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Tireoide e Paratireoide Profa. Nazareth Rocha Tireoide Tireoide Hormônios Tireoidianos • Noventa por cento (90%) da produção da tireoide é de 3,5,3´,5´ -tetraiodotironina (tiroxina ou T4). • Cerca de 10% é de 3,5,3´-triiodotironina (T3), a forma ativa do hormônio tireoidiano. • Menos de 1% da produção da tireoide é de 3,3´,5´- triiodotironina (T3 reverso ou r-T3), uma forma inativa. • A maior parte da conversão de T4 em T3, pela desiodase tipo 1 ocorre em tecido com alto fluxo, tais como fígado, rins e musculatura esquelética. • O cérebro mantém níveis intracelulares de T3 constantes pela ação da desiodase tipo 2. • Existe inda uma desiodase tipo 3 que converte o T44 em T3 reverso. Ela encontra-se aumentada no hipertireoidismo. Alimentos Ricos em Iodo Fontes: O iodo é encontrado em quantidades extremamente variáveis nos alimentos e na água de beber. Os frutos do mar, tais como moluscos bivalves, lagostas, ostras, sardinhas e outros peixes de água salgada são ricos em iodo, além do seu maior teor presente no sal iodado. Síntese do hormônio tireoidiano Síntese do hormônio tireoidiano Evento Local Enzima Inibidor Co-transporte Na-I- Membrana basal Perclorato, Tiocianato Síntese de TG; extrusão para o lúmen folicular RE rugoso, aparelho de Golgi Oxidação do I- a I2 Membrana apical (luminal) Peroxidase Propiltiouracil Organificação de I2 em MIT e DIT Membrana apical Peroxidase Propiltiouracil Acoplamento de MIT e DIT em T3 e T4 Membrana apical Peroxidase Propiltiouracil Endocitose de TG Membrana apical Hidrólise de T4 e T3 Lisossomos Proteases Desiodinização de MIT e DIT Intracelular Desiodinase Transporte dos Hormônios Tireoidianos Apenas 0,03% do T4 total plasmático e 0,3% do T3 plasmático encontram-se em estado livre. A principal proteína ligante é a globulina ligadora da tiroxina (TBG, tyroxine-binding globulin). A TBG é sintetizada no fígado e liga-se tanto ao T4 quanto ao T3. Cerca de 70% do T3 ou T4 circulante está ligada à TBG; 10% a 15% está liga a outra proteína específica, denominada de transtirretina (TTR). A albumina liga 15% a 20% dos hormônios. Ações do hormônio tireoidiano Aumenta a atividade metabólica – Na-K ATPase Importante para o crescimento ósseo e para a maturação do sistema nervoso central. Hipotireoidismo congênito = cretinismo Aumento de reabsorção pelo trato gastrointestinal, aumento da secreção de insulina, glicólise e gliconeogênese Lipólise, aumento dos ácidos graxos Diminuição dos níveis de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos por aumento dos receptores de LDL no fígado Ações do hormônio tireoidiano Perda de peso Sistema cardiovascular: causa vasodilatação, aumenta o fluxo sanguíneo para a pele, aumento do débito cardíaco e da frequência cardíaca Aumento da frequência respiratória Aumento da motilidade intestinal Agitação, tremores, insônia Deficiência de hormônio = perda da libido, menorragia Excesso de hormônio = impotência, oligomenorreia Ações do hormônio tireoidiano Doenças da Tireóide Profa. Nazareth Rocha A Tireóide Bócio Hipertireoidismo Hipertireoidismo fome excessiva aumento do ritmo intestinal nervosismo, insônia, labilidade emocional tremores intolerância ao calor palpitações emagrecimento olhar vivo e brilhante pele quente e úmida exoftalmia Os pacientes apresentam: Hipertireoidismo Na mulher ocorrem alterações menstruais e infertilidade. Na grande maioria das pessoas esse quadro clínico está associado a um aumento visível da parte inferior do pescoço, formando o chamado bócio. Em pacientes com bócio difuso, podem ocorrer sinais oculares de reação inflamatória, caracterizada por retração das pálpebras, protrusão dos globos oculares (olhos saltados) e paralisia da musculatura que controla os movimentos dos olhos. Esse conjunto de alterações oculares é denominada exoftalmia. Exoftalmia e bócio Hipotireoidismo Hipotireoidismo congênito Cretinismo O cretinismo é uma doença mental causada por hipotireiodismo congênito. Durante o desenvolvimento do feto e do recém-nascido, a ausência de tiroxina (hormônio produzido na tireóide), resulta em retardo do desenvolvimento cerebral. Geralmente isso é decorrente de um defeito durante a formação da glândula, mas também pode ser devido à deficiência enzimática em um dos pontos do processo de síntese do hormônio em questão, consequente de uma deficiência do elemmento iodo na alimentação, essencial para a produção da tiroxina. Uma vez que haja déficit desse elemento no organismo, não haverá fornecimento materno ideal do mesmo para o feto, resultando no cretinismo. Hipotireoidismo congênito Manifestações Dentre as manifestações clínicas, podem estar presentes: macroglossia, espessamento da pele, crânio proporcionalmente maior do que o resto do corpo, apetite reduzido, constipação, batimentos cardíacos alterados, anemia, dormência e formigamento das mãos e pés, inchaço das pernas, retenção de líquido (especialmente em volta dos olhos), entre outros sintomas. Além do retardo mental, como consequência da doença quando esta não é tratada, o indivíduo pode apresentar nanismo, insuficiência da tireóide e subdesenvolvimento dos órgãos genitais. Cretinismo Teste do pezinho Como as crianças nascem aparentemente normais e os sintomas da Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito surgem por volta do 6º ao 8º mês de vida, torna-se importantíssimo a detecção dessas doenças ainda nos berçários. Essa detecção se processa por meio de testes realizados no sangue do recém nascido. Fenilcetonúria É hereditária e se caracteriza pela falta de uma enzima em maiores ou menores proporções, impedindo que o organismo metaboliza e elimine o aminoácido fenilalanina. Este, em excesso no sangue é toxico, atacando principalmente o cérebro e causando deficiência mental. Tratamento Controle alimentar com dieta especial à base de leite e alimentos que não contenham fenilalanina, sob rigorosa orientação médica, para que o bebê fique bom e leve uma vida normal. Cretinismo Causas Defeito congênito do metabolismo. Falta do hormônio tireóide. Tratamento Administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique bom e tenha uma vida normal Paratireoides Distribuição do Cálcio Paratireoides PTH Vitamina D Ações dos hormônios Paratireoide Osteoporose Raquitismo É uma enfermidade que surge após um processo de mutação experimentado pelos ossos infantis ainda em desenvolvimento, decorrente da ação incorreta de substâncias minerais no campo ósseo. Essa modificação deixa os ossos das crianças mais frouxos e, portanto, frágeis, o que pode causar lesões e deformações Causas: está doença é mais comum nos países em estágio de desenvolvimento, pois provém de carência em vitamina D, ou por que não está suficientemente em contato com o sol ou por que consome uma dieta pobre nesta substância, tendendo normalmente a um processo de desnutrição; a falta de cálcio pode igualmente levar a aquisição do raquitismo. Osteomalacia Nos adultos a ausência de vitamina D, também ocorre, mas dá origem a outro quadro similar conhecido como osteomalacia. Esta substância é fundamental para que o cálcio e o fosforo sejam consumidos adequadamente pela região intestinal. Se este mecanismo não se dá naturalmente, a taxa de cálcio cai, e ossos e dentes sofrem mutações na sua forma. Os nervos dos músculos também são afetadosentrando em estado de intensa excitação. Osteomalacia Se não há um tratamento sério, estas mutações são preservadas no estágio adulto. O diagnóstico desta enfermidade pode ser realizado por meio de exames de sangue , nos quais se avaliam os índices de cálcio e de fósforo, bem como o de fosfato e alcalina. Uma radiografia também é necessária. A biopsia óssea é um procedimento mais incomum, embora indique igualmente a presença ou ausência de raquitismo Sintomas Sintomas: os sintomas mais comuns dessa doença são os ossos dolorosos, afecção dos dentes, fragilidade dos músculos, maior inclinação as lesões ósseas de formação esquelética; problemas no crescimento, baixo índice de cálcio na circulação sanguínea, espasmos dos músculos sem controle algum em todo o raquitismo; crânio mais frouxo; articulações costocondrais - a costela e sua cartilagem, ou seja, o tecido muscular que o reveste - inchadas, irritação, agitação e muito suor na cabeça, infecções no sistema respiratório, entre outros Raquitismo Tratamento Tratamentos e prevenções: o tratamento do raquitismo, bem como sua prevenção deve incluir exposição a luz solar e o consumo de alimentos abundantes em vitamina D, cálcio e fosfato, tais como óleo de fígado de bacalhau e óleo de fígado linguado. A dose apropriada desta vitamina também pode ser obtida dos suplementos alimentares. A melhor escolha é a D3, mais rapidamente consumida pelo organismo que a D2.
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