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Estratégia Competitiva e Corporativa Missão: estabelecida no início; é o propósito da empresa Visão: objetivo; aonde quer chegar Estratégia: meio para atingir os objetivos; por mais que seja estabelecida no início, ela pode variar de acordo com mudanças no mercado externo Para competir com sucesso buscamos uma vantagem competitiva: resultado acima do esperado; crio um valor econômico maior do que os meus rivais Paridade competitiva: desempenho dentro do esperado Desvantagem competitiva: desempenho abaixo do esperado Estratégia planejada X Estratégia emergente (não intencional) Ocorrências as quais eu não estava desejando, por exemplo, o caso das Havaianas A estratégia sempre deve ser sustentável (desempenho no longo prazo -> faz com que a imitação por parte dos concorrentes seja dificultada) e adaptável a mudanças Métricas de desempenho * Sobrevivência (métrica simples, utilizada em pesquisas e estudos, a qual analisa fatores que podem ajudar a explicar a sobrevivência de empresas). (+) fácil de observar (-) firma pode sobreviver sem dar lucro simples fechamento intencional mensurável * Abordagem dos stakeholders (métrica multidimensional, onde instituições, organizações e pessoas físicas possuem relação com a minha empresa e podem avaliá-la). (+) visão mais complexa (-) difícil de implementar multidimensional difícil de interpretar * Indicadores contábeis (quantitativos ou de diversas naturezas; ex: margem, giro, ROA, alavancagem). (+) amplamente disponíveis (-) orientação de curto prazo permite comparações sujeito a manipulação não considera intangíveis (ex:marca) Isabela Della Torre Estes podem ser: Financeiros Ex: sendo que, Contábeis Ajustados sendo que, Cap. Inv = Ativo circulante e fixo (+) considera o custo de capital (-) dificuldade de medição do WACC e Cap. Investido (+) considera intangíveis (-) dificuldade de calcular o valor de evito cálculo do custo de capital reposição dos ativos Conclusão: não é possível estabelecer uma única métrica que satisfaça minhas necessidades para avaliar vantagens e desvantagens competitivas. BSC: organização de diferentes indicadores; após analisar a estratégia da minha empresa e saber o que deve ser feito, usarei o BSC para implementar as ações devidas. Quatro perspectivas serão levadas em consideração: Financeira Do cliente Interna Aprendizado Voltados para resultados Dinheiro que teria que diponibilizar para repor todos os ativos da empresa; não é simplesmente o ativo, muitas vezes ele é defasado pela depreciação. Voltados para ações Escolhas Estratégicas Pontos fortes Oportunidades Pontos fracos Case da Apple O que explica o sucesso? Produto Organização Mercado Inovação Antecipação da demanda Produto simples Design-glamour Qualidade Status/marca Cultura da organização Figura do Steve Jobs Tecnologia para quem não entende Necessidade Segmentação do mercado Quais são os riscos para o sucesso? Produto Organização Mercado Errar no lançamento do produto Como manter o cliclo de inovação? Ausência de liderança Concorrência Entrada de novos players (companhia) Análise Interna Missão Objetivos Análise Externa (concorrentes, novos entrantes, ameaças e oportunidades) A estratégia adquirida fará com que eu alcance minha visão Possibilidade de obter uma vantagem competitiva ANÁLISE SWOT Estrutura de mercado e concorrência Como identificar concorrentes? Produtos similares Utilizando a metodologia SSNIP (small but significant nontransitory increase in price): situação hipotética em que junto algumas empresas e um aumento no preço altera o mercado – se elas juntas exercerem um aumento de preco no mercado podem ser consideradas concorrentes. Mesmo espaço geográfico Ocasiões de compra parecidas Elasticidade preço demanda Ameaças Vertical ou horizontal Cournot ou Bertrand Índices de Concentração *Coeficiente de concentração Cn = soma das participações (marketshare) de mercado das n maiores empresas -> quanto maior o “C” maior a concorrência. *Índice de Herfindahe – Hirshman ∑ -> leva em consideração todas as empresas desse setor, portanto quanto mais próximo de 1 o índice mais concentrado é o mercado. Concorrência Perfeita Concorrência Monopolista Oligopólio Monopólio Nº de firmas Muitas Várias Poucas Uma única firma Produtos / Serviços Substitutos perfeitos Substitutos similares Substitutos similares Não há substitutos Intensidade Competitiva Elevada P = CMg = RMg Lucro econ. = 0 Depende do tipo e grau da diferenciação Depende do tipo de Rivalidade Baixa p > CMg = RMg Lucro econ. ≥ 0 Tipos de Rivalidade o Cournot: competição por quantidade - primeiro se define a produção, o preço é consequência - produtos substitutos - decisões simultâneas - o preço de mercado permite que toda a produção seja vendida Passo a passo: Tenho a Q demandada do mercado em função do p, o CMg ou o CT Monto o Lucro de ambas as firmas Lucro=(Preço–CMg)*q1 ou Lucro=Preço*q1 - CT Derivo o Lucro em relação a quantidade -> acho q1* e q2* Substituo q2* na equação de q1* -> encontro o E.N.C OBS¹: q1 é o nível de produção que maximiza os lucros da firma 1, dado que ela adivinha quanto a firma 2 irá produzir (q2). HHI ≤ 0,2 0,2 ≤ HHI ≤ 0,6 HHI ≥ 0,6 Eq. Nash Cournot Curva de reação firma 1 Curva de reação firma 2 Curvas negativamente inclinadas Substitutos Estratégicos Efeito destruição de renda: o equilíbrio não é instantâneo, até que as firmas alcancem o E.N.C, elas abaixam o preço e “limpam o estoque” perdendo renda (lucro). OBS²: o preço de equilíbrio cai quando aumenta o número de players no mercado o Bertrand I: competição por preços - primeiro de define o preço, a quantidade é consequência - produtos substitutos perfeitos - decisões simultâneas - não existem restrições de oferta, ou seja, a empresa tem capacidade de produção infinita (produção suficientemente flexível para atender toda a demanda) A empresa terá um incentivo para monopolizar o mercado ao reduzir o seu preço em relação ao do concorrente. Portanto quem tiver o menor preço domina o mercado inteiro, caso o preço seja o mesmo elas dividem igualmente o mercado. Equilíbrio de Nash = p1 =p2 = CMg -> Lucro Econômico = 0 Não ocorrerá se: Existirem restrições de capacidade produtiva Houver diferenciação de produtos O fato de ter somente duas empresas não significa que elas terão lucro; elas podem ter incentivos para entrar em uma guerra de preços até atingir lucro zero. o Bertrand II: competição por preços - produtos diferenciados - empresa não perderá todo o seu mercado para empresas rivais que deduzam o preço, pois existem preferências dos consumidores (ex: Coca x Pepsi) Passo a passo: Tenho a Q demandada do mercado em função do p, o CMg ou o CT Monto o Lucro de ambas as firmas Lucro=(Preço–CMg)*q1 ou Lucro=Preço*q1 - CT Derivo o Lucro em relação ao preço -> acho p1* e p2* Substituo p2* na equação de p1* e encontro, então, o Equilíbrio de NashEq. Nash Curva de reação firma 1 Curva de reação firma 2 Curvas positivamente inclinadas Complementares Estratégicos Entra Não entra Guerra de preços Acomoda Guerra de preços Entra Não entra Estratégias de Comprometimento (decisões que têm impacto de longo prazo e são difíceis de reverter) Um comprometimento por parte de uma empresa não terá a resposta desejada de seus concorrentes a não ser que seja: 1) Observável, visível 2) Compreensível 3) Crível (não pode ser revertido) Jogo de entrada: Entrante Caso o monopolista tome anuncie que vai fazer guerra, ou seja, faz uma “Movimentação Estratégica”, o entrante desiste de entrar: Entrante Para fazer guerra na prática: 1) Cobrimos qualquer oferta (rebates) 2) Deixar capacidade ociosa de forma proposital 3) Desenvolver e estabelecer reputação de “brigão” *Comprometimento Brando Diferenciação; a firma torna-se menos agressiva em relação ao concorrente *Comprometimento Firme Expansão de capacidade; firma mais agressiva ->aumento de capacidade *Acomodar: mercado em crescimento, as firmas dividem o mercado (-1 ,-1) (1 , 1) (0,2) “Indução Retroativa” (0,2) (-1,-1) Rivalidade de preços O que faz com que duas empresas tenham lucro = 0 (Bertrand)? Elas abaixam tanto o preço, dando descontos, que chegam ao p=CMg. O que faz com que duas empresas tenham lucro > 0 e preço de monopólio? Podem fazer conluio ou cooordenação de preços: -explícito (cartel): ocorre comunicação entre firmas, porém vai contra a livre concorrência, é ilegal -tácito: firmas usam “sinais de mercado” (Tit-for-Tat) *Tit-for-Tat: quando uma empresa sobe o preço a outra companhia sobe também; dessa forma elas conseguem chegar ao preço de monopólio. Caso uma das empresas não suba o preço, ela pode apresentar lucro no curto prazo, porém no longo não valerá a pena. Condições: -os produtos devem ser substitutos -capital “paciente” (taxa de desconto baixa) -publicidade de informações -pedidos frequentes Exemplo: Embratel x Interlig Mercado Telefônico: 1 milhão de minutos Custo: R$0,10/min Preços que podem ser cobrados: A -> R$0,70/min B -> R$0,60/min 1ª situação: caso ambas as empresas escolham cobrar o preço A elas dividirão o mercado (0,70 – 0,10) * 500 = 300 Portanto, 2ª situação: caso uma das empresas escolha o preço B, ela roubará o mercado no primeiro momento, porém em seguida a outra companhia também irá abaixar o preço e elas irão dividir o mercado (0,60 – 0,10) * 1000 = 500 -> 1º momento (0,60 – 0,10) * 500 = 250 -> 2º momento Portanto, Soma da PG infinita = 𝑎1 −𝑞 Caso eu tenha 10 firmas no mercado: 1º situação: (0,70 – 0,10) * 1000/10 = 60 2º situação: (0,60 – 0,10) * 1000 = 500 -> 1º momento (0,60 – 0,10) * 1000/10 = 50 -> 2º momento Portanto, Além disso, sabe-se que: 1 − − 1 Onde, : lucro da indústria no período : lucro quando todas as empresas cobram preço de monopólio Entrada e Saída Uma firma entra no mercado se: V.P dos lucros pós-entrada ≥ Custos irrecuperáveis que irão acontecer para entrar De forma geral, um novo entrante no mercado é sempre uma ameaça para os meus lucros, principalmente se eu tiver um lucro de monopólio, por isso posso desenvolver: Barreiras Estruturais - Vantagens de custo (economias de escala, escopo, experiência=curva de aprendizagem) - Vantagens mercadológicas (marca renomada, condições específicas de mercado, umbrella branding = tenho uma marcar que uso para diversos produtos, ex: LG) - Vantagens de recursos (patentes, infraestrutura, conexões políticas, ex: monopólio de diamantes) Barreiras Estratégicas - Estratégia de preço-limite (reduzir preços antes da entrada do novo player) - Estratégia de preço predatório (reduzir preço após a entrada do novo player; cuidado: baixar aquém do custo é ilegal) - Estratégia de expansão de capacidade (manutenção da capacidade ociosa; lembrar do comprometimento – molda as decisões dos outros players) É o benefício de um único período para uma empresa cooperar, ou seja, quando r ≤ 0,02 vale a pena cooperar. Custo da cooperação é o lucro extra que a empresa poderia ter ganho no período corrente se recusasse a cooperar Análise da Indústria Cinco forças de Porter *Rivalidade Interna Até que ponto a rivalidade de preços ou a concorrência de outros fatores (como por exemplo, propaganda) afeta a rentabilidade da empresa em questão. Nível de competição entre as empresas concorrentes já estabelecidas (definir que são os concorrentes – mesma ocasião de uso, geográfica, etc...) Identifico o player com reputação de “brigão” Quanto maior o numero de empresas, menor a rivalidade interna observada entre eles, ou seja, impede que os concorrentes entrem em guerra de preços, uma vez que o mercado não se concentra em poucos agentes. Em outras palavras, em um mercado com apenas dois rivais, por exemplo, torna-se muito mais fácil ambos competirem por clientes através da competição de redução de preços, fato contrário ao que acontece nesta situação, onde os agentes são diversos, não sendo necessária essa redução constante do valor das mercadorias para conquistar os consumidores. Paralelamente, um setor em crescimento comporta um número maior de players, permitindo o aparecimento e permanência de novos entrantes. Diferença entre o padrão de custo entre as empresas *Poder de Barganha dos Clientes Quão forte é o poder de decisão dos clientes sobre os atributos do produto, principalmente preço e qualidade. Ou seja, quanto, por exemplo, uma mudança de padrão de consumo, poderia afetar o preço cobrado por ele Quanto maior o número de compradores menor a ameaça Quanto mais estreitas as margens de lucro do setor maior a ameaça *Poder de Barganha dos Fornecedores A dimensão da capacidade dos fornecedores de influenciar os custos dos insumos oferecidos, aumentando preços ou ajustando a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa Quanto maior o número de empresas fornecedoras do setor menor a ameaça *Ameaça de Novos Entrantes Divide a participação de mercado Incentivos de abaixar o preço Fatores que dificultam o surgimento de novas empresas concorrentes no determinado setor Quanto menor a barreira a entrada, maior a ameaça ao lucro (empresas trabalham com a incerteza) Barreiras Estruturais: Controle de recursos: aumenta a barreira, diminui a ameaça Vantagem de marketing (umbrela branding): aumenta a barreira, diminui a ameaça Economia de escala, escopo e aprendizagem: aumenta barreira, diminui a ameaça Obs: Economia de Escala - atrapalha a entrada de novos concorrentes, pois as empresas que já produzem grandes quantidades podem reduzir custos, e novas empresas, que tenham que começar a vender pouco para depois crescer, possuem desvantagem de custos. Economia de Escopo – o custo de produção em conjunto é menor do que produzir os produtos separadamente. Barreiras Estratégicas: Capacidade de produção ociosa: aumenta a barreira, diminui a ameaça Preço limite Preço predatório Capital Necessário - outra restrição financeira, mas aqui refere-se à necessidade de capital para realizar os investimentos iniciais para a instalação do negócio. É um dos fatores mais relevantes para impedir o surgimento de novas empresas em um setor; *Ameaça de Produtos Substitutos/ Complementos Substitutos diminuem a demanda– vide Rivalidade Interna Quanto maior a quantidade de produtos substitutos, maior a ameaça aos lucros Os produtos complementares (colaboração de fornecedores e clientes) aumentam a demanda e consequentemente os lucros de médio e longo prazo Posicionamento Estratégico Valor criado = lucro + excedente do consumidor CUSTO BENEFÍCIO 5000 0 10000 Preço 80000 Custo 50000 Excedente do consumidor Lucro A partir das curvas de indiferença percebe-se: *O deslocamento da curva para baixo, aumenta o excedente do consumidor (como criar valor) *Os produtos A e B são indiferentes *Entre 1 e 2 escolho 1 Como crio valor? Liderança em custo: aumenta o excedente do consumidor sem mudar a margem de lucro da empresa Diferenciação: aumenta o benefício percebido / aumenta a disposição à pagar CUSTOS X DIFERENCIAÇÃO Fortes economias de escala Já esgotou a economia de escala Atributos do produto são facilmente Atributos são percebidos por Percebidos meio da experimentação O valor econômico é criado através da produção e da troca no mercado. O valor pago pelo consumidor deve exceder o custo incorrido na fabricação. Quando o valor percebido é negativo, não há preço que o consumidor estaria disposto a pagar pelo produto. Porém valor positivo não garante lucro econômico positivo em mercados com baixas barreiras a entrada e produtos com entrega de valor semelhante, a tendência é que o lucro econômico seja zero. Para que este seja positivo a empresa deve entregar mais valor do que suas concorrentes. Onde? Em qual mercado vou atuar? 1) Foco em especialização em clientes 2) Foco em produto 3) Foco em área geográfica 1 2 A B Preço Quantidade + excedente 1 público especializado; variedade de produtos 2 vários públicos alvos; pouca variedade de produtos 3 No Case discutido em sala da Southwest, a empresa busca tudo que possa ter menor custo e por consequência gera uma série de benefícios. Entretanto, esse último não é seu grande foco. Tudo é feito para reduzir os custos. OBS: Stuck in the midle ex: TAM não tem necessariamente o menor custo nem o reconhecimento de clients em relação a todos os benefícios Análise VRIO *É uma análise com visão nos recursos da empresa visando identificar uma vantagem competitiva, a partir da construção de um modelo de forças e fraquezas (recursos possuem oferta inelástica - são escassos, podem ser tangíveis ou intangíveis e geram rendas ricardianas - permitem que a empresa explore oportunidades e neutralize fraquezas). V Valor Quero saber se os recursos ajudam a neutralizar as ameaças e a aproveitar as oportunidades. Um recurso é dito valioso se ele possui um impacto positivo na performance econômica da empresa. o Esses recursos valiosos podem se tornar obsoletos daqui um tempo, ou seja, um recurso ter possuído valor no passado não quer dizer que ele vai possuir no futuro; o Podem atribuir diferentes valores para cada setor (relativo ao posicionamento); o Uma empresa que não possui mais recursos valiosos pode desenvolver novos recursos ou tentar agregar valor aos recursos já existentes. R Raro Quando os competidores não possuem o mesmo recurso o Recursos comuns são fonte de paridade competitiva. Isso não quer dizer que estes não são importantes, pelo contrário, normalmente são indispensáveis para manter a empresa competitiva no mercado. I Imitabilidade Algo que seja difícil de imitar por outros concorrentes (É difícil de substituir? É difícil de replicar? É custoso adquirir? Se for um dos três é difícil de imitar). o O custo fixo do especialista é maior, ele demorou muito tempo para se especializar; o Empresas sem o recurso possuem uma desvantagem de custo daquelas que o possuem (vantagem do 1º a se mover). O Organização A empresa é capaz de gerir adequadamente esse recurso? OBS: * Sob uma ótica de estratégia corporativa, recursos não devem apenas ser valiosos, raros, inimitáveis, mas também preferencialmente flexíveis ao uso (“alavancáveis”) pelos diversos negócios da corporação. * “Visão” como recurso/competência dinâmica: capacidade de identificar e se antecipar a mudanças. * Conexões políticas como “recursos”: valiosos, raros e difíceis de imitar, mas com sérios dilemas éticos. Vantagem competitiva a longo prazo Destruição Criativa: Todo mercado tem momentos de quietude comparativa; esses períodos são pontuados por choques que destroem as velhas fontes de vantagem e substituem por novas. Os lucros crescem quando a vantagem é criada. Quando fica estável é considerada sustentável e com o tempo será corroída. Em alguns mercados hipercompetitivos o período sustentável da vantagem é curto. Nesses ambientes para a empresa sustentar os lucros econômicos ela deve desenvolver continuamente novas fontes de vantagem. Tempo Lucro Desenv. Sustentação Erosão Tempo Lucro Rendas Ricardianas: é a diferença entre a média do que a empresa consegue gerar e a média da indústria. Normalmente provém de recursos raros, ou seja, oferta limitada no mercado, e difíceis de serem imitados. Rendas Schumpeterianas: é a diferença entre o que a empresa conseguiu gerar em um determinado período e a média do que a própria empresa produz; derivam de choques dissipados ao longo do tempo Inovação: Fatores inibidores: Porque as empresas estabelecidas normalmente são menos dispostas a inovar do que entrantes? * Efeito Sunk Cost: uma empresa que já possua comprometimento com uma tecnologia menos avançada tem mais a perder ao inovar do que aquela que não tem, dado que todos os gastos e investimentos passados serão irrecuperáveis -sunk costs. * Efeito Substituição: se uma empresa monopolista inovar, ela continuará sendo líder; já se uma entrante inovar e a monopolista não, ela ganhará mercado. Fatores motivadores * Efeito eficiência: uma monopolista tem mais a perder com a entrada de um novo competidor do que o competidor tem a ganhar ao entrar em um novo mercado; isso ocorre porque não apenas a entrante tira negócios da monopolista, como também tende a trazer o preço para baixo, diminuído os lucros da já líder; isso aumenta o interesse da monopolista a investir em inovação ao ser pioneira em inovações, a empresa adquire vantagens com proteções de patentes e marca registrada, assim como aumenta a percepção do consumidor. Competência dinâmica: capacidade de adaptação constante de forma a explorar oportunidades e criar novas fontes de vantagens competitivas. A inovação pode ser alcançada por meio de mudanças organizacionais, alianças e parcerias. Fronteiras Horizontais As fronteiras horizontais ótimas das empresas dependem das economias de escala e de escopo; estas identificam as quantidades e variedades de seus bens e serviços. Benefícios de escala: “quanto mais, melhor” – mais comum em setores intensivos de capital (ex: manufatura). *Diluição de custos fixos quanto maior a produção *Ganhos de especialização concentrar-se onde a empresa têm competências provadas *Poder de barganha com fornecedores e clientes *Efeitos de rede aumenta o número de usuários de um dado produto/tecnologia ao aumentar o benefício que outras pessoas derivam ao adotar tal produto/tecnologia; pode ser direito (associado à penetração da tecnologia em si) ou indireto (associado à existência de produtos complementares à tecnologia). OBS: Economia de Escala ≠ Economia de Aprendizagem (se baseia na produção acumulada, ou seja, quando mais eu produzo, mais eficiente fico, portanto, reduzo meu custo unitário). Benefícios de Escopo:custo total declina com a oferta de múltiplos produtos ou serviços; o custo de produzir x e y é menor do que produzi-los separadamente, ou seja, CT(Qx;Qy) < CT(Qx,0) + CT(0,Qy). *Redução de custos ao se trabalhar com múltiplos produtos *Efeito de rede, especialmente indireto (garantir o suprimento de produtos complementares) *Competição em múltiplos mercados potencialmente atenuando a intensidade competitiva (diversificação de risco) OBS: Competição em múltiplos mercados pode atenuar a rivalidade entre empresas muitos benefícios de escala e escopo não decorrem necessariamente de questões tecnológicas (custos), mas sim da possibilidade de influenciar interações competitivas (ex: Sony vs. Microsoft) Fontes de economia de escala e de escopo: *Indivisibilidade e Diluição de Custos Fixos -Os custos fixos (equipamentos, P&D, custos iniciais, etc) provém da indivisibilidade: um insumo não pode ser utilizado em uma escala abaixo de determinada quantidade, mesmo que o nível de produção seja muito pequeno. -Produção intensiva em capital: ocorre quando os custos fixos representam um percentual significativo dos custos totais. Há maior probabilidade de indivisibilidade quando a produção é intensiva em capital. Quantidade Custo Médio O custo médio diminui na medida em que a empresa dilui os custos fixos da produção. O custo médio pode voltar a crescer quando a empresa se depara com limitações de capacidade ou encontram problemas burocráticos. Quando não há fatores limitadores, o gráfico do preço médio é em formado de “L”. Escala mínima eficiente = mínimo que eu preciso produzir para ser eficiente. Deseconomia de escala: - individualidade tecnológica; - custos de agência (é difícil incentivar e controlar); - relação trabalhista. -Especialização: só vale a pena se especializar se houver demanda grande o suficiente para cobrir os custos fixos necessários; a demanda crescente deve ser acompanhada por uma especialização crescente – Adam Smith *Estoques -A necessidade de manter estoque se dá pela possibilidade de não existirem produtos para a venda, o que gera perda de receita e de confiabilidade dos clientes *Efeito de Rede Fronteiras Verticais Quando é melhor organizar todas as atividades em uma empresa única (integração vertical) e quando é melhor depender de empresas do mercado (terceirização)? Até onde é bom desenvolver determinada atividade? Qual o limite vertical da firma? - Até o limite em que tenha diminuição dos custos de produção, mas que os custos de gerenciar tudo não sejam muito altos. Devo levar em conta custos de produção e de transação, ou seja, custo de tempo, despesas de negociação, contratos - amenizam ações oportunistas, porém não as eliminam devido à racionalidade limitada a qual impede a construção de contratos completos. Custos de transação aumentam quando envolve especificidades: Física Locacional Dedicada Humana Temporal Se a economia de escala é importante, por que não fazer tudo em uma única empresa? Além do custo de produção, possuo custos de transação e estes muitas vezes são tão complexos que não vale a pena. Aumentam com.. Para proteger essas especificidades devo mudar de relação de mercado para integração vertical e para relações contratuais. Benefícios da terceirização a terceirização deve ocorrer quando as empresas do mercado são mais especializadas e mais eficientes. *Especialização: as empresas conseguem ser mais eficiente, pois possuem informações especificas, economias de escala, economias de aprendizado. *Disciplina de mercado: fornecedores são concorrentes entre si de forma que cada um vai tentar ser melhor do que o outro, entregando um melhor serviço para o consumidor; além disso, em uma situação de integração vertical é mais provável encontrarmos custos de agência devido aos incentivos fracos e à dificuldade de supervisionar uma estrutura mais complexa. OBS: Custos de agências são os custos associados com a negligência profissional; quando não possui concorrência estes são mais prováveis possível solução é a adoção da meritocracia, visando incentivar e estimular os funcionários. Benefícios da integração vertical *Quase renda: é a diferença entre o lucro que a empresa teria com a sua melhor opção de negócio (se tudo ocorresse conforme planejado), e o lucro que ela teria ao ter que optar pela segunda melhor opção. *Problema de Hold up: é a quebra de contrato entre parceiros quanto maior a especificidade do produto/serviço maior será o prejuízo para a empresa, caso a especificidade não seja grande o produto poderá ser revendido para outros, minimizando o problema (essa quebra de contrato pode ocorrer, pois estes são incompletos e as pessoas são oportunistas). *Coordenação vertical eficaz: a integração vertical permite que as empresas realizem ajustes nos produtos em relação a tempo, tamanho, cor, etc; a falta de uma boa coordenação pode causar gargalos nos fluxos de processos (logística). *Menor vazamento de informações: ao integrar existem informações que ficam restritas e somente a empresa conhece, assim, gerando vantagem no mercado. Ao terceirizar empresas arriscam perder o controle sobre tais informações privativas valiosas; isso pode ser resolvido por meio de cláusulas contratuais. Hipóteses para a Integração Vertical: 1. Especificidade de Ativos Como considerar os custos na tomada de decisão da fronteira vertical? Especificidade Riscos contratuais Causa.. No limite podem levar a IV Custos de transação Com um aumento de escala de produção a curva Delta T se desloca para baixo, portanto a empresa será mais estimulada a adotar a integração vertical. Com uma melhoria da gestão interna a curva Delta A se desloca para baixo, portanto a empresa. Formas Híbridas Alianças estratégicas que atuam temporariamente; colaboram com um projeto ou compartilham informações e recurso produtivos. Quando objetivo é alcançado a aliança é dissolvida. Ex: Mc Donald problemas com franquias faz aumentar lojas próprias: esse aumento de custo pode incentivar a mudança de uma curva para a outra. Ex: Totota contratos de longo prazo diminuem o custo de transação deslocando a curva para baixo; esse modelo pode ser usado para ativos mais específicos. Prefiro terceirizar Prefiro IV Integração Vertical Parcial Mistura IV e terceirização, por exemplo, um fabricante que produz parte de sua matéria prima e compra o resto de terceiros. Possui benefícios como a expansão de canais de insumos; Diversificação Diversificação coorporativa Razões econômicas: aumenta valor da empresa com benefícios aos acionistas *benefícios de escala e principalmente de escopo alavancando recursos e competências flexíveis ao uso para múltiplos negócios (às vezes a sinergia pode ser aparente, mas não real) *criação de um “mercado interno de capitais” auxiliando unidades com restrições financeiras *explorar a rentabilidade *gerenciar risco da própria empresa *diversificação da carteira do acionista da corporação (muitas vezes o próprio acionista pode fazer isso por meio de investimento em firmas independentes) *sinergia *economia de custos de transação (porém aumentam os custos administrativos) *reflete a preferência gerencial *ganhar dinheiro com aquisições (porém aumentam os custos de integração e existe o risco da “maldição do vencedor”: será que eu comprei bem? Às vezes não vale o quanto paguei) Razões gerenciais: não aumentam o valor da empresa, mas beneficiam os executivos *preferência por grandes empresas – gera status *Investimento em projetos próprios: ganhos privados versus lucro da corporação como um todo (custode agência) *Aversão ao risco: diversificação como gestão de risco do CEO (este risco depende diretamente do risco da empresa) Razões políticas: *alianças políticas por ser um recurso VRIO e flexível ao uso, ou seja, serve como conexão entre todas as unidades de negócio da empresa, pode justificar a diversificação. Como se diversificar? -Fusões horizontais: reduzir concorrência e atingir economia de escopo -Conglomerados: empresas amplamente diversificadas que vão além da ideia de economia de escopo. Muitas vezes é difícil identificar as principais habilidades da empresa. É melhor ser especializado em poucos negócios (manter foco) ou diversificado em vários negócios? Depende. Para avaliar se a diversificação é adequada devemos analisar o tipo (posso diversificar minha empresa - ex: participando de outros mercados e setores; ou posso diversificar o portfólio de investimento – ex: produzindo outras coisas); quais as razões para fazê-la? OPORTUNIDADES DE MERCADO. OBS: diversificação não elimina custos, só transforma os custos de transação em custos de agência. Tipos de diversificação: *Empresas focadas uma atividade; 95% do faturamento da empresa vem de uma única unidade de negócio; ex: Starbucks - café *Empresas com negócios relacionados linhas de produtos se conversam entre si; sinergia e complementação; 70% do faturamento vem de uma unidade de negócio ex: Apple e Unilever *Empresas com negócios nada ou pouco relacionados posso até ter sinergia, mas não é isso que explica minha diversificação; menos de 70% do faturamento da empresa vem da principal unidade de negócios; ex: GE possui mais de 50 unidades de negócios diferentes. Posso aproveitar recursos flexíveis ao uso; posso garantir e coordenar melhor a sinergia. Fica mais difícil de arbitrar o mercado, portanto a corporação diversifica. Caso necessite de capital vendo ações: capacidade de arbitrar o mercado; terá liquidez, portanto o investidor diversifica. Performance superior se dá, na média, via diversificação relacionada. Como então é possível aumentar o desempenho ao nível corporativo? Se eu fiz uma diversificação que não foi boa, que não me traz sinergia eu posso: - me desfazer dos meus negócios vendendo-os (separa e vende unidades de negócios que não fazem sentido para a minha organização) - da para arbitrar o negócio comprando uma unidade lucrativa que o mercado não reconheceria, arrumá-la e vende-la. É extremamente difícil criar valor ao nível corporativo. Aumento de diversificação causa perda de foco e aumenta custos administrativos. Por este motivo, melhores resultados tendem a ser obtidos com diversificação relacionada ou, mais genericamente, pelo uso de recursos flexíveis ao uso “alavancáveis” em diversos negócios. Efeito corporação: a empresa pode ter recursos valiosos e flexíveis a uso, por exemplo, um mercado interno de capitais – possui um caixa que pode ser acessado pelas diferentes unidades do negócio. Espera-se que esse efeito seja refletido na rentabilidade da empresa. Além disso, a empresa poderia deter de profissionais altamente qualificados, que além de serem caros de adquirir no mercado podem ser utilizados em mais de uma unidade de negócios. Efeito indústria: dependendo da indústria onde eu atuo, da estrutura de mercado (poucos players não quer dizer que necessariamente vou ganhar dinheiro, depende do tipo de rivalidade) posso ter mais ou menos chances de sucesso. Efeito unidade de negócios: efeito competitivo; o quão bem uma unidade de negócio toma boas decisões gerando maior competitividade e rentabilidade Efeito ano: vou analisando o retorno ano a ano e vendo o efeito daquele ano no resultado da empresa. Diversificação em países emergentes: Benefícios da diversificação também mudam de acordo com ambiente local. Em muitos países emergentes, é comum a ocorrência de conglomerados diversificados ou grupos econômicos (business groups). Grupos econômicos: *Aspectos positivos: -Redução de custos de transação em países com infraestrutura ou instituições fracas (os conglomerados podem substituir as instituições quando é muito caro adquirir capital eu mesmo desenvolvo) Exemplo: 1. Mercado de capitais ineficiente, pouco líquido e com altos custos de transação Monitoramento e análise; provisão de capital; novos empreendimentos. 2. Mercado de trabalho pouco desenvolvido Treinamento; geração de “talentos” internos. 3. Mercado de produtos com poucas informações e baixa proteção aos consumidores Reputação do grupo: regulação privada de qualidade (marca ou nome comum). 4. Contratos instáveis e fracamente cumpridos pelo sistema legal Reputação do grupo: auto-regulação dos contratos e resolução interna de disputas. *Aspectos negativos: -Problemas de governança em estruturas piramidais. -Conexões com governo como “recurso flexível ao uso” podem criar barreiras a entrada -Potencial para conluio (atenuação da competição em múltiplos mercados) Existem fortes incentivos gerenciais à diversificação, não necessariamente alinhados aos interesses dos acionistas. Práticas de governança corporativa podem reduzir estes incentivos. No entanto, benefícios de se montar corporações podem ser maiores em determinados contextos envolvendo falhas institucionais (ex: países emergentes).
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