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Cadeia Cinética Fechada nos membros Superiores
Dando continuidade a postagem anterior sobre cadeias cinéticas, fiz uma tradução livre de alguns trechos do capítulo de exercícios em cadeias cinéticas aberta e fechada do livro: " Techniques in musculoskeletal rehabilitation"
Achei interessante compartilhar estas informações pois são poucos os textos disponíveis na web sobre as cadeias cinéticas fechadas em MMSS.
Espero que seja útil.
abraços
Embora seja verdade que os exercícios em Cadeia Cinética Fechada (CCF) sejam mais comuns para a reabilitação das extremidades inferiores, existem muitas situações onde exercícios em CCF devem ser incorporados no processo de reabilitação das extremidades superiores. Ao contrário das pernas, os braços são muito mais funcionais ao agirem como um sistema de Cadeia Cinética Aberta (CCA). A maior parte das atividades de membro superior exigem que a mão se movimente livremente. Nestes movimentos, os segmentos proximais da cadeia cinética tem a função de estabilização para permitir a mobilidade do segmento distal.
Exercícios de flexão de braço ou exercícios na barra fixa são exemplos de atividades em CCF da extremidade superior. Nestes casos, as mãos estão estabilizadas, e as contrações musculares ao redor dos segmentos mais proximais como o cotovelo e ombro têm a função de elevar o corpo. Além disso, outras atividades como nadar e esquiar no estilo cross-country envolvem uma rápida alternância de movimentos de CCA e CCF, muito parecidas com os que acontecem nos membros inferiores durante a corrida.
Durante a reabilitação, exercícios em CCF são utilizados primariamente para fortalecimento e para reestabelecer o controle neuromuscular dos músculos que agem na estabilização da cintura escapular. Em particular, para treinar simultaneamente a função dos estabilizadores escapulares e dos músculos do manguito rotador ou em isolado para treinar o controle destes músculos sobre o ombro. É essencial desenvolver tanto força e controle neuromuscular nestes grupamentos, permitindo assim que eles forneçam uma base estável para os movimentos dinâmicos que ocorrem no segmento distal.
COMPLEXO DO OMBRO
Atividades com descarga de peso em CCF podem ser utilizadas tanto para promover quanto para melhorar a estabilização dinâmica articular. Os exercícios em CCF são utilizados freqüentemente com as mão fixas, de modo que nenhum movimento ocorra. A resistência é então aplicada tanto axial quanto rotacionalmente. Estes exercícios produzem tanto compressão articular quanto aproximação, as quais agem para melhorar a co-contração ao redor da articulação produzindo estabilização dinâmica.
Dois pares de força essenciais devem ser reestabelecidos ao redor da articulação glenohumeral: O deltóide anterior junto com o infraespinhoso e redondo menor no plano frontal, e o subscapular contrabalançado pelo infraespinhoso e redondo menor no plano transverso. Estes músculos em oposição funcionam como estabilizadores da articulação glenohumeral ao aproximar e comprimir a cabeça humeral na cavidade glenóide via co-contração muscular.
Os músculos escapulares têm a função de posicionar dinamicamente a glenóide em relação à posição do úmero em movimento, resultando em um ritmo escapulohumeral normal de movimento. No entanto, eles podem também garantir uma base estável sobre a qual o úmero altamente móvel possa funcionar. Se a escápula for hipermóvel, a função de toda a extremidade superior estará comprometida. Deste modo, pares de força entre o trapézio inferior, contrabalançado pelo trapézio superior e elevador da escápula, e os rombóides e trapézio médio contrabalançado pelo serrátil anterior são críticos na manutenção da estabilidade escapular. Novamente, atividades em CCF realizadas com as mãos fixas devem ser utilizadas para melhorar a estabilidade escapular.
EXERCÍCIOS EM CCA E CCF PARA A REABILITAÇÃO DE LESÕES DA EXTREMIDADE SUPERIOR
Geralmente, execícios em CCF para a glenoumeral são utilizados nas fases iniciais do programa de reabilitação, particularmente nos casos de ombro instável, com o objetivo de promover co-contração e recrutamento muscular. Da mesma forma, exercícios em CCF devem ser utilizados nas fases finais para promover resistência muscular dos músculos ao redor das articulações glenoumeral e escapulotorácica. Podem também ser utilizados em conjunto com atividades em CCA para aumentar a estabilidade durante os movimentos balísticos.
Em relação ao cotovelo, os exercícios devem ser planejados para melhorar o equilíbrio muscular e o controle neuromuscular entre agonistas e antagonistas. Exercícios em CCF devem ser utilizados para melhorar a estabilidade dinâmica dos grupos musculares mais proximais, nas atividades em que o cotovelo deve fornecer estabilidade proximal . Exercícios em CCA para fortalecimento dos flexores, extensores, pronadores e supinadores são essenciais para a recuperação de movimentos de alta velocidade, necessários para atividades tipo arremesso.
TRANSFERÊNCIA DE PESO EM CCF
Uma grande variedade de exercícios envolvendo deslocamento de peso podem ser realizados de modo a gerar compressão axial para facilitar a estabilização da glenoumeral e da escapulotorácica. A transferência de peso pode ser feita nas posições de pé, no apoio quadrúpede, tripé, ou bípede (braço e perna opostos) com o peso apoiado sobre uma base estável ou sobre uma superfície instável.
O deslocamento de peso pode ser feito de um lado para o outro, para frente e para trás ou em diagonal. A posição da mão pode ser ajustada desde uma grande base de apoio até uma base estreita, com uma mão apoiada sobre a outra para aumentara a dificuldade. Os pacientes podem ajustar a quantidade de peso descarregado sobre os membros conforme a tolerância. Um padrão de PNF tipo D2 pode ser utilizado no apoio tripé para forçar o membro no apoio contralateral a produzir uma co-contração e desta forma gerar estabilização. A estabilização rítmica pode também ser utilizada para recuperar o controle neuromuscular dos músculos escapulares com a mão em CCF em presões aleatórias aplicadas sobre as bordas escapulares.
FLEXÕES DE BRAÇOS E SUAS VARIAÇÕES EXÓTICAS
Exercícios de flexão de braços são utilizados para reestabelecer o controle neuromuscular. Este exercício realizado sobre uma superfície instável, como a plyoball exige uma boa dose de força além de gerar uma carga axial que exige co-contração dos pares de forças agonistas e antagonistas ao redor das articulações glenoumeral e escapulotorácica. Uma variação do exercício padrão de flexão de braços seria o de realizar contrações alternadas e recíprocas. Isto se consegue solicitando ao paciente “subir escadas com os braços”, ou flexão unilateral com um braço apoiado sobre um step.
Postado por Humberto às 01:35 Nenhum comentário: 
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Marcadores: cadeia cinética
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Cadeia cinética aberta versus cadeia cinética fechada
A postagem de hoje é sobre as cadeias cinéticas. Resolvi aprofundar um pouco a discussão sobre este tema uma vez que as informações disponíveis na internet abordam, em sua maioria, apenas a cadeia cinética fechada em lesões de joelho.
Pois bem, então vamos começar pelo princípio:
Histórico
Inicialmente é importante saber que historicamente, os princípios e conceitos da cinesiologia humana e da biomecânica do movimento evoluiram a apartir do estudo da engenharia mecânica. O conceito de cadeia cinética originou-se em 1955, quando Steindler utilizou teorias de engenharia mecânica de cinemática fechada e conceitos de ligações (links) para descrever a cinesiologia humana. De acordo com este modelo, cada um dos segmentos articulares do corpo envolvidos em um determinado movimento constitui uma ligação ao longo das cadeias cinéticas.
Assim, no caso de uma cadeia cinética fechada, podemos considerar que vários segmentos rígidos sobrepostos estão conectados em uma série de juntas móveis. Este sistemapermite o movimento previsível de uma junta baseado no movimento de outras juntas. Na extremidade inferior do corpo humano, cada segmento ósseo pode ser visto como o segmento rígido. De foma similar, as articulações sinoviais talocrural, subtalar , tibiofemoral e coxo-femoral como juntas de conexão. Esta descrição é meio confusa, mas ela refere-se ao modelo utilizado em engenharia e pode ser exemplificado na imagem abaixo. - Se algum engenheiro quiser comentar, sinta-se a vontade.
Aplicando estes conceitos ao movimento humano, Steindler observou que dependendo da carga na “junta terminal”, era possível classificar as cadeias cinéticas em duas categorias distintas: A Cadeia Cinética Aberta (CCA) e a Cadeia Cinética Fechada (CCF). Ele observou que o recrutamento muscular e o movimento das articulações eram diferentes quando o pé ou a mão estavam livres e quando o pé ou a mão estavam fixados (ou ao trabalhar contra resistência considerável).
Sempre que o pé ou a mão encontram resistência ou estão fixados, como na cadeia cinética fechada, os movimentos dos segmentos mais proximais ocorrem em um padrão previsível. Se o pé ou a mão se movem livremente no espaço em uma cadeia aberta, os movimentos que ocorrem em outros segmentos da cadeia não são necessariamente previsíveis.
Tradicionalmente, os protocolos de fortalecimento em reabilitação utilizam exercícios em CCA como, por exemplo a flexão e extensão de joelho com o paciente sentado e com carga. Mas apesar da popularidade atual dos exercícios em CCF, devemos enfatizar que tantos os exercícios em CCA quanto CCF tem seu papel no processo de reabilitação.
CADEIA CINÉTICA ABERTA
Um movimento em CCA é definido como aquele que ocorre quando o segmento distal de uma extremidade move-se livremente no espaço, resultando no movimento isolado de uma articulação (ex: a perna se movimentando na fase de balanço da marcha, o ato de chutar uma bola, o aceno de mão ou o ato de levar um copo a boca para beber água ).
CADEIA CINÉTICA FECHADA
Um movimento em CCF é definido como aquele nas quais as articulações terminais encontram resistência externa considerável a qual impede ou restringe sua movimentação livre.
Exemplos de atividades de CCF dos MMSS são: o exercício de flexão de braço, a utilização dos braços para se levantar de uma cadeira, o apoio dos membros superiores durante a a marcha com muletas. Exemplos de atividades de CCF dos MMII: descer escadas, leg press e agachamentos.
EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA VERSUS CADEIA CINÉTICA FECHADA
Recentemente, o conceito de CCF tem recebido considerável atenção como técnica de reabilitação eficiente e útil, particularmente na reabilitação dos membros inferiores.Ambas CCA e CCF oferecem vantagens e desvantagens distintas no processo de reabilitação. A escolha em se usar uma ou outra vai depender do objetivo de tratamento.
Características dos exercícios em CCF incluem forças compressivas articulares aumentadas, aumento da congruência articular e portanto maior estabilidade, redução das forças de cisalhamento, redução das forças de aceleração, forças de resistência aumentadas, estimulação dos proprioceptores e melhoria da estabilidade dinâmica. Todas estas características estão associadas ao suporte de peso. Assim, atividades em CCF ajudam a reforçar a sincronização dos padrões de ativação muscular tanto para agonistas quanto para antagonistas, que se ativam durante estabilização e deambulação.
Entre as características dos exercícios em CCA estão: forças de aceleraçãomaiores, forças de distração e rotacionais mais intensas, forças concêntricas de aceleração e forças de desaceleração excêntricas. Estas são em geral características de atividades sem descarga de peso.
A partir de uma perspectiva biomecânica, acredita-se que exercícios em CCF sejam mais seguros e que produzam forças potencialmente menos danosas a estruturas em processo de reparo pós lesão do que os exercícios em CCA.
A coativação ou co-contração de músculos agonistas e antagonistas deve ocorrer durante os movimentos normais para gerar estabilização articular. A co-contração que ocorre durante atividades em CCF diminuem as forças de cisalhamento que agem sobre a articulação, assim protegendo os tecidos moles em processo de recuperação, os quais de outra forma poderiam ser danificados em atividades em CCA.
Também argumenta-se que atividades em CCF, particularmente nos membros Inferiores seriam mais funcionais do que as CCA pelo fato de envolverem descarga de peso.
Com exercícios em CCA, o movimento geralmente é isolado em uma única articulação. Atividades em CCA teriam como inidcação exercícios para aumentar força ou amplitude de movimento. Eles podem ser aplicados em uma única articulação manualmente, como nos exercícios de PNF ou por meio de alguma resistência externa utilizando therabands.
A preferência em realizar atividades em CCF sobre a CCA é baseada na premissa de que exercícios em cadeias cinéticas fechadas, particularmente nos membros inferiores parecem replicar tarefas funcionais melhor do que as CCA . Isto porque a CCF parece permitir toda uma cadeia muscular se exercitar ao mesmo tempo. Além disso, exercícios em CCF demonstraram melhorar a congruência articular, diminuir as forças de cisalhamento e estimular os mecanoceptores articulares utilizando carga axial e aumento de forças compressivas sobre a articulação.
Entretanto, é importante ressaltar que a vasta maioria das atividades funcionais envolve uma combinação das cadeias cinéticas abertas e fechadas, muito mais do que meramente uma ou outra. Assim, atividades funcionais são melhor vistas como parte de um continuum entre ações de cadeias abertas e fechadas que se alternam e complementam para gerar o movimento normal.
RESUMO DA ÓPERA:
As seguintes características são comuns a atividades em Cadeia Cinética Fechada:
(1) Interdependência do movimento articular (Ex: flexão de joelho depende da dorsiflexão do tornozelo).
(2) O movimento ocorre proximal e distal ao eixo da articulação de modo previsível (ex: flexão de joelho é acompanhada pela flexão, rotação interna e adução de quadril, e pela dorsiflexção de tornozelo e rotação interna da tíbia).
(3) As contrações musculares são predominantemente excêntricas, associada a estabilização dinâmica muscular sob a forma de co-contração.
(4) Presença de maiores forças de compressão articular resultando em menor cisalhamento e estabilização articular garantida pela maior congruência articular.
(5) Maior estímulo proprioceptivo devido ao maior número de mecanoceptores estimulados.
As seguintes características são comuns a atividades em Cadeia Cinética Aberta:
(1) Independência do movimento articular (ex: a flexão do joelho independe da posição do tornozelo).
(2) Movimento ocorrendo no eixo distal da articulação (ex: o resultado da flexão de joelho é apenas o movimento da perna).
(3) Contrações musculares predominantemente concêntricas.
(4) Ativação dos mecanoceptores limitada à articulação em movimento e estruturas
próximas.
REFERÊNCIAS
Closed kinetic chain exercise: a comprehensive guide to multiple joint exercise‎
Orthopedic examination, evaluation, and intervention‎ 
Techniques in musculoskeletal rehabilitation‎ 
Therapeutic exercise: moving toward function‎

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