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Intervenção Federal nos Estados e no DF

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1
INTERVENÇÃO – arts. 34 a 36INTERVENÇÃO – arts. 34 a 36
??CONCEITO:CONCEITO:
?É a suspensão temporária da autonomia de um ente federativo quando 
este extrapola certos limites do pacto federativo definidos na CF.
?É medida excepcional, de caráter político, em que a entidade 
interventora assume os o desempenho das competências da entidade
que sofre a intervenção.
??POSSIBILIDADES:POSSIBILIDADES:
UNIÃO UNIÃO UNIÃO
ESTADOS DF TERRITÓRIOS
MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DFINTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DF
??HIPHIPÓÓTESESTESES –– CF, art. 34:CF, art. 34:
I - MANTER A INTEGRIDADE NACIONAL;
? Visa garantir a indissolubilidade do vínculo federativo, a não-secessão.
II - REPELIR INVASÃO ESTRANGEIRA OU DE UMA UF EM OUTRA;
? Visa defender a soberania nacional e impedir que um ente federativo tenha ganhos 
territoriais em detrimento de outro, ou que imponha sua vontade.
III - PÔR TERMO A GRAVE COMPROMETIMENTO DA ORDEM PÚBLICA;
? Visa combater um quadro de transtorno na vida social, violento e de proporções 
duradouras, quando o E/DF não quiser ou não conseguir enfrentá-lo de forma eficaz.
IV - GARANTIR O LIVRE EXERCÍCIO DE QQ DOS PODERES NAS UFs;
? Visa garantir a independência de um Poder que esteja sendo impedido ou dificultado de 
funcionar, de desempenhar suas funções.
V - REORGANIZAR AS FINANÇAS DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO QUE: a) suspender 
o pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos consecutivos, salvo motivo de 
força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na 
CF, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
? A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, 
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e 
serviços públicos (art. 98, Lei 4.320/67).
??DECRETADECRETAÇÇÃO E APROVAÃO E APROVAÇÇÃOÃO – art. 36, §§ 1º a 4º:
? Ocorrendo uma das hipóteses constitucionais, caberá exclusivamente ao 
Presidente da República decretar e executar a intervenção federal (art. 84, X), 
de ofício (art. 34, I, II, III e V), por solicitação (art. 34, IV) ou por requisição (art. 
34, IV, VI e VII). Em regra, a decretação é discricionária, mas nas hipóteses de 
requisição a decretação da intervenção é vinculada.
? Nas hipóteses de intervenção espontânea (art. 34. I, II, III e V) ouvirá os 
Conselhos da República e da Defesa Nacional (art. 90, I e 91, § 1º, I).
? O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as 
condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será
submetido à apreciação do Congresso Nacional, em 24h. Se este não estiver 
funcionando, far-se-á convocação extraordinária, em 24h (art. 36, §§ 1º e 2º).
? É da competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar a intervenção 
federal por meio de decreto legislativo (art. 49, IV). Entretanto, nos casos do 
art. 34, VI e VII, poderá ser dispensada a sua apreciação, se o decreto limitar-
se a suspender a execução do ato impugnado, quando essa medida bastar ao 
restabelecimento da normalidade (art. 36, §3º).
? Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus 
cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, §4º).
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DFINTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DF
??HIPHIPÓÓTESESTESES –– CF, art. 34:CF, art. 34:
VI - PROVER A EXECUÇÃO DE LEI FEDERAL, ORDEM OU DECISÃO JUDICIAL;
? A recusa à execução de lei federal só justifica a intervenção quando gera prejuízo 
generalizado e em que não caiba solução judicial para o problema. Neste caso, caberá
ao PGR representar ao STF a Ação de Executoriedade de lei federal.
? A ordem ou decisão judicial não precisa transitar em julgado.
VII - ASSEGURAR A OBSERVÂNCIA DOS SEGUINTES PRINCÍPIOS DA CF:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
? São chamados princípios constitucionais sensíveis (pois, se forem desrespeitados, 
ensejam a sanção mais grave a um ente federativo, a intervenção). Buscam garantir o 
respeito pelos E/DF aos princípios constitucionais basilares do Estado brasileiro, 
quando exercerem sua capacidade de auto-organização. Havendo desrespeito a um 
desses princípios, caberá ao Procurador-Geral da República (PGR) representar ao STF 
a Ação de Inconstitucionalidade Interventiva.
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DFINTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DF
DIREITO CONSTITUCIONAL http://br.groups.yahoo.com/group/professorrodrigomenezes/
PROF. RODRIGO MENEZES DIREITO CONSTITUCIONAL
2
?ESPONTÂNEA:
?PROVOCADA:
? Por solicitação
? Por requisição
? Por requisição
decretada de ofício – Art. 34, I, II, III e V
do Poder Legislativo ou Executivo 
coacto ou impedido – art. 34, IV
do STF, em caso de coação contra o 
Poder Judiciário local – art. 34, IV
do STF, STJ ou TSE, segundo a 
matéria, em caso de desobediência a 
ordem ou decisão judicial – art. 34, VI
do STF, para prover a execução de lei 
federal e assegurar os princípios 
sensíveis, em caso de provimento de 
representação do PGR – art. 34, VI e VII
Sujeita a 
aprovação do 
Congresso 
Nacional 
(controle político) 
em 24h
Dispensado o 
controle político, 
o decreto limitar-
se-á a suspender 
a execução do 
ato impugnado, 
se bastar ao 
restabelecimento 
da normalidade
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DFINTERVENÇÃO FEDERAL NOS ESTADOS E NO DF
??QUADRO ESQUEMATIZADO QUADRO ESQUEMATIZADO –– INTERVENINTERVENÇÇÃO FEDERALÃO FEDERAL
??HIPHIPÓÓTESESTESES –– CF, art. 35:CF, art. 35:
I - DEIXAR DE SER PAGA, SEM MOTIVO DE FORÇA MAIOR, POR 2 ANOS 
CONSECUTIVOS, A DÍVIDA FUNDADA;
II - NÃO FOREM PRESTADAS CONTAS DEVIDAS, NA FORMA DA LEI;
III - NÃO TIVER SIDO APLICADO O MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA MUNICIPAL 
NA MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E NAS AÇÕES E 
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE;
IV - O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DER PROVIMENTO A REPRESENTAÇÃO PARA 
ASSEGURAR A OBSERVÂNCIA DE PRINCÍPIOS INDICADOS NA 
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, OU PARA PROVER A EXECUÇÃO DE LEI, DE 
ORDEM OU DE DECISÃO JUDICIAL.
? A representação será feita pelo Procurador-Geral de Justiça.
? Por se tratar de decisão político-administrativa, não cabe recurso 
extraordinário contra acórdão de TJ que defere pedido de intervenção 
estadual em município (Súmula 637, STF).
INTERVENÇÃO ESTADUAL NOS MUNICÍPIOS E 
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS
INTERVENÇÃO ESTADUAL NOS MUNICÍPIOS E 
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS
INTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOSINTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOS
INTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOSINTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOS
??DECRETADECRETAÇÇÃO E APROVAÃO E APROVAÇÇÃOÃO – art. 36, §§ 1º a 4º:
? Ocorrendo uma das hipóteses constitucionais, caberá exclusivamente ao 
Presidente da República decretar e executar a intervenção federal nos 
Municípios dos Territórios Federais e aos Governadores dos Estados, nos 
Municípios situados em seus Estados, de ofício (art. 35, I, II, III) ou por 
requisição (art. 35, IV). Em regra a decretação é discricionária, mas nas 
hipóteses do art. 35, IV a intervenção está vinculada à requisição do TJ.
? O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições
de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido ao 
controle político em 24h. Se o Poder Legislativo não estiver funcionando, far-se-
á convocação extraordinária, em 24h (art. 36, §§ 1º e 2º).
? É da competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar a intervenção 
federale da Assembléia Legislativa aprovar a intervenção estadual, por decreto 
legislativo. Entretanto, nos casos do art. 35, IV, poderá ser dispensada a sua 
apreciação, se o decreto limitar-se a suspender a execução do ato impugnado, 
quando essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade (art. 36, §3º).
? Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos 
a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, §4º).
INTERVENÇÃO ESTADUAL NOS MUNICÍPIOS E 
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS
INTERVENÇÃO ESTADUAL NOS MUNICÍPIOS E 
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS
?ESPONTÂNEA
(de ofício)
?PROVOCADA
? Por requisição 
do TJ 
(art. 35, IV)
Defesa das finanças públicas – art. 35, I
Defesa das contas públicas – art. 35, II
Defesa da saúde o do ensino – art. 35, III
Assegurar a observância de princípios 
indicados na Constituição Estadual 
Prover a execução de 
Sujeita a 
controle político 
em 24h
Dispensado o 
controle político, 
o decreto limitar-
se-á a suspender 
a execução do 
ato impugnado, 
se bastar ao 
restabelecimento 
da normalidade 
INTERVENÇÃO ESTADUAL NOS MUNICÍPIOS E 
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS
INTERVENÇÃO ESTADUAL NOS MUNICÍPIOS E 
INTERVENÇÃO FEDERAL NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS
lei (estadual)
ordem judicial 
decisão judicial
INTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOSINTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOS
??QUADRO ESQUEMATIZADO QUADRO ESQUEMATIZADO –– INTERVENINTERVENÇÇÃO NOS MUNICÃO NOS MUNICÍÍPIOSPIOS
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PROF. RODRIGO MENEZES DIREITO CONSTITUCIONAL

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