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PREPARATÓRIO PARA 2° FASE DO 42° EXAME DE ORDEM - DIREITO TRIBUTÁRIO 
Eu nunca vi alguém se arrepender do tempo que parou para estudar. 
Prof(a) Maria Christina Barreiros D’ Oliveira 
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PREPARATÓRIO PARA 2° FASE DO 42° 
EXAME DE ORDEM 
 
Direito tributário 
 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
 
 
 
 
 
UM POR TODOS E TODOS POR UM MESMO SONHO – TRIBUTÁRIO NA VEIA 
 
 
Sozinhos podemos até ir mais rápido. Mas juntos, com certeza vamos mais longe. 
 
 
Força, Foco e FÉ !!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARATÓRIO PARA 2° FASE DO 42° EXAME DE ORDEM - DIREITO TRIBUTÁRIO 
Eu nunca vi alguém se arrepender do tempo que parou para estudar. 
Prof(a) Maria Christina Barreiros D’ Oliveira 
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QUESTÃO 15: Determinado Estado (competência) do interior do país editou portaria 
(legalidade) instituindo uma taxa pelo exercício do poder de polícia na data de 01/06/14 com 
cobrança imediata (anterioridade). O tributo foi criado em razão de notificações expedidas pelos 
Municípios que efetivamente realizam os atos de fiscalização em face do descumprimento de 
regras ambientais pelas empresas da região. A empresa ABC ingressou com processo 
administrativo (suspender  certidão + -) alegando que não havia que se falar em cobrança, 
pois, apesar da existência do órgão de fiscalização este era omisso no desempenho de seu papel 
o que tornava o tributo ilegal. Diante do caso posto, pergunta-se: 
a) Analise a legalidade da medida posta com base em todos os seus aspectos jurídicos, 
fundamentando e justificando sua resposta. A taxa é inconstitucional por violação ao 
princípio da legalidade já que não pode ser criada por portaria, mas sim por meio de lei 
ordinária – art. 145 II da CF e art. 150 I da CF, houve também violação aos princípios da 
anterioridade anual e nonagesimal tendo em vista que as taxas não podem produzir efeitos 
de imediato devendo aguardar o dia primeiro de janeiro do próximo ano e 90 dias da data 
da publicação da lei – art. 150 III b e c da CF. 
 
ATENÇÃO: A taxa de poder polícia para ser constitucional basta a mera existência do 
órgão de fiscalização não sendo necessário que a fiscalização seja efetiva – art. 145 II da 
CF e art. 78 do CTN. 
 
b) Independente da resposta dada ao item anterior, caso o contribuinte tivesse efetuado o 
recolhimento do tributo qual seria a defesa cabível? Repetição – art. 165 I e 166 do CTN 
 
c) Independente da resposta dada aos itens anteriores, em caso de pagamento indevido de 
quando seria contada a correção monetária e os juros? A correção monetária será contada 
da data do pagamento indevido – S. 162 do STJ e os juros, neste caso, do trânsito em 
julgado – art. 167 § único do CTN e S. 188 do STJ (regra geral do CTN). 
 
d) Independente da resposta dada aos itens anteriores, caso houvesse lei municipal 
dispondo sobre a aplicação de juros em sua localidade haveria modificação de contagem? 
Sim. Se o estado tivesse uma lei expressa de juros estes seriam contados da data do 
pagamento indevido – S. 523 do STJ. 
 
e) Independente da resposta dada aos itens anteriores, caso se tratasse de um tributo 
federal haveria modificação da contagem dos juros? Sim. No caso de tributos federais os 
juros serão contados da data do pagamento indevido – art. 39 § 4° da Lei 9250/95. 
 
QUESTÃO 16: O município (competência) em que se encontra sediada a Empresa Alfa Ltda 
editou lei (legalidade) em março de 2019 instituindo a taxa de iluminação pública, de prevenção 
de incêndio e taxa de coleta de lixo residencial. Determinou ainda que a taxa de prevenção de 
incêndio teria como base de cálculo o faturamento das empresas estabelecidas em sua 
territorialidade e que passariam a ser cobradas no primeiro dia do exercício seguinte. A empresa, 
por não concordar com a exigência acabou ingressando em juízo tendo o magistrado indeferido 
liminarmente a ação sem resolução do mérito. Diante do caso posto, pergunta-se: 
a) Analise a legalidade das taxas instituídas? 
Taxa de Iluminação é inconstitucional por se tratar de um serviço público indivisível – art. 
145 II da CF, art. 77 e 79 do CTN, SV 41 e S. 670 STF. 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES – 14/09/24 
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Taxa de Prevenção de Incêndio é inconstitucional por se tratar de um serviço público 
indivisível – art. 145 II da CF, art. 77 e 79 do CTN e, por fim, o município não possui 
competência para legislar sobre o tema prevenção de incidência – art. 144 § 6° CF. 
 
Taxa de Coleta de Lixo Residencial é constitucional por ser tratar de um serviço público 
específico e divisível – art. 145 II da CF, art. 77 e 79 do CTN e SV 19. 
 
BIS IN IDEM: SV 29 + art. 145 § 2° CF + art. 77 § único do CTN 
 
b) Independente da resposta dada ao item anterior, qual a defesa cabível? Apelação – 1009 
do CPC. 
 
QUESTÃO 17: Após o falecimento de Carlos em janeiro de 2019, Marta sua filha ajuizou ação de 
inventário. Em julho do mesmo ano, a alíquota do ITCMD do estado Y onde Carlos morava e se 
encontravam todos os seus bens foi alterada de 4% para 8,5%. O Fisco Estadual discordando do 
valor dos bens declarado por Marta que atribuiu aos imóveis o valor venal vigente na data da 
abertura da sucessão lançou o ITCMD utilizando como base de cálculo os valores dos bens 
arbitrados na data da avaliação acrescentando no cálculo os valores arbitrados a título de 
honorários de sucumbência e a alíquota de 8,5% efetuando a cobrança antes da homologação do 
cálculo. Diante do caso posto, responda: 
 
 2019 nova lei Avaliação Judicial 
HI FG ................................................................... 
4% Abertura 8,5% ou 1% 
 Da sucessão 
 Casa Casa 
 500 mil 800 mil ou 200mil 
 
a) A atitude do Fisco em cobrar o ITCMD com base na nova alíquota de 8,5% e antes de 
homologado o cálculo está correta? Não. A alíquota aplicada será sempre a vigente na data 
do FG, qual seja, 4% - art. 155 I da CF, S. 112 do STF e a alíquota de 8,5% está acima do 
percentual fixado pelo Senado Federal que é de 8% - art. 155 § 1° IV da CF, por fim, é ilegal 
a cobrança de ITCMD antes da homologação do cálculo pelo magistrado – Art. 155 I da CF 
e S. 114 do STF. 
 
b) O valor da base de cálculo do ITCMD será o valor à época da abertura da sucessão ou o 
valor da data da avaliação? A base de cálculo do ITCMD será o valor do imóvel na data da 
avaliação judicial, qual seja, R$ 800 mil – art. 155 I da CF e S. 113 do STF. 
 
c) É devido ICTMD sobre o valor dos honorários de sucumbência devidos ao advogado? 
Não incide ITCMD sobre o valor dos honorários de sucumbência por ser uma 
contraprestação pelo serviço – art. 155 I da CF e S. 115 do STF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 18: Baseado em uma efetiva hipótese de guerra externa declarada contra o Estado da 
Síria o Presidente da República diante dos requisitos de urgência e relevância edita em dezembro 
deste ano de 2017 Medida Provisória (legalidade) instituindo empréstimo compulsório que 
passará a incidir no mês subsequente (anterioridade). Uma das empresas, contribuintes do 
possível tributo, ingressou em juízo alegando a inconstitucionalidade da cobrança baseado no 
que dispõe a Súmula 418 do STF. Pergunta-se: 
A) Pode o empréstimo compulsório ser instituído por Medida Provisória? Não. Houve 
violação ao princípio da legalidade já que o empréstimo compulsório deve ser criado por 
meio de lei complementar não sendo admissível a edição de medida provisória – art. 148 
da CF e art. 62 § 1° III da CF. 
 
B) Qualquer que seja a resposta à questão anterior, deve o empréstimo compulsório 
observar o princípio da anterioridade e noventena? Não. O empréstimo compulsóriosobre 
a guerra declarada é exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal 
podendo produzir efeitos de imediato – art. 150 § 1° CF. 
 
C) A alegação do contribuinte da forma como foi feita deve prosperar? Não. A Súmula 418 
do STF não foi recepcionada pela Constituição de 1988 sendo atualmente o empréstimo 
compulsório uma das cinco espécies de tributo. 
 
QUESTÃO 19: A União (competência) determinou mediante lei (legalidade) a instituição de 
Empréstimo Compulsório sobre a energia elétrica em decorrência da crise hídrica do país. A 
Eletrobrás foi designada para efetuar a arrecadação do tributo a nível nacional. Ao saber da 
situação, João Pedro, grande empresário do setor automobilístico ingressou em juízo com 
Mandado de Segurança Preventivo na justiça federal. O juiz ao receber a inicial declinou a 
competência para justiça estadual alegando que não ser competente tendo em vista que a União 
ainda não teria ingressado no feito. Pergunta-se: 
A) Analise a legalidade do empréstimo compulsório? O empréstimo compulsório é 
inconstitucional por violação ao princípio da legalidade já que deveria ter sido criado por 
meio de lei complementar e não por meio de lei ordinária – art. 148 da CF. 
 
B) O ato do juiz deve prosperar? Sim. Nos casos de ações de empréstimo compulsório 
sobre energia elétrica proposta exclusivamente contra a Eletrobrás as ações vão tramitar 
na justiça estadual e somente serão descoladas para justiça federal SE a União intervir no 
feito – art. 148 da CF e S. 553 do STJ. 
 
QUESTÃO 20: Mariana vem atravessando uma grave crise financeira após ter sido demitida de 
seu emprego. Agravando a situação acabou descobrindo a inscrição de seu nome em dívida ativa 
referente a débitos de IRPF no montante de R$ 500.000,00. Como forma de proteger seu 
patrimônio acabou alienando um de seus imóveis avaliado em R$ 300.000,00 para Pedro terceiro 
de boa-fé. O Fisco ao tomar conhecimento do ato ingressou em juízo requerendo a retomada do 
bem transferido. Pergunta-se: 
A) Pedro, terceiro de boa fé, pode se opor ao pedido do Fisco? Não. Pedro, terceiro de 
boa fé não poderá ser opor ao ato do fisco tendo em vista que Mariana alienou um 
bem já estando inscrita em dívida ativa configurando fraude a execução fiscal – art. 
185 CTN e inaplicabilidade da S. 375 do STJ. 
 
B) O que Mariana poderia alegar em sua defesa? Mariana deve comprovar que mesmo 
com a venda do bem ainda resta patrimônio suficiente para o pagamento da dívida – 
art. 185 § único do CTN. 
 
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C) Caso a alienação do bem tivesse ocorrido antes da inscrição em dívida ativa visando 
frustrar futura execução quais os procedimentos que o Fisco poderia efetuar para se 
resguardar? O fisco poderá ajuizar medida cautelar fiscal para determinar o bloqueio 
dos bens – art. 2° V e VII lei 8397/92 e art. 7° Lei 8397/92. 
 
Lembrando que o Fisco ao ajuizar cautelar fiscal terá o prazo de 60 dias para 
converter a cautelar em execução – art. 11 lei 8397/92. 
 
D) É possível a penhora de bem de família por dívidas oriundas de IR? Não. É 
inadmissível a penhora do bem de família por dívidas de IR por não incidir sobre o 
próprio bem – art. 1° Lei 8009/90. 
 
O Bem de família somente pode ser penhora por dívidas incidentes sobre o próprio 
bem (IPTU, ITR, TAXA DE SERVIÇO, C. MELHORIA) – Art. 3° IV da Lei 8009/90. 
 
E) É possível que o magistrado determine a imediata indisponibilidade dos bens de 
Mariana sem qualquer outra providência anterior? Não. A decretação de 
indisponibilidade de bens somente poderá ser decretada após se esgotarem todas 
as tentativas na busca por bens penhoráveis – art. 185 A CTN, S. 560 STJ e art. 11 lei 
6830/80. 
 
QUESTÃO 21: Carlos foi autuado pela União por inúmeras dívidas tributárias. Após sua regular 
inscrição em dívida ativa foi ajuizada ação de execução fiscal seguraaa. O juiz ao receber a 
inicial a indeferiu sob o argumento de falta de indicação do CPF e RG de Carlos e por falta do 
demonstrativo do cálculo do débito dos tributos que serão cobrados. Alegou ainda que na 
Certidão de Dívida Ativa deveria ter sido informado o número do processo administrativo. Assim, 
extinguiu o processo por falta dos requisitos básicos para o ajuizamento da ação. 
a) O ato do juiz ao extinguir a execução por falta do número do processo administrativo 
na CDA está correto? Sim. A falta de indicação do número do processo 
administrativa na CDA gera a sua nulidade e, portanto, a extinção da execução – art. 
202 V e 203 do CTN. 
b) A simples omissão quanto ao RG e CPF de Carlos na CDA gera a sua nulidade? Não. 
A mera omissão quanto ao RG e ao CPF não gera por si só a nulidade da CDA – art. 
202 do CTN e S. 558 do STJ. 
c) A simples omissão quanto ao demonstrativo de cálculo na CDA gera a sua nulidade? 
Não. A mera omissão quanto ao quanto ao demonstrativo de cálculo não gera por si 
só a nulidade da CDA – art. 202 do CTN e S. 559 do STJ. 
d) O fisco poderá emendar a certidão de dívida ativa antes da decisão de 1° instância? 
Sim. A CDA poderá ser emendada ou substituída pelo Fisco até a decisão de 1° 
instância e, neste caso, será devolvido o prazo para apresentação de embargos a 
execução – art. 2° § 8° Lei 6830/80. 
e) O fisco poderá emendar a CDA para modificar o sujeito passivo? Não. É inadmissível 
a modificação do sujeito passivo após a sua inscrição em dívida ativa – S. 392 do 
STJ. 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 22: João Felipe proprietário da Empresa “Agro Vida” localizada no interior de Minas 
Gerais alienou seu fundo de comércio para Joana Maria. Ficou acordado no contrato de compra e 
venda que João Felipe (alienante) assumiria qualquer dívida tributária referente à época em que 
foi gestor. Após três meses da alienação, João Felipe voltou a explorar atividade econômica em 
outro ramo do comércio. Passados três anos da alienação a Empresa “Agro Vida” recebeu 
notificação de dívidas tributárias contraídas na época da gestão de João. Desta forma, Joana 
apresentou defesa administrativa anexando o contrato de compra e venda para se eximir da 
obrigação e em pedido alternativo que fosse excluída ao menos os valores das multas contraídas 
à época da gestão de João Felipe. Pergunta-se: RESPONSABILIDADE 
a) Qual o tipo de responsabilidade aplicada ao caso? A responsabilidade será subsidiária 
tendo em vista que o alienante voltou / continuou a explorar atividade econômica dentro do 
prazo de 6 meses contadas da venda – art. 133 II do CTN. 
 
b) Quais os efeitos do contrato sobre o caso posto? Não. Os contratos particulares não 
tem qualquer validade perante o fisco, em especial, para modificar a responsabilidade – 
art. 123 do CTN. 
 
c) Independente da resposta dada ao item anterior, caso Joana atual sócia da Empresa seja 
executada por dívidas da “Agro Vida” o que ela poderá alegar em seu favor? Joana deve 
alegar que não é parte legítima para ser executada pelas dívidas da empresa em 
decorrência do mero inadimplemento – art. 135 III do CTN e S. 430 do STJ. 
 
d) Caso a venda tivesse ocorrido já em processo de falência ou recuperação judicial em 
andamento haveria modificação de resposta? Sim. Na empresa for vendida já em processo 
de falência ou recuperação judicial a responsabilidade continuará sendo do alienante sob 
pena de fraude – art. 133 § 1° I e II do CTN. 
 
QUESTÃO 23: A Empresa Sol com grande renome dentro do estado de São Paulo após a troca 
do quadro societário começou a contrair diversas dívidas tributárias. Assim, a Empresa Lua 
resolveu incorporá-la para adquirir sua marca e clientela. Ao ser realizada a transação a Empresa 
Lua se deparou com várias notificações determinando a cobrança dos tributosem atraso da 
Empresa incorporada em conjunto com as multas punitivas e moratórias. O corpo jurídico da 
Empresa Lua ingressou com defesa administrativa alegando não ser a responsável tributária 
tendo em vista que a dívidas foram contraídas antes da incorporação. Dispôs ainda que a multas 
são atos pessoais e, assim, não podem ser repassadas. Pergunta-se: RESPONSABILIDADE 
a) A Empresa Lua é responsável pelas dívidas tributárias contraídas pela Empresa Sol? 
Sim. A Empresa Lua (incorporadora) responderá por todas as dívidas tributárias, pelos 
juros e pelas multas punitivas e moratórias – art. 132 CTN e S. 554 do STJ. 
 
b) Caso tivesse ocorrido uma cisão da Empresa Sol entre duas outras empresas como 
seria resolvido a responsabilidade pelo pagamento das dívidas? Diante da CISÃO a 
responsabilidade será solidária entre as empresas – art. 124 e 125 do CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 26: Em 2017 José deixou de cumprir com determinada obrigação acessória. Por tal 
razão, foi punido com multa de R$ 1.000,00. Recorreu administrativamente até última instância, 
mas sucumbiu em todas as decisões. Recorreu na esfera judicial e igualmente restou 
sucumbente tendo a decisão, transitado em julgado, em agosto 2023. Em setembro de 2023 foi 
publicada uma nova lei que reduzia o valor da multa para R$ 600,00 a pena aplicada ao tipo de 
descumprimento praticado por José. Pergunta-se: RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE 
a) José tem direito a redução da pena? Não. A redução da multa (pena), neste caso, não irá 
retroagir a fato gerador passado tendo em vista o trânsito em julgado – art. 150 III a CF e 
não se aplica art. 106 II c CTN. 
 
IRRETROATIVIDADE (não pode retroagir) RETROAGIR 
Art. 150 III a CF Art. 144 § 1° do CTN 
Art. 106 CTN 
 
B) Caso o processo ainda não tivesse transitado em julgado e tivesse sido publicada a lei 
que reduziu a penalidade haveria modificação de resposta? Sim. Se o processo ainda não 
tivesse transitado em julgado e houvesse a redução da pena (multa) ela poderia ser 
aplicada a fato gerador passado (pretérito) – art. 106 II c CTN. 
 
c) Caso o processo ainda não tivesse transitado em julgado e houvesse redução da 
alíquota a nova lei poderia ser aplicada ao fato gerador de 2017? Não. A mera redução das 
alíquotas ainda que no decorrer da tramitação do processo não retroage a fato gerador 
passado (só iria retroagir se a alíquota tivesse sido abolida) – art. 150 III a CF. 
 
D) Se a lei posterior fosse meramente interpretativa ela seria aplicada ao fato gerador de 
2017? Sim. A lei meramente interpretativa tem como objetivo explicar algo que já foi 
previamente podendo retroagir a fato gerador passado - art. 106 I CTN. 
 
QUESTÃO 27: O Município (competência) editou decreto (legalidade) atualizando a base de 
cálculo do seu IPTU e ISS. No entanto, em reunião com empresários da região percebeu se que 
tal ato havia sido muito acima da inflação do ano de 2020. Pergunta-se: 
a) O ato realizado pelo fisco está correto? Não. É inadmissível a “atualização” da base de 
cálculo de tributos acima de inflação por restar configurada como uma majoração devendo 
portanto, ser realizada por meio de lei ordinária e não por decreto – Art. 150 I CF, art. 97 II e 
§ 2° CTN e S. 160 STJ. Pág 1784 
 
b) É possível a atualização de tributos por meio de Decreto? Sim. A base de cálculo de 
qualquer tributo pode ser atualizada por meio de um decreto, pois a atualização não 
corresponde a uma majoração – art. 97 § 2° do CTN. 
 
c) Qual a ação cabível ao caso levando em consideração a necessidade de dilação 
probatória? Só Ação declaratória de inexistência de relação jurídica com tutela provisória 
de urgência antecipada (art. 19 I CPC e art. 300 e 303 CPC). 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 28: Luana é representante legal de uma entidade de assistência social sem fins 
lucrativos localizado no interior da Bahia. A alguns anos vem reaplicando todo dinheiro auferido 
nas finalidades da instituição apesar de não ter comunicado ao fisco a situação. No ano de 2019 
recebeu notificação para pagamento de IRPJ com relação aos fatos geradores de 2013. Como 
não apresentou defesa administrativa acabou sendo inscrita em dívida ativa com posterior 
ajuizamento de execução fiscal Seguraaaa para 1° Vara Federal do TRF onde o juiz após expedir 
a citação determinou o bloqueio dos ativos financeiros Embargos na conta da pessoa jurídica. 
Diante do caso posto pergunta-se: 
a) Qual a ação cabível? Embargos à Execução Fiscal com Efeito Suspensivo (execução + 
garantia juízo) – Art. 16 I lei 6830/80 e art. 919 § 1° CPC 
 
b) O que a Entidade pode alegar para se defender da autuação? É inconstitucional a 
cobrança de IRPJ sobre os rendimentos auferidos pela Instituição por ser detentora de 
imunidade de imposto sobre patrimônio, renda e serviço tendo em vista que o dinheiro foi 
revertido na finalidade da instituição – art. 150 VI c e § 4° CF + art. 14 CTN + SV 52 e S. 724 
do STF + S. 612 STJ. 
 
c) A entidade imune está desobrigada do cumprimento das obrigações acessórias? Não. 
Mesmo imune ela deverá cumprir com todas as obrigações acessórias sob pena de multa – 
art. 14 III CTN. 
 
d) Quais são os requisitos que uma certidão de dívida ativa deve possuir para ser válida? A 
CDA para ser válida de conter o nome, valor, origem, data, n° processo administrativo – art. 
202 e 203 CTN. 
 
QUESTÃO 29: Maria possui uma propriedade em área onde não existe asfalto e iluminação 
pública. No entanto, a sua propriedade, localizada em área de expansão urbana, é utilizada para 
produção de hortaliças sem inclusão de agrotóxico que são revendidas semanalmente nas feiras 
agrícolas de sua municipalidade. No ano de 2016 acabou sendo surpreendido com a cobrança 
simultânea de IPTU e ITR sobre a mesma propriedade. João, por sua vez, possui um imóvel em 
área de expansão urbana, assim determinada por lei, que não possui qualquer dos benefícios 
elencados no artigo 32 § 1° do CTN e ao receber a cobrança do IPTU alegou ser uma cobrança 
indevida tendo em vista a falta de melhoramentos do Poder Público. Pergunta-se: 
a) No caso de Maria será devido IPTU ou ITR? No caso de Maria será devido ITR pois o 
imóvel se encontra em área de expansão urbana / área urbanizável sendo destinado para 
produção de hortaliças – art. 153 VI CF, art. 29 CTN, art. 15 DL 57/66. 
 
b) No caso de João será devido IPTU ou ITR? No caso de João, será devido IPTU em 
decorrência da destinação imóvel independentemente da existência ou não de benefícios 
pelo poder público – art. 156 I CF, art. 32 § 2° CTN e S. 626 STJ. 
 
c) Qual a defesa cabível? Consignação em pagamento – art. 164 III CTN (bitributação) 
 
1. Endereçamento J. Federal 
2. A + A 
3. Fundamento Art. 164 III do CTN 
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4. Nome Consignação 
5. em face União e Município, ambos pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa 
de seu representante legal, com domicílio no local de sua repartição. 
 
 
 
 
QUESTÃO 30: A Empresa Boa Casa Decoradora de ambientes tem como objeto principal o 
aluguel de móveis para decoração interiores. Desde sua fundação, em 2002, por orientação de 
seu contador, a referida empresa sempre pagou o ISS e a COFINS devidos sobre a locação dos 
móveis para residências. No ano de 2017 em conversas com outros empresários do ramo 
tomaram ciência do pagamento indevido que vinham realizando. Ingressaram com processo 
administrativo solicitando a compensação dos créditos pagos indevidamente em débitosfuturos. 
Após 6 meses de tramitação administrativa requereram aos advogados que ingressem 
judicialmente para recuperar os valores pagos nestes últimos anos, desde a data da fundação da 
Empresa, bem como pretende deixar de recolher o tributo a partir dos meses subsequentes. 
Pergunta-se: 
A) O ISS é devido no caso posto? Não incide ISS sobre a locação de bem móvel por não 
ser uma prestação de serviço, mas uma mera entrega de coisa certa para posterior 
devolução – art. 156 III da CF e SV 31. 
 
B) A COFINS é devida no caso posto? Sim incide COFINS por ter auferido receita, 
faturamento – art. 195 I b da CF e S. 423 do STJ + IRPJ (art. 153 III da CF) + CSLL (195 I c da 
CF) 
 
C) Os processos judiciais e administrativos podem tramitar paralelamente? Não. O 
ajuizamento de processo judicial equivale a renúncia do poder de recorrer na esfera 
administrativa – art. 38 da lei 6830/80. 
 
D) Qual ação deve ser ajuizada para suprir o desejo da Empresa? Repetição + Declaratória 
+ Tutela 
 
E) O pedido administrativo de compensação dos créditos com os débitos futuros tem o 
condão de interromper o prazo para o ajuizamento de ação perante o judiciário visando a 
restituição dos tributos? Não. O pedido administrativo de compensação ou restituição de 
tributos NÃO interrompe o prazo para o contribuinte ajuizar ação de repetição de indébito e 
nem o prazo para o fisco ajuizar ação de execução fiscal – 
Compensação  art. 170 do CTN e S. 625 do STJ 
Restituição  art. 165 do CTN e S. 625 do STJ 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
NÃO É UMA VIA ADEQUADA 
PARA REQUERER 
A RESTIUIÇÃO DE TRIBUTOS PAGOS INDEVIDAMENTE 
 
QUESTÃO 31: Marcela e Rodrigo são arquitetos renomados no estado de São Paulo. Com o 
término de suas especializações decidiram alugar duas salas comerciais em local estratégico da 
cidade para expandir o atendimento de seus clientes e melhor exercer sua profissão. Após alguns 
meses de trabalho celebraram dez contratos com clientes diversos recolhendo ISS sobre um 
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valor fixo na legislação. Passados dois anos, o fisco municipal os autuou alegando que o ISS 
deveria incidir sobre o valor de cada um dos dez contratos firmados no ano de 2010 inscrevendo-
os em dívida ativa. Inconformados, mas com medo de problemas com o fisco acabaram por 
efetuar o pagamento da exação e encerrar suas atividades. Pergunta-se: 
A) Analise a legalidade da medida adotada pelo Fisco. Justifique e fundamente sua 
resposta. O ato do fisco está errado pois como Marcela e Rodrigo exercem a atividade em 
caráter profissional devem recolher ISS em valor fixo previsto na legislação municipal e 
não sobre o valor de cada serviço prestado – art. 156 III CF, art. 9 § 1° DL 406/68 e S. 663 do 
STF. 
B) Independente da resposta dada ao item anterior, qual seria a ação cabível e o que seria 
alegado no item 9 de seu esqueleto. Só repetição (não tem cumulada pois as atividades 
foram encerradas e, portanto, não há possibilidade de cobrança futura. 
Tópico: Correção Monetária e Juros. 
 
C) Caso as atividades não tivessem sido encerradas qual seria a ação cabível? Repetição 
cumula com Ação Declaratória + Tutela 
 
QUESTÃO 32: Uma grande Empresa XKL no interior de Minas Gerais tem como finalidade 
principal a construção de maquinário para outras empresas. Para tanto, em dadas situações, tais 
utensílios são repassados para as demais a título de comodato. O Fisco do estado de Minas 
Gerais ao tomar conhecimento do procedimento adotado pela Empresa XKL e percebendo o não 
recolhimento de ICMS sobre as operações realizadas acabou por autuá-la e inscreve-la em dívida 
ativa. Pergunta-se: 
A) Analise a legalidade da medida adotada pelo Fisco. O ato do Fisco está errado pois não 
incide ICMS sobre comodato por não haver transferência de titularidade e nem 
onerosidade – Art. 155 II CF e S. 573 STF. 
 
B) Caso se tratasse de uma operação de arrendamento mercantil haveria incidência de 
ICMS? Não incide ICMS sobre o arrendamento mercantil (locação) e, portanto, não haverá 
transferência de titularidade – art. 155 II CF e art. 3° VIII da LC 87/96. 
 
C) Independente da resposta dada ao item anterior, qual seria a ação cabível caso o seu 
cliente desejasse que você redigisse a medida mais célere, ciente da desnecessidade de 
outras provas que não sejam documentais e que gere o menor ônus possível. Mandado de 
Segurança Repressivo com Liminar 
 
D) Independente da resposta dada ao item anterior, qual seria a ação cabível caso o seu 
cliente desejasse que você redigisse a medida mais célere, ciente da necessidade de 
dilação probatória. Anulatória de débito fiscal com tutela provisória de urgência 
antecipada. 
 
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QUESTÃO 33: Uma grande Empresa brasileira BBB Seguros Ltda foi autuada pelo fisco estadual 
por recolhimento indevido de ICMS de sua Empresa por não ter considerado na base de cálculo 
do tributo pago os descontos concedidos de forma incondicional. Como não apresentou defesa 
administrativa acabou sendo inscrita em dívida ativa e para poder participar de licitações acabou 
efetuando o pagamento e encerrando suas atividades. Pergunta-se: 
A) O ato do fisco está correto? Não. Os descontos incondicionais não entram dentro da 
base de cálculo do ICMS – Art. 155 II CF e S. 457 STJ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
B) Qual seria a peça cabível? Só repetição (art. 165 I e 166 CTN) 
 
c) De quando seriam contados a correção monetária e os juros levando em consideração 
que o ente possui lei específica sobre juros? A correção monetária será sempre contada 
da data do pagamento indevido (S. 162 STJ) e os juros nesse caso, também da data do 
pagamento indevido (S. 523 do STJ) 
 
C) Se fosse um tributo federal de quando seria contado os juros? juros de tributo federal 
serão contados da data do pagamento indevido (Art. 39 § 4° Lei 9250/95) 
 
D) Caso fosse um tributo municipal, sem legislação, haveria modificação na contagem dos 
juros? Sim. Se fosse um tributo municipal sem legislação expressa sobre juros estes 
seriam contados do trânsito em julgado conforme regra geral do CTN prevista no art. 167 § 
único do CTN e S. 188 do STJ. 
 
QUESTÃO 34: A Empresa Alfa Cinema e Vídeo foi contratada para realizar um “curta metragem”. 
Após a finalização do projeto obteve autorização para realização da venda de 1.000 exemplares 
em lojas da região. Passados seis anos o Fisco Estadual e Municipal a autuaram por não 
recolhimento de ISS e ICMS em relação às operações realizadas. Pergunta-se: 
a) Qual seria a peça cabível? Ação de Consignação em Pagamento (art. 164 III do 
CTN) Bitributação 
 
b) Incide ISS ou ICMS no caso posto? Sobre o serviço de filmagem incidirá ISS (art. 
156 III CF, S. 662 STF e S. 135 do STJ e sobre a revenda dos mil exemplares 
incidirá ICMS (art. 155 II CF, S. 662 do STF e S. 135 do STJ). 
 
c) Há algo que a Empresa possa alegar em sua defesa? Sim. O crédito encontra-se 
decaído por ter passado mais de 5 anos para ser lançado devendo ser extinto e 
expedido certidão negativa – art. 173 I, 156 V, 205 CTN e S. 555 do STJ. 
 
d) Caso se tratasse de uma produção musical haveria modificação de resposta com 
relação ao item A? Sim. Os vídeos fonogramas (CD e DVD) possuem imunidade 
de qualquer imposto incidente sobre a produção da mídia original desde que 
contato, produzido ou de música brasileira – art. 150 VI e da CF. 
 
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QUESTÃO 35: Determinada pessoa física sofre acidente automobilístico gravíssimo gerando a 
perda total de seu automóvel. Após o susto foi aberto sinistrojunto a seguradora para o resgate 
do prêmio e assinatura da documentação para transferência do veículo para seguradora. Após 
todo o trâmite o fisco estadual notificou a seguradora para pagamento de ICMS sobre a referida 
transação e apreensão das mercadorias até quitação dos valores. 
A) O ato do fisco está correto? Não incide ICMS sobre a transferência dos bens móveis 
salvados de sinistro quando transferidos para seguradora pois apesar de existir 
transferência de titularidade e habitualidade não que se falar em intuito comercial – art. 155 
II CF e SV 32 e inconstitucional a apreensão de mercadoria como forma de obrigar ao 
pagamento de tributo sob pena de confisco – art. 150 IV CF e S. 323 STF. 
 
ATENÇÃO: Na importação só libera a mercadoria mediante a apresentação da guia de 
pagamento – art. 12 § 2° LC 87/96. 
 
ATENÇÃO: O fisco pode apreender / reter / pegar os documentos originais da empresa e 
devolve ao contribuinte a mera cópia autenticada e isso não configura confisco sendo 
considerado mera medida de fiscalização – art. 195 CTN e Art 35 § 1° Lei 9430/96. 
 
B) Independente da resposta dada ao item anterior, qual seria a ação com o menor ônus 
possível para defesa dos interesses de seu cliente? Só MSR + Liminar 
 
QUESTÃO 38: Maurício e Jonas, após ficarem desempregados, começaram a realizar transporte 
para carga de terceiros dentro da sua municipalidade. Não regularizam a pessoa jurídica junto 
aos órgãos competentes. Em uma das prestações acabaram sendo autuadas pelo fisco por não 
emissão de nota fiscal e por falta de recolhimento de ICMS o que gerou a apreensão das 
mercadorias. Jonas ingressou com processo administrativo alegando não ser legítimo contribuinte 
de qualquer imposto tendo em vista a ausência de pessoa jurídica regularmente constituída. 
Pergunta-se: 
a) A alegação de Jonas deve prosperar? Não. A capacidade tributária independente da 
regularidade com sua pessoa jurídica (princípio do no olet) art. 126 III do CTN. 
 
b) Analise a legalidade da autuação do fisco? Não. Sobre o transporte realizada dentro 
do município incidirá ISS e não ICMS – art. 155 II CF e art. 156 III CF. 
 
c) Incidirá ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas 
ao exterior? Não incide ICMS sobre os serviços destinados ao exterior por ter 
imunidade para exportar – art. 155 § 2° X a CF e S. 649 do STJ. 
 
QUESTÃO 39: Uma livraria localizada no Município de Bauru/SP foi autuada pelo fisco em 
decorrência de problemas da emissão de notas fiscais emitidas pela fabricante em valor menor do 
que o que fora efetivamente recolhido. Em decorrência do fato a livraria acabou sendo penalizada 
com o impedimento de aproveitar os créditos gerados em decorrência da circulação de 
mercadoria já que a nota fiscal da fábrica teria sido declarada inidônea. A Empresa ingressou em 
juízo alegando ser um contribuinte de boa-fé tendo direito ao aproveitamento dos créditos. 
PERGUNTA-SE: A alegação da empresa deve prosperar? Sim. A livraria por ser um terceiro 
de boa fé não perde o direito de compensar os créditos de ICMS mesmo que 
posteriormente a nota fiscal da fábrica seja declarada inidônea – art. 155 II da CF e S. 509 
do STJ 
 
 
 
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QUESTÃO 40: A contribuinte Maíra ingressou com processo administrativo contra o estado X 
alegando vício no lançamento realizado em relação ao ICMS de sua empresa. Ocorre que o 
processo administrativo foi indeferido liminarmente por falta de depósito prévio do montante 
integral do crédito. Pergunta se: 
a) o ato do fisco está correto? Não. O depósito do montante integral e em dinheiro não é 
requisito de admissibilidade para os processos administrativo – Art. 151 III CTN, SV 21 e S. 
373 do STJ. 
b) É possível exigir o depósito do montante integral e em dinheiro para o ajuizamento de 
ações judiciais? Não. O depósito do montante integral e em dinheiro não é requisito de 
admissibilidade para os processos judiciais – Art. 151 III CTN, SV 28 SALVO na ação de 
consignação em pagamento (depósito em 5 dias) e nos embargos à execução fiscal 
(execução + garantia). 
 
QUESTÃO 41: A empresa W tem como sócio gerente o Sr. Cristiano. Após três anos de gerência 
foi descoberto pelo Conselho da empresa que Cristiano havia fraudado o estatuto da empresa e 
dissolvido de forma irregular causando inúmeros prejuízos ao fisco, aos fornecedores e aos 
clientes. Pergunta-se: É devida a inclusão do sócio na execução? Sim. Neste caso, o sócio é 
parte legítima para figura como réu na execução tendo em vista a fraude e a dissolução 
irregular da sociedade – art. 135 CTN e S. 435 do STJ. 
 
QUESTÃO 42: A Empresa J possui várias dívidas tributárias com diversos Entes Federativos. 
Foram ajuizadas inúmeras execuções fiscais para viabilizar a cobrança dos créditos evitando a 
prescrição. Ocorre que em um dos processos o juiz deferiu imediatamente a penhora do 
estabelecimento comercial da Empresa. Pergunta-se: 
a) A penhora da sede da Empresa configura confisco? Não. Como medida excepcional 
poderá ser decretada a penhora da sede do estabelecimento da empresa como forma de 
garantia ao pagamento da dívida – art. 11 da Lei 6830/80. 
 
b) Caso exista uma penhora sobre um mesmo bem da Empresa feita pela União e pelo 
estado do Rio de Janeiro existirá preferência na ordem de pagamento do crédito? Não 
existe mais concurso de preferência entre os Entes Federativo sob pena de violação do 
pacto federativo previsto no art. 18 CF. Não recepção do art. 187 § único do CTN, não 
recepção do art. 29 § único da Lei 6830/80 e não recepção da S. 563 do STF (ADPF 357) 
 
QUESTÃO 43: Determinado contribuinte visando realizar compensação de créditos tributários 
impetrou Mandado de Segurança e em sede de Liminar requereu ao juízo a compensação. O juiz 
ao receber o pedido indeferiu a liminar de plano. Pergunta-se: 
a) É possível compensar créditos tributários em sede de liminar? É possível a 
compensação de crédito tributários em sede de liminar em mandado de segurança tendo 
em vista a declaração de inconstitucionalidade do art. 7° § 2° Lei 12016/09 e do 
cancelamento da súmula 212 do STJ. 
 
B) Independente de sua resposta, qual o recurso cabível da decisão? Agravo de 
Instrumento com efeito suspensivo – art. 1015 XIII do CPC e art. 1019 I CPC + art. 7° § 1° Lei 
12016/09 
 
C) Independente da resposta dada, o Mandado de Segurança é via adequada para solicitar 
a compensação? Sim é válido o pedido de compensação em sede de mandado de 
segurança – art. 170 CTN e S. 213 do STJ 
 
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D) É possível o ajuizamento de Mandado de Segurança para convalidar compensações já 
realizadas? Não é cabível mandado de segurança para convalidar compensações já 
realizadas e requeridas pelo contribuinte – art. 170 do CTN e S. 460 do STJ. 
 
QUESTÃO 44: Determinada Empresa ABC com sede no Município de Aparecida de Goiânia tem 
como finalidade principal a locação de bem imóvel para eventos festivos em conjunto com a 
locação da prataria, mesas e cadeiras prestados com exclusividade no Município de Goiânia. 
Ocorre que em março de 2013 acabou por receber dois boletos de cobrança de ISS sobre os 
serviços acima mencionados por parte dos dois entes federativos. Pergunta-se: 
a) Para onde será devido o ISS? O ISS será devido para o município de Goiânia por ser 
o local da prestação do serviço – art. 156 III da CF e art. 3 LC 116/03 
 
b) Incide ISS sobre a locação de bem imóvel para eventos festivos? Sim. Incidirá ISS 
sobre a locação de bem IMÓVEL para fins empresariais – art. 156 III da CF. 
 
c) Incide ISS sobre locação de prataria, mesa e cadeiras? Não incide ISS sobre a 
locação de bem móvel por não serum serviço, mas uma mera entrega de coisa certa 
– art. 156 III da CF e SV 31. 
 
d) Incide COFINS sobre a locação de prataria, mesa e cadeira? Sim. Incide COFINs 
sobre a locação de bem móvel por ter tido faturamento – art. 195 I b CF e S. 423 do 
STJ. 
 
e) Qual será a defesa cabível? Ação de consignação em pagamento (art. 164 III do CTN) 
bitributação 
 
QUESTÃO 45: Determinado contribuinte tomando conhecimento dos atos abusivos por parte do 
Fisco em cobrar IOF sobre os valores depositados em conta poupança resolve antecipar-se e 
ingressar com Ação Declaratória com pedido de tutela provisória de urgência antecipada no 
intuito de suspender a exigibilidade do crédito até o julgamento final da ação. Pergunta-se: 
a) É devido IOF sobre os valores depositados na conta poupança? Não incide IOF sobre os 
depósitos e saques de caderneta de poupança – art. 153 V CF e S. 664 do STF. 
 
B) O fato de existir tutela provisória de urgência antecipada deferida impede o Fisco de 
efetuar o lançamento do crédito tributário? Não. O fisco deve efetuar o lançamento de um 
crédito com a exigibilidade suspensa como forma de evitar a ocorrência da decadência – 
art. 142 do CTN.

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