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Atividade Estruturada II

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1
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DO RIO DE JANEIRO - UNESA
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE DIREITO
MÔNICA DE OLIVEIRA MARQUES
JÉSSICA HIANNY SALGADO RIBEIRO
LUCAS DANIEL ABRANTES
ANDREZZA BONFÁ
ATIVIDADE ESTRUTURADA II:
Elaboração de síntese sobre o vídeo “JUSTIÇA”, Direção e produção de Maria Augusta Ramos. Documentário. Brasil
RIO DE JANEIRO
2015
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Mônica de Oliveira Marques
Jéssica Hianny Salgado Ribeiro
Lucas Daniel Abrantes
Andrezza Bonfá
Atividade Estruturada II:
Elaboração de síntese sobre o vídeo “JUSTIÇA”, Direção e produção de Maria Augusta Ramos. Documentário. Brasil
Trabalho apresentado para a disciplina Psicologia aplicada ao Direito, pelo Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro – UNESA, ministrada pelo professor Adelmo Senra Gomes
Rio de Janeiro
2015�
SUMÁRIO
31 introdução	�
72 conclusão	�
8Referências	�
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1 introdução
O documentário “Justiça”, produzido e dirigido por Maria Augusta Ramos, visa mostrar a verdadeira realidade do sistema jurídico na sociedade brasileira. Para isso, conta com a participação de funcionários do Judiciário, sejam eles defensores, juízes e promotores, além dos réus e suas famílias. 
O filme mostra situações ali vividas, e também, em partida, a vida privada dos envolvidos. O objetivo é trazer a tona a todos, um questionamento sobre o funcionamento da Justiça Penal. Através dele é possível visualizar a essência dos vínculos estabelecidos entre o Estado e os demais participantes do processo penal. A cineasta usou também de recursos que pudessem ajuda-la a retratar tais fatos da maneira mais real possível, a fim de proporcionar uma catarse em seus espectadores.
Evidentemente, a realidade mostrada nos dá uma melhor percepção de que o ritual processual, em todos os momentos de fato, é produto de um anseio do próprio povo, que leva a uma situação de exclusão dos menos favorecidos. A partir da dura veracidade exposta, nota-se que o sistema carcerário brasileiro é ocupado esmagadoramente por uma extensa população composta por pessoas de baixos níveis sociais, e em sua grande maioria com pouca ou nenhuma qualificação no quesito educação.
Através dos relatos e fatos apresentados no vídeo pôde-se constatar que o mesmo encontra-se em uma situação de grande precariedade em diferentes aspectos, a estrutura, a questão sanitária, alimentar, dentre outras, fazendo com que os presos acabem por ficar em condições que ferem com o princípio da dignidade humana. Pergunta-se então qual seria a real função das penitenciárias brasileiras mediante a tais fatos, buscando questionar se elas realmente estão aptas e capacitadas a cumprir com suas funções, que seriam as de recuperar e adaptar esses transgressores novamente à sociedade, para que não voltem a cometer os mesmos crimes.
Isso se reafirma quando no vídeo podemos notar que em sua grande maioria os acusados não eram réus primários, o que prova a ineficiência de nossos métodos coercitivos. Fica claro que não basta punir, deve-se educar e auxiliar a trilhar um caminho correto. É notório que nas audiências a todo o momento um discurso soberano, que causa uma difícil compreensão por parte dos réus justamente por essa falta de conhecimento, vem a colaborar para uma clareza na distinção hierárquica, o que comprova a inexistência desse tratamento igualitário.
O interessante é que a situação social também foi retratada no filme. Policiais nas ruas, crianças mendigando, ou seja, uma situação caótica que é causada por uma junção de fatores, como a exclusão social, tráfico de drogas e violência urbana. São todos os elementos que correlacionados acabam contribuindo para a proliferação e banalização da criminalidade.
O documentário proposto apresenta o processo de três infratores com situações distintas.
Na primeira delas, trata-se de Carlos Eduardo, balconista de uma padaria. O elemento é preso após bater um carro de procedência ilícita. O nega e reafirma não saber do fato a um primeiro momento para a Juíza do caso. 
Durante um primeiro contato com o julgamento desta causa, é nomeado um defensor público para defender o rapaz.
Para a defensora, o rapaz afirma saber a procedência do carro, e diz também que “mentiu” para a juíza ao dizer que não sabia a procedência do carro roubado.
Em depoimento, o policial que efetuou a prisão do rapaz, afirma ter entorpecentes ao lado do carro, supostamente jogados pelo rapaz. 
Por fim, a juíza, determinou uma pena de três anos de prisão, inicialmente em regime semiaberto. 
A segunda situação diz respeito ao Allan, jovem de 18 anos, que foi preso com maconha, cocaína e armas junto de seu amigo em uma favela.
O infrator nega estar perto de um ponto de venda de drogas da favela, e nega também conhecer o fato de que quando a polícia está chegando à favela, é de praxe, o uso de fogos ou de soltar pipa.
Allan diz em depoimento que não mora na favela, e estaria apenas em visita de sua irmã.
O policial em depoimento ao juiz, diz que no momento da prisão Allan e seu amigo estavam desarmados, porém, ao averiguar um caminho no qual era utilizado para fuga dos mesmos, foram encontradas armas.
Allan afirma já ter sido usuário de drogas há cerca de sete meses antes de ocorrer o fato.
Em suma, em sua sentença foi decretada em três anos de reclusão, com aumento de um terço da pena, fixando-se então em quatro anos de reclusão. Pena essa sendo convertida em prestação de serviços á comunidade. 
O documentário foi feito com o intuito de mostrar para os cidadãos como é feito uma audiência criminal no país.
Além disso, mostrar que a impunidade não prevalece no Brasil, que os delinquentes que cometem delitos, são punidos de acordo com o que manda a lei no país. 
Houveram algumas críticas feitas pelos juízes presentes no documentário. Críticas direcionadas ao Ministério Público, em relação à quantidade de acusações feitas por promotores.
A juíza que fez tal crítica, afirma que os promotores vêm fazendo uma série de acusações desnecessárias, como por exemplo: Tentativa de furto de três óleos de corpo em um mercado. 
A terceira situação trata-se de um cadeirante com a identidade não identificada, guardador de carro. Preso em flagrante por suposto envolvimento ao arrombamento a residência. 
O suposto infrator nega as acusações, e alega ter fugido apenas por defesa, devido aos tiros disparados para o alto pela parte dos policiais. 
Em depoimento, diz também que a prisão foi efetuada devido aos policiais terem suposto que o mesmo estaria junto aos três elementos que efetuavam fuga no local. Elementos estes que antes de fugir, se desfizeram de objetos dos quais supostamente são frutos do crime.
O réu acusa os policiais em que no momento da abordagem, os mesmos teriam o jogado para fora da cadeira de rodas e desferido uma série de agressões em variadas partes do seu corpo.
Durante um primeiro contato com o julgamento desta causa, é nomeado um defensor público para defender o rapaz.
Logo após o acusado pede ao juiz que lhe ceda uma autorização para que sua reclusão seja passada no hospital, pois alega que na cadeia não tem condições suficientes devido a sua deficiência. 
O juiz em resposta diz que não pode conceder seu pedido sem uma avaliação médica, e posteriormente uma constatação de real necessidade de transferência ou não.
Com uma simples câmera, Maria Augusta alertou a sociedade sobre o caos carcerário existente no Rio de janeiro. Mesmo sabendo que esse não é somente um problema carioca, ao mostrar o interior da Polinter.
Observamos centenas de pessoas empilhadas dentro de celas em condições sub-humanas. Aquilo se torna mais um antro de marginalidade, onde os detentos acabam saindo piores do que quando entraram.
A composição dos personagens jurídicos fica evidente quando se encerram as audiências e retornam todos aos seus lares. Aí se verifica verdadeiramente a desigualdade.Apesar das grandes diferenças econômicas e sociais, as figuras sociais e atribuições familiares são as mesmas para todos.
Essa realidade faz com que haja um questionamento com relação à função atual das penitenciárias brasileiras, buscando indagar, no caso, se elas realmente estão aptas e preocupadas com as suas funções, principalmente com relação à sua função de readaptação desses criminosos à sociedade, já que o apresentado no documentário leva a crer que na verdade as condições vividas por essas pessoas e a falta de acompanhamento também mostrada no mesmo não parecem adequadas para cumprir esse papel. Tanto é verdade isso que todos os suspeitos mostrados no filme estavam sendo processados não pela primeira vez e, em sua maioria, eram processados por crimes da mesma natureza.
Diante disso, observando que o sistema punitivo é um retrato da sociedade, uma reforma no sistema judiciário nacional passa por uma complicada alteração social. De nada adianta exigir a aplicação de uma justiça restaurativa e um tratamento humanitário pelo Estado se continuarmos, como corpo social, sendo preconceituosos e tratando com indiferença os que já estão à margem da sociedade.
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2 conclusão
Ao relatar em seu depoimento, “Quem tá preso na verdade, só tem pé de chinelo, ladrão de galinha, o povo mais miserável...”, a defensora publica que aparece no vídeo, não somente julga o sistema penal assim como a falta de vontade política em modifica-lo. Acaba resumindo o objetivo do vídeo, retratando a ineficácia e a desigualdade social, através do sistema judicial penal brasileiro. O sistema punitivo que compreende essa estrutura, desde os tribunais até as cadeias, exibe o tratamento desigual fornecido aos envolvidos nessa relação processual. A posse da juíza como desembargadora, contrasta com as cenas dos presos amontoados como animais em suas jaulas (tornaram-se porões imundos, superlotados, sanguinários e cheios de desordem), formando um caos criador de bichos humanos.
A figura do juiz assim como a forma como se comporta (cabeça erguida, olhar frio, tom de voz elevado), enquanto o réu de cabeça baixa, encolhido e de fala mansa, comprovam a inexistência desse tratamento igualitário entre os papéis exercidos pelas partes nesse teatro processual, em que as consequências produzem extensos efeitos na vida real, ficando assim o temor do autoritarismo judiciário, através da figura do juiz, atingindo inclusive as testemunhas, como exibido no documentário.
A defensora se depara com a realidade do sistema prisional superlotado, faz uma análise como qualquer pessoa de bom senso faz, muitas vezes não existe diferença de se encarcerar alguém, o que torna o sistema de investigação na acusação dos crimes, leviano, prendendo, encarcerando, sem provas suficientes. Pessoas que roubam um desodorante, sabonete, um batedor de carteira, é preso junto a um criminoso de alta periculosidade. (Como podemos ver no documentário)... O réu entra gripado e com conjuntivite na sala de audiência, o desprezo e o autoritarismo em que a juíza demonstra ter pelo réu ficam tão evidentes, que faz cada vez mais aumentar a certeza da condenação, tornando-o mais humilhado, deprimido, distanciando o Estado defensor de seu papel junto à sociedade.
Diante disso, tendo em vista que o sistema punitivo é um retrato da sociedade, uma reforma no sistema judiciário nacional passa por uma complexa alteração social. De nada adianta exigir a aplicação de uma justiça restaurativa e um tratamento humanitário pelo Estado se continuarmos, como corpo social, sendo preconceituosos e tratando com indiferença os que já estão à margem da sociedade.
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Referências
JUSTIÇA. Direção e produção de Maria Augusto Ramos. Documentário. Brasil: produção independente, 2004. 1 DVD (100 min). Ntsc, son., color. Port.
Endereço do vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=r8vaMUOHQNY
Conclusão Cesar

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