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RELATÓRIO EXPERIMENTAL Transformações Adiabáticas e Máquinas Térmicas Aluno: Jonathan Emilio Georg Rieff (cartão: 00231418) Professor: Jonder Morais Resumo: Nesse relatório foi analisado uma experiência onde abordamos transformação adiabática. Foi discutido o conceito desse tipo de transformação térmica. Obtivemos que γ𝑚𝑒𝑑 = 1,39 ± 0,054. Também foi verificada a importância da eficiência das máquinas térmicas. Introdução Neste relatório vamos abordar termodinâmica no qual observaremos eventos onde ocorrem transformações adiabáticas e discutiremos sobre máquinas térmicas. Transformações adiabáticas são as transformações térmicas pela qual não há troca de calor com o ambiente apesar de haver variação térmica. A energia interna se transforma em trabalho diretamente. Este tipo de evento pode ser realizado em uma câmara idealmente isolada termicamente ou, também, realizando uma mudança tão rápida no volume do gás que este “não tem tempo” de fazer as trocas via calor. Utilizaremos o modelo de Clement e Désormes descrito nos tópicos seguintes. Durante a transformação adiabática a pressão 𝑝 e o volume 𝑉 se relacionam de acordo com 𝑝𝑉𝛾 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒; 𝛾 = 𝑐𝑝 𝑐𝑣 sendo que 𝑐𝑝 e 𝑐𝑣 são, respectivamente, calores específicos molares a pressão e a vapor. Nosso objetivo principal nesta experiência é estimar 𝛾. Foi explicado em aula como funcionam os motores de ciclo Otto e ciclo Diesel e os conceitos de motores de dois e quatro tempos. Abordaremos o que é eficiência quando se trata de motores e o porquê deste tema ser tão importante e recorrente nos dias atuais. Máquinas Térmicas Sabemos que máquinas térmicas são aquelas em que o motor possui uma combustão interna, ou seja, há uma queima de algum tipo de material fazendo com que a energia térmica seja transformada em trabalho. Foi este o marco da grande revolução industrial que desencadeou toda a vida moderna. A grande questão que devemos abordar é a questão de eficiência. No início das máquinas térmicas havia uma grande queima de carvão ou madeira para gerar pouca força mecânica. Além da poluição gerada, havia muito desperdício de energia para o ambiente. Com o avanço da ciência foi possível minimizar a poluição e aumentar a capacidade de gerar força mecânica com menos combustível. Eficiência, na questão de motores, é saber transformar o máximo da energia térmica em trabalho, ou seja, consumir menos e gerar mais trabalho. Isto é um grande desafio, mesmo para o desenvolvimento tecnológico hoje. É importantíssimo saber maximizar o trabalho gerado, visto que é necessário consumir matérias primas que são retiradas da natureza. Devemos observar que quanto mais recursos forem extraídos maior será o impacto ambiental. Materiais Utilizados Bomba; Botijão para GLP modificado; Manômetro (em forma de “U”) com precisão de 0,1 𝑐𝑚; Sistema de Montagem e Coleta de Dados Utilizamos um Botijão para GLP onde em sua extremidade superior foi adaptada com uma válvula para que possamos liberar o gás que há dentro ou inserir gás através de uma bomba de encher pneu de bicicleta. O botijão é ligado em um manômetro em forma de “U” com água dentro, para que se possa medir a diferença de nível no tubo. Desta forma podemos coletar todos os dados necessários para atingirmos nosso objetivo principal. A figura 1 anexa ao lado, ilustra a montagem deste equipamento. Figura 1: Montagem do equipamento Iniciaremos o experimento igualando a pressão no interior do recipiente com a pressão atmosférica ( po ). Como nosso botijão é de metal, a temperatura no interior do recipiente será igual à temperatura ambiente ( To ). Experimentalmente, sabemos que a pressão no interior é igual a pressão atmosférica se a superfície livre das colunas de água no manômetro estiverem niveladas (como na Figura 1). O ar contido inicialmente no recipiente estará ocupando o volume Vo. Em seguida introduziremos ar com auxílio da bomba e o sistema atingirá um estado em que a temperatura (T1) e a pressão (p1) serão superiores às externas. O ar, inicialmente contido no recipiente, ocupará agora um volume menor (V1). O sistema se apresentará como na Figura 2 acima. Aguardaremos algum tempo para que a temperatura no interior do recipiente volte a ser igual a temperatura externa (To). Duurante este processo a pressão no interior do recipiente diminuirá, atingindo finalmente uma pressão p1 maior do que a pressão atmosférica, mas menor do que p1; o volume permanecerá constante (V1). Observaremos, nesse processo, o desnível entre as colunas de água no manômetro diminuindo, finalmente estabilizando-se de acordo com a figura 3. (Obtemos desta forma h1) Em seguida, abriremos a válvula na parte superior do recipiente fechando-a imediatamente quando o nível no tubo se equilibrar. Esta expansão, por ser rápida, é adiabática. O ar no recipiente aumentará de volume, sendo V2 o volume daquela parte que inicialmente era Vo (ar no recipiente no início); a temperatura T2 será então menor do que a externa. O sistema se apresentará de acordo com a Figura 4. Sendo a temperatura menor no interior, entrará calor no recipiente. Quando a temperatura for novamente igual à externa, como o volume V2 não mais variou (a válvula estava fechada durante a entrada de calor no recipiente), a pressão será mais elevada que a atmosférica fazendo com que haja um desnível novamente. Assim obtemos h2, como mostra a figura 5. Dados Experimentais e Análise de Dados: O ar no recipiente nos estados representados pelas Figuras 1, 3 e 5 estará sempre na mesma temperatura To; em um diagrama 𝑝 versus 𝑉, os pontos que representam os três estados do gás, inicialmente no interior do recipiente, estão sobre a mesma isotérmica. Desta forma valem as seguintes relações: 𝑝1𝑉1 = 𝑝2𝑉2 = 𝑝0𝑉0 (1) A transformação que conecta os estados representados pelas figuras 3 e 4 é adiabática. Portanto vale: 𝑝1𝑉1 𝛾 = 𝑝0𝑉2 𝛾 (2) De (2) obtém-se: Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 𝑝0 𝑝1 = 𝑉1 𝑉2 𝛾 (3) De (1) Obtêm-se: 𝑉1 𝑉2 = 𝑝0 𝑝1 (4) Substituindo-se (4) em (3) obtém-se: 𝑝0 𝑝1 = 𝑝2 𝑝1 𝛾 (5) Tomando-se o logaritmo de (5) e isolando-se 𝛾, chega-se finalmente a: 𝛾 = 𝑙𝑛 𝑝0 𝑝1 𝑙𝑛 𝑝2 𝑝1 (6) Sabendo que 𝑝1 = 𝑝2 + ℎ1 e 𝑝2 = 𝑝0 + ℎ2 com 𝑝0 ≫ ℎ1 ≈ ℎ2 e, ainda que 𝑝1𝑉1 = 𝑝2𝑉2 = 𝑝0𝑉0: 𝛾 = 𝑙𝑛 𝑝0 𝑝1 𝑙𝑛 𝑝2 𝑝1 ≅ ℎ1 ℎ1−ℎ2 (7) Fizemos 5 medidas de ℎ1 e de ℎ2. Utilizando-se da equação (7) obtivemos a tabela 1, anexa a seguir: ℎ1 (𝑐𝑚) ℎ2.(cm) 𝛾 18,5 ± 0,05 5,5 ± 0,05 1,42 ± 0,051 11,4 ± 0,05 2,5 ± 0,05 1,28 ± 0,041 13,3 ± 0,05 3,2 ± 0,05 1,31 ± 0,055 20 ± 0,05 6,6 ± 0,05 1,49 ± 0,061 11,3 ± 0,05 3,5 ± 0,05 1,44 ± 0,054 Tabela 1: Dados calculados Podemos fazer uma média aritmética entre os 𝛾 obtidos, obtemos desta forma que γ𝑚𝑒𝑑 = 1,39 ± 0,054 . Conclusão Através dessas análises foi possível obter que γ𝑚𝑒𝑑 = 1,39 ± 0,054 e entender o que é eficiência quando falamos de máquinas térmicas. Referências: http://www.if.ufrgs.br/fis183/exp4/experimento4.htm - acessado dia 3 de julho de 2015 Livro – Fundamento de Física: Gravitação, Ondas e Termodinâmica – Volume 2 – David
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