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MÓDULO 5 Como manter solos saudáveis – PARTE 3 Sumário Introdução ........................................................................................................................ 3 Aula 1 | Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) ................................................ 4 5.1.1 O que é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) .............................. 4 5.1.2 Como o Sistema iLP contribui para a saúde do solo ...................................... 7 Aula 2 | Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) ............................. 16 5.2.1 O que é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) ........... 16 5.2.2 Como o Sistema iLPF contribui para a saúde do solo .................................. 19 Referências ..................................................................................................................... 24 3 ©2022 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Elaboração, distribuição e informações MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) Esplanada dos Ministérios, Bloco D CEP: 70043-900, Brasília/DF https://www.gov.br/agricultura/pt-br Coordenação Editorial Coordenação-Geral de Mecanização, Novas Tecnologias e Recursos Genéticos (CGTG) Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária (DIAGRO) Embrapa Cerrados Equipe Técnica Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento Alessandro Cruvinel Fidelis Valéria Burmeister Martins Joaquim Dias Nogueira Paulo Ramon Mocelin Milena de Almeida Magalhães Editorial https://www.gov.br/agricultura/pt-br 4 Embrapa Arminda Moreira de Carvalho (Embrapa Cerrados) Fabio Bueno dos Reis Junior (Embrapa Cerrados) Guilherme Montandon Chaer (Embrapa Agrobiologia) Iêda de Carvalho Mendes (Coordenadora Embrapa Cerrados) Marcos Aurélio Carolino de Sá (Embrapa Cerrados) Robélio Leandro Marchão (Embrapa Cerrados) Projeto gráfico e diagramação: Avante Brasil Informática e Treinamentos Ltda. Este produto foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica BRA/ IICA/16/001 - MODERNIZAÇÃO ESTRATÉGICA - MAPA, em contrato celebrado entre a AVANTE BRASIL INFORMÁTICA E TREINAMENTOS LTDA. e o INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA – IICA. Os pesquisadores agradecem o auxílio de bolsas e financiamento de projetos pela Embrapa (Projeto Bioindicadores Fase IV- 22.14.01.026.00), CNPq, FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Distrito Federal) e INCT- Microrganismos Promotores do Crescimento de Plantas Visando à Sustentabilidade Agrícola e à Responsabilidade Ambiental – MPCPAgro - (CNPq 465133/2014-4, Fundação Araucária-STI 043/2019, CAPES). 5 Apresentação Solos saudáveis são solos biologicamente ativos, produtivos e resilientes, ou seja, com melhor performance diante de problemas advindos de estresses abióticos (ex: falta de chuva) e bióticos (ex: ocorrência de doenças). Além disso, solos saudáveis produzem plantas mais nutritivas, possuem maior potencial de sequestro de carbono, maior eficiência no uso de nutrientes e melhor capacidade de biorremediação de pesticidas. Tudo isso resulta em maior lucratividade tanto no aspecto econômico quanto no ambiental. Mas como saber se o solo onde cultivamos nossas lavouras esta saudável ou doente? O que fazer para manter solos saudáveis? Para responder essas e outras perguntas, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da sua Coordenação de Bioinsumos e Novas Tecnologias (CORBIO), reuniu um time de pesquisadores da Embrapa Cerrados e Embrapa Agrobiologia. O curso foi dividido em 5 módulos onde são abordados temas que vão desde a definição do conceito de saúde solo e como realizar esse diagnóstico, até as práticas de manejo mais importantes para a manutenção de solos saudáveis. Um destaque especial é dado para a Tecnologia de Bioanálise de Solo (BioAS) lançada em julho de 2020 e que consiste na agregação as enzimas beta-glicosidase a e arilsulfatase nas análises de rotina de solo. Por se tratar de uma tecnologia inovadora e ainda nos estágios iniciais de adoção, a realização desse curso tem por objetivo auxiliar os estudantes, produtores rurais, profissionais de ciências agrárias, assistência técnica pública e privada a utilizar a tecnologia BioAS como suporte para tomadas de decisão de manejo nas propriedades rurais Desejamos a todos um excelente curso e que os conhecimentos adquiridos sejam bastante úteis em suas vidas profissionais. 6 Introdução Olá! Sejam bem-vindos e bem-vindas ao Módulo 5 do curso Saúde do Solo, Tecnologia BioaS e SuSTenTaBilidade agrícola. Neste Módulo, chegamos à 3ª e última parte da apresentação das técnicas e práti- cas que nos levarão saber como manter os solos saudáveis através de mais duas aulas: na Aula 1, descreveremos como o sistema de integração Lavoura-Pecuária (iLP) contribui para a saúde do solo; já na Aula 2, buscaremos atingir objetivo seme- lhante, porém tratando do sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). Ao conclui quinto Módulo, você deverá ser capaz de: • descrever como os sistemas de intensificação sustentáveis contribuem para a saúde do solo. Esperamos que este conteúdo seja bastante proveitoso para todos! Bons estudos e vamos lá! 7 Aula 1 | Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) Nesta aula abordaremos sobre o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) e sobre o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), além de refletir sobre como esses sistemas contribuem para a saúde do solo. Vamos lá! 5.1.1 O que é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) O sistema de integração Lavoura-Pecuária (iLP) é uma estratégia de produção que integra culturas anuais e pecuária, no mesmo espaço, em consórcio, sucessão ou rotação, e busca potencializar a sinergia entre os componentes pecuária e lavoura. (Cf. BENDAHAN, 2017) ATENÇÃO! Na Embrapa, o iLP está inserido em um conceito mais amplo, que são os sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), sobre o qual trataremos mais detalhadamente na Aula 2 deste Módulo. Entre os objetivos desse sistema estão: • recuperar a capacidade produtiva do solo; • intensificar o uso da terra; • disponibilizar alternativas de produção para agricultura de baixo carbono; • contribuir para diminuir o desmatamento, e • melhorar o nível tecnológico e gerencial de técnicos, produtores e colaboradores. Normalmente, a integração Lavoura-Pecuária é implantada em duas circunstâncias: a) quando a lavoura é cultivada em áreas de pastagens, ou b) quando a pastagem é introduzida em áreas de lavoura. 8 PALAVRA DE ESPECIALISTA Atualmente, a demanda crescente por alimentos, bioenergia, produtos e serviços florestais, em contraposição à necessidade de redução de desmatamento e mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE), exigirá soluções que permitam incentivar o desenvolvimento socioeconômico sem comprometer a sustentabilidade dos recursos naturais. A intensificação do uso da terra em áreas agrícolas e o aumento da eficiência e resiliência dos sistemas de produção podem contribuir para harmonizar esses interesses. É nesse cenário que a integração lavoura-pecuária (iLP) tem sido apontada como alternativa sustentável para conciliar interesse da sociedade. Nos Cerrados, a tendência é aumentar a especialização das atividades agrícolas, além da baixa diversificação de cultivo, o monocultivo de grãos, como a soja, ainda é praticado em várias fazendas. E as consequências potenciais dessa especialização podem ser resumidas em aumento de pressão biótica (aparecimento ou aumento de doenças, pragas, plantas daninhas), o comprometimento da sustentabilidade (biológica, socioeconômica e ambiental) e a perda da biodiversidade em longo prazo. Os principais benefícios potenciais da integração lavoura-pecuáriasão: melhoria das propriedades químicas, físicas e da vida biológica do solo; redução da pressão de doenças, insetos- praga e plantas daninhas; maior produtividade dos componentes (planta e animal) e redução de riscos, de produção e financeiro, pela diversificação de atividades. 9 A integração lavoura-pecuária tem como grande objetivo intensificar o uso da terra, fundamentada na integração dos componentes do sistema produtivo, visando atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade dos produtos, bem como a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Portanto apre- senta-se como uma estratégia para maximizar o uso dos recursos naturais, aumentar a biodiversidade local e aliando o aumento da produtividade com a conservação ambiental no processo de intensificação de uso das áreas já desmatadas no Brasil. Entre as diferentes modalidades de sistemas integra- dos, a integração lavoura-pecuária (iLP) vem se expandindo com maior velo- cidade, em razão, principalmente, dos benefícios auferidos pelos produtores de grãos quando adotam a rotação da lavoura com o pasto. Este sistema de produção integrado consiste na implantação de diferentes sistemas produ- tivos de grãos e cereais, fibras, carne, leite, agroenergia e outros, na mesma área, em plantio consorciado, sequencial ou em rotação. Dentro da fazenda, o uso da terra é alternado, no tempo e no espaço, entre lavoura e pecuária. E é no potencial sinergismo entre os componentes pastagem e lavoura que resi- dem grande parte dos benefícios da ILP. (Fonte: VILELA et al. 2017, p. 01 – adaptado) Podemos elencar alguns tipos de integração lavoura-pecuária: Cultivo sequencial (rotação) Esta modalidade de integração adota uma sequência de operações em que a lavoura e os outros cultivos anuais ocupam uma mesma área durante épocas diferentes de crescimento. Após a colheita, faz-se o plantio de uma espécie forrageira anual para utilização em regime de corte ou pastejo. No ano seguinte, adota-se o cultivo de grãos ou cereais, em sistema plantio direto, ou a implantação da pastagem perene 10 Cultivo consorciado A implantação da pastagem ocorre associada ao cultivo anual. Para tanto, deverão ser adotadas práticas de preparo do solo específicas ao longo do ano, visando à descompactação do solo, incorporação de invasoras e pela própria pastagem remanescente. O cultivo anual ocorre simultaneamente com a espécie forrageira. A mistura das sementes da planta forrageira ao fertilizante possibilita a redução da competição entre a nova pastagem e o cultivo anual. Diferentes culturas poderão ser adotadas, tais como arroz, milho, sorgo e girassol, dependendo da aptidão do solo, infraestrutura e riscos climáticos inerentes ao cultivo Integração lavoura-pecuária temporal Mais indicada aos produtores envolvidos na produção de grãos, em razão dos in- vestimentos existentes na propriedade e capacitação gerencial. Nesses sistemas, a introdução de pastagens será compulsória, visando à recuperação das caracterís- ticas químicas, físicas e biológicas do solo. A adoção de um sistema de produção integrado por pecuaristas típicos dependerá, basicamente, da remuneração dessa atividade e da capacidade gerencial. O sistema iLP é indicado principalmente para áreas de pastagens ou solos degra- dados e áreas de lavoura com problemas de produtividade e sustentabilidade em decorrência de monoculturas, qualquer que seja a escala de produção ou o tama- nho da propriedade, observando-se as realidades socioeconômicas e ambientais da região. 5.1.2 Como o Sistema iLP contribui para a saúde do solo A iLP tem como ideia principal ser uma via sustentável e de recuperação de áreas de pastagem ou de lavoura degradadas. Esses sistemas são capazes de incrementar a resiliência ambiental baseando-se no aumento da diversidade de culturas agrícolas com efetividade e eficiência na ciclagem de nutrientes melhorando assim a qualidade do solo (CARVALHO et al., 2011 apud VOLK, 2014, p. 524 – negritos nossos). 11 PALAVRA DE ESPECIALISTA A adoção de sistemas agrícolas que promovam a intensificação sustentável do uso da terra é um dos princípios da agricultura de baixo carbono. Apesar da grande expansão do sistema plantio direto (SPD) no Cerrado, grande parte das áreas agrícolas ainda permanece em pousio na entressafra e sem palhada sobre a superfície do solo (Landers et al., 2020). Resultados recentes de pesquisa demostraram que quanto maior a quantidade e a diversidade de resíduos aportados pelas culturas, melhor será a qualidade do solo representada por seus atributos químicos, físicos e biológicos (Soares et al., 2019). Mesmo nas áreas onde ocorrem cultivos de safrinha, com aporte de biomassa de duas culturas por safra, há possibilidade de um terceiro cultivo, seja para produção de palhada, seja forragem para pastejo de entressafra. As espécies forrageiras modernas de duplo propósito podem atuar na melhoria do sistema plantio direto, incrementando o aporte de biomassa vegetal, e também na produção de forragem para pastejo de entressafra, conforme preconizado pela integração lavoura-pecuária (iLP). [...] Na ILP, o cultivo consorciado de culturas de grãos ou cereais com espécies forrageiras pode melhorar o desempenho do SPD e aumentar a produtividade das lavouras em sucessão. O aumento de produtividade observado nas lavouras de soja quando em sucessão a pastagens provenientes do consórcio com forrageiras pode variar de 23% até 35% (Vilela et al., 2017; Dias et al., 2020). Para os produtores de grãos, a presença de espécies forrageiras como plantas de cobertura na lavoura pode trazer vários benefícios, tais como a melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, a quebra de ciclos bióticos de pragas e doenças, entre outros (Landers et al., 2020). Nesse contexto, merece destaque a redução na infestação por plantas daninhas e, consequentemente, no banco de sementes no solo (Sodré Filho et al., 2014; Sodré Filho et al., 2020). 12 No Cerrado, o cultivo do sorgo granífero em safrinha após a soja, além de ser uma opção para diversificação de cultivos, é uma alternativa por apresentar maior resistência a veranicos, sendo comum seu plantio mais tardio em substituição à cultura do milho. É uma planta dotada de importantes mecanismos bioquímicos e morfológicos que lhe conferem tolerância à seca, resistência à compactação do solo e alta eficiência de uso de nutrientes. Assim, nesta publicação, são apresentadas recomendações para cultivo do sorgo granífero consorciado com braquiárias na safrinha como estratégia para o manejo de plantas daninhas na soja em sucessão. (Fonte: MARCHÃO, 2019, pp. 2-3 – adaptado) A viabilidade econômica da iLP está vinculada a alguns fundamentos básicos: a) intensificação do uso da terra, da infraestrutura, da mão-de-obra, de máquinas e de equipamentos; b) sinergia entre as atividades produtivas, com melhor aproveitamento de resíduos agrícolas, promoção da fixação biológica de nitrogênio pelas leguminosas e da reciclagem de nutrientes; c) diversificação dos produtos; d) redução de custo de produção pelo melhor aproveitamento da estrutura e redução no uso de insumos; e) aumento de lucro devido à redução de custos e aumento da receita; e f) dinamização de vários setores da economia, principalmente no âmbito regional. Dessa forma, a iLP pode ser definida como uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas e pecuárias, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica. (FRANCHINI, 2010, p. 06 – negrito nosso) 13 A adoção do sisteLP iPL tem resultado em ganhos significativos, como apontam vários estudos (FRANCHINI, 2010); (SEWELL & BRASIL, 2010); (VOLK, 2014); (VILELA, 2017); (MARCHÃO, 2019); (MALISZEWSKI, 2022). Dentre esses ganhos podemos listar: a) melhoriada produtividade e da qualidade das atuais áreas de pastagens ou de lavouras degradadas, mediante a adoção de métodos, técnicas e procedimentos de Boas Práticas Agrícolas, tais como: a adequação do solo e adoção de plantio direto, rotação de culturas, controle integrado de pragas, doenças e plantas danhas, da gestão e do manejo de microbacias hidrográficas; b) aumento e diversificação da oferta de alimentos de alta qualidade e com valor agregado para o consumo interno e para a exportação, gerando mais empregos ao longo das cadeias produtivas e mais divisas ao país; c) maior organização e fortalecimento das entidades representativas dos produtores para a gestão do agronegócio e dos recursos naturais; d) diminuição dos desmatamentos pela redução da pressão pela ampliação da fronteira agrícola, sobretudo na região amazônica, por meio da recuperação e manutenção da capacidade produtiva das atuais áreas cultivadas; e) otimização do uso do maquinário pelo aumento natural da penetrabilidade do solo (Figura 1); f) obtenção de, pelo menos, duas safras por ano (carne e grãos); g) renovação ou recuperação das pastagens com a implantação de espécies mais produtivas; h) aumento da matéria-orgânica no solo, devido à grande produção de raízes e folhas (Figura 2); i) aumento da eficiência de reciclagem de nutrientes, devido ao melhor aproveitamento, pela gramínea, dos resíduos de fertilizantes e bioinsumos deixados pelos cultivos anuais (Figuras 3 e 4); j) desenvolvimento da região dos cerrados, aumentando a produtividade; 14 k) redução das perdas por lixiviação e/ou erosão; l) retorno de nutrientes à superfície a forma de serapilheira e incorporação na matéria orgânica do solo; m) a maior biodiversidade dos sistemas contribui para o processo de restabelecimento da fauna do solo; Figura 1. Resistência do solo à penetração em diferentes fases do sistema de iLP. | Dados representam a média de 5 transectas de 2 metros com intervalo de 10 cm entre leituras. Fazenda Certeza, Querência, 10/12/2008. | Fonte: FRANCHINI, 2010, p. 14. 15 Figura 2. Teor de matéria orgânica e estoque de carbono associados ao preparo do solo e plantio direto, nos módulos ocupados por lavoura do sistema iLP. | Amostragem na camada de 0 a 20 cm realizada em 15/10/2008. Na figura 2, o módulo à esquerda foi cultivado com soja na estação chuvosa e com o consórcio girassol + Brachiaria ruziziensis na segunda safra, sendo submetido ao preparo do solo com grade aradora e niveladora durante a estação seca para o cultivo do arroz. Os dois módulos à direita foram cultivados com soja na estação chuvosa e com o consórcio de milho com Brachiaria ruziziensis, na segunda safra, no sistema de plantio direto. A foto à esquerda ilustra a área preparada para a semeadura do arroz, enquanto a foto à direita mostra a área sob plantio direto após o cultivo de milho em consórcio com Brachiaria ruziziensis. O estoque de C foi calculado a partir do teor no solo em g/kg x densidade do solo em g/cm3 x espessura da camada de solo em cm. Fazenda Certeza, Querência. | Fonte: FRANCHINI, op. cit., p. 13 16 Figura 3. Teores e estoques de fósforo no solo nos módulos de lavoura do sistema ILP. | Amostragem na camada de 0 a 20 cm realizada em 15/10/2008. Na figura 3, o módulo à esquerda foi cultivado com soja na estação chuvosa e com o consórcio girassol + Brachiaria ruziziensis na segunda safra, sendo submetido ao preparo do solo com grade aradora e niveladora durante a estação seca para o cultivo do arroz. Os dois módulos à direita foram cultivados com soja na estação chuvosa e com o consórcio de milho com Brachiaria ruziziensis, na segunda safra, no sistema de plantio direto. O estoque de P2O5 foi calculado a partir do teor de P no solo em mg/dm3 x densidade do solo em g/cm3 x espessura da camada de solo em cm x 2,29 (fator para conversão de P em P2O5). Fazenda Certeza, Querência. | Fonte: FRANCHINI, idem, ibidem. 17 Figura 4. Teores e estoques de potássio no solo nos módulos de lavoura do sistema ILP. | Amostragem na camada de 0 a 20 cm realizada em 15/10/2008. Na Figura 4, o módulo à esquerda foi cultivado com soja na estação chuvosa e com o consórcio girassol + Brachiaria ruziziensis na segunda safra, sendo submetido ao preparo do solo com grade aradora e niveladora durante a estação seca para o cultivo do arroz. Os dois módulos à direita foram cultivados com soja na estação chuvosa e com o consórcio de milho com Brachiaria ruziziensis, na segunda safra, no sistema plantio direto. O estoque de K2O foi calculado a partir do teor de K no solo em mg/dm3 x densidade do solo em g/cm3 x espessura da camada de solo em cm x 1,2 (fator para conversão de K em K2O). Fazenda Certeza, Querência. | Fonte: FRANCHINI, idem, ibidem. O desenvolvimento de opções para o restabelecimento da capacidade produtiva das pastagens cultivadas é fundamental para alcançar a sustentabilidade e a intensificação da atividade pecuária. A integração dos sistemas de produção de 18 grãos e pecuária desponta como sendo umas das opções viáveis. Os benefícios desta integração podem ser sintetizados como (SEWELL & BRASIL, op. cit): a) Agronômicos: por meio de recuperação e manutenção das características produtivas dos vegetais e do solo; b) Econômicos: por meio da diversificação de oferta e obtenção de maiores rendimentos a menor custo e com qualidade superior; c) Ecológicos: por meio da redução da erosão e da biota nociva às espécies cultivadas, com a consequente redução da necessidade de defensivos agrícolas; d) Sociais: por meio da melhor distribuição da renda. Deve-se considerar também a maior geração de tributos, de empregos diretos e indiretos, além da manutenção do homem ao campo. Agora que você já consegue descrever como o sistema de integração Lavoura- Pecuária (iLP) contribui para a saúde do solo, podemos partir para o estudo do sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). 19 Aula 2 | Sistema de Integração Lavoura-Pecuária- Floresta (iLPF) Olá! Bem-vindos à última aula de nosso curso! Na aula passada você aprendeu a descrever como o sistema de integração Lavoura-Pecuária (iLP) contribui para a saúde do solo. Nesta segunda aula, seguiremos com o estudo do sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)! 5.2.1 O que é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária- Floresta (iLPF) Sabemos que, em nossos dias, a humanidade enfrenta desafios cada vez maiores para produzir alimentos, fibras, energia, produtos madeireiros, não madeireiros e serviços florestais de forma compatível com a disponibilidade de recursos naturais. Neste sentido, são intensos os apelos para que seja difundida em todo o mundo a concepção da Agricultura Sustentável. Com o aumento da demanda por alimentos e a evolução tecnológica na produção, a atividade agrícola moderna passou a caracterizar-se por sistemas padronizados e simplificados de monocultura. Esse modelo de produção agropecuária predomina nas propriedades rurais em todo o mundo. Mas esse modelo tem mostrado sinais de fragilidade, por causa da alta demanda por energia e por recursos naturais que o caracteriza. Uma solução para amenizar esse problema é a adoção de sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), a fim de conciliar ecoeficiência e desenvolvimento socioeconômico, aumentando a produtividade agropecuária e preservando os recursos naturais. A integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) é definida como: Uma estratégia de produção sustentável que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área. A implantação desses sistemas ocorre com base nos princípios da rotação de culturas e do consórcio entre culturas de grãos, forrageiras e/ou espécies arbóreas, para produzir, na mesma área, grãos, carne ou leite e produtos madeireiros e não madeireiros ao longo do ano. (Cf. CORDEIRO, 2015, p. 19 – negrito nosso) 20 Sendo assim, enquanto estratégia, a iLPF pode ser adotada por meio de diferentessistemas de integração, como, por exemplo, a integração lavoura-pecuária (iLP) ou sistema agropastoril, que nós estudamos na aula passada; a integração pecuária- floresta (iPF) ou sistema silvipastoril; a integração lavoura- -floresta (iLF) ou sistema silviagrícola; e a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) ou sistema agrossilvipastoril. Esses sistemas têm o objetivo de intensificar o uso da terra e se fundamentam na integração espacial e temporal dos componentes do sistema produtivo, para atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade. Qual é a diferença entre o sistema agropastoril (ou iLP) e o sistema agrossilvipastoril (ou iLPF)? Ambos os sistemas promovem a integração de atividades. Entretanto, o sistema agropastoril (ou iLP) não contempla o componente florestal, enquanto o sistema agrossilvipastoril (ou iLPF) e os outros sistemas de integração (iPF e iLF) caracterizam-se pela presença desse componente. Os sistemas de integração com componente florestal são baseados no arranjo espacial de aleias (em inglês, alley cropping), em que as árvores são plantadas em faixas ou renques de linhas simples ou linhas múltiplas com espaçamentos amplos, e o cultivo de culturas anuais e/ou espécies forrageiras ocorre nos espaços entre as linhas de árvores, ou seja, nas aleias (Figura 5). 21 Figura 5. Diferentes etapas do sistema iLPF | A lavoura é semeada na época do plantio das árvores, até que elas tenham tamanho suficiente para a entrada dos animais. Após algum tempo, há o desbaste das árvores e a retirada de algumas para usos menos nobres, deixando as outras para fins de maior valor agregado. Assim, com a entrada de luz que o desbaste proporciona, é que acontece a retomada da lavoura entre as faixas. | Fonte: https://blog.aegro. com.br/ilpf/ Acesso em: 19 jun 2022 https://blog.aegro.com.br/ilpf/ https://blog.aegro.com.br/ilpf/ 22 A ideia da iLPF é de produzir grãos, pastagem para o gado e madeira de forma integrada na mesma área, mas não tudo ao mesmo tempo. Com a tecnologia atual seria praticamente impossível colocar tudo isso no mesmo balaio e ao mesmo tempo. Como podemos perceber pelas imagens da Figura 5 acima, produzir diferentes produtos na mesma área em sistema iLPF só é possível quando se escalam as culturas ao longo do tempo. Mas como isso acontece? Bem, as árvores ficarão no sistema o tempo todo e a atividade agrícola e pecuária se alternam em sucessão ou em consórcio ao longo do tempo, nas entrelinhas das árvores. 5.2.2 Como o Sistema iLPF contribui para a saúde do solo Vimos que o iLPF trata-se de uma estratégia de produção que integra, em uma mesma área, diferentes sistemas produtivos: agrícola, pecuário e florestal. A ideia é otimizar o uso da terra, a fim de aumentar a produtividade, diversificar a produção, aumentar a biodiversidade e reduzir a abertura de novas áreas. A utilização de sistemas de integração como esse beneficia a atividade microbiológica, a diversidade biológica e a fauna do solo. E, quando falamos de BioAS lá nos Módulos 1 e 2, vimos que isso é sinônimo de solo saudável! PALAVRA DE ESPECIALISTA Sim. Os microrganismos do solo estão presentes tanto na matriz do solo como na rizosfera, onde realizam atividades metabólicas relevantes para o crescimento das plantas. O uso de plantas de coberturas nos sistemas produtivos influencia positivamente a qualidade do solo. Assim, há um grande benefício para a atividade microbiológica por causa do aumento da diversidade de plantas no ambiente de produção. A rotação ou o consórcio com diferentes culturas promove no solo um ambiente diversificado para os microrganismos. 23 Os constantes ciclos de desenvolvimento e morte de plantas no solo, com elevado acúmulo de biomassa residual (palhada e raízes mortas) e de matéria orgânica, favorecem o aumento da população e da diversidade de microrganismos, em razão da maior disponibilidade de alimentos e do microclima favorável, quando comparado aos sistemas simples. Considerando que temos a máxima diversidade biológica em sistemas naturais, por causa da variedade de habitat e de alimentos, conclui-se que quanto maior a diversificação dos sistemas de produção, maior será a diversidade biológica nesses sistemas. A grande vantagem dos sistemas de integração está em proporcionar microclima favorável aos organismos que vivem no solo e na sua superfície, pela redução dos extremos de temperatura e manutenção da umidade do solo ao longo do tempo. Além disso, a disponibilidade de matéria orgânica, nutrientes e energia (resíduos vegetais ou animais) é maior quando comparada a sistemas simples. A cobertura constante da superfície do solo proporciona um ambiente protegido, favorável à sobrevivência dos organismos da fauna invertebrada que vivem na superfície do solo, muitos dos quais são predadores, o que irá contribuir para aumentar o equilíbrio das populações e o controle biológico de pragas. (Fonte: CORDEIRO et al. 2015, pp. 39-40) A intensificação da produção, observada em sistemas de iLPF, acarreta diversos benefícios ao produtor e ao meio ambiente: a) melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo; b) aumenta a ciclagem e a eficiência na utilização dos nutrientes; c) reduz ou amortiza custos de produção das atividades agrícola, pecuária e florestal ao longo do tempo; d) diminui a ociosidade do uso das áreas agrícolas; 24 e) diversifica a produção e estabiliza a renda na propriedade rural; f) contribui para a geração de empregos diretos e indiretos; g) viabiliza a recuperação de áreas com pastagens degradadas; h) reduz emissões de gases de efeito estufa (GEE), aumentando o sequestro de carbono, o bem-estar e a produtividade animal, além de outros diversos benefícios. Confira no Infográfico 1 a seguir como o sistema iLPF é uma verdadeira revolução na conjugação dos benefícios de produzir e preservar! Infográfico 1 – Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 25 (Fonte: https://www.deere.com.br/pt/a-nossa-empresa/sustentabilidade/ilpf/ Acesso em: 19 jun 2022) https://www.deere.com.br/pt/a-nossa-empresa/sustentabilidade/ilpf/ 26 De fato, as mudanças climáticas e a emissão de gases de efeito estufa (GEE) tornaram-se uma das maiores preocupações ambientais da humanidade. E o sistema iLPF pode contribuir decisivamente para a redução dos GEE, bem como aumentar, significativamente, o sequestro de carbono, e contribuir para a mitigação desse grave problema. Assim, concluímos não apenas esta Aula e este Módulo, mas também o nosso Curso. Espero que essa jornada tenha sido proveitosa para você e lhe traga os resultados que você espera e que o Brasil precisa! Mas, antes, não esqueça de revisar os conteúdos e fazer os exercícios! 27 Referências BENDAHAN, A. B. Integração Lavoura-Pecuária em pequenas propriedades: o que o produtor precisa saber. (2017) Disponível em: https://www.embrapa.br/ busca-de-noticias/-/noticia/26123732/artigo---integracao-lavoura-pecuaria- em-pequenas-propriedades-o-que-o-produtor-precisa-saber#:~:text=O%20 sistema%20de%20integra%C3%A7%C3%A3o%20Lavoura,os%20componentes%20 pecu%C3%A1ria%20e%20lavoura Acesso em: 19 jun 2022. CORDEIRO, L. A. M. et al. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: o produtor pergunta, a Embrapa responde. Brasília: Embrapa, 2015. 393 p. FRANCHINI, J. C. et al. Integração lavoura-pecuária: alternativa para diversificação e redução do impacto ambiental do sistema produtivo no Vale do Rio Xingu. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 77). Londrina: Embrapa Soja, 2010. 20 p. MALISZEWSKI, E. ILP melhora produção de gado e permite soja em solos arenosos (2022). 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W. et al. Integração lavoura-pecuária-floresta como estratégia para compensação das emissões de gases de efeito estufa. (Circular Técnica 39). Planaltina: Embrapa, 2019. 12 p. VILELA, L. et al. “Boi Safrinha” na Integração Lavoura-Pecuária no Oeste Baiano. (Circular Técnica 35). Planaltina: Embrapa, 2017. VOLK, L. B. da S. et al. Manejo da pastagem em ILP e seu impacto nos atributos de solo e da produção. In: BERNARDI, A. C. de C. et al. (Ed.) Agricultura de precisão: resultados de um novo olhar. Brasília: Embrapa, 2014. p. 523-529. Este produto foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/16/001 - MODERNIZAÇÃO ESTRATÉGICA - MAPA, em contrato celebrado entre a AVANTE BRASIL INFORMÁTICA E TREINAMENTOS LTDA. e o INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA – IICA. _heading=h.1t3h5sf Introdução Aula 1 | Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) 5.1.1 O que é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (iLP) 5.1.2 Como o Sistema iLP contribui para a saúde do solo Aula 2 | Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) 5.2.1 O que é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) 5.2.2 Como o Sistema iLPF contribui para a saúde do solo Referências