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Universidade Estadual Paulista – Unesp Faculdade de Ciência e Tecnologia Campus de Presidente Prudente Relatório 4 Discente: Antonio Jonathan de Oliveira Morais Discente: Danilo Couto Docente: Professor Doutor Carlos Tello Sáenz Presidente Prudente – SP Julho de 2015 Roteiro Física IV: A Refração e o estudo da óptica da Visão: Lentes Côncavos e Convexos, óptica da Visão Antonio Jonathan de Oliveira Morais Danilo Couto Roteiro de Física IV – A Refração e o estudo da óptica da Visão: Lentes Côncavos e Convexos, óptica da Visão Roteiro de Física IV – A Refração e o estudo da óptica da Visão: Lentes Côncavos e Convexos, óptica da Visão, apresentado a disciplina de laboratório de Física IV, do curso de Licenciatura em Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho, como requisito para avaliação. Presidente Prudente Julho de 2015 Sumario 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 1.1- INTRODUÇÃO HISTÓRICA ............................................................................................................ 4 1.2- INTRODUÇÃO TEÓRICA – ÓTICA ................................................................................................ 5 1.2.1- Hipermetropia ................................................................................................................... 9 1.2.2- Miopia .............................................................................................................................. 10 1.2.3- Presbiopia ....................................................................................................................... 10 1.2.4- Astigmatismo .................................................................................................................. 10 1.3- INTRODUÇÃO TEÓRICA - LENTES ............................................................................................. 11 2. OBJETIVOS .............................................................................................................................. 14 3. MATERIAIS ............................................................................................................................... 15 4. MÉTODOS ................................................................................................................................. 16 4.1- A REFRAÇÃO E SUAS LEIS – UTILIZANDO O BANCO ÓPTICO PLANO CATELLI ........................ 16 4.2- A REFRAÇÃO NAS LENTES ESFÉRICAS – UTILIZANDO O BANCO ÓPTICO PLANO CATELLI ..... 17 4.3- INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÓPTICA DA VISÃO ...................................................................... 17 5. RESULTADOS .......................................................................................................................... 18 6. CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 21 7. REFERENCIAS ......................................................................................................................... 22 1. Introdução No estudo da óptica procuraremos abordar, com objetividade, o estudo da luz e dos fenômenos luminosos em geral, tais como: o comportamento da luz, a reflexão da luz e a refração da luz. Após estudarmos os fenômenos passaremos a discutir sobre os instrumentos ópticos tais como: espelhos planos e esféricos e lentes esféricas 1.1- Introdução Histórica Não se tem certeza de quando é que foram criadas as primeiras lentes, mas já no século VIII a.C. existia um cristal de rocha com propriedades de ampliação da imagem. No entanto, foi só no século XIII que esse cristal passou a ser conhecido e utilizado, surgindo então os primeiros óculos. Desde a sua origem esse instrumento óptico tem sido muito utilizado. Na época, logo após sua criação, houve uma rápida popularização, de modo que muitos pesquisadores começaram a fazer combinações entre lentes para a aplicação nos chamados instrumentos ópticos, como microscópios, telescópios. Johannes Kepler foi quem pela primeira vez sugeriu a utilização de superfícies cônicas em lentes e espelhos, mas dificilmente poderia aprofundar a sua ideia sem o auxílio da Lei de Snell. Ainda com base nessa lei e na sua própria Geometria Analítica, Descartes pode estabelecer as bases teóricas da óptica das superfícies asféricas. Em 1841, Gauss construiu uma análise da formação de imagens, conhecida como óptica gaussiana, paraxial ou de primeira ordem. A óptica gaussiana é o instrumento teórico básico que tem permitido a síntese de sistemas ópticos. Num sistema óptico devidamente corrigido, uma onda esférica incidente emerge com uma forma aproximadamente esférica. Á medida que a qualidade do sistema aumenta, cada vez mais aplicável é a teoria da primeira ordem. Os desvios relativos ao comportamento paraxial constituem uma medida conveniente da qualidade de um sistema óptico real. 1.2- Introdução Teórica – Ótica Óptica é um ramo da física que estuda os fenômenos luminosos, bem como suas propriedades. Os fenômenos estudados em óptica geométrica podem ser descritos com a simples noção de raio de luz e alguns conhecimentos de geometria. Assim, para representar graficamente a luz em propagação, como por exemplo, a luz emitida pela chama de uma vela, utilizando a noção de raios de luz os quais são linhas que representam a direção e o sentido de propagação da luz. A ideia de raios de luz é puramente teórica e tem como objetivo facilitar o estudo. Quando a Luz passa de um meio o outro, duas coisas acontecem nessa situação. 1. A velocidade da luz muda 2. A direção de propagação não é a mesma. Assim que se referimos a Refração. Ao acontecer esses fatos, simplesmente a mudança de um material mais denso, os fótons irão se colidir com mais partículas e assim retardando a velocidade de propagação. A velocidade da luz é maior para qualquer objeto que possam atingir, ou seja, a luz que atingir em um meio vai ser menor do que a velocidade da luz no vácuo. Denominamos velocidade da luz no vácuo como “c”. O meio do objeto podemos chama-lo como “índice de refração” como a sigla “n” e a velocidade do meio como “v”. Na matemática, podemos caracterizar esses seguintes elementos como 𝑐 = nv ou 𝑛 = 𝑣 𝑐 . O Índice de refração varia de acordo com a densidade do material, ou seja, é o quociente da massa e do volume de um corpo. Por exemplo: O Índice de refração do ar é muito próximo a 1 e o da Água é 1, 33.O fenômeno da refração é regido por duas leis. São leis análogas às leis da reflexão. Estaremos tratando, ao enunciarmos essas leis para a refração, de um raio luminoso que incide sobre uma superfície a qual estabelece a separação entre dois meios. Um meio material será designado por meio (1), enquanto o outro meio será designado por meio (2). O índice de refração do meio (1) designaremos por n1 enquanto o índice de refração do meio (2) designaremos por n2. Figura 1: Plano da Luz incidente Os meios (1) e (2) podem ser pensados como o ar (meio (1)) e a água (meio (2)) ou com o ar (meio (1)) e o vidro (meio (2)). A luz incide no meio (1) de tal forma que o raio de luz incidente forma um ângulo Θ1 com a normal (N) à superfície (S) no ponto de incidência. Este raio é refratadoformando um ângulo Θ2 com a normal (N) à superfície no ponto de incidência. Figura 2: Raio Refratado A primeira lei de refração estabelece que o raio incidente, o raio refratado e a normal pertencem a um mesmo plano. Dito de outra forma: “O plano de incidência e o plano da luz refratada coincidem” A segunda lei estabelece uma relação entre os ângulos de incidência, de refração e os índices de refração dos meios. Tal relação é conhecida como Lei de Snell-Descartes e seu enunciado é: “Numa refração, o produto do índice de refração do meio no qual ele se propaga pelo seno do ângulo que o raio luminoso faz com a normal é constante”[1]. Em linguagem matemática, a segunda lei pode ser escrita como: 2211 senθn=senθn Se a incidência for normal (ângulo de incidência zero), o ângulo refratado será nulo. Nesse caso a luz não sofre qualquer desvio. A única consequência da refração no caso da incidência normal é a alteração da velocidade da luz ao passar de um meio para o outro [2]. Figura 3: Raio Refratado sendo n2 maior e se aproximando com o plano normal Se a incidência for oblíqua então o raio luminoso se aproximaria mais da normal naquele meio que for mais refringente (isto é, aquele meio que tiver o maior índice de refração). O meio com menor índice de refração é, por outro lado, aquele no qual a luz se propaga mais rápido. Figura 4: Raio Refratado sendo n2 menor e se distanciando com o plano normal O olho é uma parte do nosso corpo extremamente complexo. Com ele podemos focalizar um objeto, controlar a quantidade de luz que entra e produzir uma imagem nítida de um objeto. Sob esse aspecto o olho humano pode ser comparado a uma câmara fotográfica. No entanto, os mecanismos que permitem ao olho efetuar um sem número de operações (como o controle da luminosidade) são extremamente complexos [3]. Na figura abaixo apresentamos as partes essenciais do olho. Figura 4: Olho Humano por dentro A parte da frente do olho é recoberta por uma membrana transparente denominada córnea. Atrás da córnea está um líquido, também transparente, ocupando uma pequena região na parte da frente do olho. Este meio é denominado de humos aquoso. Ainda na frente se situa a íris. A íris funciona como o diafragma de uma máquina fotográfica. Ela tem um diâmetro variável permitindo controlar a quantidade de luz que entra. As pálpebras permitem também controlar a entrada de luz. No centro da íris está a pupila do olho. O cristalino é a lente (biconvexa) do olho. A lente do cristalino é uma estrutura elástica e transparente. Quando a luz incide sobre o olho humano ela experimenta a refração primeiramente na córnea. A íris controla a quantidade de luz entrando no olho dilatando a pupila (quando quer aumentar a quantidade de luz) ou contraindo a pupila (para reduzir a quantidade de luz). A íris é a porção colorida do olho (olhos azuis, castanhos etc.). A pupila é a região associada ao pequeno círculo do olho. Tem uma cor diferente da íris. Depois de passar pelos meios transparentes a luz atinge uma película extremamente sensível à luz. Esta película é a retina. A retina é o análogo ao filme de uma máquina fotográfica. A retina consiste de milhões de bastonetes e cones. Quando estimulados pela luz proveniente do olho, os bastonetes e cones se decompõe quando expostos à luz. Quando assim estimulados esses receptores enviam impulsos para o cérebro (através do nervo óptico) onde a imagem é percebida. Existem três tipos de cones diferentes. Na retina, a interação desses sistemas de cones é responsável pela percepção das cores. Cada tipo de cone é sensível basicamente a uma parte do espectro visível. Um tipo de cone é sensível ao azul e violeta, o outro ao verde e o terceiro ao amarelo. Uma das teorias para explicar a sensação das cores no ser humano sustenta que qualquer cor é determinada pela frequência relativa dos impulsos que chegam ao cérebro provenientes de cada um desses três sistemas de cones, ou seja, a luz é percebida no cérebro num processo de adição de cores. Quando um grupo de cones receptivos a uma dada cor está em falta na retina (usualmente por uma deficiência genética) o indivíduo é incapaz de distinguir algumas cores. O indivíduo com essa deficiência é daltônico. O olho pode apresentar anomalias. Algumas delas podem ser corrigidas com lentes de contato, óculos ou cirurgias. Vamos descrever as anomalias nessa seção e as correções das mesmas serão analisadas na próxima seção. 1.2.1- Hipermetropia A hipermetropia ocorre quando a imagem de um objeto a grande distância é formada depois da retina. O olho hipermetrope requerer acomodação mesmo para objetos no infinito. Como consequência, a distância mínima para visão distinta acaba se tornando maior pois o esforço de acomodação já começa numa situação que normalmente isso não seria exigido. 1.2.2- Miopia Na miopia, a imagem de um ponto no infinito é formada antes da retina. Não atinge, portanto, a retina. Perde, portanto, a visão distinta. Torna-se inútil um esforço de acomodação, pois a distância focal já é a máxima possível. Os míopes têm facilidade para ver de perto. Na miopia fica reduzida a distância mínima de visão distinta. 1.2.3- Presbiopia A presbiopia é causada pela alteração da amplitude de acomodação. Ele acontece naturalmente com a idade. À medida que os indivíduos envelhecem, o cristalino perde sua elasticidade perdendo sua capacidade de acomodação. A habilidade de assumir uma forma esférica é perdida paulatinamente. O poder de acomodação se reduz de 14 dioptrias quando se é criança, para duas dioptrias acima dos 50 anos. 1.2.4- Astigmatismo Um indivíduo que tem astigmatismo associa a um objeto puntiforme uma linha imagem (ao invés de um outro ponto). Esta condição decorre do fato de que, nesse caso, a córnea ou o cristalino (mais raramente) não são perfeitamente simétricos. O raio de curvatura muda de acordo com a direção considerada. Não se apresenta, portanto, como uma calota esférica perfeita. As anomalias descritas anteriormente podem ser corrigidas com lentes corretoras (lentes de óculos ou lentes de contato). No caso de hipermetropia, a correção se dá com o uso de uma lente convergente adequada. Uma lente convergente permite fazer a imagem recair sobre a retina. Figura 5: Olho Hipermetrope e a lente de correção Para a correção da miopia recorre-se a uma lente divergente. O efeito será o oposto do caso anterior. Isso permitirá a formação da imagem a uma distância do vértice maior do que sem a lente divergente. Permite, assim, corrigir a anomalia. Figura 6: Olho Míope A correção da presbiopia deverá ser efetuada com uma lente convergente (como na hipermetropia). Se além da dificuldade de ver de perto se superpõe aquela de ver longe, tem-se que recorrer a lentes bifocais (duas lentes numa só). O astigmatismo é corrigido com lentes cilíndricas [3]. Figura 7: Astigmatismo 1.3- Introdução Teórica - Lentes As lentes mais espessas no eixo do que na borda são chamadas de lentes convexas ou convergentes (essas lentes convergem os raios luminosos incidentes se o índice de refração da lente for maior do que o do meio no qual ela está envolvida) e são responsáveis pelo aumento da convergência do feixe incidente. As lentes mais finas no eixo do que nas bordas são chamadas de lentes côncavas ou divergentes (aqui também, essas lentes divergem os raios luminosos incidentes se o índice de refração da lente for maior do que o do meio no qual ela está envolvida) e aumentam a divergência dos raios luminosos em relação ao eixo central. Quandoiluminadas por feixes colimados (de raios paralelos) dão origem a feixes divergentes. Quando se faz incidir um feixe colimado numa lente convergente (ou divergente), o ponto para o qual o feixe converge (ou do qual ele parece divergir) é o ponto focal da imagem na lente. Elementos ópticos, lentes ou espelhos, com dioptros que não são planos nem esféricos, são conhecidos como asféricos. Embora seu funcionamento seja fácil de compreender e realizem muito bem certas funções, as lentes asféricas são bastante difíceis de serem produzidas com precisão. As primeiras lentes produzidas em grande quantidade com precisão foram utilizadas nas máquinas fotográficas Kodak, em 1982. Atualmente as lentes asféricas são utilizadas com frequência para corrigir erros de formação de imagem em sistemas ópticos complexos, como telescópios, projetores, sistemas de reconhecimento. Duas peças de material com superfícies esféricas, uma côncava e outra convexa, ambas com o mesmo raio de curvatura, encaixam perfeitamente uma na outra, seja qual for a sua orientação relativa. Quando dois objetos aproximadamente esféricos com a curvatura adequada, sendo um deles um utensílio de polimento e o outro um disco de vidro, separados por um abrasivo, são friccionados um contra o outro com movimentos aleatórios, os pontos salientes desaparecem e as superfícies tornam-se cada vez mais esféricas com o desgaste. Atualmente, a maior parte das lentes de qualidade que se utilizam possuem superfícies esféricas. Estas superfícies permitem a formação de imagens de objetos extensos com luz não necessariamente monocromática. Os erros de formação de imagens, ou aberrações, são inevitáveis e estão sempre presentes, mas a tecnologia atual permite construir sistemas de lentes esféricas de alta qualidade, com aberrações controladas até o limite da difração. As lentes podem ter uma grande variedade de formas. Uma lente é normalmente um sistema óptico constituído por dois ou mais dioptros um dos quais pelo menos é curvo. As superfícies não planas têm os respectivos centros de curvatura sobre um eixo comum. São quase sempre esféricas e frequentemente revestidas de filmes dielétricos que permitem controlar a sua transmissão. Uma lente constituída por um só elemento (dois dioptros) é uma lente simples. Uma lente composta é constituída por vários elementos (dioptros). As lentes podem ser classificadas de acordo com a sua espessura, sendo as convexas, convergentes ou positivas as lentes mais espessas no centro e que tendem a fazer diminuir o raio de curvatura das frentes de onda incidentes (pressupondo-se que o índice da lente é superior ao do meio em que está se encontra). Figura 8: Lentes Delgadas Por outro lado, as lentes côncavas, divergentes ou negativas são mais finas no centro, e facilitam um avanço mais rápido da frente de onda nessa zona, aumentando o raio de curvatura e fazendo-a divergir mais acentuadamente. 2. Objetivos Para que se possa entender melhor o sistema óptico da visão, além de se familiarizar com os princípios físicos do uso de lentes, temos os seguintes objetivos: Caracterizar, anatomicamente, o olho que apresenta o defeito de refração conhecido por hipermetropia; Identificar a lente, conforme o grupo divergente ou convergente, que corrige o defeito de visão de um olho hipermetrope; Caracterizar, anatomicamente, o olho que apresenta o defeito de refração conhecido por miopia; Identificar a lente, conforme o grupo divergente ou convergente, que corrige o defeito de visão de um olho míope; Conceituar uma lente; Selecionar lentes conforme o grupo divergente ou convergente; Determinar, a partir de uma lente esférica: centro ótico; vértice; eixo ótico; raio de curvatura e convergência da lente; Identificar os três raios incidentes principais; Descrever a trajetória dos raios refratados emergentes, quando raios incidentes forem principais; Identificar e utilizar os três raios principais na obtenção de imagens. Conceituar dioptro; Identificar e conceituar o raio incidente; Raio refratado, ponto de incidência, ângulo de refração e de incidência; Enunciar a primeira lei de refração e segunda lei de refração. Determinar e conceituar o ângulo de refração; Determinar e interpretar, fisicamente, o índice de refração relativo; Conceituar a dispersão; 3. Materiais Banco óptico plano Catelli; Dois espelhos planos; Espelhos Côncavo e Convexo; Dióptrico em forma de meio círculo; Um Compasso; Uma Régua; Tabela Trigonométrica; Calculadora cientifica; Lentes biconvexa, plano côncava, plano convexa Perfil dióptrico biconvexo, bicôncavo, plano convexa e plano côncavo. Figura 9: Banco Ótico e lentes 4. Métodos Durante a experiência se utilizaram 3 montagens distintas. 4.1- A refração e suas leis – Utilizando o banco óptico plano Catelli Durante a primeira montagem, se utilizou o plano Catelli com um espelho plano e se observou que sucede com o ângulo refletido de acordo com a variação do ângulo de incidência. Com esta mesma montagem se observa também que são os que sucedem com o ângulo entre os raios incidente e refletido ao girar o espelho. Figura 10: Ângulo refletido de acordo com o ângulo de incidência Durante a segunda montagem do experimento, se utilizou o Plano Catelli com dois espelhos planos e se observou o que acontece com o raio refletido quando os espelhos formam um ângulo de 45° e quando formam um ângulo de 90°. Figura 11: Raio refletido por dois espelhos com ângulo de 45°. Durante a terceira e última montagem, se utiliza o plano Catelli com o perfil de espelhos côncavo e convexo e se observa o que acontece ao incidir um raio: sobre o eixo principal do espelho paralelo e em direção ao foco do espelho. 4.2- A refração nas lentes esféricas – Utilizando o banco óptico plano Catelli Primeiro foi colocado, um a um, dos perfis sobre o painel óptico e passeando com o raio incidente paralelamente ao eixo principal, logo em seguida foi colocado a lente convergente plano convexa no painel de modo que o raio central passe pelo seu centro óptico, sendo assim identificando o foco real da lente. Após houve a classificação das lentes divergentes e convergentes e colocado cada uma no banco para verificar o que acontece. Posteriormente foi colocado à disposição 9 figuras para que o aluno consiga identificar o que acontece com o raio ao passarem pela lente e assim saber onde se forma a imagem. 4.3- Introdução ao estudo da óptica da visão Foi colocado uma figura esquemática “defeitos de visão”, sobre o painel do banco óptico, e sendo assim colocado a lente natural do olho humano e observado o que acontece, logo após foi identificado os problemas que um olho humano pode ter. Figura 12: Banco óptico sendo utilizado com a figura defeitos de visão 5. Resultados Após a montagem do aparato e a leitura dos procedimentos, efetuamos as primeiras observações quanto aos efeitos da luz, seguindo cada configuração do dioptro. A primeira etapa desta discussão de resultados se refere ao raio de incidência que ao penetrar no dióptro plano pelo ponto central, o feixe de luz sai normal à superfície dióptrica circular do semicírculo. Portanto o raio incidente e o raio refratado são iguais. O princípio da propagação retilínea também faz jus a este conceito, quando afirma que, em um meio homogêneo e isotrópico a luz se propaga em linha retaem todas as direções e sentido. O ângulo de incidente forma um ângulo de incidência de 90° com a reta normal (N) no ponto de incidência. Já o raio refratado (raio no interior do acrílico) forma um ângulo de refração de 90° com a reta norma (N), tendo em vista que neste caso o ângulo de incidência foi igual ao refratado. Ao girarmos o disco no sentido horário, com variação angular entre 0° e 45° entre o raio incidente e a reta normal, nota-se que quanto mais se afasta do ângulo de 0°, mais próximo da reta normal fica o raio incidente. Caso não houvesse o dióptro no cento do disco, a luz passaria livremente em linha reta, mesmo havendo alterações do ângulo. A reta norma pode ser considerada uma “linha” invisível, perpendicular ao plano da reta e formando um ângulo de 90°. Ou seja, Se θ1 e θ2 forem iguais, isso implica em n1 = n2. Assim, se os meios forem iguais, os ângulos de incidência e refração são iguais, não ocorrendo refração, pois não há mudança na direção de propagação do raio. Em casos de Incidência normal, não ocorre refração. 1°lei da refração afirma que o raio incidente, o raio refratado e a reta normal ao ponto de incidência estão contidos no mesmo plano. Em outra situação temos a seguinte afirmação: “Ao passar de um meio menos denso para outro mais denso, geralmente o raio refratado se aproxima da reta normal”. Ou seja, quando o raio de luz passa de um meio para outro, o índice de refração aumenta, o raio refratado se aproxima da reta normal. Mas se o índice de refração diminui, o raio refratado se afasta da reta normal. Reconhecendo “i” como ângulo de incidência e “r” como ângulo de refração, procedemos de maneira análoga ao especificado logo acima, e montamos e completamos a tabela que se segue: i sen i r Sen r Sen (i)/sen (r) 10 7 0,65 1,49 20 0,34 12 -0,53 1,53 30 0,46 19,9 0,86 1,50 40 0,55 24 -0,90 1,48 50 0,77 31 -0,48 1,51 Observando a tabela, nota-se que quanto mais aumentamos o ângulo de incidência, o ângulo de refração também aumenta se aproximando da reta normal. O mesmo ocorre quando analisamos os senos do ângulo de incidência e o seno do ângulo de refração. Utilizando como base os ângulos de incidência correspondentes a 20° e o de refração 15°, podemos calcular o índice de refração do acrílico (n1=n2) utilizando a relação matemática do procedimento, resultando em aproximadamente 1,322 (adimensional). Consultando tabelas com valores padronizados, o índice de refração relativa do acrílico é de 1,49. Sendo assim, temos um erro percentual de aproximadamente 11,3%. As lentes, dióptros são materiais sensíveis que requerem muito cuidado durante o seu manuseio e principalmente no armazenamento, pois sua eficiência e precisão podem ser facilmente alteradas com um simples arranhão ou embasamento do material. Índice de refração é uma das grandezas físicas que caracterizam o meio e que os valores desse índice para vários materiais podem ser obtidos através de dados experimentais emitidos em tabelas. É o grau de dificuldade encontrado pela luz para propagar-se em um novo meio transparente e homogêneo. Os índices de refração de uma substância são muito sensíveis ao estado físico no qual ele se encontra. Para o índice de refração em relação à água, utilizando as informações da tabela, e considerando o índice de refração da água, segundo a fórmula temos como índice de refração do acrílico como sendo 0,76 e a velocidade da luz no acrílico é de 266,92m/s. Ainda para o resultado encontrado para o índice de refração do acrílico, usando a Lei de Snell – Descartes, determinamos o ângulo limite deste material, sendo de 44º no experimento realizado na sala de aula. Posicionando o dióptro em sentido contrário, e com inclinação de 20° o raio incidente e 30° do ângulo de refração. Em seguida voltamos o dióptro para a posição inicial de aferição e voltamos a girar o disco de 0° a 90°onde constatamos a reflexão total da luz. Na reflexão total ou interna nenhuma luz se refrata. Quando a luz se propaga do meio mais refringente para o meio menos refringente, nem todo raio luminoso sofre refração. A última refração que ocorreu foi quando o raio refratado através do giro do disco for de 90° e é chamado de ângulo limite. Quando aumentamos o ângulo de incidência ocorre à reflexão total. Medida que o ângulo de incidência aumenta mais raios de luz são refletidos, diminuindo a quantidade de raios refratados, que se afastam da reta normal. Quando o raio refratado atinge o ângulo limite, o raio de refração vai formar um ângulo de 90° com a reta normal, ou seja, rasante, recebendo o nome de ângulo limite ao ângulo de incidência. Quando o raio incidente ultrapassa o ângulo limite, ocorre a reflexão total. Foi observado que quando o raio de luz passa sobre o eixo ótico ele não sofre desvio. Na outra parte desta experiência foi colocado a lente biconvexa e no começo do disco e com o auxílio da régua foi determinado o ponto focal da mesma. O ponto focal encontrado foi aproximadamente de 240 mm. Utilizando uma lente de 8 dioptrias e um anteparo milímetro, e uma lente com um “F” desenhado de aproximadamente 10 mm foi montado sobre o barramento do banco de Catelli. 6. Conclusões Durante a prática observou-se que a luz penetra em qualquer meio de densidade diferentes, porém com velocidades diferentes. Também chamamos de índice de refração absoluto (n) de um meio, a razão entre a velocidade da luz no vácuo pela velocidade que ela adquire ao entrar neste meio. O índice de refração também depende da frequência da onda da luz incidente, sendo importante a identificação do tipo de radiação monocromática utilizada na determinação. A não ocorrência de erros experimentais é praticamente impossível. Nota- se que mesmo havendo um empenho para a minimização desses erros, com a utilização de equipamentos adequado e calibrados, ambientes adequados entre outros sempre existirá erros. O olho é uma parte do nosso corpo extremamente complexo. Com ele podemos focalizar um objeto, controlar a quantidade de luz que entra e produzir uma imagem nítida de um objeto. Sob esse aspecto o olho humano pode ser comparado a uma câmara fotográfica. No entanto, os mecanismos que permitem ao olho efetuar um sem número de operações (como o controle da luminosidade) são extremamente complexos. 7. Referencias [1]- Universidade federal –cursinho, apostila de Ótica, disponível em: http://www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/APOSTILA-RENAN-2012.109.146.pdf. Acesso dia 06 de julho de 2015 [2]-Brasil Escola, disponível em: http://www.brasilescola.com/fisica/conceitos- basicos-otica-geometrica.htm. Acesso dia 07 de julho de 2015 [3]- Mundo educação – questões de Física Ótica aplicada a Luz, disponível em: http://www.mundoeducacao.com/fisica/reflexao-luz.htm. Acesso em 07 de julho de 2015 [4]- Educação Globo – Física, ótica, luz e espelho. Física para o vestibular, disponível em: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/ondas-e-luz/espelhos- e-reflexao-da-luz.html. Acesso em 08 de julho de 2015
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