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Trabalho sobre a Casa da cascata

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Casa da Cascata
Conhecida como: Fallingwater, Casa da Cascata ou Casa Kaufmann (nome da família de seu primeiro proprietário) foi projetada pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, considerado o introdutor da arquitetura moderna no seu país , tornou-se um ícone na arquitetura.
Encomendada por Edgar J. Kaufmann, fundador de uma proeminente loja de departamentos de Pittsburgh. Para escapar das pressões dos negócios, Kaufmann e sua família regularmente deixavam a cidade e iam para seu retiro, de aproximadamente 243 mil metros quadrados, nas florestas das Montanhas Allegheny. Por volta de 1935, quando a cabana da família Kaufamann no campo estava em decadência e tinham deteriorado ao ponto de algo precisar de ser reconstruído Wright foi chamado para construir para eles uma nova residência de veraneio.
Kaufmann, sem dúvida, visualizava uma casa com frente para a mais excepcional característica da propriedade: um riacho descendo pela montanha e formando uma cascata sobre lajes de pedra que se projetam dramaticamente para fora. Wright acreditava que uma casa de campo deveria se tornar parte da paisagem e a imaginou para que os futuros moradores sempre sentissem a força com que cai e passa o riacho, não visualmente, mas através do som que se produz, percorrendo toda a casa.
Estudou o local através de um mapa topográfico da área em volta da queda de água sob todos os pontos de vista, antes de fazer a audaciosa proposta de construir a casa no lado do penhasco. A cascata só poderia ser vista quando se está de pé na varanda do piso mais alto, ficando assim invisível do interior, mas totalmente integrada à planta da casa, com uma escadaria saindo da sala de visitas e descendo diretamente para água, permitindo um acesso direto a ela com a torrente de água caindo, e podendo ser ouvida por toda a casa.
Fallingwater ergue-se como uma das maiores obras-primas de Wright tanto pelo seu dinamismo como pela sua integração com a impressionante envolvência natural. Até mesmo para Wright o projeto da casa é um feito impressionante, em termos de invenção, e um dos conceitos mais originais e revolucionários da história da arquitetura. Uma casa de campo tradicional teria sido uma casa afastada da estrada, em um gramado impecavelmente bem cuidado, com uma bela e agradável vista das áreas mais selvagens, localizadas seguramente além de suas divisas. Wright reverteu esta ideia. 
Fallingwater, uma estrutura grande e baixa, como uma pedra flutuando sobre a cascata, parece tanto fazer parte da natureza, como estar separada dela. Cada elemento da arquitetura tem o propósito de atenuar a distinção entre o ambiente natural e o ambiente construído e de integrar os residentes com a área externa. Ambientes profundamente recuados, interiores de pedra rústica e tetos extraordinariamente baixos dão a impressão de uma caverna, um espaço privado e protegido, dentro do esquema natural das coisas.
 Se, através da luz, do som e da estrutura, Fallingwater evoca o sentimento de sua existência na inexplorada floresta selvagem americana, todo o resto relativo à casa é sem dúvida alguma, totalmente moderno, estes conhecidos pelos detalhamentos e rebuscamentos nos detalhes arquitetônicos. A casa é uma maravilha em termos de tecnologia do século XX. Ela era a casa dos sonhos do arquiteto (se não do dono), e Wright não permitiria uma única alteração à sua planta. A casa faz também referencia a arquitetura organicista, onde se acredita que uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas. Sua convicção era de que os edifícios influenciam profundamente as pessoas que neles residem, trabalham ou rezam.
O elemento mais marcante do projeto e o maior desafio à engenharia é a série de terraços de concreto reforçados em balanço sobre as saliências rochosas e paralelos às linhas naturais do local. Apesar de estarem firmemente ancoradas em rocha sólida, as plataformas dos terraços parecem desafiar a lei da gravidade (Wright as comparava a bandejas equilibradas sobre os dedos de um garçom). Entre os terraços, estão os quartos com paredes de vidro. As paredes, que não são de vidro, foram construídas com pedras extraídas do local, em linha com o interesse de Wright em fazer edifícios que eram mais orgânicos e os quais, desse modo, pareciam estar mais envolvidos com as redondezas. A enorme lareira central na sala de estar é composta de pedras removidas do terreno e restauradas para formar a lareira, tradicionalmente, o coração de uma casa e que  foi considerado o lugar de reunião da família. A perfeição de todos os detalhes leva esta obra a uma consistência de alto grau. É uma obra que vai muito além de sua forma, onde a presença física e espiritual do homem se faz mais transparente, em sincronia com a relação harmônica entre arquitetura e natureza. Como a destacada estudiosa e crítica de arquitetura Ada Louise Huxtable observou, o efeito de Fallingwater “não é o de uma natureza violada, mas sim de uma natureza completa, um duplo enriquecimento."
Na encosta acima da casa principal existe uma coberta para quatro carros, alojamentos para os criados e um quarto de hóspedes. Este edifício exterior anexo foi construído usando a mesma qualidade de materiais e a mesma atenção aos detalhes da casa principal. Logo acima fica uma pequena piscina, continuamente alimentada por água natural, a qual depois flui para o riacho abaixo.
Fall foi a casa de fim de semana da família entre 1937 e 1963. Nesse ano, Kaufmann, Jr. doou a propriedade ao Western Pennsylvania Conservancy. Em 1964, o edifício foi aberto ao público como museu e, desde então, mais de seis milhões de pessoas já visitaram a casa. Atualmente, recebe mais de cento e vinte mil visitantes por ano.

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