Buscar

Pratica Trabalhista aula 7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Aula 7 (corrigida)Solange Lima Teixeira 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE SALVADOR-BA.
RT Nº...
ALFA CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede na Avenida Jorge Amado, 100, Imbuí, Salvador, BA, CEP..., vem, por seu advogado legalmente constituído, para fins do art. 39, I CPC, com escritório profissional localizado na Rua nº, Bairro, Cidade, Estado, CEP, nos termos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe move MARIZA LIMA, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, vem perante V. Exa.., na forma do art. 847 CLT c/c art. 300 CPC, apresentar a sua:
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos jurídicos, a seguir, expostos:
DAS PRELIMINARES:
DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL:
	A Reclamante, em sua Reclamação Trabalhista, postula a equiparação salarial em face da Reclamada.	
	Contudo, não indica as razões de fato que comprovem o seu suposto direito e nem ao menos indica o seu paradigma, para fins de equiparação salarial.
	Assim, deve o presente feito ser extinto sem a resolução do mérito, de acordo com o disposto no art. 769 CLT c/c art. 295, Parágrafo Único e inciso I e art. 267, I do CPC, uma vez que não há causa de pedir para o supracitado pedido, impossibilitando, desta maneira, o direito de defesa da Reclamada, além de tornar inepta a peça inicial, nos termos do art. 301, III CPC.
	Portanto a presente reclamação trabalhista deverá ser extinta sem resolução de mérito na forma do art. 267, I do CPC.
DO MÉRITO:
DAS HORAS-EXTRAS 
 Alega a reclamante que em todo período trabalhado, realizou horas extraordinárias, tendo em vista que, por residir em um sítio afastado, levava, a pé, meia hora na ida e meia na volta, até o local em que pegava o ônibus para ir trabalhar, caracterizando horas in itinere, sem contar as 2 (duas) horas de engarrafamento que enfrentava no trânsito dentro do ônibus, tanto para ir quanto voltar do trabalho. Sendo assim, postulou o pagamento de 5 (cinco) horas extras por dia, acrescidas de 50%.
	As horas “in itinere”, que são aquelas despendidas pelo empregado no trajeto de ida e volta do trabalho, somente são devidas pelo empregador quando da concorrência de dois requisitos, quais sejam, quando a condução é fornecida pelo empregador e o local de prestação de serviços for de difícil acesso ou não servido por transporte público, na forma do art. 58, parágrafo 2º CLT c/c súmula 90, I TST.
	Com efeito, não são devidas as horas-extras, uma vez que a própria Reclamante na sua inicial traz elementos suficientes para embasar a defesa da Reclamada, quando ela própria alega residir num sítio afastado, levando à pé, meia hora na ida e meia na volta, até o local onde pegava o ônibus, ou seja, o local de difícil acesso era o da sua residência.
	Cumpre destacar que, a Reclamada não fornecia condução para os seus colaboradores e que a Reclamante tinha uma jornada de trabalho de 08 (oito) horas de segunda à sexta-feira e de 04 (quatro) horas aos sábados, não ultrapassando, portanto, o limite legalmente previsto, nos termos do art. 7º, XIII CF/88.	
	Sendo assim, pelo exposto acima, não é devida nenhuma hora-extra a Reclamante.
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL:
	Para que se defira a equiparação salarial, faz-se necessários alguns requisitos, sem os quais torna impossível a aplicação do princípio da isonomia, na forma do art. 461 da CLT e súmula 06 TST.
	Dentre estes requisitos, está a indicação do paradigma que é o valor do salário de empregado, em determinada função, que serve de equiparação para outro trabalhador, na mesma função.
 No entanto, para fazer jus a equiparação salarial, é necessário que o empregado e o respectivo paradigma (trabalhador ao qual pede equiparação), tenham exercido a mesma função simultaneamente, ou seja, tenham trabalhado ao mesmo tempo na empresa. 
	 A autora não indica em sua inicial o paradigma, desta forma fica evidente que não faz jus a equiparação salarial, sendo totalmente improcedente o pedido.
	Sendo assim, não faz jus ao reconhecimento da equiparação salarial e eventuais reflexos em outras verbas.
DOS PEDIDOS:
	Diante do exposto, requer a V. Exa.:
1 - O reconhecimento da preliminar de inépcia da petição inicial, conforme art. 301, III CPC, extinguindo-se o processo sem resolução de mérito, na forma do art. 295, par. Único e inciso I c/c art. 267, I CPC;
2 - Caso este não seja o entendimento de V. Exa.., requer a improcedência de todos os pedidos formulados pela Reclamante;
3 - A condenação da Reclamante ao pagamento dos honorários advocatícios e custas processuais, na forma do art. 769 CLT c/c art. 20, par. 3º CPC, na base de 20% do valor da causa.
DAS PROVAS:
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, com fulcro no art. 769 CLT c/c art. 332 CPC, em especial a documental, a documental superveniente, a testemunhal e o depoimento pessoal das partes.
Nestes Termos,
Pede-se o Deferimento.
Salvador, data....
Advogado
 OAB

Outros materiais