Buscar

resumo max weber socio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Tema: Ética protestante, capitalismo e Max weber
O historiador, sociólogo e professor Max weber foi o principal representante da sociologia alemã, cuja preocupação era a aplicação do modelo positivo para leis sociais. A repetição de eventos sociais e a capacidade de controlá-los passaram a ser questionadas. Weber sustenta que as relações entre os homens acontecem de maneira caótica e desordenada. Para ele, estudar o passado, ou seja, outros momentos históricos são importantes para formular avaliações críticas e não leis de constância. Cada momento histórico é resultado de diversos fatores, como políticos, religiosos, culturais, econômicos etc. Ressalta neste ponto, que a economia e as formas de produção, são, portanto, importantes, mas incapazes de explicar as condições históricas em sua totalidade. 
	Weber se voltou para valores subjetivos e formulou conceitos de ações sociais para focar as condutas individuais, e buscar, assim, o sentido das condutas humanas, e não meramente as suas causas e efeitos. São os sentidos, ou seja, a mentalidade humana, que possibilita tornar uma ação social recorrente, por exemplo, pagar o dízimo á igreja ou presentear as pessoas no Natal. A partir de tipos ideais classificou as condutas humanas, como acontece com o indivíduo capitalista, um tipo ideal, que acumula e poupa riqueza baseado no lucro. 
	A ação social weberiana se caracteriza pela relação de reciprocidade frente a outros indivíduos e deve haver um sentido que a justifique. O sociólogo detecta quatro tipos de ações sociais: ação tradicional, assentada no costume, por exemplo, festejar a Páscoa; ação afetiva, como o próprio nome já diz, baseada em emoções e sentimentos como em uma torcida de futebol; ação racional voltada para valores, na qual os resultados não são relevantes, exemplo disso é o trabalho voluntário; e por fim a ação racional orientada para fins, que se caracteriza por ser o inverso da anterior, exemplo clássico que pode ser apresentado é a empresa capitalista. Cada tipo de ação se apresenta com intensidade diferente dependendo do momento e lugar histórico. Na antiguidade a ação afetiva predominava através da família e da Igreja, já atualmente o comportamento racional orientado para os objetivos prevalece, sendo eles, acumulação econômica, otimização produtiva e lucro. 
	Nas sociedades ocidentais se fortaleceu uma forma de ação social oriunda da religião protestante, entre os fatores, que possibilitou o desenvolvimento do sistema socioeconômico denominado capitalismo. A reforma protestante trouxe a noção de ascetismo e grande valorização da atividade profissional. Segundo Calvino, principal líder protestante, a salvação está aliada à busca por sacramentos, ou seja, a atividade profissional é um veículo de virtude. O comerciante bem sucedido, por exemplo, bom pagador é símbolo de moral elevada. A riqueza é o resultado de uma vida dedicada à profissão, portanto, virtuosa. 
	O ascetismo, nesse sentido, significa para esse ideal de vida baseado no trabalho: disciplina (horários planejados, compromissos), parcimônia (capacidade de tomar decisões controladas, não baseadas em impulsos), discrição (uma vida sem ostentação) e poupança. A reforma protestante foi responsável por uma verdadeira revolução, pois nos séculos XVI e XVII o ócio e a gratuidade eram sinônimos de virtude para os nobres. Surgiram as empresas racionalizadas, os métodos científicos, a ostentação e o ócio deram lugar aos efeitos econômicos (acumulação e investimento) e religiosos (fé no trabalho). Segundo Weber, o protestantismo não foi a única causa do desenvolvimento e consolidação do capitalismo, mas sem ele sua evolução teria sido bem diferente. Este fenômeno não é unicamente econômico, mas resultado de um complexo processo sociocultural. Para ser capitalista não basta ter riqueza, e sim assumir uma conduta voltada para sua acumulação. Um índio que ganhar uma grande quantidade de dinheiro não se tornará necessariamente capitalista. 
	A mentalidade capitalista pode ser evidenciada em casos concretos. Muitos trabalhadores brasileiros se submetem à condições insalubres de trabalho e à salários baixos, por três motivos essenciais: primeiro, a necessidade de um salário, e posteriormente pelo atestado de conduta exemplar e honestidade. Outro exemplo, é a informatização, os avanços tecnológicos que apesar de poderem reduzir as horas de trabalho não o fazem, as pessoas continuam passando maior parte de seu tempo no trabalho.

Outros materiais