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Relatório coliformes

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As doenças transmissíveis que ocorrem nos animais domésticos, principalmente em bovinos, suínos e aves, representam fatores importantes à Economia e à Saúde Pública, pois podem acarretar prejuízos econômicos, às vezes elevados, e muitos dos seus agentes causais podem ser transmitidos ao homem.
Os alimentos e a água podem servir como veículo de agentes patogênicos ao homem. Microrganismos indicadores de contaminação dos alimentos (coliformes totais e fecais) são geralmente usados para monitorar a qualidade das águas classificando e restringindo seu uso (MOLLERKE et al., 2002).
O grupo dos coliformes totais inclui todas as bactérias na forma bastonetes Gram negativos, não esporogênicos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, capazes de fermentar a lactose. O habitat dos coliformes é o trato intestinal do homem e de outros animais. Fazem parte desse grupo bactérias pertencentes aos gêneros Escherichia, Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella, porém, o grupo é mais heterogêneo e incluem uma ampla variedade de gêneros, tais como Serratia e Hafnia (GUERRA et al., 2006). Destes, Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella, além de serem encontrados nas fezes, também podem estar presentes em outros ambientes como no solo e vegetais, onde persistem por tempo superior ao de bactérias patogênicas de origem intestinal (FRANCO, 1996).
O grupo dos coliformes fecais correspondem as bactérias pertencentes aos coliformes totais que apresentam a capacidade de continuar fermentando a lactose com produção de gás, sob temperatura de 44 a 45 C. Nessas condições 90% dos coliformes fecais encontrados são Escherichia coli (FRANCO, 1996).
Geralmente, na determinação de coliformes, realiza-se a diferenciação entre os de origem fecal e não-fecal. Os coliformes não-fecais como a Serratia e Aeromonas, são encontradas no solo e vegetais, possuindo a capacidade de se multiplicarem na água com relativa facilidade. No entanto os coliformes de origem fecal, não se multiplicam facilmente no ambiente externo e são capazes de sobreviver de modo semelhante às bactérias patogênicas (ZULPO et al., 2006).
O grupo coliforme é indicador da contaminação de origem fecal, podendo ser pesquisado por meio da técnica de tubos múltiplos que expressa uma estimativa estatística do número de microrganismos presentes na amostra, conhecida como Número Mais Provável (MACHADO et al., 2001). O número mais provável de coliformes totais e fecais indicam a contaminação de origem ambiental e fecal e indiretamente informa sobre a provável presença de outros patógenos entéricos (LIRA et al., 2001).
Os coliformes fecais não se multiplicam e nem se mantém viáveis na água ambiental por longos intervalos de tempo, devido a baixas concentrações de nutrientes e de temperatura adversa, sendo assim, a sua presença indica uma fonte de contaminação recente (CARDOSO et al., 2001).
O outro subgrupo dos coliformes são os coliformes termotolerantes ou fecais, que, são capazes de fermentar a lactose a 44 - 45°C (±0,2) em 24 horas (e produz indol a partir do triptofano, oxidase negativa, não hidrolisa a uréia e apresenta atividade das enzimas β-galactosidase e β-glucoronidase) (GUERRA et al., 2006). Atualmente sabe-se, entretanto, que o grupo dos coliformes fecais inclui pelo menos três gêneros, Escherichia, Enterobacter e Klebsiella (MOURA, ASSUMPÇÃO, BISCHOFF, 2009), dos quais dois gêneros (Enterobacter e Klebsiella) incluem cepas de origem não fecal (SILVA et al., 2005).
Por esse motivo, a presença de coliformes termotolerantes em água e alimentos é menos representativa, como indicação de contaminação fecal, do que a enumeração direta de E. coli, porém, muito mais significativa do que a presença de coliformes totais, dada a alta incidência de E. coli dentro do grupo fecal. (SILVA et al., 2005). A Escherichia coli é o microrganismo mais estudado em todo o mundo, considerado o principal representante do grupo (ZIESE et al., 1996). A ocorrência de E. coli é considerada um indicador específico de contaminação fecal e a possível presença de patógenos entéricos (GUERRA et al., 2006).
A presença de coliformes termotolerantes em água potável é o melhor indicador de que existe risco a saúde do consumidor (DIAS, 2008). Algumas cepas patogênicas de Escherichia coli, com endotoxinas potentes podem causar diarréias moderadas a severas, colite hemorrágica grave, e a síndrome hemolítica urêmica (SHU) em todos os grupos etários, podendo levar à morte (ZIESE et al., 1996).
As bactérias do grupo coliforme são caracterizadas como bacilos Gram-negativos nãoesporulados, aeróbios ou anaeróbios facultativos, que fermentam a lactose com produção de ácido e gás em um período de 48 horas a 35ºC (Pelczar, 1996). Esse grupo engloba vários gêneros, como: Escherichia, Enterobacter e Klebsiella. Estudos demonstram que fezes humanas e de animais de sangue quente são riquíssimas em coliformes e que estas bactérias geralmente não existem em águas não poluídas (Sanchez, 1996). Em geral, quando no intestino, essas bactérias não causam doença, e podem até mesmo contribuir para o funcionamento intestinal normal e a nutrição do hospedeiro. Esses microrganismos mostramse patogênicos quando contaminam tecidos fora do trato intestinal, particularmente os tratos urinário e biliar, pulmões, peritônio, meninges (JAWETZ, 1980).
Em laboratório, a diferença entre coliformes totais e termotolerantes é feita através de meios de cultura diferenciais e da temperatura. Os coliformes termotolerantes continuam vivos mesmo a 44,5ºC e têm a capacidade de fermentar a lactose a essa temperatura, enquanto que os coliformes totais têm crescimento a 35ºC (SANCHEZ, 1996).
Referencias
MOLLERKE, R.O.; WIEST, J.
PELCZAR Jr., M. J. Microbiologia: conceitos e aplicações. Vol. 2, 2ª edição, Ed. Makron Books. São Paulo, 1996.
SANCHEZ, P. S. Atualização em técnicas para o controle microbiológico de águas minerais. São Paulo: Universidade Mackenzie. 1999.
JAWETZ, E.; MELNICK, J. L.; ADELBERG, E. A. Microbiologia médica. 13ª edição, Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1980.

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