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Direito do Trabalho

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Repouso Semanal Remunerado
Introdução
Descanso Semanal Remunerado – DSR ou Repouso Semanal Remunerado – RSR:
O descanso semanal remunerado tem sua previsão legal sustentada no art. 1° a lei 605/49 “ Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local”.
No inciso XV da CF/88 “repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”.
Na CLT art. 67 - “Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte”.
Súmula TST n° 172 “Repouso remunerado. Horas Extras. Cálculo – Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas”.
O descanso semanal remunerado (DSR) é o direito garantido ao trabalhador pela Constituição Federal e pela Consolidação das leis trabalhista (CLT) de receber a remuneração referente aos dias de folga, como se tivesse trabalhado.
É o período de 24 horas consecutivas em que o empregado utiliza para o repouso, lazer e convívio social, para voltar na semana que se segue, ao exercício pleno de suas funções. O DSR deve ser gozado preferencialmente aos domingos.
De acordo com a constituição da República, art. 7º, inciso XV, diz que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social.
Religioso:
Costumes religiosos, principalmente Cristãos, desde sempre trouxeram a tradição de um dia de descanso, principalmente em razão das questões Bíblicas, com Deus criando o mundo em 6 dias e usando 7º dia para descanso. Além das questões religiosas, trabalhar o mês inteiro, dia após dia, com o trabalho continuo e sem fim todos os dias, seria algo desgastante.
Em que consiste o repouso semanal remunerado:
Podemos dizer que consiste em folga a que tem direito o empregado, após determinado número de dias ou horas trabalhadas por semana, medida de caráter social e recreativa, visando a recuperação física e mental do trabalhador, e folga paga pelo empregador.
De que forma pode ser gozado o repouso semanal: 
O período deve ser de 24 horas consecutivas, que deverão coincidir preferencialmente no todo ou em partes, com o domingo, salvo nos serviços que exigirem trabalho aos domingos, exceção feita aos elencos de teatro e congêneres. O descanso semanal deverá ser efetuado em sistema de revezamento, constante na escala mensalmente organizada e sujeita a fiscalização, necessitando de autorização prévia da autoridade competente em matéria de direito do trabalho.
Entretanto, para que o trabalhador tenha direito à remuneração dos descansos semanais, é necessário que cumpra alguns requisitos.
São eles:
Frequência integral na semana anterior: O trabalhador não pode ter falado injustificadamente na semana imediatamente anterior ao dia de descanso semanal, ou seja, será descontado do salário o valor do DSR e do dia da falta.
Pontualidade: o trabalhador que não cumpre os horários de trabalho de maneira pontual pode ser penalizado com a perda do DSR.
Cálculo:
O cálculo é realizado da seguinte maneira:
Para os que trabalham e recebem por mês, o DSR corresponde a remuneração de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas.
Como calcular o DSR sobre as horas extras:
Devemos entender que um empregado que cumpre sua jornada de trabalho na semana e lhe é garantido um dia de descanso.
Do exposto, vemos que não estão inclusas as horas extras no dia de descanso, mas a legislação determina que seja calculado esse reflexo. Dessa forma podemos admitir os seguintes cálculos consagrados:
Exemplo: O empregado recebe um salário de R$900,00 por mês, fazendo uma jornada de 220 horas mensais (=) R$4,09 por hora (+) 50% de adicional de horas extras (=) R$6,13 por hora. Se o empregado fez 10 horas extras, R$6,13 multiplicado por 10 horas equivale R$61,30.
R$61,30 dividido por 26 dias úteis do mês multiplicado por 4 domingos é igual à R$9,43 (R$61,30/26x4=R$9,43), logo R$9,43 é o reflexo no DSR.	
O empregado que trabalha por mês ou quinzenal tem garantido o valor do descanso incluso em seu salário – Lei 605/49 art. 7° §2° “Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente”.
Como calcular o valor do descanso semanal remunerado do funcionário horista:
Na lei n° 605/49 em seu art. 7° elucida que a referida remuneração corresponderá a um dia de serviço para os que trabalham por dia, semana, quinzena, ou mês, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas.
Em se tratando de empregado horista, o descanso semanal remunerado é calculado da seguinte forma: Somam-se as horas normais realizadas no mês; divide-se o resultado pelo número de dias úteis daquele mês; multiplica-se pelo número de domingos e feriados; multiplica-se pelo valor da hora normal.
A concessão do repouso semanal remunerado no regime de revezamento de folgas
Alguns entendem que o descanso compreendido em qualquer dia da semana (segunda-feira a domingo) atende ao comando legal, outra ressalva que entre dois repousos não ode ocorrer sete dias corridos de trabalho. O repouso semanal é um direito dos trabalhadores previstos na CF e legislação infraconstitucional.
Enquanto a Constituição indica a preferência dos domingos para sua concessão, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) fia em seu art. 67, o domingo como dia do repouso, salvo as exceções de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviços. Nessas atividades, é obrigatória a elaboração de uma escala de revezamento de folga, mensalmente organizada.
Nas hipóteses de revezamento de folga, quanto ao interregno no qual deve estar contemplado o repouso. Alguns entendem que o descanso compreendido em qualquer dia da semana atende ao comando legal, outros ressalvam que entre dois repousos não pode ocorrer sete dias corridos de trabalho, o que é possível no primeiro entendimento. Consensual é que a um RSR sempre corresponde seis dias efetivamente trabalhados, totalizando os sete que compõem a semana, senão não seria semanal.
A legislação
A CLT fixa o domingo como dia de repouso semanal, conforme já visto. Decorrência lógica é que se inicia um novo período de sete dias (semana) na segunda-feira subsequente, concedendo-se o descanso no sétimo dia (domingo), assim sucessivamente.
Resta constatado que a semana referência para concessão do RSR é o conjunto de sete dias consecutivos da segunda-feira ao domingo. É a semana consagrada em nossos costumes e tradições.
Jurisprudência e Doutrina
Maurício Godinho Delgado leciona que deve ser observado para concessão do RSR o módulo semanal, dentro do qual o domingo poderia ser compensado.
“Ocorrência Semanal do Descanso – Prevê a ordem jurídica uma periodicidade máxima semanal para descanso. Nessa linha, o tipo legal do D.S.R supõe que, a cada módulo semanal de labor cumprido[...] terá direito o trabalhador a uma porção igual de 24 horas consecutivas de descanso[...]
A jurisprudência, assim, tem admitido a folga compensatória no caso do D.S.R apenas no tocante à incidência de folga aos domingos (folga que poderia ser compensada por outro dia livre ao longo da semana) – mas não no sentido de acatar-se descansos por periodicidade superiores a semana laborada (por exemplo, dois descansos após de dias de labor; neste caso, um dos D.S.Rs não respeitado...”
Nos ensinamentos de Maurício, a hipóteses de eventual fixação do descanso na segunda-feira em módulo semanal e posteriormente domingo no módulo seguinte, com a fixação de módulo superior a uma semana para concessão do D.S.R. Esta última poderia acarretar situações onde o descanso semanal não é observado, como por exemplo, quandoconcedido na segunda e terça-feira da primeira semana, suprimido na subsequente e, novamente concedido de forma dobrada na segunda e terça-feira da terceira semana. Neste caso o D.S.R da segunda semana não teria sido observado. Entendimento diverso tiraria a lógica de toda a exposição do ministro Godinho, o que não lhe faria justiça.
Arnaldo Sussekind leciona que o descanso deve ocorrer no máximo no sétimo dia de uma semana 
[...] Mas, nessa escala, o repouso semanal deverá ser garantido após o período máximo de seis dias, não podendo ser concedido, em determinada semana, depois de sete dias de trabalho.
Sérgio Pinto Martins menciona como equivocada a ideia de que o repouso semanal deva ocorrer no máximo a cada seis dias:
[...] Como já vimos, o repouso semanal deve ser remunerado. Nesse período, o trabalhador não presta serviços ao empregador. Isso ocorre de preferência aos domingos e, também, nos feriados, sendo incorreto dizer que seria um intervalo a cada seis dias de trabalho, justamente, porque o descanso pode não recair no domingo, porém em outro dia da semana (folga compensatória).

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