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Contratos - Plano de aula 4- Classificação dos contratos

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DOS CONTRATOS
PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA
Plano de aula 4–Classificação dos contratos
Quanto aos efeitos
1.1. Unilaterais, Bilaterais ou sinalagmáticos e Plurilaterais
Unilaterais – criam obrigações para apenas uma das partes. Ex: Doação pura
Bilaterais ou sinalagmáticos – geram obrigações para ambos os contratantes. Ex: Compra e venda, locação
Plurilaterais – contém mais de duas partes. Em regra, há rotatividade dos seus membros. Ex: Consórcio e contrato de sociedade
Bilateral imperfeito: contrato unilateral em que surgem obrigações no curso da execução. Ex: Contrato de Depósito em que surge a obrigação de indenizar as despesas do depositário; Contrato de Mandato em que surgem obrigações para o Mandante durante a execução do contrato.
1.2. Gratuitos ou benéficos e onerosos
a) Gratuitos ou benéficos – são aqueles que produzem vantagens patrimoniais a apenas uma das partes. Ex: Doação pura e comodato.
b) Onerosos – ambos os contraentes obtém um proveito, ao qual corresponde um sacrifício. Produzem sacrifícios e benefícios recíprocos. Ex: Compra e venda, locação, empreitada, etc.
c) Em regra, todo contrato oneroso é bilateral e todo contrato unilateral é gratuito. Exceção: Mútuo feneratício (unilateral e oneroso) e Mandato (Bilateral� e gratuito).
1.2.1. Onerosos comutativos e onerosos aleatórios
a) Comutativos – as prestações são certas e determinadas. Há equivalência subjetiva das prestações
b) Aleatórios por natureza – pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá em troca da prestação fornecida. Ex: Contratos de jogo, aposta e seguro
c) Contratos acidentalmente aleatórios:
c.1) Venda de coisas futuras (CC, art. 458 e 459)�
c.2) Venda de coisas existentes, mas expostas a risco (CC, art. 460 e 461)�
d) Em regra, aplicam-se apenas aos contratos comutativos as teorias dos vícios redibitórios, da evicção e da lesão.
2. Quanto à formação
2.1 Contratos paritários, de adesão e contratos-tipo
a) Paritários – as partes discutem livremente as condições, pois se encontram em situação de igualdade
b) Contratos de adesão – prevalece a vontade de um dos contratantes, responsável pela elaboração das cláusulas contratuais. Restringe-se a autonomia da vontade
b.1) Previsão normativa: CDC, art. 54 e CC, art. 423 e 424
b.2) As cláusulas devem ser redigidas com clareza, precisão e simplicidade
c) Contratos-tipo – as cláusulas não são impostas por uma parte a outra, mas são pré-redigidas. São deixados espaços em branco a serem preenchidos pelos contratantes
3. Quanto ao momento de execução
3.1. Contratos de execução instantânea, diferida e de trato sucessivo
a) Contratos de Execução instantânea – consumam-se num só ato, cumpridos logo após a celebração
b) Contratos de Execução diferida ou retardada – deve ser cumprido num só ato, mas em momento futuro
c) Contratos de trato sucessivo ou de execução continuada – são cumpridos por meio de atos reiterados. Ex: compra e venda a prazo
4. Quanto ao agente
4.1. Personalíssimos ou intuitu personae e impessoais
a) Personalíssimos ou intuitu personae – são celebrados em decorrência das qualidades pessoais de um dos contraentes
b) Contratos impessoais – as prestações podem ser cumpridas, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro
4.2. Individuais e coletivos
 a) Individual – as vontades individuais são consideradas ainda que o contrato envolva várias pessoas
b) Coletivo – concretiza-se pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais ou econômicas (Ex: convenções coletivas)
5. Quanto ao modo de existência
5.1. Principais, acessórios ou adjetos e derivados e subcontratos
a) Principais - possuem existência própria
b) Acessórios - tem sua existência subordinada ao contrato principal. Ex: Fiança. Em regra, o acessório segue o principal
c) Contratos derivados ou subcontratos – tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato. Ex: sublocação, subempreitada
6. Quanto à forma
6.1. Solenes ou formais e não solenes ou de forma livre
a) Solenes ou formais – são os contratos que devem respeitar à forma estabelecida na lei, sob pena de nulidade (CC, art.166, IV)
b) Não solenes ou de forma livre basta o consentimento para sua formação
6.2. Consensuais e reais
a) Consensuais – são aqueles em que basta o acordo de vontades e independem da entrega da coisa
b) Reais – exigem, além do consentimento, a entrega da coisa para se aperfeiçoarem. Ex:depósito, comodato e mútuo
7. Quanto ao objeto
7.1. Contratos preliminares ou pactum de contrahendo e definitivos
a) Preliminares ou pactum de contrahendo – ajuste preparatório provisório que tem como objeto a promessa de celebrar o contrato definitivo. Ex: promessa de compra e venda
b) Contrato definitivo – tem objetos diversos, distintos do preliminar.
 8. Quanto à designação
8.1. Nominados ou típicos; inominados ou atípicos e mistos.
a) Nominados – possuem designação própria. Ex: Compra e venda, Mútuo.
b) Inominados – não possuem um nome no ordenamento jurídico
c) Típicos – aqueles cujo perfil encontra-se traçado na lei.
d) Atípicos – contratos criados pela autonomia da vontade das partes (CC, art. 425).
c) Mistos – resultam da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pelas partes.
8.2. Coligados e união de contratos
a) Coligados – são vários contratos interligados Ex: postos de gasolina; b) União de contratos – autônomos, mas realizados no mesmo documento.
9. Quanto ao objeto do contrato�
a) Teresa Negreiros propõe uma nova classificação dos bens em essenciais, úteis e supérfluos.
b) Propõe um novo paradigma para o direito contratual: o paradigma da essencialidade, segundo o qual a medida da utilidade existencial do objeto do contrato deve ser levada em consideração como um fator relevante na apreciação de conflitos entre princípios contratuais�.
�A classificação do mandato como bilateral é minoritária na doutrina (Nesse sentido: DINIZ, Maria Helena). A doutrina majoritária o classifica como unilateral (nesse sentido: GOMES, Orlando. Contratos. Rio de Janeiro: Forense, 200...; GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro......; Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald ressaltam que o surgimento de obrigações acidentais não altera a natureza unilateral do contrato. (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito dos contratos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 1019).
� Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
� Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. 
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
� Classificação proposta por Teresa Negreiros: NEREIROS, Teresa. Teoria do contrato: Novos Paradigmas. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
� NEGREIROS, Teresa. Op. cit. p. 342 a 344.
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