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Contratos - Plano de aula 18 - mandato

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DOS CONTRATOS
PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA
Plano de aula 18 – Mandato
(CC, arts. 653 a 692)
Noções Introdutórias: Conceito. Caracteres
Conceito: é o contrato através do qual alguém (Mandatário) recebe poderes de outrem (Mandante), para em nome deste praticar atos ou administrar interesses.
Para parte da doutrina, a procuração seria o instrumento que materializa o contrato de mandato�. Orlando Gomes critica essa concepção, tendo em vista que a procuração pode ser verbal�.
 Em verdade, a procuração é uma manifestação unilateral de vontade de quem pretende ser o mandante.
A representação é a investidura concedida pelo mandante ao mandatário em virtude da existência do contrato�.
Trata-se de negócio jurídico intuitu personae, pois supõe uma relação de confiança.
Salvo disposição em contrário, consiste em contrato unilateral�.
Presume-se gratuito o mandato civil (CC, art. 658) e oneroso o mercantil.
É consensual, não solene (CC, art. 656).
O mandato deve obedecer à forma exigida por lei para o ato a ser praticado (CC, art. 657). Trata-se do princípio da simetria das formas.
Objeto: a prática de atos ou negócios jurídicos em favor do mandante.
Trata-se de um contrato preparatório, serve sempre para a prática de outro negócio jurídico unilateral ou bilateral.
Em regra, a aceitação é tácita e decorre do começo da execução (CC, art. 659).
Espécies.
Trata-se de contrato consensual, que pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.
O mandato pode ser especial a um ou mais negócios determinados ou geral, relativo a todos os negócios do mandante (CC, art. 660).
Para os atos que exigem poderes especiais, é necessário que o mandato especifique o objeto da outorga (CC, art.661, §1º). Ex: especificar o objeto da doação.
O caráter especial do poder permite uma espécie de revogação tácita, como a designação de um novo procurador para um mesmo negócio� (CC, art. 687).
Mandato conferido a mais de um mandatário (CC, art. 672).
A procuração
O mandato verbal pode ser provado por todos os meios admitidos, respeitado o art. 227 do CC
A procuração é um negócio jurídico unilateral em que uma pessoa outorga voluntariamente a outra o poder de representação
 Admite-se a procuração por telegrama (Decreto n. 29.151/51, art. 76). Deve-se admitir também a utilização de meios informatizados e fax
O analfabeto somente poderá outorgar procuração por escritura pública
Terceiro pode exigir o reconhecimento de firma (CC, art. 654, §2º)
A procuração apud acta – os poderes são conferidos no momento da realização de um negócio jurídico
O mandato judicial
Cuida-se do mandato voltado para a atuação do advogado em juízo
Em regra, deve ser escrito, salvo nos processos criminais e trabalhistas, em que basta a indicação em audiência
Disciplinado pela Lei n. 8.906/94
Poderes especiais. Ex: art. 38 do CPC 
Substabelecimento
Ato unilateral pelo qual o mandatário transfere poderes ao substabelecido (é um subcontrato ou um contrato derivado)
Outorga com reserva de poderes – o substabelecente mantém os poderes recebidos para atuar juntamente com o substabelecido
Outorga sem reserva de poderes – o mandatário desvincula-se do contrato, que é assumido pelo substabelecido (equivale à renúncia)
Não está sujeito a forma especial (CC, art. 655) 
Se a proibição de substabelecer constar na procuração, o ato do substabelecido só obriga o mandante se por ele ratificado (CC, art. 667, §4º)
Procuração em causa própria. Contrato consigo mesmo ou autocontrato (CC, art. 685)
Outorgam-se poderes ao procurador para administrar negócio como se fosse no seu próprio interesse
Em regra, é utilizada como título de transmissão de direitos reais ou pessoais
Justifica-se sua irrevogabilidade em razão de ser ato jurídico em que se transferem direitos.
Extinção do mandato. Revogação
As hipóteses de extinção do mandato estão descritas no art. 682 do CC: a revogação, a renúncia, a morte ou a interdição de uma das partes, a mudança de estado que inabilite o mandante a conferir poderes ou o mandatário a os exercer, o término do prazo ou a conclusão do negócio
Em regra, o mandato é revogável (ato unilateral), salvo arts. 683, 685; não atinge atos pretéritos nem se exige a mesma forma do mandato
Notificada somente ao mandatário, não produz efeitos em relação a terceiros (CC, art. 686)
A renúncia inoportuna sujeita o renunciante a perdas e danos; a renúncia deve ser comunicada ao mandatário (CC, art. 688).
Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald defendem que se houver a revogação do mandato sem justa causa a remuneração deverá ser paga integralmente. Caso exista um motivo justo, os honorários serão proporcionais ao trabalho executado�.
Contudo, o entendimento majoritário fixa-se no sentido de se pagar honorários proporcionalmente, acrescidos de perdas e danos, caso a revogação seja inoportuna.
Enquanto o mandatário ignorar a morte do mandante, são válidos os atos praticados
Mudança do estado do mandante e do mandatário. Ex: nomeação para cargo incompatível
Terminação do prazo ou conclusão do negócio
� Nesse sentido: VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 266; GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. vol. IV, Tomo 02. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 324/325.
� GOMES, Orlando. Contratos. 26 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 425.
� Ao contrário do que pensa Clóvis Beviláqua, Washington de Barros Monteiro (Curso, Obrigações, vol. II, p. 271), Caio Mário (Instituições, vol. III. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 339)., Silvio Rodrigues e outros, Orlando Gomes defende a idéia de que procuração e representação não se superpõe necessariamente.(op. cit. p. 425). No mesmo sentido: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro. Vol. III 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 390.
� A doutrina majoritária o classifica como unilateral (nesse sentido: GOMES, Orlando. Contratos. Rio de Janeiro: Forense, 200...; GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro......; A classificação do mandato como bilateral é minoritária na doutrina (Nesse sentido: DINIZ, Maria Helena). Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald criticam a classificação do contrato como bilateral e ressaltam que o surgimento de obrigações acidentais não altera a natureza unilateral do contrato. (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito dos contratos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 1019).
� AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 6 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2006, p. 441.
� FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson.,2011, p. 1021.
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