Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dispositivos Auxiliares para Deambulação Prof. Leonardo Freire Objetivos da aula • Definir, classifica e caracterizar os dispositivos auxiliares; • Identificar os objetivos de prescrição e recomendações de uso e manutenção; • Identificar os principais materiais utilizados; • Descrever as diferentes nomenclaturas relacionadas aos dispositivos auxiliares. • Os animais podem ser descritos como máquinas com circuitos complexos que identificam estímulos e organizam respostas elaboradas a esses estímulos. • Permite-nos executar as diferentes tarefas do dia-a-dia garantindo nossa sobrevivência. • São resultados de complexos processos de programação, comando e controle envolvendo diversas regiões cerebrais. • A restrição da capacidade locomotora, portanto, limita o indivíduo em sua função básica e essencial para a realização da maioria das atividades da vida. A Motricidade • Casos de uso: – Falta de Equilíbrio; – Dor; – Fadiga; – Fraqueza muscular; – Instabilidade articular; – Redução de peso em MMII, completa ou parcial. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Prescrição individualizada (especificidades técnicas, dimensionais e de funcionamento, e análise do desempenho locomotor) Visando adequar a configuração do equipamento às características e necessidades do usuário. Dispositivos auxiliares para deambular Dispositivos auxiliares para mobilidade • Tipos: • Cadeira de Roda; • Bengalas; • Muletas; • Andadores. • Cadeira de Roda: • São indicadas para pessoas com deterioração da função locomotora, porém tem sido um grande limitador da participação comunitária; • Objetivo: promover mobilidade independente e melhora da qualidade de vida. • Fisioterapeuta (principal função): saber prescrever Dispositivos auxiliares para Mobilidade • Propulsão manual é a principal mecanismo de locomoção em cadeiras manuais, no qual requer a adaptação dos MS à tarefa de locomoção, pois é exposto a cargas elevadas e movimentos repetitivos de MS. • Lesão musculoesquelética • Piora da qualidade de vida e maior dependência do cuidador Dispositivos auxiliares para mobilidade • A prescrição envolve a tentativa de gerar interação entre a cadeira de roda e o usuário em 3 aspectos: Conforto; Desempenho da mobilidade; Estabilidade. Dispositivos auxiliares para mobilidade Dispositivos auxiliares para mobilidade Roda traseira Rodízio (caster) Apoio dos pés Assento Apoio do Braço Encosto • Configuração assento/encosto: define a unidade de posição do paciente. • Aspectos que determinam sua configuração: largura e comprimento do assento; largura e altura do encosto; angulação do conjunto e material utilizado. Tomar cuidado!!! Lesões cutâneas de pressão ou posicionamento errado!!! Dispositivos auxiliares para mobilidade Dispositivos auxiliares para mobilidade • Pesquisa: Cadeiras com inclinação favorece o equilíbrio e o alcance funcional e permite maior deslocamento do tronco para a frente (mantendo uma postura mais ereta). • Giner-Pascual: encontrou maior prevalência de anormalidades na articulação do ombro em usuários sem cadeira com inclinação. Posicionamento das rodas traseiras em relação ao assento, no sentido anteroposterior, influencia a propulsão manual e a estabilidade do sistema. Roda posicionada posteriormente: aumenta-se a base de suporte e, como resultado, a estabilidade é favorecida. Roda posicionada anteriormente: permite que os MS apresentem maior amplitude de contato com o aro propulsor, diminuindo os movimentos repetitivos, reduzindo os riscos de lesões inflamatórias de MS. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Cambagem das rodas traseiras: refere-se à inclinação das rodas traseiras, de tal forma que o ápice das rodas estão aproximados e suas bases estão afastadas. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Benefícios: – Ganho de estabilidade; – Maior facilidade de girar a cadeira e proteção das mãos contra traumas laterais; – Porém: dificuldade de acesso em locais mais estreitos. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Transição do leito para a cadeira / Transição com ajuda do terapeuta e etc. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Bengala: • Função principal: – Alargar a base de apoio; – Melhorar o equilíbrio. • Segura-se a bengala na mão oposta ao membro afetado. – Aumenta a estabilidade dinâmica, melhorando o equilíbrio Dispositivos auxiliares para mobilidade • Material: Alumínio, madeira ou plástico. • Apoio de mão. • Ponteira distal de borracha; • Algumas podem se ajustadas (botão de pressão) – 68 a 98 cm; • Apoio de mão: cajado, cabo reto. • Baixo custo, e cabe em espaços limitados (degraus) Dispositivos auxiliares para mobilidade • Bengala de 4 apoios: base de apoio mais larga. • Cada ponto é coberto por uma ponteira, 71 a 91 cm. • Pode não ser prática em escadas • Padrão de marcha mais lento Dispositivos auxiliares para mobilidade • Bengala tipo andador: 4 apoios • Dobráveis; • 73 a 94 cm; • Não usar em escadas; • Mais cara que bengalas anteriores; • Marcha lenta. Dispositivos auxiliares para mobilidade Medidas de bengala 15 cm da borda lateral dos pés; Topo da bengala no trocanter maior Cotovelo – flexionado de 2º a 30º Conforto do paciente Eficácia p/ atingir o objetivo Dispositivos auxiliares para mobilidade • Marcha com uso de bengala: • MS oposto ao membro afetado • Superfícies planas: • Bengala e membro afetado simultâneos; Dispositivos auxiliares para mobilidade • Muletas: • Melhor equilíbrio e estabilidade; • Aliviar o suporte de peso do MI (parcial e total); • Geralmente o uso é bilateral; • Aumentar a base de apoio; • MMSS transfere o peso para o solo • Deambulação funcional com apoio de peso restrito • Fácil ajuste • Funcionais em escadas Dispositivos auxiliares para mobilidade • Muleta axilar: • Barra axilar; • Apoio de mão; • 1 perna; • 122 a 153 cm; • Ajustável; • Desvantagem: base lateral larga para áreas pequenas; • Apoio na barra axilar (nervo radial) e estruturas vasculares adjacentes (perda de sensibilidade e mão caída) Dispositivos auxiliares para mobilidade Dispositivos auxiliares para mobilidade • Muletas Canadenses: • Haste única; • Apoio de antebraço; • Apoio de mão; • Ajuste proximal e distal; • 74 a 89 cm; • Funcional para escadas; • Mais leve e menores • Altura: 5 cm lateral; • 15 cm anterior ao pé; • 20º a 30º de flexão de cotovelo; • Braçadeira: terço proximal do ante braço; Dispositivos auxiliares para mobilidade • Marcha com muleta: • Diferem de acordo com: • Energia; • Base de apoio; • Velocidade; • Peso do corpo apoio na mão (muleta axilar); • Equilíbrio com base de apoio larga (tripé), não ficar de pé parado alinhando pés e muletas; • Cabeça erguida e bom alinhamento postural durante marcha. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Marcha com 3 apoios: • Usado quando o apoio do peso de 1 membro é impedido; • Marcha com 4 apoios: • Marcha lenta e estável; • Apoio nos 2 MMII, pouco equilíbrio, incoordenação e fraqueza muscular; • 1 muleta esquerda, MID, muletadireita e MIE Dispositivos auxiliares para mobilidade • Marcha em 2 pontos: • Menos estável; • Exige maior equilíbrio do paciente. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Andador: • Melhorar o equilíbrio; • Aliviar apoio de peso (parcial ou total) sobre o MI; • Alumínio com Apoio de mão; Ponteira de borracha; • Ajustáveis 81 a 92 cm; • Dobrável; • Pode ter rodas; • Mecanismo de Freio; • 20 a 30º de flexão do cotovelo e altura do apoio de mão próximo ao trocanter maior. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Andador: • Melhorar o equilíbrio; • Aliviar apoio de peso (parcial ou total) sobre o MI; • Alumínio com Apoio de mão; Ponteira de borracha; • Ajustáveis 81 a 92 cm; • Dobrável; • Pode ter rodas; • Mecanismo de Freio; • 20 a 30º de flexão do cotovelo e altura do apoio de mão próximo ao trocanter maior. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Marcha com apoio de peso completo: • Andador é movido para frente; • 1ºMI dá um passo; • 2ºMI dá um passo ultrapassando o primeiro. • Repete o ciclo • Marcha com apoio de peso parcial: • Andador é movido para frente; • MI afetado dá um passo e o peso é dividido nele e no andador (MMSS); • MI não afetado ultrapassa o outro membro; • Repete o ciclo Dispositivos auxiliares para mobilidade – Marcha com andador: Dispositivos auxiliares para mobilidade • Marcha sem apoio de peso: • Andador é movido para frente; • Peso transferido para o andador pelos MMSS. MI afetado é mantido anterior ao corpo sem contato com o solo; • Membro não afetado dá um passo; • Repete o ciclo. Dispositivos auxiliares para mobilidade • Treinamento de marcha com o uso dos dispositivos auxiliares: • Atividades preparatórias importantes: • Aprender e treinar como sentar e levantar com uso dos dispositivos; • Ficar ao lado de barras paralelas ou parede inicialmente; • Atividades de equilíbrio em pé com o dispositivo.
Compartilhar