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CASO AULA 15 CIVIL I - RESOLVIDO

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DIREITOS DA PERSONALIDADE. PESSOA JURÍDICA. PERSONALIDADE CIVIL MORTE PRESUMIDA. COMORIENCIA. INCAPACIDADE ABOSLUTA E RELATIVA.
DOMICILIO DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO, BENS CLASSIFICAÇÃO (RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS) BENS – PATRIMÔNIO MINIMO. ABUSO DE DIREITO. EMANCIPAÇÃO. DOAÇÃO, TERMO E ENCARGO. PLANO DA EFICÁCIA.
 
 
CORREÇÃO DA SEMANA 15
 
CASO CONCRETO 1
 
Antônio viajava à noite, em seu automóvel, para a sua cidade natal, pela rodovia privatizada e administrada pela concessionária “CLX”, quando, repentinamente, surgiu à sua frente um cavalo na pista. Não conseguindo desviar do animal, Antônio o atropelou e o automóvel saiu da pista, chocando-se contra uma árvore e ficando completamente destruído. Antônio saiu ileso do acidente.
O dono do animal ainda não foi identificado porque o cavalo não tinha marca e porque há diversos sítios e pequenas propriedades rurais na região. Antônio quer saber se cabe ação indenizatória e, se couber, contra quem deverá ser proposta. Além disso, quer saber também quais os danos que podem ser objeto dessa eventual indenização. Responda a essas questões, justificando as respostas.Cabe ação indenizatória contra o dono do animal (se vier a ser identificado) e também, contra a concessionária que explora a rodovia privatizada, que também tem o dever de vigilância e de garantir ao usuário uma viagem segura, até porque cobra por isso (pedágio). O dano deve ser integralmente reparado, ou seja, além do conserto do veículo, da sua desvalorização, ou até da sua substituição por outro carro (dependendo da extensão do dano a ele causado), também o dano moral deve ser indenizado, desde que demonstrada a sua existência pela vítima.
 
CASO CONCRETO 2
Antônio, menor de 16 anos, dirigindo o carro do pai, atropela e fere Josevaldo gravemente. A vítima, completamente embriagada, atravessou a rua inesperadamente. Pretende ser indenizada por danos materiais e morais, pelo que propõe ação contra Célio, pai de Antônio.Procede o pedido? Responda de forma fundamentada.
 
Embora seja objetiva a responsabilidade dos pais pelos filhos menores (C. Civil , art. 933), é preciso, todavia, para configurar essa responsabilidade que o filho tenha dado causa ao dano e numa situação que, caso fosse imputável, configuraria a sua culpa. No caso nem há que se falar em culpa do filho porque o evento decorreu de fato exclusivo da própria vítima - embriagada atravessou a rua inesperadamente (fato imprevisível) - que exclui o nexo causal. O fato de Antônio ser menor de 16 e estar dirigindo sem habilitação não foi causa determinante do evento, que teria ocorrido ainda que Antônio fosse maior e estivesse habilitado.
 
CASO CONCRETO 3
Vera comprou à vista uma mansão no Condomínio FLAMBOYANT, em bairro nobre de sua cidade, por R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Para comemorar, convidou todos os seus amigos e fez uma grande festa, que começou às 13h e estava prevista para durar até às 10h da manhã do outro dia. ROGÉRIO, seu vizinho, chamou a polícia alegando que som estava muito alto, e, também que estaria havendo perturbação ao sossego, pois já eram 3h da madrugada. A polícia chegou ao local e Vera falou aos policiais que não abaixaria o som e continuaria a festa, pois, é a legítima proprietária do bem.PERGUNTA-SE:
A quem assistirá razão? Faça a devida análise crítica e aponte os motivos e fundamentos da sua resposta. Nos termos do CC, art. 187, assistirá razão a Rogério, pois a conduta de Vera configura um abuso de direito, visto haver um exercício irregular do direito de propriedade.
 
CASO CONCRETO 4
Rafael e Sueli pleiteiam a anulação de confissão de dívida no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por eles firmada em favor de Cirlei. Afirmam que Rafael trabalhava como empregado no sítio de Cirlei, na cidade de Guaratinguetá, e que no dia 24/05/2004, dirigia o carro do patrão quando ocorreu o acidente. Alegam que no dia seguinte ao acidente Cirlei pediu que assinassem o documento intitulado de “DECLARAÇÃO DE CONDUTA E CONFISSÃO DE DÍVIDA", no qual Rafael reconhece a sua responsabilidade pelo evento danoso e, juntamente com sua mãe, se compromete a pagar a Cirlei a quantia de R$ 15.000,00 para o ressarcimento dos prejuízos. Mencionam que no dia seguinte aos fatos, no “calor” dos acontecimentos não pensaram e assinaram o documento, sem, no Entanto, possuírem recursos para arcar com o valor descrito.
 Houve na hipótese o vício da coação? Esclareça.
1) A confissão de dívida acima mencionada pode ser considerada um ato jurídico stricto sensu ou representa um abuso de direito. Fundamente sua resposta.
1) Na hipótese não há todos os elementos da figura da coação, pois, não houve por parte de Cirlei qualquer ameaça de dano iminente.
2) a conduta de Cirlei ultrapassou os limites do simples exercício regular de um direito, para caracterizar comportamento abusivo e, como tal, ato ilícito, conforme definido pelo art. 187 do Código Civil. Cirlei se aproveitou do estado de espírito e da subordinação econômica dos autores para obter a confissão da dívida.
 
CASO CONCRETO 5
Para desviar de criança que atravessa inopinadamente a rua, no semáforo vermelho, e fora da faixa de pedestres, Fernanda, que trafegava prudentemente, é obrigada a lançar seu automóvel em cima da papelaria de Pedro, quebrando toda a vitrine e causando um prejuízo de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). A criança não foi atingida e saiu correndo depois do acidente, não sendo mais encontrada nem por Fernanda, nem por Pedro.
Pergunta-se: Nesse caso, ocorreu ato ilícito? Justifique: Há dever de indenizar? Em caso positivo de quem?1) Não há ato ilícito. O ato é lícito, pois, há excludente de ilicitude – estado de necessidade – artigos 188, II CC; 2) Há dever de indenizar em razão do que preceitua o art. 929 e 930 todos do Código Civil. Pedro poderá ingressar com ação de indenização em face de Fernanda para reaver o prejuízo. Ao causador do dano, Fernanda, só restará a via regressiva em face dos pais da criança que atravessou a Rua
 
QUESTÕES OBJETIVAS
1. Na responsabilidade civil, a indenização por dano moral
(A) é sempre dependente da comprovação do dano material.
(B) pode ser cumulada com a indenização por dano material.
(C) prescinde da comprovação do dano material, mas com este é inacumulável.
(D) exige prévia condenação do causador do dano em processo criminal.
(E) não pode ser superior à indenização por dano material.
(TRF5-V – 14/08/03 – Direito Civil – Questão n.º 47 – Gabarito “B”)
 
2. É correto afirmar-se que, de acordo com o Código Civil atualmente em vigor:
a) Comete ato ilícito aquele que, mesmo atuando com omissão, não causa danos de qualquer espécie a outrem.
b) Comete ato ilícito aquele que causa danos a outrem, ainda que não tenha havido, de sua parte, ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência.
c) Comete ato ilícito aquele que, ao exercer um direito do qual é titular, excede manifestamente os limites impostos pelo fim social desse direito.
d) Não comete ato ilícito aquele que, ao exercer um direito do qual é titular, excede os limites da boa-fé.
e) Todas as alternativas são incorretas.
(TJ-SC-16/03/2003 – Direito Civil – Questão nº 29 – Gabarito “C”)

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