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Resumo - Genética

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Resumo – Genética
Em algumas espécies, as fêmeas possuem dois
cromossomos sexuais idênticos (XX) e os machos,
um idêntico ao das fêmeas e um diferente (XY)
sendo este, o Y, o responsável pelas características
masculinas. Assim, na espécie humana, o genótipo
feminino é 44A + XX; e o masculino, 44A + XY.
Na meiose, todos os óvulos apresentarão
cromossomo X, e os espermatozoides, metade X e
outra metade Y. Assim, na fecundação é que será
determinado o sexo da prole, sendo este
determinado pela presença do Y (sexo masculino)
ou pela sua ausência (sexo feminino).
Conceitos básicos
Dominante: uma característica “domina a situação”,
é representado pela letra maiúscula (A, B).
Recessivo: só consegue se manifestar se tiver outro
recessivo no lugar do dominante, é representado
pela letra minúscula (a, b).
Homozigoto: é quando há fusão (união) de alelos iguais (AA, aa).
Heterozigoto: fusão de alelos diferentes para a mesma informação (Aa).
Alelos: são as informações ( A a , individualmente).
Genes: cada fragmento do cromossomo, possui todas as informações do indivíduo.
Loco gênico: é o fragmento do cromossomo.
Genótipo: são as características herdadas, não sofrem modificação, a não ser em laboratório.
Fenótipo: alterações que o ambiente faz nas características (carga) genéticas, alterações externas.
Noções de probabilidade aplicadas à genética
Acredita-se que um dos motivos para as ideias de Mendel permanecerem incompreendidas durante mais de 3
décadas foi o raciocínio matemático que continham. Mendel partiu do princípio que a formação dos gametas
seguia as leis da probabilidade, no tocante a distribuição dos fatores.
Princípios básicos de probabilidade
Probabilidade é a chance que um evento tem de ocorrer, entre dois ou mais eventos possíveis. Por exemplo, ao
lançarmos uma moeda, qual a chance dela cair com a face “cara” voltada para cima? E em um baralho de 52
cartas, qual a chance de ser sorteada uma carta do naipe ouros?
Eventos aleatórios
Eventos como obter “cara” ao lançar uma moeda, sortear um “ás” de ouros do baralho, ou obter “face 6” ao
jogar um dado são denominados eventos aleatórios (do latim alea, sorte) porque cada um deles tem a mesma
chance de ocorrer em relação a seus respectivos eventos alternativos.
Veja a seguir as probabilidades de ocorrência de alguns eventos aleatórios. Tente explicar por que cada um
deles ocorre com a probabilidade indicada.
• A probabilidade de sortear uma carta de espadas de um baralho de 52 cartas é de ¼
• A probabilidade de sortear um rei qualquer de um baralho de 52 cartas é de 1/13.
• A probabilidade de sortear o rei de espadas de um baralho de 52 cartas é de 1/52.
A formação de um determinado tipo de gameta, com um outro alelo de um par de genes, também é um evento
aleatório. Um indivíduo heterozigoto Aa tem a mesma probabilidade de formar gametas portadores do alelo A
do que de formar gametas com o alelo a (1/2 A: 1/2 a).
Eventos independentes
Quando a ocorrência de um evento não afeta a probabilidade de ocorrência de um outro, fala-se em eventos
independentes. Por exemplo, ao lançar várias moedas ao mesmo tempo, ou uma mesma moeda várias vezes
consecutivas, um resultado não interfere nos outros. Por isso, cada resultado é um evento independente do
outro.
Da mesma maneira, o nascimento de uma criança com um determinado fenótipo é um evento independente em
relação ao nascimento de outros filhos do mesmo casal. Por exemplo, imagine uma casal que já teve dois filhos
homens; qual a probabilidade que uma terceira criança seja do sexo feminino? Uma vez que a formação de
cada filho é um evento independente, a chance de nascer uma menina, supondo que homens e mulheres
nasçam com a mesma freqüência, é 1/2 ou 50%, como em qualquer nascimento.
A regra do “e”
A teoria das probabilidades diz que a probabilidade de dois ou mais eventos independentes ocorrerem
conjuntamente é igual ao produto das probabilidades de ocorrerem separadamente. Esse princípio é conhecido
popularmente como regra do “e”, pois corresponde a pergunta: qual a probabilidade de ocorrer um evento E
outro, simultaneamente?
Suponha que você jogue uma moeda duas vezes. Qual a probabilidade de obter duas “caras”, ou seja, “cara”
no primeiro lançamento e “cara” no segundo? A chance de ocorrer “cara” na primeira jogada é, como já vimos,
igual a ½; a chance de ocorrer “cara” na segunda jogada também é igual a1/2. Assim a probabilidade desses
dois eventos ocorrer conjuntamente é 1/2 X 1/2 = 1/4.
No lançamento simultâneo de três dados, qual a probabilidade de sortear “face 6” em todos? A chance de
ocorrer “face 6” em cada dado é igual a 1/6. Portanto a probabilidade de ocorrer “face 6” nos três dados é 1/6 X
1/6 X 1/6 = 1/216. Isso quer dizer que a obtenção de três “faces 6” simultâneas se repetirá, em média, 1 a cada
216 jogadas.
Um casal quer ter dois filhos e deseja saber a probabilidade de que ambos sejam do sexo masculino. Admitindo
que a probabilidade de ser homem ou mulher é igual a ½, a probabilidade de o casal ter dois meninos é 1/2 X
1/2, ou seja, ¼.
A regra do “ou”
Outro princípio de probabilidade diz que a ocorrência de dois eventos que se excluem mutuamente é igual à
soma das probabilidades com que cada evento ocorre. Esse princípio é conhecido popularmente como regra do
“ou”, pois corresponde à pergunta: qual é a probabilidade de ocorrer um evento OU outro?
Por exemplo, a probabilidade de obter “cara” ou “coroa”, ao lançarmos uma moeda, é igual a 1, porque
representa a probabilidade de ocorrer “cara” somada à probabilidade de ocorrer “coroa” (1/2 + 1/2 =1). Para
calcular a probabilidade de obter “face 1” ou “face 6” no lançamento de um dado, basta somar as probabilidades
de cada evento: 1/6 + 1/6 = 2/6.
Em certos casos precisamos aplicar tanto a regra do “e” como a regra do “ou” em nossos cálculos de
probabilidade. Por exemplo, no lançamento de duas moedas, qual a probabilidade de se obter “cara” em uma
delas e “coroa” na outra? Para ocorrer “cara” na primeira moeda E “coroa” na segunda, OU “coroa” na primeira
e “cara” na segunda. Assim nesse caso se aplica a regra do “e” combinada a regra do “ou”. A probabilidade de
ocorrer “cara” E “coroa” (1/2 X 1/2 = 1/4) OU “coroa” e “cara” (1/2 X 1/2 = 1/4) é igual a 1/2 (1/4 + 1/4).
O mesmo raciocínio se aplica aos problemas da genética. Por exemplo, qual a probabilidade de uma casal
ter dois filhos, um do sexo masculino e outro do sexo feminino? Como já vimos, a probabilidade de uma criança
ser do sexo masculino é ½ e de ser do sexo feminino também é de ½. Há duas maneiras de uma casal ter um
menino e uma menina: o primeiro filho ser menino E o segundo filho ser menina (1/2 X 1/2 = 1/4) OU o primeiro
ser menina e o segundo ser menino (1/2 X 1/2 = 1/4). A probabilidade final é 1/4 + 1/4 = 2/4, ou 1/2.
Heranças ligadas ao sexo
O daltonismo e a hemofilia são exemplos de doenças humanas ligadas ao cromossomo X. São causadas por
genes situados no cromossomo X em sua região homóloga ao cromossomo Y. Portanto, nos homens basta um
gene recessivo para a manifestação da doença; nas mulheres, é necessária a presença de dois genes
recessivos.
1. Daltonismo
O daltonismo provoca alterações na percepção de cores, principalmente de tons de azul, vermelho e verde. É
determinado pelo gene recessivo d situado no cromossomo X. O alelo D codifica para a visão normal. Assim,
temos os seguintes genótipos em humanos:
Portanto, o daltonismo é mais frequente em homens do que em mulheres, uma vez que para estas
apresentarem o problema a condição de homozigoto recessivo é necessária. Isso só irá ocorrer se a mulher for
filha de um pai daltônico e de uma mãe daltônica ou normal, portadora, que lhe transmita o gene d. Já no caso
dos homens, basta a presença de um único gene recessivo d.
2. Hemofilia
A hemofilia é uma doença que provoca alterações na coagulação sanguínea, dificultando-a e provocandohemorragias frequentes. É determinada pelo gene recessivo h situado no cromossomo X. O alelo H codifica
para a coagulação normal. Assim, temos os seguintes genótipos em humanos:
Sexo Genótipo → Fenótipo
Masculino X
HY → homem normal
XhY → homem hemofílico
Feminino
XHXH → mulher normal
XHXh → mulher normal portadora
XhXh → mulher hemofílica
Assim como o daltonismo, a hemofilia é mais comum em indivíduos do sexo masculino devido à necessidade
de apenas um gene recessivo h para a manifestação da doença. Apenas as mulheres com genótipo
homozigótico recessivo apresentam o problema.
Sistema AB0
O tipo sanguíneo em humanos é condicionado por alelos múltiplos. São quatro os tipos de
sangue: A, B, AB e O. Cada um destes tipos é caracterizado pela presença ou ausência de aglutinogênio, nas
hemácias, e aglutinina, no plasma sanguíneo.
Os aglutinogênios são substâncias encontradas na membrana plasmática das hemácias e que funcionam
como antígenos quando introduzidos em indivíduos que não os possuam. Existem dois tipos de
aglutinogênios: A e B. As aglutininas são substâncias presentes no plasma sanguíneo e que funcionam como
anticorpos que reagem com antígenos estranhos. Existem dois tipos de aglutininas: anti-A e anti-B.
Assim, uma mãe portadora, mas
não daltônica com um pai
normal resultarão em uma
prole:
Os aglutinogênios e as aglutininas presentes nos tipos sanguíneos humanos são os seguintes:
O contato entre um aglutinogênio e sua aglutinina correspondente provoca a aglutinação do sangue. Assim,
indivíduos com sangue Tipo A não podem doar sangue para indivíduos do Tipo B, e vice-versa. Indivíduos do
Tipo AB podem receber sangue de qualquer grupo. Já os do Tipo O podem doar para qualquer grupo.
Três genes situados num mesmo locus cromossômico (alelos múltiplos) condicionam o tipo sanguíneo em
humanos: IA, IB e i. IA e IB são dominantes em relação a i, porém não apresentam dominância entre si. Os
possíveis genótipos para os quatro tipos sanguíneos são:
Sistema RH
Indivíduos com sangue Rh+ possuem o fator Rh em suas hemácias e apresentam aglutinação do sangue
quando entram em contato com anticorpos anti-Rh. Aqueles que não possuem o fator Rh em suas hemácias
são chamados Rh- e não apresentam reação de aglutinação quando em contato com anticorpos anti-Rh.
Quando um indivíduo Rh- recebe sangueRh+, ele passa a produzir anticorpos anti-Rh.
O sistema Rh é determinado por um par de genes alelos com dominância completa. O alelo R é dominante e
o r recessivo. Assim os possíveis genótipos para o sistema Rh são:
A eritroblastose fetal é uma doença que pode ocorrer quando mães Rh- geram filhos Rh+. Nestes casos,
pequenos vasos da placenta se rompem e há passagem de sangue do filho para a mãe. Em resposta, o sangue
da mãe passa a produzir anticorpos anti-Rh. Numa próxima gravidez, se o filho for Rh+, os anticorpos maternos
irão atacar as hemácias do feto, provocando a doença.

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