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/ 1 ) ÍNDICE Prefácio Spermatophyta · Organização Geral 1 I"LOR Introdução. Da flor ao fruto 2 Importãncia 3 Caracteres gerais 3 Função, origem e definição 3 Partes constituintes 3 Nomenclatura floral 4 Brácteas 8 Perianto. Cálice :...................................................10 Perianto. Corola ~..............................................10 · Tipos de corola 12 · Androceu. Generalidades 16 Androceu. Estames :...................... 16 · Androceu. Antera 18 · Androceu. Antera. Pólen 20 Gineceu. Generalidades 21 g~~~:~.:~~ti~~.~..~.~.~~~~..:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::;~ Gineceu. Óvulo 25 Gineceu. Placenta e placentação 27 Intlorescência. Definição, posição e número ~...............................28 Intlorescência. Tipos :..... 28 Inflorescência. Indefinida ou racimosa 28 Intlorescência. Definida ou cimosa 30 Intlorescência. Composta. 32 Prefloração ou ,estivação 33 · Diagrama e fórmula floral 34 · Esporogênese e gametogênese nas Angiospermae. Definição e tipos 36 · Esporogênese e gametogênese. Estrutura da antera 36 · Esporogênese e gametogênese. Microsporogênese e microgameto- gênese 36 · Esporogênese e gametogênese. Formação do óvulo. Macrosporogêne- se e macrogametogênese 38 · Fecundação. Fases .. 40 · Fecundação. Polinização. Adaptação das plantas à polinização 41 · Fecundação. Polínízaçâo. Tipos de polinização e fatores que favore- cem a alogamia 42 Fecundação. Formação e tipos de penetração do tubo polínico 44 · Fecundação. Definição. Dupla fecundação ..;............................................45 · Fecundação. Esquema de fecundação nas Angiospermae 45 FRUTO · Introdução. Fruto e semente 46 · Definição e constituição 47 · Tipos e classificação 48 · Frutos simples secos 50 lv · Frutos s~p~es carnosos . · Frutos múltiplos, pseudofrutos e infrutescências . - SEMENTE Definição, constituição e desenvolvimento T . egumentos . ~~r;I~~)l~;Ú~~~··d~··~brtã~····· ·..·· ··· ···..· . Disseminação das sementes e fruk;; Defini..çã~·~·tip·..~;······..·..··..·..···· . Germinação. Definição e caracteres . · Germinação epígea e hipógea ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: - FOLHA · Introdução. A folha! ....................................................................................... 6H : ~=~ti:~··~~~~i~~:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::6~ · Fartes constituintes 67 · Nomenclatura foliar 07 :t~~g~:~~~~nervaçã~: ..~~~i~tê~~i~..~·~~p~rli~i~..::::::::::::::::::::::::::::::::::~~ ................................................................................................... 74:t!~g~:~~~~;b~~·~·~~~;~·..·..· · ·..· ·................70 ...................................................................... , 7!1 · Folha composta. Tipos !I()·~g~~e:.o~~~~.~..ú ~ no · Folhas reduzid~ Definr o ~·ti·..~; · · · · III F lh di ça P 11' · o as mo ífícadas. Definição e tipos .. 11'1 - CAULE · Introdução. O Caule! Iln ~~i:~~~~~ :l : Cl~;~~ã~x~~U; ..~~.h~bit~t:..C'~{tl~~..~é~~~~.........................................87 · Caules subterrãneos e a uáticos 81! CI ifi _ . q 92 : CI~ifi~:~:~ ci~:~ :or=~~~~:~~~~................................................... 91\ · Classificação quanto à consistência e à fo~~· · · ·..·..· ·.... 9 · Adaptações. Definição e tipos ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~6 - RAIZ · Introdução. A Raiz! ......................................................................................... : ~~c~~i.~e~~~··:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: . M~Jo~~' f~!~~~~efinição , classifi;ação uanU;··ã··~rt·..~~ ..·······..·..·· ····· ·..· · · . · Classificação ciuanto ao h:bitat: ..R~~·~é~~~·..· · · ·.. · Raízes subterrâneas e aquáticas ~~~~~~~~::~::::::::::: . : ~~:~:~g~s~n~~~~~ : ~::s ::::::::::::::::: ......................................................................... - Índices de figuras ...................................................................................................... 107 98 99 99 99 100 101 101 104 104 106 PREFÁCIO ampo de estudo da Botânica ou Ciência das Plantas é muito amplo e dife- I,'I/cável. Por meio da investigaçâo descritiva e comparativa da morfologia dos /II'odais, procura-se chegar à compreensão da história evolutiva de todo o Reino V,'" 'tal, através dos diferentes periodos geológicos, durante o desenvolvimento de l/OSSO planeta. A Orgarwgrafia Vegetal, que se dedica ao estudo da morfoloçia externa das ntantas, representa nâo só um plano básico para o conhecimento da Botânica no "" mais amplo sentido, mas também constitui-se num campo fecundo para o ira- III/Iho botânico. E ta obra, que trata em especial das plantas superiores, constitui um preparo III/sl 'o e um treinamento na terminologia para os que iniciam o estudo da Botâni- ,'li, com especial ênfase para os que utilizam chaves de identificaçáo de familias, /Ir' ('apítulo da Taxinamia . E peramos que essetrabalho sirva de grande auxilio aos estudantes dos ci- dos 'ecundário e superior, e que constitua, também, fonte de recursos ao profes- 111' do ensino secundário. Da experiéncia obtida por mais de 10 anos com estudantes, veio-nos a com- nrrunstu: da necessidade de ordenar a matéria de modo simples, prático e objeti- / o, afim de que o espírito estudantil pudesse assimilar o assunto com relaiioa ja- I'Illdade. Dessemodo, a matéria é totalmente apresentada sob aforma de quadros sinó- ttcos, acompanhados, integralmente, de exemplos bemfamiliares e das respecti- /'os ilustrações. Estas se encontram, geralmente, na mesmafolha do texto ou na IICl(linaem frente, o quefacilita, sobremaneira, a consulta e a compreensão. As ilustrações, cujo número é elevado, são, em geral, baseadas em exemplares (//' plantas vivas e acompanhadas dos nomes científicos. Os títulos dos assuntos, II/'//! como os números das figuras e das páginas ficam colocados nas margens, o (1'111 facilita sua pesquisa e seu manuseio. Queremos expressar o nosso reconhecimento à Dra. Graziela Maciel Barroso " ao Dr. Luiz Emygdio de Mello Filho pela atenção e paciéncia que dispensaram /111 ler estas páginas e pelas oportunas e criteriosas sugestões que nos foram de /lfande utilidade. A todos, nossos sinceros agradecimentos. Os Autores _J ·SPERMATOPHYTA • ORGANIZAÇÃO GERAL 1'llInLacompleta Crotalaria striata De. (xíquexíque ou guiso de cascavel) • A figura! representa o esquema de uma planta superior. • Os vegetais superiores apresentam, na sua organização geral, órgãos essen- l'l!ll!n nte vegetativos tais como: raiz, caule, folhas e órgãos essencialmente re- 11111 lutores tais como: flores e frutos. Visto apresentarem flores, são chamados Fanerógamos (Phanerogamae) e, por '1)11 s ntarem sementes, são chamados Espermatófitos (Spermatophyta). FIG.! • FLOR • INTRODUÇÃO -FLOR- - DA FLOR AO FRUTO - • A seqüência das figuras acima não sugere que as flores produzem frutos? - Sem elas, estes ültimos não se formam! • Por que as flores se revestem das mais variadas e lindas cores; ou por que apresentam formas perfeitas ou bizarras; ou por que desprendem aromas geral- mente agradáveis, como o dos jasmins ou o das magnólias? • Tudo isto revela um mecanismo natural de atração para animais que, visi- tando as flores, em busca de alimento, promovem a polinização, marcando o início dos fenômenos que conduzirão à formação dos frutos. • Vamos, portanto, conhecer melhor as flores e as suas variações estruturais? FIG.2 3 • FLOR • CARAC"I'ERIZAÇÃO • CONSTITUIÇAO I f\11'OI TANelA .{ r produc o sexual; classificação das plantas (Taxínomia): industrial, medicinal, ornamental etc. { presença nos vegetais superiores; constituída de folhas modíficadas (metamorfose folíar). {reprodução sexual. { metamorfose foliar progressiva. { um eixo com folhas metamorfoseadas que, em conjunto, constituem o aparelho reprodutor sexual das plantas su- periores (Fanerógamos). brácteas - folhas modificadas, localizadas próximo aos verticilos florais; pedúnculo - eixo de sustentação da flor; . receptáculo - porção dilatada do extremo do pedunculo, onde se inserem os verticilos florais. { externos ou {Cálice: conjunto de sépalas; protetores: perianto ou corola: conjunto de pétalas; perigônio: internos ou {androceu: conjunto de esta- reproduto- mes; res: gineceu: conjunto de carpe- los. 1/ 'T RES 1011tAI' Ii'IIN('A c 11/ I II';M 1' It'I'I'; CONS- 11'1'lJINTES 111'1 ;Il verticilos florais I t 1I1Ill' gineceu pétala 111'C'IlL ulo ( sépala p idúnculo bráctea 10: 11\1 ma Cem tituição de uma flor completa - FIG.3 4 5 • FLOR • NOMENCLATURA NOMENCLA- TURA FLO- RAL Quanto ao{ peduneulada - com pedúnculo (Fig. 3), ex: qua- pedúnculo resma, Imo; séssil - sem pedúnculo . . { cíclica - peças florais dispostas em círculos con- ~uan1:? _ a cêntricos no receptáculo, formando verticilos, dispcsíçáo ex: Angiospermae: lírio, quaresma, flor de couv das peças (4a); florais acíclica ou espiralada - peças florais, dispostas em espiral, em tomo do receptáculo, ex: magno- lia (4b),Gymnospermae. Quanto ao número de peças do perianto aperiantada, aclamídea ou nua - ausência dos 2 verticilos protetores, ex: Gramineae, pimenta-do- reino (4c); monoperiantada, monoclamídea ou haploclamí- dea - ausência de 1 deles, ex: mamona (4e,1); diperiantada, diclamídea ou diploclamídea - presença de cálice e corola, ex: lírio (4d),brinco- de-princesa (4g). . {homOiOClamídea ou homoclamídea - sépalas hQ uanto .a pétalas iguais em número, cor e forma, sendo cha- omogenei- madas tépalas, ex: lírio (4d); dade d~ pe- heteroclamídea _ sépalas e pétalas diferentes en- nan o tre si, ex: brinco-de-princesa (4g). unissexual feminina - ausência do androceu presença do gineceu, ex:mamona (4e); unissexual masculina - ausência de gineceuepre- sença de androceu, ex: mamona (41); hermafrodita - dois sexos na mesma flor, ex: lírio (4d),brinco-de-princesa (4g); estéril ou neutra - ausência de androceu e de gí- neceu, ex: ATUm. Quanto ao sexo Quanto ao número de estames em relação ao de pétalas Quanto à posição re- lativa do gí- neceu oligostêmone - número de estames menor que o de pétalas (ou sépalas), ex: cardeal; isostêmone - número de estames igual ao de pé- talas, ex: café, fumo; diplostêmone - número de estames em dobro ao de pétalas, ex: quaresma, lírio, feijáo; • polistêmone - número'de estames superior (exce- to o duplo) ao de pétalas, ex: goiaba. hipógina - receptáculo plano a convexo; demais verticilos abaixo do gineceu; ovário súpero, (9i); perígina - receptáculo escavado livre ou às ve- zes concrescente até a metade do ovário; demais verticilos em tomo do gineceu; ov - o súpero ou serni-ínfero, (9h, k); epígina - receptáculo escavado concrescente com todo o ovário; demais verticilos acima do gí- neceu; ovário infero, (9j). Dissecada 1.'1111' (' lica ,/1 II/(I.~si("a oleracea L. (couve) 1.'lm aciclica 111 M/d/dia ciuunpaca L. (rnagnólia) • FLOR • NOMENCLATURA Dissecada FIG.4 6 • FLOR • NOMENCLATURA t FI r p 11<nL d I') I'/Ol'r lI/fI/1I1/I 1., tpíment - dll '" 1\1)) f) Flor ó Flor trímera, diperiantada, homo- clamídea, hermafrodita di Hemerocallis sp, (lírio) estigma ovário sépala e) Flor '" FIG.4 Flor unissexual, monoperiantada Ricinus communis L. (mamona) 7 • FLOR • NOMENCLATURA Corte longitudinal da flor Flor pentâmera, diperiantad~, heteroc~amídea, hermafrodita gl Hibiscus rosa-sinensis L. (bnnco-de-pnncesa) FIG.4 8 • FLOR • BRÁCTEAS TIPOS DE BRÁCTEAS calículo - também chamado epicálice; um conjunto de brác- teas dispostas em círculo, na base do cálice, dando a impres- são de um cálice suplementar, ex: brinco-de-princesa (4g); cúpula - brácteas endurecidas persistentes na base de al- guns frutos, ex: carvalho (4i); espata - bráctea desenvolvida, protegendo uma ínflorescén- cência, ex: banana-de-macaco (4j); glumas - duas brácteas estéreis que protegem a espiguilha, que é a inflorescência elementar das Gramineae, ex: arroz (4k); férteis - brácteas com flores nas axilas, ex: três-manas (4h), lírio (4d); vazias - sem flores nas axilas. São também chamadas es- téreis ou não férteis.; invólucro - conjunto de brácteas próximo à flor ou inflo- rescência, que as rodeiam em maior ou menor grau, ex: salsa (41); NOTA periclínio - conjunto de brácteas que circundam a inflo- rescência em capítulo, ex: margarida (4m); { cúpula - chama-se também cúpula, a porção que envolve a base de certos frutos em maior ou menor grau, formada pelo Ixo floral ou tubo do perianto, ex: sassafraz (241); flores Bráctea fértil com flor Inflorescência, flor monoperiantada h) Bougainvillea glabra Choisy (três-marías) FIG.4 9 • FLOR • BRÁCTEAS j) Monstera deliciosa Liebm. (banana-de- macaco) pálea k) Oryza sativa L. (arroz) periclinio invólucro I 1) Petroselinum crispum (Mill.)Nym. (salsa) rn) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) FIG.4 10 • FLOR • PERIANTO CÁLICE 1.0 verticilo ou verticilo pro- tetor externo COROLA 2.o verticilo ou verticilo pro- tetor interno r Quanto à {geralmente y~rde;.quando da mesm3:cor que a.~a co corola, o cálice e chamado petalóíde, ex: lírior (4d). I { gamossépalo, sinsépalo ou monossépalo - quan- Quanto à do as sépalas estão soldadas entre si, emmaior ou soldadura menor extensão, ex: cardeal (61); das sépalas dialissépalo, corissépalo ou polissépalo - quan- do as sépalas são livres ou isoladas, ex: flor de L couve (6a). Quanto ao {trúnero - quando as sépalas são em número de nú~ero de 3 ou de seus múltiplos, ex:Monocotyledoneae (4d); sepalas tetrâmero ou pentâmero - com 4 ou 5 sépalas ou seus múltiplos, ex: Dicotyledoneae (4g). caduco - quando cai antes de a flor ser fecunda- da; persistente - quando persiste no fruto, ex: laran- ja (õa): marcescente - persistente, porém, murcha, ex: goiaba (õb); decíduo - quando cai logo após a corola; acrescente - além de persistente, desenvolve-see cerca o fruto, ex: juá-de-sapo (õc). Quanto à duração { actinomorfo ou radial - com vários planos de si- Quan to à metria; simetria zigomorfo oubilateral- um só plano de simetria; assimétrico - sem plano de simetria. Quanto à [ branca ou diversamente colorida; quando verde, cor L a corola é chamada sepalóide. { gamOPétala, simpétala ou monopétala - quando Quanto à as pétalas estão soldadas entre si, em maior ou soldadura menor extensão (61); das pétalas dialipétala, coripétala ou polipétala - quando as pétalas estão livres entre si (ôa), { trúnera - pétalas em número de 3 ou múltiplos. Quanto ao Monocotyledoneae (4d); número de tetrâmera ou pentâmera - quando as pétalas são pétalas em número de 4, 5 ou seus múltiplos. Dicoiule- doneae (4g). Quan to à {caduca; duração marcescente - rara ocorrência. Quanto à {actinomorfa ou radial- rosa (5d); simetria zig?m?rf31 ou bilateral - ervilha (õe): assímétrrca. Morfologia {limbo - parte dilatada; da pétala unha ou ungüícula - parte estreita (5f). 11 URA' DO CALICE - • FLOR • PERIANTO fruto Cálice persistente Cálice marcescente Cálice ~crescente 1\)Citrus aurantium L. b) Psidium guajava L. c) Physalls sp. (laranja) (goiaba) (juá-de-sapo) - SIMETRIA FLORAL - Desmembrada Desmembrada e) Pisum sativum L. (ervilha) FIG.5 12 - FLOR - COROLA (Tipos) R LA nt.) Tipos DIALIPÉTALAS E ACTINOMORFAS: crucífera ou cruciforme - pétalas em cruz, opos- tas 2 a 2, ex: flor-de-couve (õa): rosácea -5 pétalas de unha curta e bordo arredon- dado, ex: rosa (ôb); cariofilácea ou cariofilada - 5 pétalas de unha lon- ga e bordos lacinulados, ex: cravina (6c). DIALIPÉTALAS E ZIGOMORFAS: orquidácea ou orquidiforme - com 3 pétalas: duas laterais, as asas e uma mediana, o labelo, ex: or- quídea (6d); papilionada, papilionácea, mariposada ou amaripo- sada - com 5 pétalas desiguais: 1 maior e superior chamada estandarte ou vexilo; 2 menores laterais, chamadas asas; 2 inferiores mais internas, envol- vidas pelas asas, chamadas carena ou quilha, ex: ervilha (6e). GAMO PÉTALAS E ACTINOMORFAS: tubulosa ou tubular - pétalas formando um tubo ci- líndrico ou quase, comprido, enquanto o limbo da corola é curto ou quase nulo, ex: margarida (60; rotácea, rotada ou rotata - tubo curto, limbo pla- no, circular, ordinariamente inteiro ou lobos arre- dondados (semelhante a uma roda), ex: tomate (6g); infundibuliforme - tubo alargando-se gradualmen- te, da base para o cimo (afunilado), ex: enrola-se- mana (6h); campanulada - tubo alargando-se rapidamente na base, mantendo, depois, o diâmetro constante (em forma de sino ou campainha), ex: campainha (6i); urceolada - tubo alargando-se rapidamente na base e estreitando-se para o cimo (em forma de jarro ou urna), ex: Erica (6j); hipocrateriforme - tubo comprido, alargando-se ra- pidamente na parte superior com o limbo plano (em forma de taça ou salva), ex: vinca (6k). GAMOPÉTALAS E ZIGOMORFAS: labiada - limbo dividido em 1 ou 2 lábios, ex: car- deal (61); personada, mascarina ou mascarila - com 2 lábios justapostos; o lábio inferior tem uma dilataçáo que fecha a abertura da corola, ex: boca-de-leão (ôm); ligulada-limbo em forma de língua, com o ápice den- teado, ex: magarida (6n); digitaliforme - forma de dedal ou dedo de luva, ex: dedaleira (60). . ANÔMALA - não se enquadra em nenhum dos ti- pos acima, ex: cana-da-índia (6p). 13 IALJPll;'I'I\I./\ ACTINOMORFAS (a-c) - • FLOR -COROLA Crucífera 11) Brassica oleracea L. (couve) - DIALIPÉTALAS ZIGOMORFAS (d - e) _ ~ .. ~~~\ Cariofilácea c) Dianthus chinensis L. (cravina) Papilionácea e) Pisum satioum L. (ervilha) Orquidácea d) Cattleya sp. (orquídea) FIG.6 14 -FLOR - COROLA (Tipos) - GAMOPÉTALAS ACTINOMORFAS (f - k) - Hipocraterifonne k) Lochnera rosea (L.) Reichenb. (vinca) Infundíbulíforme h) Ipomoea cairica (L.) Sweet. (enrola -semana) Campanulada i) Campa nula sp, (campainha) FIG.6 Rotácea g) Lycopersicum escu1entumMill. (tomate) Tubulosa f) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) 15 - GAMOPÉTALA ZIGOMORFAS (l - o) - -FLOR - COROLA (Tipos) Labiada 1) Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal) Personada - m) Antirrhinum majus L. (boca-de-leão) ) -ANÔMALA- Digitalifonne o Digitalis sp. (dedaleira) p) Canna sp, (cana-da-índia) FIG.6 16 - FLOR -ANDROCEU ANDROCEU Conjunto de estames ESTAMES Órgãos mascu- linos produto- res de grãos de pólen, donde se originam os gametas mas- culinos (tubo polínico) { filete - haste geralmente filamentosa encimada Morfologia pela lU!-tera; . do estame conectívo - tecido pouco ou muito desenvolvido, (7a) que une as tecas da antera; antera - porção dilatada, geralmente com 2 te- cas, onde são formados os grãos de pólen. { heterodínamo - estames de diferentes tama- Quanto ao nhos, ex: enrola-semana (7b); tamanho re- didínamo - 4 estames, 2 maiores e 2 menores, lativo de es- ex: Bignoniaceae (7c); tames tetradínamo - 6 estames, 4 maiores e 2 menores, ex: flor de couve (7d). { dialistêmone - estames livres entre si (7b); Quanto à gamostêmone - estames soldados entre si, for- soldadura mando adelfia (4g); dos estames sinfisandro ou sinandro - estames totalmente sol- dados entre si em um só corpo (7e). Quanto à soldadura dos filetes (adelfia); fi- letes solda- dos entre si, formando feixes monadelfo - filetes soldados em maior ou menor extensão em um único feixe, formando 1 tubo, ex: brinco-de-princesa (4g); diadelfo - filetes soldados em 2 feixes ou 1 feixe e 1 estame livre, ex: ervilha (7f); triadelfo - filetes soldados em 3 feixes; poliadelfo - filetes soldados em mais de 3 feixes, ex: laranja (7h). Quanto à {SimPles - filete não ramificado (7b, c); ramificação co.mposto (meristêmone) - filete ramificado, ter- do filete mmando cada ramo numa antera, ex: mamo- na (4f). { livres - anteras livres entre si (7b, c); Quanto à sinanteros ou singené.ticos - estames soldados soldadura pelas anteras, sendo livres os filetes, ex: marga- da antera nd8: (7g); . comventes - filetes Iívres e as anteras encostam- se umas às outras, ex: tomate (6g). Quan to à {inclUSOS- estame~ que nã? aparecem na.gargan- posição em ta da corola ou do cálice,ex. Allamanda, vinca; relação à exer~o.s- estames que sobressaem na garganta corola do cálice ou da corola; epipétalos - estames adnatos às pétalas (7b). Nota { estaminÓides - são estames estéreis geralmente de tamanho reduzido, sem anteras ou com ante- ras sem pólen;por vezesse assemelhama pétalas (7c). 17 - FLOR -ANDROCEU filete Esquema Visto de visto de trás frente I ) Fartes constituintes do estame ( Diadelfo I) pisum sativum L. ( rvilha) Tetradínamo d) Brassica oleracea L. (couve) Sinfisandro e) Lobelia sp. I : 11 I i Didínamo com estamínóide c) Bignoniaceae " Sínantero g) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) Heterodínamo b) Ipomoea cairica (L.) Sweet. (enrola-semana) FIG.7 18 • FLOR • ANTERA Poliadelfo Feixes de estames ANTERA FIG.7 h) Citrus aurantium L. (laranja) J { aPiCefixa - inserção do filete no ápice da ante- Quanto à ra (Sa); inserção da dorsifixa - inserção do filete na região dorsal da antera no fi- antera (Bh): lete basifixa - inserção do filete na base da antera, ex: fedegoso (8í);(8c). { longitudinal - por meio de uma fenda longitudi- Tipos de nal em cada teca e é a mais comum (8d); deiscência .valvar - por meiode pequenas valvas, ex: abaca- (abertura) 17'8e};:-----..-... ,<J>oricida- por meio de poros apicais, ex: quares- ma=fedegoso (8í). Posição de {introrsa - abertura da antera voltada para o eixo acordo com da flor (para dentro); a deiscência extrorsa - abertura voltada para fora. Quanto ao {monoteca - com uma só teca (4g); número de diteca - com duas tecas (êd); tecas tetrateca - com quatro tecas (8e). 19 - DEISCtNCIA (d-f)- • FLOR - INSERÇÃO (a-c)- • ANTERA Esquema a) Apicefixa Longitudinal (1) Brassica oleracea L. (couve) Valvar ) Persea americana Mill. (abacate) FIG.8 20 -FLOR -ANDROCEU - PÓLEN ANTERA (cont.) Póle estrutura (8j) - apresenta número haplóide de cromos- somos; o pólen, em geral, tem colora- ção amarelada. - é o corpúsculo que dará origem aos ga- metas masculinos. forma - variável, em geral arredondada ou ovóide; quanto ao agrupamento - a) isolado ou simples: é o mais comum (Bg); b) em massas chamadas polineos: o políneo possui um pe- dículo, chamado caudícula, preso a um dis- co glanduloso chamado retináculo (8h); c) composto: quando os grãos agrupam-se de 2 em 2, 4 em 4, 8 em 8 etc. (8i). caracteres definição morfologia apresenta duas membranas: a externa cha- mada exina, lisa ou possui configurações variáveis e poros (osporos germinativos) e a interna chamada intina; no seu interior, o grão de pólen apresenta, em geral, 2 nú- cleos no seio do citoplasma, um menor, re- produtivo, e outro maior, nutritivo; admite- se que o macronúcleo envolvido de citoplas- ma constitui uma célula, a célula formadora do tubo polínico; o micronúcleo dará ori- gem aos 2 microgametas. - ESTRUTURA DO GRÃO DE PÓLEN - exina - MORFOLOGIA DO PÓLEN - (g - i) Esquema j) Grão de pólen poro núcleo reprodutivo ou micronúcleo FIG.8 Esquemag) Pólen simples políneo Polineos h) Cattleya e Orchis sp. (orquídeas) Esquema i) Pólen agrupado 21 - FLOR -GINECEU { ovário - parte basilar dilatada, delimitando 1 ou Morfolog1a mais lóculos, onde se acham os óvulos; do pistilo estilete - parte tubular, mais ou menos alonga- (9a) da, em continuação ao ovário; . estigma - parte superior que recebe o pólen. dialicarpelar ou apocárpico - constituído de carpelos livres entre si, formando outros tantos pistilos, ex: rosa, folha-da-fortuna (9a2); gamocarpelar ou sincárpico - gineceu consti- tuído de carpelos concrescentes entre si, forman- do 1só pistilo (9al); pode ser de carpelos abertos, ovário unilocular (9g)ou fechados, ovário com mais de um lóculo, ex: espatódea (9d). { unicarpelar - com 1carpelo (9c); Q~anto ao bicarpelar _ com 2 carpelos (9d); nu~?o~e tricarpelar - com 3 carpelos (ge); c pluricarpelar - mais de 3 carpelos (90. { Quanto à { .. I' te '1- dricoforma varrave - maIS comumen CllIl .111'I'ILETE l' IHU' nd pas- terminal _ quando sai do ápice do ovário (9b);"I' (~ tubo po- Quanto à lateral - quando sai lateralmente ao ovário; llte () <9b) inserção {ginObáSiCO_ quando sai aparentemente da base do ovário, ex: cardeal (9b). 11:'1'1 MA {Qu~anto à {variável - globosa, ovóide, foliácea etc. ('11111 papilas orma 1/\14' C bem o . indiviso - estigma único; ,li h n <9b) QUd~~t? a {ramificadO - com divisões: bífido, bigloboso etc. ivisao (9b). de Quanto à soldadura dos carpelos - MORFOLOGIA DO PISTILO E SOLDADURA DOS CARPELOS - estigma (5 carpelos) •.estilete pistilo (l)~--- estigma~ Gamocarpelar 11,) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) Dialicarpelar a2) Kalanchoê pinnata Pers. (folha-da-fortuna) FIG.9 22 - FLOR -GINECEU - TIPOS DE ESTILETE E DE ESTIGMA - ~) Bidens pilosa L. (pícão) I estilete gínobásico , <-I -----.:==-==: b) Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal) OVÁRIO Encerra os ó- vulos no inte- rior de cavida- des, os lóculos FIG.9 , estigma capitado antera ovário <--- estilete termínal • ovário { UnilOCUlar - com um só lóculo, vindo de 1 carpe- Quanto ao 10 (xíquexíque, 9c) ou mais (cravina, 9g); número de bilocular - com 2, ex: espatódea (9d); lóculos (ca- trilocular - com 3 lóculos, ex: lírio (ge); vidades) plurilocular - mais de 3 lóculos, ex: brinco-de- princesa (9f). Quanto à posição súpero - ovário livre; demais verticilos abaixo (hípógínos: fumo, 9i) ou em tomo do gineceu (pe- ríginos: cereja, rosa, 9h); ínfero - ovário aderente ao receptáculo; demais verticilos acima do gineceu (epíginos: Fuchsia, 9j); semi-ínfero - ovário semi-aderente ao receptácu- lo; demais verticilos em tomo do gineceu (perígi- nos: quaresma, 9k). 23 - FLOR -GINECEU ()v rio bicarpelar e bilocular d) •umtnoâea campanulata 111 IIUV. (espatódea) Ovário 3-carpelar e 3-locular e) Hemerocallis sp. (lírio) óvulo vário l-carpelar , l-locular I') rotalaria striata C. (xiquexique) Ovário unilocular, bicarpelar g) Dianthus chinen- sis L. (cravína) Ovário pluricarpelar e plurilocular f) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) FIG. 9 24 • FLOR • GINECEU Esquema Esquema Flor perígina, ovário súpero h) Rosa sp, (rosa) I Flor hipógina, ovário súpero i) Nicotiana tabacum L. (fumo) Esquema Esquema Flor epígína, ovário ínfero FIG. 9 j) Fuchsia sp. Flor perígina, ovário semi-ínfero k) Tibouchina sp. (quaresma) / IIVIJI , 't) Esquema . antípodas 25 • FLOR • GlNECEU {corpúsculo onde se forma o gameta feminino;após a fecundação, transforma-se em semente. funículo - cordão que liga o óvulo à placenta; hilo - inserção do funículo ao óvulo; integumentos - geralmente 2, primina e secun- dina, envolvendo a nucela, deixando entre si uma abertura, a micrópila; nucela - tecido sem vasos, cuja base unida aos integumentos chama-se calaza. No seu interior, está o saco embrionário com: 6 células (1oosfera, 2 sinérgidas e 3 antípodas) e 2 núcleos, os núcleos polares, que geralmente fundem-se em um SÓ, chamado mesocisto ou núcleo secundário do saco embrionário que vai originar o albume. A oosfera é o gameta feminino, que, após a fecundação, vai formar o embrião da semente. Definição Morfologia (IOal) ortótropo - micrópila, saco embrionário, hilo e calaza acham-se no prolongamento da mesma linha reta; micrópila voltada para cima (10a2); anátropo - micrópila aproxima-se da placenta, ficando no extremo oposto ao da calaza; o funí- culo, um pouco alongado, tem grande curvatura e une-se aos integumentos, formando uma linha de soldadura, a rafe (lüb); campilótropo - eixo da nucela e integumentos curvam-se em ferradura; assim a micrópila apro- xima-se do hilo, da calaza (lüc): anfítropo - o eixo é reto, mas paralelo à pla- centa; o funículo, encurvado junto ao óvulo, pare- ce inserido na sua parte média (1Od). Tipos - ESTRUTURA DO ÓVULO - micrópila oosfera núcleos polares saco embrionário nucela calaza FIG.lO 26 • FLOR • GINECEU Esquemas: a2 Ortótropo b) Anátropo FIG.lO - TIPOS DE ÓVULOS- s.e. c h c) Campilótropo m h d) Anfítropo 27 • FLOR • GINECEU , (li:NTA { D ãníc o JI r glão interna do ovário onde se inserem os óvu-L: 10s. Tipos Definição { distribuição das placentas no ovário. axial - óvulos presos ao eixo central, em ovário septado, ex: lírio (ge); (10f); central - óvulos presos numa coluna central, em ovário 1-locular,ex: cravina (9g);(Iüe); parietal - óvulos presos na parede ovariana, ex: xiquexique (9c); (lOil, i2); apical - óvulos presos no ápice do ovário, ex: abacate (Iüg); basilar - óvulos presos na base do ovário, ex: gi- rassol (lOh). - PLACENTAÇÃO- " Ijllt III\S: • I) iontrai h) Basilarg) Apical fI Axial i1) Parietal l-carpelar i2) Parietal 3-carpelar FIG.I0 28 • INFLORESCÊNCIA DEFINIÇÃO{ é a disposição dos ramos florais e das flores sobre eles. QUANI:O À {axilares - inflorescência na axila de folhas; POSIÇAO terminais - inflorescência no fim do ramo. QUANTO {U~ifloras - 1 flor na extremidade do pedúnculo, ex: brinco-de- AO pnncesa; NÚMERO plurifloras - várias flores no mesmo pedúnculo, ex: uva. PLURIFLO- {simPles - pedúnculo principal produz pedicelos com uma flor; RAS compostas - pendúnculoprincipalproduzpedicelosque se ramificam. TIPOS indefinida, racimosa, centrípeta ou monopodial - quando as flores se abrem, de baixo para cima (lla-e) ou da periferia para o centro (I If-g); definida, cimosa, centrífuga ou simpodial - quando o extremo do ei- xo principal, cessando o seu cresci- mento, termina numa flor que é a primeira a abrir-se, o mesmo ocor- rendo com eixos secundários, que a- parecem sucessivamente (12a-cJ ou quando as flores se abrem do centro para a periferia (12d-g). INDEFINI- DAS OU RACIMO- SAS (SIM- PLES) cacho ou racimo - flores situadas em pedicelos, saindo de diversos ní- veis no pendúculo principal e atin- gindo diferentes alturas, ex: couve, xiquexique (lla); corimbo - flores situadas em pedice- 10s saindo de vários níveis do pedún- culo principal e atingindo todas a mesma altura, ex: espatódea (11b); espiga - flores sésseis ou subsésseis, situadas em diversas alturas sobre u:n pedúnculo principal, ex: milho, lrngua-de-vaca (I ic); ádice - variação da espiga em que o eixo principal é carnoso, as flores são geralmente unissexuais e o conjunto é envolvido por uma grande bráctea cha- mada espata, ex: Araceae, banana-de- macaco (l ld); amento - variação da espiga em que o eixo principal geralmente é flexível e pendente e em geral apresenta flores unissexuais, ex: castanheira, rabo-de- macaco (i ie): úmbela - flores situadas em pedice- los que saem do mesmo ponto do ápi- ce do pedúnculo principal, atingindo uma altura aproximadamente igual, ex:falsa-erva-de-rato (Llf): capítulo - quando o pedúnculo se alarga na extremidade superior, for- mando um receptáculo côncavo, pla- no ou convexo, o toro, onde se insere um conjunto de flores, rodeado por um conjunto de brãcteas, o periclí- nio, ex: Compositae, margarida (4m,llg). Esquemas: 29 .INFLORESCÊNCIA • RACIMOSA Espádice d) Monstera deliciosa Liebm. (banana-de-macaco) , 1111'11 L I I \,ou/m/Ia sp. 11 1110 d -macaco) Umbela f) Asclepias curassavica L. (falsa-erva-de-rato) Espiga c) Plantago major L. (língua-de-vaca) (' I ho II C' rotalaria striata OCo (xlquexíque) Capítulo g) Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida) JFIG.11 30 • INFLORESCÊNCIA • CIMOSA DEFINIDAS OU CIMOSAS (SIMPLES) FIG.12 cima unípara ou escorpióide - os monocásio eixos secundários quando abaixo do saem sempre do eixo principal ter- mesmo lado, ex: minado por flor, miosótis (12a); forma-se 1só eixo helicóide - os eí- secundário late- xos secundários ral, também ter- saem de um lado minado por flor, e do outro, alter- e assim sucessi- nadamente, ex: lí- vamente; rio (12b); cima bípara ou dicásio - sob a flor terminal do eixo principal, partem 2 secundários opostos, também termi- nados por flor, os quais podem igual- mente originar dois outros, e assim sucessivamente; o dicásio pode care- cer de flor terminal, ex: begônia (12c), Caryophyllaceae; cima multípara ou pleiocásio - eixo principal termina por uma flor,do qual partem vários secundários, também terminados por uma flor, que podem, igualmente, originar vários outros, e assim sucessivamente, ex: ixora, jardineira (12d); glomérulo - flores subsésseís, muito próximas entre si, aglomeradas, de configuração mais ou menos globosa, ex: cordão-de-frade (12e); ciátio - formado por uma flor femini- na, nua, pedicelada, rodeada por vá- rias masculinas, constituídas por 1 es- tame e todo o conjunto envolvido por um invólucro caliciforme de brácteas, alternando-se com glândulas, ex: co- roa-de-cristo (12f); sicônio- o receptáculo é escavado, formando uma cavidade quase fecha- da, onde se inserem flores unisse- xuais, ex: figo (12g). rece tácUlo Esquemas: Ciátio. f) Euphorbia splendens Bojer. (coroa-de-cristo ) 31 • INFLORESCÊNCIA • CIMOSA Cima bípara ou dicásio c) Begonia sp. (begônia) I 1111111 ruto I . unut l» nepetaefotia I 111 (t' rdáo-de-frade) Cima multípara ou pleiocásio d) Pelargonium sp. (jardineira) 11M I': I'orplóide I 11/1' raqinaceae 1111 C) ótís) Helicóide b) Hemerocallis sp. (lírio) FIG.12 32 • INFLORESCÊNCIAS • COMPOSTAS COMPOS- TAS mistas - mistura entre racimosa e ci- mosa, ex: dícásío de capítulos como no botão-de-ouro (13d). ' homogêneas - ramificação da raci- mosa, porém, do mesmo tipo, ex: um- bela de umbelas (13a); panícula (ca- cho de cachos, 13b); Esquemas: heterogêneas - ramificação racimosa ou cimosa, porém, entre diferentes ti- pos, ex: dicásio de ciátios, como na coroa-de-crísto (13c); - INFLORESCÊNCIASHOMOGÊNEAS_ Umbela de umbelas a) Petroselinum crispum (Mill.)Nym, (salsa) Panícula b) Yucca gloriosa L. (yuca) - INFL. MISTA - FIG.13 Dicásio de ciátios c) Euphorbia splendens Bojer. (coroa-de-cristo) Dicásio de capítulos d) Galinsoga parvijZora Cavo(botão-de-ouro) 33 ::e11e; AÇÃO D fini ã { a disposição das peças florais no botão (antes e ç o da antese). valvar - quando as peças floraís (sépalas, péta- las) não se recobrem, mas apenas se tocam pelos bordos (14a); { simples - margens não dobradas (14a); induplicada - bordos dobrados para valvar dentro (14b); reduplicada - bordos dobrados para fora (14c). torcida, espiralada ou contorta - todas as peças florais são semi-internas (14d); imbricada - 1 peça externa, 1 interna e 3 semi- internas (14e); quincuncial - 2 peças externas, 2 internas e 1 semi-interna (141); coclear - imbricada em que a peça externa não é imediata à interna. Tipos I 1111'1,( A- I I (1\ lI; - I (' C) { vexilar - o vexiloé a peça externa (14g); coclear carenal - uma das peças da carena é a externa (14h). 1'11111111 : (' ') (r ~J)' "~ ~ ~J <;»: b) V. induplicada c) V. reduplicada ~ ~ e) Imbricada 1)Quincuncial VI xII 11 U IIIII'IIU I' V xílar FIG.14h) C. carenal ! 34 35 • DIAGRAMA E • FÓRMULA FLORAL DIAGRAMA FLORAL FÓRMULA FLORAL Represen- tação (15a-c) é a representação esquemática de um corte versal do botão floral, projetada num plano e rep sentando o número, a disposição das peças e a metria floral. cortes transversais medianos de: ramo, brác teas, sépalas, pétalas, anteras e ovário; sépa Ias e pétalas por meio de arcos simples, poden do diferenciar-se as primeiras por uma proerni nêncía dorsal; a ligação entre peças dos vertici Ias pode ser feita por meio de traços radiai ou laterais; peças abortadas total ou parcialmen te podem ser representadas por simples ponto ou círculos, respectivamente. Defíníçâo { é a representação floral por meio de letras, nÚIl1 ros e símbolos. os verticilos florais, por meio de suas iniciais maiúsculas: K ou 8 cálice ou sépalas C ou P = carola ou pétalas . A ou E = androceu ou estames G ou C gineceu ou carpelos P ou T = perigõnio ou tépalas o número é escrito à esquerda ou à direita de cada um, usando o zero, quando não existir um verticilo qualquer; quando o número de peças for muito grande ou indefinido, usa-se o símbolo infinito (=): quando há dois verticilos da mesma natureza, interpõe-se o sinal + entre os números; a soldadura entre elementos do mesmo verticilo ou de verticilos diferentes, é representada por parênteses para os números e, por colchetes, para as letras, respectivamente; a posição do ovário le- va um traço de fração acima ou abaixo da letra ou do número conforme seja ínfero ou súpero, res- pectivamente; a simetria floral pode ser representada por sím- bolos: * para flor actinomorfa ou de simetria ra- dial, •. ou % para zigomorfa ou bilateral; '(i' para assimétrica e @' para acíclica ou es- piralada. Represen- tação (15d-t) • DIAGRAMA E • FÓRMULAFLORAL a) Diagrama de: Hypoxis decumbens L. (falsa tiririca) Flor homoclamídea trímera (Monocotyledoneae) d) Fórmula: 83 P3 E3+3 C(3) ou T3+3 E3+3 C(3) II 11\ igrama de: Crotalaria striata J) ", (xiquexique) . "11/ /I teroclamídea pentâmera âui- 1//" lula (Dicotyledoneae) I I" rmula: 85 P5 ElO Cl~ - c) Diagrama de: Nicotiana tabacum L. (fumo) Flor heteroclamídea pentâmera ga- mopétala (Dicotyledoneae). t) Fórmula: 8(5) I P(5) E5 I C~ FIG. 15 37 36 • ESPOROGÊNESE • GAMETOGÊNESE NAS • ANGIOSPERMAS • ESPOROGÊNESE • GAMETOGÊNESE NAS • ANGIOSPERMAS {é o processo de formação de esporos e gametas, respectivamente,nestes vegetais. { microsporogênese - processo que conduz à formação do grão de pólen; macrosporogênese - processo que conduz à formação do saco embrionário do óvulo. I q\U'tnas:DEFINIÇÃO exotécio ESPORO- GÊNESE exotécio - camada externa ou epíderme da antera; endotécio ou camada mecânica - subepidérmica, esclerificada, que exerce papel importante na deiscência da antera; estrato médio - uma ou mais camadas transitórias, entre o en- dotécio e o tapete; tapete ou camada nutritiva - situada em torno dos sacos po- línicos. O tapete e o estrato médio desaparecem na maturidade ao serem, em geral, absorvidos pelas células germinativas; sacos polínicos - que contêm as células-mães dos grãos de pó- len, cada uma das quais, após sofrer meiose, irã formar 4 grãos de pólen. Na antera madura, os 4 sacos polínicos, por fusão dos laterais, são, em geral, em número de 2, e contêm os grãos de pólen maduros. ESTRUTURA DA ANTERA (16a-b) a célula-mãe do grão de pólen sofre meiose; após a citocinese, formam-se 4micrósporos (haplóides, 16c); o núcleo do micrósporo sofreuma divisão mitótica, resultando 2 núcleos, o reprodutivo ou micronúcleo ou germinativo e o nu- tritivo ou macronúcleo ou vegetativo; o micrósporo sofre mo- dificações morfológicas, transformando-se em grão de pólen a- dulto: exina, com configurações e poros; intina, núcleo ou célu- la reprodutora, núcleo vegetativo ou célula formadora do tubo políníco; o núcleo ou célula reprodutora divide-se em dois, e forma os núcleos sexuais masculinos, os núcleos gametas ou es- permáticos (16d). MICROSPO- ROGÊNESE (MICROGA- METOGÊNE- SE) b) Corte transversal da antera adultaI) , rte transversal da antera jovem - FORMAÇÃO DO PÓLEN - sacos polínicos élula-mãe I )Microsporogênese (formaçáo de grãos de pólen)(2n) célula-mãe do grão de pólen ou \ microsporócito ~ estames Micrósporos MICROSPOROGÊNESE MICROGAMETOGÊNESE grãos de pólen jo- vens ou micrós- poros (n) +- núcleos espermáticos / grão de pólen Micrósporo --mitose- célula (ou núcleo) reprodutora FIG.1611) Microgametogênese (formação de microgametas) 38 • FOR~AÇÃO • DO OVULQ FORMAÇÃO DO ÓVULO Nucela { em seguida, forma-se, em torno do referido ma- milo, um bordolete circular e, logo após, mais outro, os quaís, crescendo, vão formar os inte- gumentos que envolvem a nucela, deixando a- penas 1 abertura, a micrópila. Formação do saco embrionãrio (17b-c): Integumen- tos Macrosporo- gênese (ma- - crogameto- gênese) paralelamente a este desenvolvimento ante- riormente referido, no interior da nucela em formação, observa-se, próxima à micrópila, uma célula que se destaca pelo seu maior vo- lume, a célula-mãe do saco embrionário: a célula-mãe do saco embrionário sofre meio- se: após a citocinese, formam-se 4 macrósporos (haplóides, 17b); três destas células degeneram-se e o núcleo da quarta divide-se, dando 2, depois 4 e depois 8 núcleos, destes, 6 cercam-se de citoplasma e dispõem-se da seguinte maneira: 3 células fi- cam próximas da micrópila: a central é a oos- fera e as duas laterais, sinérgidas; no pólo oposto, ficam as 3 antípodas; enquanto os 2 núcleos constituem os núcleos polares ou me- socisto; está assim formado o saco embrionário, que contém o gameta feminino ou oosfera (17c). - FORMAÇÃO DO SACO EMBRIONÁRIO _ óvulo ~nucela MACR ~(2n) célula-mãe do sa- co embrionãrio ou 1 macrosporócito .JP ROGÊNESE - MACR AMETOGÊNESE saco embrionãriojovem ou macrós-poro(n) , C ('Illbrl nárío 39 • FORMAÇÃO • DO ÓVULO '1111 111 I ': --meiose -- 111M IC'r sporogênese (célula-mãe - macrósporo) I I M «-rogametogênese (macrósporo - saco embrionário - oosfera) FIG. 17 Formação da nucela e dos integumentos (17a): 1surge na parede interna do ovãrio (região pla-centãria) pequeno mamilo que, continuando oseu desenvolvimento, acaba por formar ummaciço tecido parenquirnatoso, chamado nu-cela. 40 • FECUNDAÇÃO - A FECUNDAÇÃ EALIZA-SE NO INTERIOR DAS FLORES _ Esquema: FASES DA fE- {POlinizaçãO - transporte do pólen da antera ao estigma da flor; CUNDAÇAO formação do tubo polínico - o grão de pólen caído no estigma NAS ANGIOS- floral, germina, através do estilete, formando um tubo chamado PERMAE tubo polínico; (18) fecundação - fusão dos núcleos sexuais. FIG.18 DAPTAÇÃO I)I\S PLAN- 'I'I\S À POLI· N It:;AÇÀO (19) --- 41 Definição A - POLINlZAÇÀO • FECUNDAÇÃO • POLINIZAÇÃO Plantas a- nemófilas (4k) Caracteres { quando o seu agente polinizador é o vento, ex: Gramineae. flores de pequeno porte; perianto nulo ou quase nulo, sem aroma, cor e néctar; anteras bem expostas ao ar sobre filetes longos, finos e flexíveis; pólen em grande quanti- dade; grãos pequenos, lisos e leves; estigma em geral penado, de gran- de superfície. r os agentes polinizadores são ani-L mais. j flores vistosas; perianto de formapor vezes bizarra ou de conforma-ção apropriada ao pouso;presença de papilas, glândulas enectários que elaboram essências aromáticas e matérias açucaradas. { . entomófilas :- quando são os inse- tos, ex: Stüoia; ornitófilas - quando são os pás- saros, ex: Fuschsia. { quando a sua polinização é feita com o auxilio da água, ex: pinhei- rinho-d'água (19b). r Definição Plantas zo- ófilas (19a) Caracteres Tipos Plantas hi- { drófilas Definição (19b) Flor hidrófila de b) Ceratophyllum demersum L. (pínheírínho-d'agua) Flor zoófila ornitófila de a) Fuchsia sp. (brinco-de-princesa) FIG. 19 42 • FECUNDAÇÃO • POLINIZAÇÃO Jautogamia ou polinização direta - quando o pólen é recebidono estigma da mesma flor, ex: flores cleistógamas (flores que seTIPOS DE;.PC- encontram fechadas quando ocorre a polinização, como, por LINIZAÇAO lexemplo, a ervilha, 20a); alogamia ou polinização indireta - quando a polinização se faz entre flores diferentes, ex: plantas dióicas. FATORES QUE FAVO- RECEM A ALOGAMIA autoesteri- lidade monóicia - quando as plantas têm flores unissexuais sobre o mesmo indivíduo, ex: milho,mamona (20b); dióicia - quando têm flores unissexuais sobre indivíduos dife- rentes, ex: tamareira; { protandria - quando o androceu amadurece primeiro que o gineceu, ex: Compositae; protoginia - quando for o gineceu o primeiro a amadurecer, ex: cachimbo-de-turco (20c);logo, dicogamia é o fato de os órgãos sexuais na mes- ma flor amadurecerem em tempos diferentes. { quando há barreira que impede ou dificulta a polinização direta, ex: orquídea, íris (20d). { brevestilia - quando as flores têm estilete curto e filetes longos; longestilia - quando o estilete é longo e os fi- letes são curtos; logo, heterostilia é o fato de uma espécie apresentar 2 ou mais tipos de in- divíduos com flores de estames e pistilos de di- mensões diferentes (20e). { quando as flores não são fecundadas, quando polinizadas por seu próprio pólen. dicogamia ercogamia heterostilia Protoginia I tit. es gma .u: murcho Flor cleistógama FIG.20 c) Aristolochia sp. (cachimbo- de-turco) a) Pisum sativum L. (ervilha) 43 • FECUNDAÇÃO .POLINIZAÇÃO Plant.a monóica b) Ricinus communis L. (mamona) Ercogamia d) Trimezia sp. (írís) Heterostilia e) Primula sp. (primavera) FIG.20 -- ~ ------------------------~ 44 • FECUNDAÇÃO • TUBO pOLÍNIco B- FORMAÇÃO DO TUBO POLÍNICO r o grão de pólen, retido no estigma por substãncias mucilagino-sas aí existentes, germina. A intina projeta-se através de um dosporos da exina, formando um tubo, o tubo polínico; FORMAÇÃO 00 TUBO po. LÍNICO (20f) o núcleo vegetativo, que dá origem ao tubo polínico, fica locali- zado próximo da extremídadsdo tubo; o tubo polínico desce através do estilete floral, em direção ao ovário, atravessando o canal ou digerindo o tecido condutor do estilete (20g); o núcleo germinativo do pólen dá origem, por divisão, a 2 nú- cleos espermáticos; há a penetração do tubo políníco no óvulo e desaparecimento do núcleo vegetativo. Po . {caso mais geral, quando a penetração no óvulorogamia se dá pela micrápila (20g). { me~ogamia quando se faz pelos integumen- Aporogamia tos, calazogamia - quando se faz pela calaza. TIPOS DE PE- NETRAÇÃO DO T. POLÍ- NICO grão de pólen estigma tubo pOlínico estilete f) Formação do tubopolínico g) Penetração do tubo polínico ovárioto FIG.20 45 I)lJPLA FE- ('UNDAÇÃO NCTA • FECUNDAÇÃO c - FECUNDAÇÃO os dois núcl os spermáticos penetram no saco embrionário; nas Angiospermae ocorre uma dupla fecundação (21); um dos núcleos espermáticos funde-se com o nucleo d~_oosfera, formando o zigoto (diplóide) que dará origem ao embnao da se- mente; o outro núcleo espermático funde-se com os núcleos polares (me- socísto) e de tal fecundação se originará o alb';lmedas sementes, que é um tecido de reserva de natureza tríplóíde; o albume também chamado endosperma secundário, é um te- cido tripl6ide,e pode estar ou não presente nas _sementes s,=n~ do, quando ausente, absorvido, durante a formaçao do embnao, após a fecundação, em geral, as sinérgidas e as antípodas se desintegram. semente - origina-se do óvulo fecundado; _. _ fruto- é originado do desenvolvimento do ovano, apos ter ocor- rido a fecundação; partenogênese - é o dese~volvimento do. óvul~, sem fecU?da- ção, ou seja, é o desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado. - FECUNDAÇÃO NAS ANGIOSPERMAE - FECUNDAÇÃO saco embrionário /7 "mente albume (3n) emrriãO (2n) antípodas zigoto (2n) " -....-.. ~ núcleo gameta (n) I tubo polínico oosfera (n) / saco embrionário mesocisto (2n) núcleo gameta (n) Esquema: ___ ...••tubo polínico oosfera sinérgida ---~;,u::rl1~---. núcleo espermático mesocisto :""~"'*-- núcleo espermático FIG.21 -FRUTO -SEMENTE A finalidade biológica do fruto é ser wn envoltório prote- tor para a semente, ao mesmo tempo que assegura a pro- pagação e perpetuação das espécies. Como os animais, em seu amor maternal, as plantas protegem a sua prole e cui- dam de sua sobrevivência. " .~ ~ Realmente, durante o seu amadurecimento, muitos frutos adquirem cores chamativas e aromas agradáveis ou tor- nam-se sucosos, e seu sabor é apreciado por animais que ao se alimentarem deles despejam as suas sementes a maior ou menor distáncia. Outros, ao contrário, tomam-se frutos secos, porém, so- frem diferentes processos de abertura que permitem a li- bertação das suas sementes, havendo mesmo casos de deís- cência explosiva, sendo aquelas lançadas a distáncia rela- tivamente grande, na dispersão. Muitas vezes os próprios frutos apresentam configurações morfológicas que lhes permitem participar ativamente na disseminação das sementes. Assim, encontramos frutos com espinhos, ganchos e outras excrecências que facil- mente aderem aos corpos dos animais ou apresentam-se plwnosos ou leves, o que vem, então, facilitar o seu trans- porte, em virtude do vento. Os frutos têm grandes variações estruturais. Elas, por sua vez, dependem da natureza ou das variações que existem na organização do gineceu das flores. Mais ainda, muitas vezes o fruto não é formado unicamente pelo ovário da flor, visto que outras peças podem estar representadas nos frutos, tais como: pedúnculo, receptáculo, cálice e brác- teas. - FIG.22 47 Il !'FINIÇÃO - FRUTO _ CONSTITUIÇÃO { é o ovário d nvolvldo com as sementes já forma?as; ou pode ser ainda constítuído de diversos ovários e ter ou nao estruturas acessórias (lndúvias). NSTITUI- • O (23a-d) Semente epiearpo - camada mais externa. pro~eniente da epiderme externa da parede o.'-:ll!lana, . mesocarpo - camada intermediana provemen- te do mesófilo carpelar. Quase sempre de gran- de espessura, podendo ou não acumular reser- vas nos frutos camosos ou secos, respectIvamen- te; em geral, é a parte comestível; . endocarpo - camada mais interna provemente da epiderme interna da parede ovanana que se acha em contacto com as sementes. QuandO le- nhificado, constitui o caroço (nas drupas), poden- do ser a parte comestível, como na laranja. Pericarpo (parede do fruto) semente t ' f '{f~ bl Persea americana Mill. (abacate) Simples síncárpíco, camoso indeiscente a) Citrus aurantium L. (laranja) endocarpo . epicarpo semente mesocarpO Baga . .Simples síncárpíco. cama- so indeiscente. (') u.copersicum esculenium MilL (tomate) FIG.23 4948 • FRUTO • TIPOS • CLASSIFICAÇÃO TIPOS Quanto à{consistência secos - com pericarpo não suculento; do perícar- carnosos - pericarpo espesso e suculento. po Quan to à{ deiscentes - abrem-se, quando maduros; deiscência indeiscentes - que não se abrem. Quanto ao{ monocárpicos - provenientesde gineceuunicarpelar; número de apocárpicos - provenientesde gineceu dialicarpelar; carpelos sincárpicos - provenientesde gineceugamocarpelar. { monospérmicos - com uma só semente (23b); Q~anto ao dispérmicos - com duas sementes; numero de trispérmicos-com três sementes; sementes polispérmicos - com várias sementes. Sim I { resultam de um ovário apenas, de uma só flor (seja (23f-~s monocárpicos ou sincárpicos), ex: legume (mono- cárpíco),hesperídeo (síncárpíco), ' { OU agregados; resultam dos diversos ovários de Múltiplos uma flor dialicarpelar (apocárpicos). Cada ovário (23f) originando um aqüênio ou uma drupa ou um folí- culo etc, ex: framboesa, morango. Compostos1ou. ~tescências; resul~ da co~cre~cência dos (23g) ovll!l0s das flores de uma ínflorescência, ex: aba- caxi, Complexos { ou pseudofrutos; ~es~tl~m.de ~a só flo~,.quando (23h) outras partes florais.(md~Vlas),al~mdo ovano, parti- cipam da sua constituíçáo, ex: pera, caju. CLASSIFI- CAÇÃO NOTA { partenocarpia - é o desenvolvimento do fruto sem que haja fecun- dação, ex: banana, laranja-da-bahia etc. Os fruta> das Gimnospermas não são verdadeiros frutos, e daí não estarem incluídos aqui. Se os considerássemos como tais, se- riam classificados como infrutescências: gálbula (ciprestes) e estró- bilos (pinheiros). Drupa Simples monocárpico, ~~k"""-.-:>..:c-::-arnoso,indeiscente. testa albume endocarpo -epicarpo mesocarpo _~-+--L- embrião Legume Simples monocárpico, seco, deiscente semente FIG.23 e) Crotalaria striata DC. (xíquexíque)d) Cocos nucifera L. (coco) • FRUTO • TIPOS • CLASSIFICAÇÃO drupas :~"'--- receptáculO ...".~-- "'ruto isolado (drupa) Corte longitudinal do fruto Polidrupa Múltiplo f) Rubus rosaefolius Smith. (framboesa) Il eptáculo pomo I'Ileudofruto 111 1'lIrus communis L. (pêra) Infrutescência g) Ananas comosus (L.) Merril. (abacaxi) FIG. 23 50 • FRUTOS • SIMPLES • SECOS FRUTOS SIMPLES SECOS Deiscentes Indeiscentes folículo legume síliqua cápsula { univalvo, com uma deiscência longi- tudinal, monocárpico, geralmente po- lispérmico, ex: magnólia, chichá (24a). { bivalvo, com duas deiscências longitu- dinais, monocárpico, geralmente polís- pérmico, ex: feijão, xiquexique (23e). { fruto capsular bivalvo, com 4 deís- cências longitudinais, abrindo-se de baixo para cima, sincárpico, geral- mente polispérmico, ex: mostarda, couve (24b). número de valvas e de carpelos variá- vel, síncárpíeo, em geral polispérmioo; cápsula denticida - fen- das por dentes !(picais, ex: cravina (24d); c. loculicida- fendas ao longo das nervuras dor- sais das folhas carpela- res, ex: paineira (24e); c. septicida - fendas ao longo dos septos, isolan- do cada lóculo, ex: fumo (24f); pixídio deiscência longitudinal c. septífraga - rutura dos septos paralela ao eixo dos frutos. ex: es- tramônio (24g). { fruto capsular porífero, deiscente por opecarpo poros, sincárpico, geralmente polís- pérmico, ex: papoula (24c). { fruto capsular com urna e opérculo, com uma deiscência transversal, sín- cárpico, geralmente polispérmico, ex: sapucaia (24h). { monocárpico ou sincárpico, monos- pérmico, semente presa a um só pon- to do pericarpo, ex: girassol, picão, serralha (24i). { sincárpico, monospérmico, tegumento da semente totalm~nte li~ado ao.peri- carpo, ex: arroz, tngo, milho (24J). aquênio cariopse { monocárpico ou sincárpico, monos- sámara . pérmico, pericarpo com expansão ala- da, ex: olmeiro, cipó-de-asa (24k). itambém chamado bolota, geralmenteglande sincárpico, monospérmico, pericarpoenvolvido na base por uma cúpula,ex: carvalho, sassafraz (241). 51 • FRUTOS • SIMPLES • SECOS Folículo a) Sterculia chicha st. - HiU. (chíchá) Opecarpo c) Papaver sotnniferum L. (papoula) \. I r Cápsula denticida d) Dianthus chinensis L. (cravina) Síliqua b) Brassica oleracea L. (couve) FIG.24 52 • FRUTOS • SIMPLES • SECOS Cápsula loculicida e) Chorisiaspeciosa st. - Hill (paineira) cúpula ) FIG.24 Cápsula septífraga g) Datura stramonium L. (estrarnônio) aquênio 1) Ocotea pretiosa (Nees) Mez. (sassafraz) 53 • FRUTOS • SIMPLES Aquênios i) Helianthus annuus L. (girassol), Bidens pilosa L. (Picão) e Sonchus oleraceus L. (serralha) ..• J. albume embrião Pixídio h) Lecythis sp. (sapucaia) ··Sámara k) Stiqmaphpllon. sp. (cipó-de-asa) FIG.24 54 • FRUTOS • SIMPLES • CARNOSOS drupa { geralmente monocárpico, monospérrnico, endocarpo endurecido, concrescente com a semente formando o caroço, ex: azeitona, manga, coco (23d), abacate (23b) pêsse- go (25a). ' { geralme?te síncárpíco, políspérmíco e endo- carpo nao formando osso ou caroço, ex: uva, m~ao, goiaba, café, tomate (23c). Ha bagas com nomes especiais: hesperídeo e peporudeo. { sincárpiC?, proveniente de um ovário sú- pero. EPICarpO cor~ essências, endocarpo membranoso revestido, no seu interior, por ~umerosos pêlos repletos de suco, que cons- títuern a parte comestível, ex: limão la- ranja (23a). ' { síncárpíeo, proveniente de um ovárío ínfero. As vezes, pela reabsorção dos septos e da polpa, forma-se uma grande cavidade central . ex: melão, melancia, abóbora (25b). ' baga FRUTOS SIMPLES Indeis- CARNO- centes SOS hespe- rídeo pepo- nídeo ( mesocarpo endocarpo Drupa a) Prunus persica (L.) Batsch (Pêssego) 1'('1>011111'·0b) ('/I/'/lI/I/(1I 111'/1/1 I••(abóbora)FIG.25 55 li'.MÚL- 'I'[PLOS • FRUTOS { Como exemplos, temos: rosa (poliaquênio, 25e); magnólia (polifo- lículo, 25g); framboesa (polidrupa, 231)etc. I) EUDO- li'RUTOS Como exemplos, temos: caju (25d), hovenia (251);compreendem tipos que, por vezes, recebem nomes especiais: { sincárpico, proveniente de um ovário ínfero, indeis- pomo cente, carnoso, sendo a parte carnosa formada pelo receptáculo, ex: maçã, pêra (23h). { sincárpico, proveniente de um ovário ínfero, indeis- bala- cente; o receptáculo tem grande desenvolvimento, usta mas o pericarpo é seco. Tem vários lóculos dispostos em dois ou mais andares. A parte comestível é o epís- perma das sementes, que é sucoso, ex: romã (25c). INFRUTE& ÊNCIAS Como exemplos, temos: jaca, amora; compreendem tipos que, por vezes, recebem nomes especiais, a saber: {ovário, demais peças florais e eixo da inflorescênciasorose tornam-se carnudos, ex: abacaxi (23g). sicônio .[ receptáculo carnoso, internamente oco, dentro doL qual acham-se os frutos, ex: figo (25h). Balausta (Pseudofruto ) c) Punica granatum L. (romã) Pseudofruto d) Anacardium occidentale L- (caju) FIG.25 56 • FRUTOS Poliaquênio (múltiplo) e) Rosa sp. (rosa) receptáculo fruto Pseudofruto f) Hovenia dulcis Thunb. (hovenia) semente Sk ní 11) /1'/1'1/8 ('arica L. (I , o) FIG.25 l'oUlnll('1I10 ) M/('/tl'l'1I (1111111/1111 ti I. (111 1 11(111) I) FINIÇÃO CQNSTITUI- 'Ao DA SE- MENTE (27) ESENVOLVI- MENTO DA SEMENTE (26) Esquema: 7 • SEMENTE {é o óvulo d nv Ivldo após a fecundação, contendo o embrião,com ou sem reservas nutritivas, protegido pelo tegurnento. Tegurnento {testa ou casca tégmen ou tegma 1 brí-{~~~~~oem rrao gêmula Amêndoa cotilédones reservas: albume ou endosperma ouperisperma Formação do embrião: o zigoto diplóide (proveniente da fusão do microgameta com a oosfera) divide-se em duas células. A mais externa, encostada à mícrópila, por divisões sucessi- vas, forma um cordão, o suspensor, ligado por um lado ao sa- co embrionário, por onde recebe substâncias nutritivas; o sus- pensor tem vida efêmera. A mais interna, concomitantemente, por divisões sucessivas, forma o embrião, que é a futura planta. Formação de reservas: ao mesmo tempo que os fenõmenos acima se verificam, o nú- cleo triplóide (proveniente da fusão do rnicrogameta com o mesocísto), por divisões sucessivas, formará um tecido de re- serva, o albume. Formação do tegurnento: os integurnentos dos óvulos, geralmente, vão originar o tegu- mento que é o revestimento protetor da semente. célula do suspensor A~~~~--- radícula___ caulículo gêmula cotilédone tegurnento "S--- albume - Formação do embrião e do albume - FIG.26 58 • SEMENTE • RESERVAS • EMBRIÃO - TEGUMENTOS- TIPOS DE { bitegumentadas - constituídas de testa (externo) e tegma (in- SEMENTES temo), ex: em Angiospermae; QlJANTO AO unitegumentadas - constituídas de um tegumento, ex: em NUMERODE Gymrwspermae; TE GUMEN- ategumentadas - sem tegumento, estando a amêndoa protegida TOS diretamente pelo pericarpo do fruto, ex: Gramineae. TEGUMEN- TO SUPLE- MENTAR TIPOS DE RESERVA SEMENTE~{QUANTO A PRESENÇA DE ALBUME arilo - excrescência camosa que se forma no funículo ou no hilo, cobrindo a semente total ou parcialmente, ex: mara- cujá (27d); arilóide - excrescência que se origina do tegumento em tomo da micrópila, ex: noz-moscada (27e); carúneula - excrescência do tegumento, de pequenas dimen- sões,junto àmicrópila, ex:mamona (27a); estrofíolo - excrescência formando-sea partir do funículo ou da rafe, junto ao hilo, ex: feijão (27b). - RESERVAS DA SEMENTE- albume ou {já definido anteriormente. É posterior à fe- endosperma cundação. Pode ocorrer na semente ou desapare- secundário cer durante a formação do embrião, ex: milho. { tecido originado pela parte da nucela, persisten- . te, durante a formação do albume. O perisperma perrsperma pode ser a única reserva da semente: Cannaceae, ou ocorre juntamente com o albume, ex: Pipera- ceae. endosperma {tecidO originado a partir da célula-mãe dos ma- ou e. pri- crósporos e, portanto, haplóide. E anterior à fe- mário cundação, ex:Gymnospermae. albumi- nadas exalbumi- nadas { com tecidos de reservas. { sem tecidos de reservas, ex: orquídeas, Legumi- nosae. -EMBRIÃO- radícula 1raiz rudimentar. gêmula ou {é o cone vegetativo apical, com os primórdios plúmula das primeiras folhas propriamente ditas. cotilédo- { é a primeira ou são as primeiras folhas das ne (s) Phanerogamae. caulículo {é a porção caullnar do embrião. . { o embrião pode ter: NUMERODE um cotilédone: caracteriza as Monocotyl doneae; COTILÉ- dois cotilédones: car terízam as tncotui tioneae; DONES vários cotilédones: m multas Gymnosp r1lLa , ex: Pinus. PARTES CONSTITUIN- TES (27a-b) 59 • SEMENTE • RESERVAS • EMBRIÃOART ONSTITUINTES - a) Corte longode perfil a) Ricinus communis L. (marnona) albume cotilédone b--fl--~ tegumento plúmula hipocótilo carúncula , b) Phaseolus vulgaris L. (feijão) FIG.27 60 arilo semente 'I d) PassijZora sp. (maracujá) I \ l· albume escutelo :-.... ,': ...... coleóptila ~4---- plúmula e) Myristicafragans Houtt (noz-moscada) .;,',', pericarpo Embrião c) Zea mays L. (milho) plântula { embrião já desenvolvido em conseqüência da germí- naçao; plantinha recém-nascida. hipocótilo { eíxo do em~))j.ãoou de uma plântula, abaixo da inser- çao dos cotiledones. epicótilo { Prn:n~iroentre-nó da plântula, acima da inserção dos cotiledones. { bainha fechada do embrião das Gramineae e de ou- coleóptíla tras Mon?cotyledoneae que representa a primeira fo- lha. da pl!illtula (excluindo o escutelo), dentro da qual esta a plumula. coleorriza { bainha fechada do embrião das Gramineae, dentro daqual ertã a radícula, escutei o {é o cotilédon d Gramineae. NOTA (27c) FIG.27 61 IEFINIÇÃO 'ITPOS DE DIS- EMINAÇÃO • SEMENTE • DISSEMINAÇÃO - DISSEMINAÇÃO DAS SEMENTES E FRUTOS - Processo pelo qual as sementes ou os frutos são disper- sados, isto é, são transportados ou lançados a maior ou menor distância da planta que os originou. Muitas sementes e frutos têm dispositivos morfológicos (tais como pêlos e espinhos) que, juntamente com fatores externos(como, por exemplo, o corpo dos animais), concorrem para que aqueles órgãos sejam dispersados. Antropocórica { definição Zoocórica caracteres { quando é feita pelo homem, acidental ou espontaneamente (28a). { quando feita com auxílio dos arumais. frutos e sementes com pêlos e espinhos que aderem ao corpo dos animais, ex: carra- picho (28b) picão (28c), car- rapicho-de-cameiro (28d). Ou- tras vezes, são ingeridas por aves, macacos e outros ani- mais, sendo as sementes dis- seminadas junto com as fezes, ex: erva-de-passarinho. { feita com auxílio do vento. sementes e frutos minúsculos, ex: sementes de orquídeas. Outras podem ter expansões aliformes: pente-de-macaco (28e) ou pêlos com aspecto de para-quedas: paineira (28h),ofi- cial-de-sala (28g)e língua-de-va- ca (281). {feita com auxílio da água. sementes e frutos leves com eu- tícula impermeável, ex: coco. É comum apresentarem apa- relhos flutuadores especiais, faís como tecido esponjoso ou sacos aeríferos, ex: Hernan- dia guianensis (ventosa), pí- nheirinho d'água (1gb). { feita pelo próprio vegetal. { frutos que se abrem com grande pressão, lançando as sementes a distância,ex: beijo-de-frade(28i). { quando os pedúnculos, após a fecundação, enterram no solo os próprios frutos, onde amadure- cem, ex: amendoim (28j). definição Anemocórica caracteres definição Hidrocórica caracteres definição Bolocórica { definição caracteres { definiçãoGeocãrpica 62 • SEMENTE • DISSEMINAÇÃO Zoocórica c) Bidens pilosa L. (Picão) Antrop0c6rica a) Esquema '" ' Anemocórica f) Chaptalia nutans (L.) Polak (língua-de-vaca) Zoocórica d) Acanthospennum hispidum OC. (carrapicho-de-carneiro) - - -- -: ( ~ J /Zoocórica b) Zornia diphylla Pers. (carrapicho) FIG.28 Anemocóri a ) Piineco l 1It711lL hinatum (Jacq.) hurn. (p nte-de-macaco) '" , . ' .. ," " II ,', .., -,' ',' , " . . . . . Geocârpica ..'!.. . j) Arachis hypogaea L. (amendoim) 63 • SEMENTE • DISSEMINACÃO '. #. , .. : ' ... ~ .' ,. t II ',,', .. ,.:.: " ' g) Asclepias curassavica L. (oficial-de-sala). Bolocórica i) Impatiens balsamina L. (beijo-de-frade) ,.-..., Ir , ( • _. \ r--: '.eC.. !l:· .";~'.{'·l/. . \.... '. '>;\ \.. ) .' ( . , ). . ..,(J ..' ~ ".~ .\: ( < , " (.) l· '. ~~(.. ~:~ \ '1)··.l '\ . .\ ( ..-1..''-..', '. ~ .'~i '. ( \ .'. ( •'-' .'. . I.. . , ..) )~.~r '.'..' l \....•..( . (6~(\ /~ ). : \'.' l. .' \ .)<>:« ',/"-.'l.'._'':.í:<S~,\...' " '-, .. ,....A.../ Anemocórica . "-í...". . : >"-:::~"~"•. . ~, h) Chorisia speciosa St.-Hill, (paineira) FIG,28 64 • SEMENTE • GERMINAÇÃO DEFINIÇÃO CARACTERES TIPOS DE GER- MINAÇÃO GERMINAÇÃO EPÍ- GEA (FEIJAO) (29a) Glj:RMINAÇÃO HI- POGEA (MILHO) (29b) - GERMINAÇÃO DAS SEMENTES - { consiste na retomada do processo de desenvolvimento do embrião e conseqüente saída da plântula do interior da semente. 1.0) O alimento para a plántula crescer e desenvolver-se é, na primeira fase da germinação, retirado das reser- vas contidas na própria semente. 2.0) Esgotadas as reservas alimentares da semente, a plân- tula, nesta segunda fase da germinação, já possui pêlos radículares e parênquima clorofiliano nas folhas, de tal sorte, que já pode retirar do solo água e princípios mine- rais e transformá-l os em matérias orgânicas. { ePígea - quando os cotilédones saem da semente e se elevam acima do solo, ex: feijão, mamona. hipógea - quando os cotilédones permanecem sob a terra, ex: milho, ervilha. a semente começa a amolecer-se e intumescer-se, em vir- tude da hidratação, o que provoca a rutura do tegumen- to; a radícula exterioriza-se em direção geotrópica positiva; o caulículo expõe-se num geotropismo negativo, elevando os cotilédones acima do solo; aparecem, na raiz jovem, pêlos absorventes e radicelas, permanecendo a raiz principal axial, típica das Dicoty- ledoneae; a gêmula desenvolve-se, dando as folhas permanentes; a radícula transforma-se em raiz; o caulículo, em hípocótí- 10e, a seguir, na base do caule; os cotilédones, após serem consumidas as reservas, atrofiam-se e caem; a gêmula dá origemao epicótilo e ao caule propriamente dito com folhas. a semente começa a amolecer-se e intumescer-se, por cau- sa da hidratação, o que provoca a rutura do tegumento; a radícula perfura a coleorriza e, aprofundando-se no solo; cobre-se de pêlos absorventes; após um pequeno perío- do funcional, atrofia-se, sendo substituída por novas e definitivas raizes que irão formar as raizes fasciculadas, tí- picas das Monocotyledoneae; há o alongamento do epicótilo, acima da inserção do co- tilédone, de modo que este perman c soterrado; a coleóptila desenvolve-se em d1reç xando, posteriormente, as prim Ir luz, para cima, dei- ~ lh aparecerem. 65 • SEMENTE • GERMINAÇÃO folha da gêmula _-........_ a) PhaseoZus vulgaris ..1:. (Germinação do feijáo) prime"'" folh'" ~ ~ raiz principal coleóptila t • mradícwa\1-2 · raizes fasciculadas b) Zea mays L. (Germinação do milho) FIG.29 66 • FOLHA -A FOLHA- Tudo nas folhas: a sua forma achatada favorável à exposição solar; a sua cor verde fornecida pela clorofila, que possibilita a fotossíntese ou elaboração de ali- mentos; as suas nervuras que contêm células especializadas para transporte da seiva; os seus «poros» microscópicos, os estômatos, que permitem a circulação de ar e a eliminação de vapor d'água, mostram estar este órgãoperfeitamente adap- tado ao exercício das funções metabólicas das plantas: foto íntese e distribuição dos alimentos, respiração e transpiração. Graças a estes órgãos verdes que desprendem o oxig nío para o ar atmosfé- rico, purificando-o, é que foi possível ao homem ap r br a superfície da terra! Jamais algum outro órgão vegetativo d plant s ale nc u xtensa variedade de formas e de estrutura; tais variações est On d p nd neín J fatores externos e internos: desde as folhas inferiores e ínc I r s, ta! r mo ( (' UI ones das se- mentes e as escamas dos órgãos subterrãn , a ~ 11\11 \11 t ri r s normais e verdes, para não nos referirmos à metam d do C lhn 1'11\ J'Ion' u às adapta- ções a condições extremas de vida, c m 1\ f( 1M 111 (,(.fVOIII 1111 plantas carní- voras! • Vamos, então, conhecer melhor as ~ Ih FIG.30 67 • FOLHA IMPORTÂNCIA { metabolismo da planta; puriflcação do ar; alimentar, medicinal; industrial, adubação etc. ARACTERES GERAIS { expansão lateral do ~aule;.. . órgão lamínar com sunetna bilateral, crescimento limitado; coloração verde (clorofílado): inserção nodal; com gemas nas axilas. FUNÇÕES { fotosSintese (nutrição); respiração e t:ran:spi~ação; . condução e distnbwçao da selva. ORIGEM { gêmula do embrião da semente; . exógena, como expansões lateraís dos caules. DEFINIÇÃO { ex ansão lateral e lamínar do caule, de símetría bilateral e rrescimento limitado, c0n.:stituindo-se.num órgão vegeta- tivo, com importantes funçoes metabólicas. PARTES CONSTI- folha completa TUINTES (31a-b) limbo - parte lamínar e bílateral; . peciolo - haste sustentadora dI?lim~O, bainha ou então estipulas - bainha e a parte basilar e alargada ?a folha que abraça o caule, ex: tinhorao (31a). Chama-se de estipula cada um dos apêndices, geralmente lamínares e em n.o de dois, que se formam d~ cada lado da base foliar, ex: brinco-de-pnncesa(31b). _ FOLHAS COMPLETAS - limbo bainha ------. a) Araceae (tinhorão) b) Hibiscus Tosa-sinensis L. (brinco-de-princesa) FIG.31 68 • FOLHA • NOMENCLATURA NOMENCLATURA FOLIAR folha incompleta - quando falta uma das três partes constituintes (32a); folha peciolada - quando apresenta pecíolo, ex: abóbora (32a); folha séssil - sem pecíolo, ex: espada-de-sâo-jorge (32b); folha amplexicaule - folha cuja base do limbo abraçao caule, ex: serralha (32c); folha perfolhada ou perfoliada - quando as duas meta- des da base do limbo desenvolvem-se, circundando o cau- le, de modo que este parece atravessar o limbo, ex: Spe- cularia (32d); folhas adunadas - são folhas opostas, sésseis, soldadas por suas bases, aparentando ser perfuradas pelo caule, ex: barbasco (32e); folhas fenestradas - limbo com perfurações, ex: costela- de-adáo (32f); folhas invaginantes - com bainha que envolve o caule em grande extensão, ex: Gramineae, como capím-pé-de-galí- nha(32g); filódio - pecíolo dilatado e achatado, assemelhando-se ao limbo que, em geral, é ausente totalmente, ex: Acacia (32j); heterofilia - é o polimorfismo das folhas normais, ex: ca- bomba (32k), eucalipto (321)e macaé (32m); pecíolo alado - pecíolo com expansões aliformes foliáceas laterais, ex: laranjeira (32h); peciólulo - é o pecíolo dos foliolos das folhas compostas, ex: espatódea (32i)e carrapicho (38g); pseudocaule - falso caule, constituído dos restos das bai- nhas foliares densamente superpostos, ex: bananeira (32n); pulvino ou pulvínulo - é uma porção espessada da base foliar ou foliolar que provoca, nas folhas, movimentos de L.curvaturas (nastías), ex: sensitiva, carrapicho (38g). IIlpl, I aule ,'I • 'II/".IIIlY oteraceus L. ( • " 1111 )FIG.32 Fenestrada . f) Monstera deliciosa Liebm. (costela-de-adão) 69 • FOLHA • NOMENCLATURA Perfoliada d) Specularia sp. Adunada e) Buddleia brasiliensis Jacq. (barbasco) h) Citrus aurantium L. (laranja) Séssil b) Sansevieria thyrsijlora Thunb. (espada-de-são jorge) Invaginante g) Eleusine indica ~L.)Gaertn. FIG. 32 (capim-pé-de-galinha) 70 - FOLHA - NOMENCLATURA Heterofilia m) Leonurus sibiricus L. (macaé) FIG.32 H r nu k) abo 111 btt ('(".011/I u /I ( r y (cabomba) 71 - FOLHA -NOMENCLATURA Heterofilia 1)Eucalyptus sp. (eucalipto) 11>Folhas inferiores n) Musa paradisiaca L. (bananeira) FIG.32 72 -FOLHA - LIMBO ESTUDO DO LIMBO Quanto às faces { superior, ventral ou adaxial; inferior, dorsàl ou abaxial (33a). folhas uninérveas - com uma única nervura, ex: sagu-de-jardím (33b); folhas paralelinérveas - com nervuras secun- dárias paralelas à principal, quando esta exis- te, ex: Gramineae, como capim-pé-de-galinha (33c); folhas peninérveas - com nervuras secundá- rias ao longo da principal, ex: laranjeira, vinca (33d); Quanto à ner- vação folhas palminérveas ou digitinérveas - com nervuras que saem todas do mesmo ponto e divergindo em várias direções, ex: brinco-de- princesa (31b),mamoeiro (33e); folhas curvinérveas - com nervuras secundá- rias curvas, em relação à principal, ex: lín- gua-de-vaca (331); folhas peItinérveas - nervuras das folhas pel- tadas, com nervuras irradiando do pecíolo que se insere no centro ou próximo, na face dor- sal do limbo, ex: mamoneira, chagas (33a). carnosa ou suculenta - abundante em sucos, em geral, com reservas d'água, ex: Crassula- ceae; coriácea - lembrando couro, ex: abacateiro; herbácea - consistênciade erva,semlenhosidade; membranácea - consistência de membrana, sutil e üexíveí. Quanto à con- sistência Quanto à su- perfície { glabra - desprovida de pêlos; lisa-sem acidentes; pilosa - revestida de pêlos; rugosa - enrugada. 11'U('('(l rsaí a) Tropaeolum 1ILaJlI.~L. ( nu I.)FIG.33 73 -FOLHA - LIMBO Uninérvea c) Eleusine indica (L.)Gaertn. (capim-pé-de-galinha) d) Lochnera rosea (L.) Reichenb. (vinca) Curvinérvea e) Carico. papaya L. (mamoeiro) 1) Plantago hirtella H.B.K. (língua-de-vaca) FIG.33 74 -FOLHA - LIMBO ESTUDO DO ~OQUAN- TO A FORMA acicular - forma de agulha longa, fina e pontiaguda (33g); cordiforme - forma de coração, base mais larga, reintrante, com lobos arredondados, ex: capeva (33p); deltóide - forma de delta, triangular, ex: cardeal (331); elítica - forma de elipse, mais larga nomeio, comprimento duas vezes a largura, ex: ficus (33k); ensiforme - forma de espada, longa, bordos paralelos, atilados, ex: espada-de-são jorge (32b); escamiforme - forma e asoecto de escamas (33h); espatulada - forma de espátula, ápice mais largo, comprimento maior que 2 vezes a largura: escama-de-sapo (33s); fahiiforme - forma de foice, plana e encurvada (3212); hastada ou alabardina - forma de seta, semelhante à sagíta- da, porém com lobos basilares voltados para os lados (33q); lanceolada - forma de lança, mais larga perto da base, com- primento maior que 3 vezes a largura (33j); linear - forma estreita e comprida, bordos paralelos ou quase, comprimento acima de 4 vezes a largura (33c); oblonga - forma mais longa que larga, bordos quase paralelos, comprimento 3-4vezes maior que a largura (33d); obovada - forma ovada com a parte mais larga no ápice, isto é, ovada invertida, ex: amendoeira, buxo (33n); orbicular - forma mais ou menos circular (33a); ovada - forma de ovo, mais larga perto da base, comprimento 1-2 vezesmaior que a largura, ex: vassoura (33m); peltada - forma de escudo, com o pecíolo inserido no meio ou próximo, na face dorsal do limbo, à maneira de um cabo, ex: chagas (33a); reniforme - forma de rim, mais largo que longo (330); sagitada - forma de seta, base reentrante, com os lobos pon- tiagudos voltados para baixo, ex:Araceae (33r); subulada - cilíndrica, estreitando-se para o ápice pontiagudo, •...ex: cebola (33i). escamas ~ Acicular g) Araucaria angus- tifolia (Bert.) O.K. E amif (pinheiro) se orme h) Cupressus sp. FlG. 33 (cipreste) Iítlca k) F us microcarpa J....f. (ftcus) Cordiforme p) rotnomorptie sp. (capeva) Ovada m) Sida micrantha st. -Hill. (vassoura) , Espatulada Is) Gnaphalium purpureum: Deltóide L. (escama-de-sapo) 1) Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal) 75 -FOLHA - LIMBO Obovada n) Buxus sempervirens L. (buxo) Hastada q) Mikania salinaefolia • Gaertn. Reniforme o) Centella asiatica (L.) Urban Sagitada r) Araceae (tinhorão) FIG.33 76 -FOLHA - LIMBO ESTUDaDO LIMBOQUAN- TO AO BOR- DO aculeado -:- com pontas agudas e rígidas na margem do limbo, ex: abacaxi (34a); crenado - com dentes obtusos ou arredondados, ex: folha-da- fortuna (34b); dentado - com dentes regulares não inclinados, ex: roseira, brínco-de-princesa (34c); inteiro - liso, sem deformação ou divisão, ex: buxo (34d); ondulado - com ligeiras ondulações, ex: magnólia (34e); serrado - dentes como os da serra, inclinados para o ápice, ex: beijo-de-frade (341); serrflhaô« ou serrulado - serrado, porém com dentes diminu- tos, ex: capim pé-de-galinha (34g); sinuoso - com recortes marginais, com aspecto de seno, isto é, ondulações mais profundas; lobado - limbo dividido em lobos mais ou menos arredon- dados. Lobos menores que a metade do semilimbo (nas fo- lhas peninérveas) ou do limbo (nas folhas palminérveas). As folhas lobadas chamam-se, segundo a nervação: pinatilobadas: bico-de-papagaio (34h) e palmatilobadas: guaxi- ma (34i).O mesmo se diz em relação ao número de lobos: triloba- da, qüinqüelobada, multilobada etc. As lobadas assemelham-se às fendidas, porém tém lobos mar- cantes e arredondados; tido ou fendido - recortes que chegam próximo ou até a metade do semilimbo (folhas peninérveas) ou do limbo (fo- lhas palminérveas). Quanto à nervação, as folhas podem ser: pinatfídas: folíolo do cinamomo (34j) e palmatífidas: batata-do- ce (~{4k); partido - recortes que alcançam além da metade do serni- limbo (folhas peninérveas) ou do 11mbo (folhas palminér- veas), sem alcançar a nervura mediana ou a base, respec- tivamente. Segundo a nervação as folhas partidas podem ser: pinatipartidas: flor-de-maío (341) palmatlpartidas: momoeiro (34m). Quanto ao número pod m s r: bípartídas, multipartida te; secto ou cortado - os r rtes aí nçnrn n rvura mediana (folhas peninérveas)
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