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Contratos - Plano de aula 17 - Doação

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DOS CONTRATOS
PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA
Plano de aula 17 – Doação
(CC, arts. 538 a 564)
Conceito. Natureza. Características. 
Trata-se do contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens a outra (CC, art. 538)
Consiste num negócio unilateral, inter vivos, formal (CC, art. 541) e gratuito
A alienação gratuita de direitos imateriais configura cessão de direitos e não doação
A aposição de encargo não faz o negócio desviar-se da liberalidade
A remissão de dívidas, o pagamento de débito alheio, o contrato em favor de terceiros podem ser entendidos como modalidades de doação indireta
Elementos:
a) Subjetivo: animus donandi – manifestação de vontade de efetuar a liberalidade;
Objetivo – diminuição do patrimônio do devedor
Aceitação
Pode ser expressa, tácita ou presumida.
Na doação pura para incapaz dispensa-se a aceitação (CC, art. 543).
Caso seja feita ao nascituro, será válida se aceita pelo representante legal, ainda que onerosa (CC, art. 542).
O Código prevê uma espécie de aceitação presumida para doações puras (CC, art. 539)�.
Haverá também aceitação presumida na doação em contemplação de casamento futuro de certa pessoa (CC, art. 546)�. 
Tutores e curadores não podem figurar como donatários dos bens dos tutelados ou curatelados (CC, art. 1749).
Os menores de 16 anos não podem doar, pois seus representantes estão impedidos de dispor gratuitamente de seu patrimônio. Ademais, não haverá animus donandi.
Objeto da doação
Apesar da ausência de norma expressa, deve-se entender que há vedação de doação após a morte, pois deve ser utilizado o testamento.
O Código proíbe a doação universal (CC, art. 548).
Nula é a doação inoficiosa, ou seja, quanto à parte que exceder a que o doador poderia dispor em testamento (CC, art. 549).
A avaliação do patrimônio é feita no momento da liberalidade.
Presumem-se fraudulentos os atos de transmissão gratuita de bens pelo devedor insolvente (CC, art. 158)
O doador não responde pela evicção nem por vícios redibitórios, salvo nas doações remuneratórias ou se tiver assumido expressamente tal responsabilidade.
Espécies de doação
Doação pura – não se estabelece nenhuma condição ou encargo nem subordina sua eficácia a qualquer condição.
Doação contemplativa (CC, art. 540) – o motivo da liberalidade é enunciado (merecimento).
Doação modal, onerosa ou com encargo – a liberalidade vem acompanhada de uma incumbência atribuída ao donatário (CC, art. 553).
Doação remuneratória – realizada em recompensa aos serviços prestados ao doador pelo donatário.
Doação em forma de subvenção periódica (CC, art. 545).
Doação conjuntiva – feita a mais de uma pessoa. O bem será distribuído igualmente para todos, salvo disposição em contrário (CC, art. 551).
Na doação conjuntiva aos cônjuges, o sobrevivente terá direito de acrescer (CC, art. 551, p.único).
Doação feita em contemplação de casamento futuro (condição suspensiva) - independe de aceitação expressa (CC, art. 546). Essa espécie de doação é irrevogável por ingratidão do donatário.
Doação feita a entidade futura (CC, art. 554) – o prazo para constituição é decadencial (2 anos).
Doação entre cônjuges
Não será válida, se subverter o regime de bens.
Na comunhão universal, não há sentido na doação.
Na separação obrigatória, não será possível por imposição legal.
Na comunhão parcial, será permitida em relação aos bens particulares de cada cônjuge.
É permitida também na separação absoluta.
Poderá importar em adiantamento da herança (CC, art. 544 c/c art. 1829).
Doação entre concubinos
Há proibição expressa (CC, art. 550).
Visa a proteger o patrimônio do casal.
Só se aplica a pessoas casadas.
O prazo para anulação será de dois anos contados da dissolução da sociedade conjugal.
Reversão por premoriência do donatário
O doador pode estipular a reversão dos bens ao seu patrimônio, na hipótese de sobreviver ao donatário (CC, art. 547).
Trata-se de condição resolutiva expressa.
A reversão somente ocorre em favor do doador. Não pode ser convencionada em favor de terceiros.
Revogação das doações
a) Em verdade, não se trata de revogação, mas de anulação, rescisão ou resolução.
Fatos comuns a todos os negócios jurídicos
Vícios do negócio jurídico (CC, art. 171, II)
Incapacidade do agente, objeto ilícito, impossível ou indeterminável, não for respeitada a forma (CC, art. 541)
Revogação por descumprimento do encargo (CC, art. 562)
Se não houver previsão de prazo para cumprimento da liberalidade, deverá haver interpelação judicial (CC, art. 397).
Tem legítimo interesse para exigir o cumprimento o doador, terceiro ou o Ministério Público, a depender do caso.
Revogação por ingratidão do donatário
Admite-se a revogação da doação, desde que tenha sido pura e simples, por ingratidão do donatário (CC, art. 557 c/c 564).
O rol estabelecido no art. 557 é taxativo (numerus clausus).
Trata-se de norma de ordem pública.
O prazo para pleitear a revogação é de um ano, contado da ciência do fato e da autoria (CC, art. 559).
Consiste em direito personalíssimo (CC, art. 560), salvo na hipótese de homicídio (CC, art. 561).
Promessa de doação
Há controvérsia doutrinária e jurisprudencial a respeito da exigibilidade do seu cumprimento, por se tratar de uma liberalidade.
Em sentido contrário: Caio Mário da Silva Pereira e Serpa Lopes.
Admitindo tal possibilidade encontram-se: Pontes de Miranda, Washington de Barros Monteiro, Silvio Venosa.
� “Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo”.
� “Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar”.
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