprescindível o conhecimento dos fatores que influenciam nas
análises.
Os tempos de coagulação estão entre as análises que mais sofrem com a qualidade da coleta, portanto,
devemos estar atentos aos fatores relacionados mas sem perder de vista todo o processo que envolve sua
realização.
Fase Pré-analítica
1. Principais Erros:
a- Demora na coleta
b- Volume incorreto
c- Demora em misturar o sangue com o anticoagulante:
Principais Consequências
- Favorece ativação de fatores da coagulação:
. Parcial: tempo de coagulação mais curto (fatores semi-ativados).
. Completa: tempo de coagulação mais longos.
Obs: pode aparecer microcoágulos, mas nem sempre isso acontece.
. Ocorre mais frequentemente com crianças, pacientes hospitalizados, etc.
. Consequências do erro tendem a ser mais graves em casos de controle de medicação anticoagulante.
- Evitar:
. Garroteamento prolongado.
. Formação de espuma.
. Contaminação por fluídos tissulares.
2. Anticoagulante adequado:
O Citrato de Sódio 0,109 mol e 0,105 mol (3,2%) são os mais recomendados.
- Pelo menos 90% do volume de amostra esperado deve ser preenchido
- Nove partes de sangue para uma parte de citrato
- Proporções inferiores devem ser rejeitados: 
. Ocorre diluição dos fatores.
. O ar residual ativa a coagulação.
. Recomenda-se o uso de coleta a vácuo cujos tubos para coagulação preencham a quase totalidade do
volume e que sigam as recomendações da CLSI*.
O Citrato de Sódio sofre:
. Contaminação bacteriana:
. Deve ser esterilizado.
. Perda de atividade pelo prazo de validade.
3. Após a coleta: 
. Inverter o tubo de 5 a 8 vezes.
. Centrifugar o tubo por 15 min a 1500g.
. Rejeitar amostras hemolisadas, ictéricas, lipêmicas ou turvas.
. O plasma deve ser separado em tubos plásticos ou de vidro siliconizado e mantido fechado até a hora do
teste: 
. O plasma em contato com o ar ativa a coagulação.
4. Conservação da Amostra:
. Realizar os testes dentro de 2 horas se a amostra permanecer de 22 a 24°C.
. Se os testes não forem realizados neste intervalo o plasma deve ser congelado 
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a -20°C por 2 semanas ou -70°C por 6 meses.
. Plasmas mantidos entre 4 e 8°C podem sofrer ativação pelo frio, provocando significativa redução dos
tempos.
. Congelar e degelar plasmas que contenham células residuais podem ter suas membranas rompidas
afetando os resultados.
Fase Analítica
5. Condições de trabalho:
- Todo material de laboratório deve estar limpo e livre de restos de detergente.
- A água destilada ou deionizada deve ser de excelente qualidade.
- Micropipetas devem ser regularmente calibradas.
- Usar sempre ponteiras novas e compatíveis com a micropipeta.
- Verificar sempre a temperatura do Banho-Maria.
- Utilizar cronômetros de precisão e de fácil manipulação.
- Equipamentos automáticos ou semi-automáticos devem ser utilizados seguindo cuidadosamente as
instruções do fabricante.
- Todo pessoal envolvido no processo deve ser devidamente treinado e passar por reciclagem
regularmente.
*O guia da CLSI-H21-A4 traz a padronização sobre Coleta, Transporte e Processo de amostras de sangue
para teste de coagulação.
6. Outros fatores:
- Reações Inflamatórias Agudas podem diminuir os tempos devido à elevada taxa de fibrinogênio.
- Amostras com hematócritos fora do intervalo de 20 a 55% podem ser anticoagulados de forma
imprópria: o anticoagulante “deve ser ajustado”. 
Alguns cuidados laboratoriais úteis em casos duvidosos:
- Tempo aumentado pode refletir:
- Presença de inibidores.
- Concentração baixa de um fator no sangue circulante (carência verdadeira).
- Concentração baixa na amostra de plasma separada pelo laboratório (carência falsa por condições
inadequadas de colheita).
- Falhas no trabalho laboratorial com a amostra tenha a colheita sido adequada ou inadequada.
- Tempo diminuído se explica por ativação prévia incompleta dos fatores da coagulação em duas
circunstâncias:
. In vitro: colheita inadequada.
. In vivo: coagulação intravascular disseminada crônica ou excessiva concentração de fator VIII.
Para esclarecer se a carência é do sangue circulante ou se é restrita à amostra separada pelo laboratório,
o ideal é colher outra amostra e repetir o exame.
Havendo dúvidas quanto à possível existência de inibidores:
1. Misturar o plasma do paciente com plasma normal – volume a volume (1:1).
2. Avalia-se o tempo imediatamente.
3. Repete-se a avaliação após uma hora e após duas horas.
Interpretação:
. Quando se trata de carência, o procedimento costuma normalizar o tempo.
. Quando se trata de presença de inibidor, o tempo não se normaliza completamente.
Fonte: TERRA, P. Coagulação: interpretação clínica dos testes laboratoriais de rotina. 3 ed. São Paulo:
Editora Atheneu, 2004.
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