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Trabalho Acadêmico - 2º semestre - Economia

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37
Sistema de Ensino 
a distância
 Conectado
administração de empresas
julia prestes de araujo
produção textual interdisciplinar - individual
:
TAILÂNDIA
2013
JULIA PRESTES DE ARAUJO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR – INDIVIDUAL
:
Trabalho de
 Economia, 
apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
s
 disciplin
as
 de
 
Microeconomia
 e Macroeconomia; Métodos 
Quantitativos
; Ética, Política e Sociedade; Seminário
.
Orientador: Prof. 
Regina Malassise, Marcelo Viegas, Wilson Sanches, Marcia Bastos , Henry Nonaka
 
Tailândia
2013
INTRODUÇÃO
	Desde os idos mais remotos da humanidade, mesmo nas sociedades mais primitivas ou mesmo entre os animais, existia busca pela economia. Etimologicamente, a palavra economia vem do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). No sentido original, seria a “administração da casa”, que pode ser generalizada como “administração da coisa pública”.
Ao longo do desenvolvimento foram aprimorando os conhecimentos sobre macroeconomia, microeconomia, inflação, taxa de juros e taxa cambio que compôs todo o conjunto da economia mundial que vem se desenvolvendo constantemente dias após dias.
Dados numéricos são usados para aprimorar e aumentar a produção. Censos demográficos ajudam o Governo a entender melhor sua população e a organizar seus gastos com saúde e assistência social. Com a velocidade da informação a estatística passou a ser uma ferramenta essencial na produção e atuação do conhecimento.
Para Ramos (2007), os métodos estatísticos modernos formam uma mistura de ciência, tecnologia, e lógica para que os problemas de várias áreas do conhecimento humano sejam investigados e solucionados. Ela é reconhecida como um campo da ciência e é uma tecnologia quantitativa para a ciência experimental e observacional em que se pode avaliar e estudar as incertezas e os efeitos de algum planejamento e observações de fenômenos da natureza e principalmente os da sociedade. 
Na Grécia antiga, a ética surge (com Sócrates) no mesmo período das mudanças políticas promovidas por Sólon. Não foi coincidência. O problema moral se vincula com problemas na vida pública, a partir da qual se elaboraram as noções de liberdade e justiça, se reflete na relação entre individuo e sociedade.
DESENVOLVIMENTO
 Microeconomia e Macroeconomia
Economia é definida como a ciência social que analisa como o indivíduo e a sociedade determina como serão utilizados os recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.
Assim, trata-se de uma ciência social, já que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra, capital, terra, 
matérias-primas).
A escassez surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas e da restrição física de recursos. Afinal, o crescimento populacional renova as necessidades básicas; o contínuo desejo de elevação do padrão de vida (que poderíamos classificar como uma necessidade “social” de melhoria de status) e a evolução tecnológica fazem com que surjam “novas” necessidades (computador, freezer, celular, faculdade, estética etc.). Nenhum país, mesmo os países ricos, são auto-suficientes, em termos de disponibilidade de recursos produtivos, para satisfazer a todas as necessidades da população.
Se não houvesse escassez de recursos, ou seja, se todos os bens fossem abundantes (bens livres), não haveria necessidade de estudarmos questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de pagamentos, desemprego, concentração de renda etc. Esses problemas provavelmente não existiriam (e obviamente nem a necessidade de se estudar Economia).
Inflação é o aumento generalizado dos preços. Se, por exemplo, uma cesta de produtos que custa 180 reais em janeiro passa a ser vendida por 270 reais em fevereiro, apurou-se uma inflação de 50% no mês. A inflação já foi o grande drama da economia brasileira. A partir dos anos 1980, Foram criados vários planos na tentativa de contê-la e todos fracassaram. Somente em 1994, com a implantação do Plano Real, ela está relativamente sob controle. Depois de ter atingido mais de 40% ao mês naquele ano, a inflação está há quase três anos abaixo de 1,7% ao mês. Houve aumento em 2002 por causa de uma crise cambial, mas desde então o acumulado do ano encontra-se em queda. E como o Brasil controla a inflação? Em 1999 foi estabelecido um regime de metas: o governo estipula um índice que deve ser perseguido nos próximos meses. Para atingi-lo, a principal ferramenta usada são os juros altos: ao tornar os financiamentos (como crediário ou cartão de crédito) muito caros, eles diminuem a procura por bens e serviços e freiam a economia. Como conseqüência, os preços sobem menos, o que é explicado pela lei da oferta e procura - quanto menor a procura por um produto ou serviço, menor tende a ficar seu preço, para o comerciante tentar estimular a venda.
A inflação é um processo de elevação de preços que ocorre sempre que há procura maior do que a capacidade de uma economia produzir determinado bem ou serviço. Em resumo, a inflação pode ser de oferta – quando há escassez de produto – ou de demanda – quando a procura é maior do que a quantidade ofertada. No Brasil, vivemos atualmente um período de inflação de demanda, haja vista que o aquecimento econômico deixou as pessoas com maior poder aquisitivo, o que expandiu o consumo, ao mesmo tempo em que a produção não conseguiu acompanhar este crescimento.
Este cenário de atividade aquecida fica evidente pelos dados do PIB do primeiro semestre de 2010, com alta de 9,0% - a maior da série histórica do IBGE, iniciada em 1995. Além disso, o noticiário tem trazido informações sobre taxas recordes de contratação de mão-de-obra, desemprego em queda e produção industrial em expansão, veja o anexo I.
A conjunção destes fatores tem conduzido uma revisão constante das expectativas de inflação. Os economistas consultados pelo Banco Central (pesquisa Focus) aumentam, a cada semana, suas projeções. Diante disso, o Banco Central começou a lançar mão de seus instrumentos de controle da elevação dos preços, dando início a um ciclo de alta da taxa básica de juros. Entenda as causas da inflação e como combatê-la. 
Inflação de Demanda
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.
Inflação de Custos
É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
Índices de Inflação
A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário Básico).
A inflação é ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicaçõesque lhe garantam a correção inflacionária.
As principais causa da inflação:
- Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo;
- Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país;e,
- Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos.
No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços (calculado pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de Preços Ao Consumidor (medido pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE) e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE).
Em 2012, a inflação brasileira de acordo com o IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, foi de 5,84%. É importante ressaltar que a meta estabelecida pelo Banco Central Brasileiro é de 4,5%, com margem de dois pontos para mais ou para menos.
O que é Taxa de Juros?
Taxa de juro é o preço ou o valor do dinheiro. Representa o custo a suportar pelo dinheiro que se pede emprestado - taxa de juro ativa - ou o rendimento que se recebe quando se faz uma aplicação financeira – taxa de juro passiva.
Existem essencialmente duas taxas de juro relevantes para os agentes econômicos: a taxa de juro de referência, definida pela autoridade monetária, que no caso europeu é o Banco Central Europeu (BCE) e as taxas Euribor. A primeira tem uma grande influência na atividade econômica podendo estimulá-la ou reduzi-la. A segunda, as taxas Euribor, são relevantes porque servem de indexantes na maioria dos créditos concedidos aos agentes econômicos. As taxas Euribor têm quatro prazos diferentes - a 1, 3, 6 e 12 meses – que representam a expectativa dos agentes econômicos em relação à evolução da taxa de juro de referência estipulada pelo BCE nesse período.
Por exemplo, caso o valor das taxas Euribor seja superior ao valor da taxa de referência, significará que os agentes econômicos esperam que o preço do dinheiro aumente no futuro. Caso sejam inferiores, significa que a próxima alteração do preço do dinheiro por parte da autoridade monetária será de redução. 

Fatores que influenciam a taxa de juro:
A taxa de inflação - quanto maior for a inflação, maior será a taxa de juro nominal, de forma a proporcionar uma taxa de juro real positiva ou não muito negativa;
A procura de moeda - sendo a taxa de juro o preço pago pela utilização do dinheiro, quanto maior for a procura da moeda, maior será a taxa de juro;
O risco do devedor - ao aumentar o risco do devedor e a possibilidade de incumprimento, maior será a taxa de juro.
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra moeda.
A taxa de câmbio pode ser definida em termos diretos (ao incerto) ou em termos indiretos (ao certo). A taxa de câmbio está definida em termos diretos quando exprime o preço de uma unidade monetária estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional (exemplo: a taxa de câmbio USD/EUR está definida de forma direta para os habitantes da zona euro; ou está definida de forma indireta para os habitantes dos EUA).
A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em taxa de venda e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).
Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, sobretudo no que se refere ao comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, quase invariavelmente temos de mudar a unidade de conta do valor desses ativos – da moeda doméstica para a moeda estrangeira. Nesse sentido, pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em outras palavras, é o preço de uma moeda em termos de outra.
	A taxa de crescimento do País vem sendo constantemente revisada para baixo, enquanto Chile, Peru e Colômbia crescem. “Eles não têm os problemas que o Brasil tem. OS problemas estruturais que dificultam o crescimento do País. Não houve investimentos em infraestrutura há muito tempo, e isso freia a economia. A preocupação das empresas com o código tributário também é quase que exclusividade brasileira e apareceu em todas as edições de uma recente pesquisa.
Indica ainda que 80% das empresas brasileiras de grande porte obtiveram financiamento de longo prazo nos últimos três anos, sendo 81% destes em reais e 26% em moeda estrangeira.
Estudiosos ficam apreensivos em relação a economia do país, pois “É impossível contratar e investir sem a participação do setor financeiro. Eles têm informações sobre o que vai acontecer com a empresa antes de todos”. Logo, é preocupante que os diretores financeiros estejam menos otimistas, acredita. Pode ser difícil dizer a que se deve esta queda, mas é provável que o desempenho projetado para as empresas esteja abaixo do esperado. Alguns econômicas já enxergam indicadores que podem condizer com a realidade projetada. A baixa demanda do mercado publicitário - mesmo durante o final do ano, quando normalmente há uma intensificação - aponta para cortes na área, que geralmente é a primeira a sofrer com crises, afirma.
2) Métodos Quantitativos Aplicados à Gestão Empresarial
 O caráter de permanente mudança e de crescente complexidade do contexto empresarial contemporâneo exige dos gestores uma atuação eficaz. Neste âmbito, os Métodos Quantitativos Aplicados à Gestão visa dotar uma metodologia de conhecimentos Matemáticos, Estatísticos e Investigação Operacional que apóiam o processo de tomada de decisão usado nas empresas.
Os métodos quantitativos estão presentes na grande maioria das organizações, seja na análise de dados ou na estimativa de metas. Através de ferramentas adequadas podemos fazer uma analise mais completa do cenário econômico brasileiro, que nos oferece uma visão mais ampla e a abertura de novos horizontes empresariais. 
Medidas Descritivas:
A estatística descritiva é a parte da estatística que desenvolve e possibilita métodos para resumo e apresentação de dados estatísticos por meio de medidas descritivas, tabelas, gráficos, diagramas ou distribuições de frequência, com o objetivo de facilitar a compreensão e a utilização da informação ali contida.
O resumo da informação contida nos dados é na maioria das vezes feito por resumos numéricos dos valores de uma ou mais variáveis, denominadas medidas descritivas ou estatísticas descritivas. Citamos dois exemplos do dia a dia (qualquer órgão de divulgação de notícias oferece todos os dias dezenas de outros exemplos) são:
Quando órgãos governamentais medem a inflação de preços, são pesquisados muitos preços de produtos e serviços. Ao invés da informação sobre cada produto ou serviço é calculado um índice de inflação que resume toda informação, eventualmente destacando-se algo que tenha influenciado em demasia a composição do índice.
Uma pesquisa eleitoral informa somente o percentual de eleitores consultados que prefere cada candidato e não a opinião individual de cada eleitor.
Os principais grupos de medidas descritivas são:
Medidas de localização: denominadas medidas de tendência central ou medidas de posição, são medidas que indicam um ponto central onde, em muitas situações importantes, está localizada a maioria das observações. Assim, nesses casos, podem ser considerados valores típicos ou representativos do conjunto.
Medidas de variação: Os dados estatísticos obtidos numa pesquisa qualquer são usualmente diferentes entre si. Uma informação altamente relevante é o quanto eles são diferentes. As medidas de variação tem por objetivo informar sobre a variabilidade dos dasdados.
Medidas de formato:. Uma questão importante é a informação sobre o modo como os valores se distribuem, indicando se a maior proporção de valores está no centro ou nas extremidades, como as frequências de dados crescem ou decrescem, se existe um pico ou mais do que um na amplitude dos dados, etc. Alguns desses resumos são fornecidos por medidas de formato. A distribuição de frequências é importante não só para fornecer uma idéia do formato da distribuição mas também para a compreensão de outras medidas.
Medidas de associação: Quando se tem mais de uma variável medida na mesma unidade de observação, uma questão de grande importância é o modo como essas variáveis se relacionam, indicando, por exemplo, se o crescimento de uma está associado ao crescimento de outra ou outras variáveis.
Medidas separatrizes: são medidas intuitivas, fáceis de entender e que também podem ser utilizadas para construir medidas de dispersão. Indicam limites para proporções de observações em um conjunto.
Existe uma enorme variedade de medidas descritivas, muitas delas competidoras entre si. 
Medidas de Tendência Central
Medidas de Tendência Central: Média, Moda e Mediana
Quando alguém afirma que a temperatura média, ontem, de sua cidade, foi de 20°C, todo o conjunto de temperaturas de ontem foi representado por um único valor que, nesse caso, foi a média aritmética dessas temperaturas. A média aritmética é uma das medidas de tendência central abordados neste estudo.
As medidas de tendência central são utilizadas para caracterizar um conjunto de valores, representando-o adequadamente. A denominação “medida de tendência central”, se deve ao fato de que, por ser uma medida que caracteriza um conjunto, tenderá a estar no meio dos valores. Além da média aritmética, iremos aprender, nessa publicação, também sobre a mediana e a moda.
Média Aritmética
Dada a sequência 1, 2, 3, 4, 5, como determinar a sua média aritmética? A média aritmética é obtida somando-se todos os números dessa sequência e dividindo pela quantidade de números que a sequência possui, que são 5 números, ou seja:
Se considerarmos um conjunto de valores x1, x2, x3, ..., xn. A média aritmética dos valores desse conjunto é dada por:
 
Moda
O termo “moda” foi utilizado pela primeira vez em 1895 por Karl Pearson (1857-1936), possivelmente em referência ao seu significado usual. Embora a palavra “moda” possa estar relacionada a desfiles e roupas em geral, em um sentido mais amplo, significa uma ação, uma atitude ou um pensamento que é mais praticado ou frequente.
Para ilustrar esse amplo conceito, iremos supor um exemplo, onde foi feita uma pesquisa sobre a preferência de um grupo de alunos em relação ao curso superior que desejariam cursar ao passar no vestibular, veja:
	Aluno (A)
	Curso
	Ivete Cordeiro
	Jornalismo
	Julia Prestes
	Administração
	Renata Souza
	Medicina
	Camila Andressa
	Administração
Existe algum curso superior mais citado?
A resposta é sim, existe um curso mais citado. Esse curso mais citado foi o de Administração (citado duas vezes), os demais foram citados apenas uma vez. Por isso, a opção “Administração” é a moda desse conjunto, o valor dominante ou valor típico nesse grupo. De acordo com o conceito podemos deduzir que a moda é sempre o valor mais frequente em um conjunto de dados.
Observe alguns exemplos:
Exemplo 1: 
A moda do conjunto    é igual a 3, pois este valor é o mais frequente no conjunto P.
Exemplo 2: 
O conjunto   não tem moda, pois não existe nenhum valor mais frequente no conjunto Q.
Observação 1:
A moda em um conjunto pode assumir quatro classificações. São elas:
Amodal, quando não existe moda. 
Ex:  
Unimodal, quando a moda é única. 
Ex:  
Bimodal, quando há duas modas. 
Ex: 
Multimodal, quando há mais de duas modas.
Ex:  
Observação 2:
A moda pode ser utilizada para representar tanto um conjunto de dados numéricos como um conjunto de dados nominais. Por exemplo, quando eu comecei a falar sobre a moda, nessa publicação, perguntei qual curso tinha se destacado entre os demais naquela pesquisa e foi até o curso de engenharia que mais se destacou certo? Pois bem, aquele conjunto formado pelos nomes dos cursos é um exemplo de conjunto nominal, ou seja, um conjunto formado apenas por nomes.
Mediana
Mediana é uma medida de tendência central que tem a característica de dividir um conjunto ao meio. Isto é, a mediana de um conjunto o separa em duas partes de modo que 50% dos valores sejam menores que ela e 50% dos valores sejam maiores que ela, ou seja, em um conjunto onde seus elementos estão dispostos em ordem crescente ou decrescente a mediana é o termo central desse conjunto ou o elemento que está bem no meio.
Por exemplo: considere um conjunto A, tal que:
Em primeiro lugar colocamos esse conjunto em ordem crescente ou decrescente, tanto faz. Eu costumo colocar sempre na ordem crescente para melhor entendimento do assunto.
Note-se que a sequência é formada por um número par de termos, ou seja, por seis termos. Portanto existem dois termos centrais: os que ocupam a 3ª e 4ª posições. Logo qualquer valor que se encontre entre esses dois termos, no caso, o 4 e o 6, pode dividir o conjunto em duas partes com a mesma quantidade de elementos. Porém, por definição, nesses casos em que o conjunto apresenta dois termos centrais, consideramos a média aritmética entre esses dois termos para ser o termo central, ou seja, no nosso caso deveríamos somar 4 + 6 = 10 e dividir por 2, assim obteríamos o valor 5 como resposta para o nosso termo central do conjunto A.
Quando há um número ímpar de termos em um conjunto, existirá um único termo central. Nesses casos a mediana será o próprio termo central, sem dificuldades. Vamos a um exemplo para ilustrar nossa afirmação.
Exemplo: Dado um conjunto   , determinar sua mediana.
Primeiro devemos organizar o conjunto em ordem crescente ou decrescente, tanto faz. Em ordem crescente o conjunto ficaria assim:
Nesse caso o termo central é o que se encontra na 4ª posição, ou seja, o número 5. Dizemos então que o número 5 é a mediana desse conjunto pois é ele que se encontra bem no meio dele.
Para obter a mediana de um conjunto de dados, devemos sempre ordenar esse conjunto. A ordem pode ser crescente ou decrescente, como eu já disse, tanto faz. Se o conjunto tiver um número ímpar de termos, a mediana é o próprio termo central. Caso o conjunto tenha um número par de termos, a mediana será a média aritmética dos dois termos centrais.
II Medidas de Dispersão
As medidas de posição (média, mediana, moda…) descrevem apenas uma das características dos valores numéricos de um conjunto de observações, o da tendência central. Porém, nenhuma delas informa sobre o grau de variação ou dispersão dos valores observados. Em qualquer grupo de dados os valores numéricos não são semelhantes e apresentam desvios variáveis em relação a tendência geral de média.
As medidas de dispersão servem para avaliar o quanto os dados são semelhantes, descreve então o quanto os dados distam do valor central. Desse jeito, as medidas de dispersão servem também para avaliar qual o grau de representação da média.
	É fácil demonstrar que apenas a média é insuficiente para descrever um grupo de dados. Dois grupos podem ter a mesma média, mas serem muito diferentes na amplitude de variação de seus dados. Por exemplo:
- Grupo A (dados observados): 5; 5; 5.
- Grupo B (dados observados): 4; 5; 6.
- Grupo C (dados observados): 0; 5; 10.
A média dos três grupos é a mesma (5), mas no grupo “A” não há variação entre os dados, enquanto no grupo “B” a variação é menor que no grupo “C”. Dessa forma, uma maneira mais completa de apresentar os dados (além de aplicar uma medida de tendência central como a média) é aplicar uma medida de dispersão. As principais medidas de dispersão são:
-Amplitude total: é a diferença entre o valor maior e o valor menor de um grupo de dados;
-Soma dos quadrados: é baseada na diferença entre cada valor e a média da distribuição;
-Variância:é a soma dos quadrados dividida pelo número de observações do grupo menos 1;
-Desvio padrão: é expresso na mesma medida das variaçõe (Kg, cm, m³ …).
III Técnicas de Amostragem Probalísticas
A amostragem será probabilística quando cada elemento da população tem uma probabilidade conhecida e igual de ser selecionado. Caso contrário, a amostragem será não probabilística. Segundo essa definição, a amostragem probabilística implica um sorteio com regras bem determinadas, cuja realização só será possível se a população for finita e totalmente acessível. 
A grande vantagem deste método é que os resultados obtidos na pesquisa podem ser projetados para a população total.
Tipos de amostragem probabilística:
Amostragem aleatória simples (AAS);
Amostragem estratificada;
 	Amostragem sistemática;
Amostragem por conglomerado;
a) A amostragem aleatória simples (AAS) é a maneira mais fácil para selecionarmos uma amostra probabilística de uma população. Ela é composta por elementos retirados ao acaso da população. Então todo elemento da população deve ter igual probabilidade de ser escolhido para a amostra. Esse procedimento de amostragem possui dois critérios:
- pode ser feita amostragem aleatória simples sem reposição;
- pode ser feita amostragem aleatória simples com reposição.
A amostragem aleatória simples sem reposição é um processo bastante utilizado principalmente pela sua simplicidade. Nela cada unidade amostral, antes da tomada da amostra, tem igual probabilidade de pertencer à ela e quando a unidade é sorteada ela é removida da população ou seja, cada unidade só pode ser escolhida uma única vez.
Exemplo:
Um professor quer obter uma amostra aleatória simples sem reposição que seja representativa, de 10%, de uma população de 200 alunos de uma escola, como deve proceder?
1º) Numerar os alunos de 1 a 200;
2º) Escrever os números de 1 a 200 em pedaços de papel e colocá-los em uma urna;
3º) Retirar 20 pedaços de papel, um a um, da urna, formando a amostra da população.
Nesta técnica de amostragem, todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de serem selecionados: 1/N, onde N é o número total de elementos da população e 1 é a probabilidade de cada indivíduo ser selecionado.
Quando a população é muito grande, esse tipo de procedimento torna-se inviável. Nesse caso, usa-se um processo alternativo, no qual os elementos são numerados e em seguida sorteados por meio de uma tabela de números aleatórios, sorteando-se um elemento da população até que sejam sorteadas as unidades da amostra. Também neste caso todos os elementos devem ter a mesma probabilidade de ser selecionados. 
A amostragem aleatória simples com reposição permite que cada elemento da população tenha a mesma probabilidade de ser selecionado e esta probabilidade se mantém constante ao longo de todo o processo de seleção da amostra (se as extrações fossem sem reposição isso não aconteceria). Ou seja, durante o sorteio, a unidade amostral já sorteada retorna para a população. Portanto em cada seleção a população mantém a mesma quantidade de unidades elementares para serem sorteadas.
Exemplo:
Uma caixa contém dez bolas numeradas de 0 a 9. O objetivo é selecionar números de 2 dígitos para a construção de uma tabela de números aleatórios. Retira-se a primeira bola e anota-se o número, 5 por exemplo. Se esta bola for recolocada na caixa então, novamente todos os números podem ser selecionados na segunda retirada, inclusive o número 5.
Quando devemos utilizar amostras com reposição ou sem reposição?
Quando a população é grande (infinita) selecionar amostras com ou sem reposição não irá alterar a probabilidade do elemento seguinte ser selecionada.
Em geral, deve-se dar preferência ao tipo de amostragem aleatória simples sem reposição, principalmente quando se trata de populações com reduzido número de unidades amostrais Berquó (1981).
Observação importante: Ao compor amostras com seres humanos, é mais apropriado ter uma amostra com pessoas diferentes do que permitir medições repetidas da mesma pessoa. Assim sendo, empregaríamos o método de amostragem sem reposição, de modo que, uma vez retirado determinado indivíduo, o mesmo não poderia ser selecionado novamente
b) A amostragem aleatória estratificada deve ser realizada quando a população for constituída por diferentes estratos. Muitas vezes uma população é composta de subpopulações (ou estratos) bem definidos. A amostra estratificada deverá ser composta por elementos provenientes de todos os estratos.
Por exemplo, se as pessoas que moram nos vários bairros de uma cidade são diferentes, cada bairro é um estrato. Para obter uma amostra de pessoas dessa cidade, seria razoável obter uma amostra de cada bairro e depois reunir as informações numa amostra estratificada (Vieira, 1991).
A amostra aleatória estratificada pode ser uniforme ou proporcional:Apesar de a amostragem estratificada apresentar resultados satisfatórios, a sua implementação é dificultada pela falta de informações sobre a população para fazer a estratificação. Para poder contornar este problema, você pode trabalhar com o esquema de amostragem chamado amostragem por conglomerados.
Amostra estratificada uniforme:  É a forma mais comum de selecionar elementos de uma população, devemos sortear o MESMO número de elementos em cada estrato. Este tipo de amostra é recomendável apenas se os estratos da população forem pelo menos aproximadamente do mesmo tamanho.
Exemplo: Número de pessoas que vivem nos domicílios de uma determinada cidade. Dividir os domicílios em níveis socioeconômicos e depois selecionar domicílios em cada nível aleatoriamente (Renda baixa, média, alta).
Amostra estratificada proporcional: Quando existem diferentes estratos e estes, apesar de apresentarem grande homogeneidade dentro deles são heterogêneos entre eles. Sexo, idade, condição socioeconômica, são exemplos típicos. Por exemplo, se o interesse for avaliar a ocorrência de determinado agravo em uma cidade e as condições sociais das pessoas são diferentes em cada bairro então se devem levar em consideração cada extrato e o sorteio da amostra deve ser feito em cada um deles independentemente. Daí o nome de amostragem estratificada
Quando houver proporções diferentes entre os estratos da população é recomendável que o número de elementos sorteados em cada estrato sorteado seja proporcional ao número de elementos no estrato selecionado.
Exemplo de Amostra aleatória estratificada proporcional:
Em uma escola há 100 alunos, entre os quais 70 são homens e 30 são mulheres.
1- Para selecionar uma amostra aleatória estratificada proporcional com 10 pessoas (lembrar que este número é o tamanho da amostra que deve ter sido previamente determinado), devemos dividir a população em dois estratos: homens e mulheres.
Em um total de 100 alunos se 70 são homens então: (70 / 100) x 100 = 70% e se 30 são mulheres então: (30 / 100) x 100 = 30%. Logo 70% da amostra deverão ser homens e 30% da amostra deverão ser mulheres. Se a amostra deve ser composta por 10 pessoas então: deverão ser selecionados 7 homens e 3 mulheres.
A seleção dessas 10 pessoas deverá ser feita por meio de sorteio, de acordo com os conceitos da amostragem aleatória simples.
2- Se esta amostra estratificada proporcional fosse de 30 pessoas. Lembrar que o universo da população masculina é de 70 homens. Então, logo teremos (70 x 30)/100 = 21 homens que deveriam ser selecionados para a amostra. O universo da população feminina é de 30 mulheres. Então, (30 x30)/100 = 9 mulheres que deveriam ser selecionadas para a amostra.
Ao contrário da Amostragem Aleatória Simples, a amostragem Estratificada é ideal para populações heterogêneas no entanto, exige maior conhecimento sobre a população para que se possa identificar os grupos homogêneos dentro dela e poder dividi-la em subgrupos (estratos) para que se possa realizar uma amostragem dentro de cada estrato. 
Por exemplo: 
Deseja-se avaliar a aceitação de determinados métodos de controle de natalidade em uma determinada cidade. 
Oque se deve levar em conta para selecionar a população? 
Religião: católicos, protestantes e judeus. 
Situação socioeconômica: alta, média e baixa. 
Quais os tipos de estratos que poderiam ser formados nesta população? 
• Protestantes de classe alta; 
• Protestantes de classe média; 
• Protestantes de classe baixa; 
• Católicos de classe alta; 
• Católicos de classe média; 
• Católicos de classe baixa; 
• Judeus de classe alta; 
• Judeus de classe média; 
• Judeus de classe baixa. 
Retiramos amostras aleatórias simples de cada estrato. 
Se as proporções forem diferentes entre os estratos a seleção da amostra estratificada DEVERÁ SER PROPORCIONAL.
c) A amostragem sistemática: Quando os elementos da população se apresentam ordenados e a retirada dos elementos da amostra é feita periodicamente, temos uma amostragem sistemática. A principal vantagem da amostragem sistemática está na grande facilidade na determinação dos elementos da amostra. O perigo em adota-la está na possibilidade da existência de ciclos de variação da variável de interesse, especialmente se o período desses ciclos coincidir com o período de retirada dos elementos da amostra. 
Por outro lado, se a ordem dos elementos na população não tiver qualquer relacionamento com a variável de interesse, então a amostragem sistemática terá efeitos equivalentes a casual simples, podendo ser utilizada sem restrições.Na amostra sistemática os elementos são escolhidos não por acaso, mas por um sistema. Quando temos uma população organizada, é mais fácil obter uma amostra sistemática do que uma amostra aleatória simples. Por exemplo, para obter uma amostra de 2% (proporção que já foi previamente estabelecida pelo cálculo do tamanho da amostra), dos prontuários dos pacientes de uma clínica, é mais fácil pegar o último de cada 50 prontuários do que fazer um sorteio até conseguir 2% do total de prontuário. As amostras sistemáticas são muito usadas, mas exigem especial preocupação com o sistema de seleção. Por exemplo, se os elementos da população estão em fila, não se deve selecionar os “primeiros”, ou os “últimos”, nem mesmo “os do meio”, é preciso percorrer toda a fila e escolher, por exemplo, o décimo de cada grupo de dez.
Exemplos de amostragem sistemática:
1º. Se em uma população constituída de 500 elementos e a amostra deve ser de 50 elementos onde N = 500 e n = 50, dividem-se N por n, isto é, 500 por 50, obtendo-se 10. Em seguida, sorteia-se um número da 1ª dezena e, a partir dele, escolhem-se os demais, observando-se que se o número sorteado for, por exemplo, 5, o segundo deverá ser 15 (5+10), o terceiro o 25 (15+10), e assim por diante até obter-se os 50 elementos que constituirão a amostra.
2º. Uma população é formada de 30 pessoas e desejamos formar amostras aleatórias sistemáticas com 6 pessoas. O valor de h será 30/6 = 5. Sorteia-se um número entre 1 a 5. Se o número sorteado foi o 4, então h = 4. A amostra sistemática será formada pelos valores que se colocarem nas posições: 4º, 9º, 14º, 19º, 24º e 29º elemento. Se o número sorteado de 1 a 5 fosse o 3, então a = 3 e a amostra seria formada pelos números que estiverem na ordem: 3º, 8º, 13º 18º, 23º e 28º número. Se o número sorteado de 1 a 5 fosse o 1, então a = 1 e a amostra seria formada pelos números que estiverem na ordem: 1º, 6º, 11° 16º, 21º e 26º número.
d) A amostragem por conglomerado ou cluster: Por Conglomerado entende-se um grupamento natural de elementos da população, os quais são bastante heterogêneos internamente em relação à característica estudada, porém de comportamento similar entre os conglomerados. Neste tipo de amostra é realizado o sorteio não dos indivíduos, mas de grupos naturalmente organizados (cidades, bairros, quarteirões, etc). Este tipo de amostragem é bastante útil quando não é possível obter uma listagem de todos os membros da população. Geralmente a amostragem por conglomerados está associada a outro tipo de amostragem probabilística. 
Em um primeiro momento sorteiam-se os conglomerados através de uma amostragem aleatória. Nos conglomerados sorteados realiza-se uma segunda fase da amostragem, geralmente do tipo simples ou sistemática. Um exemplo comum é utilizar os setores censitários como conglomerados para iniciar a obtenção de uma amostra representativa de um município. Outro exemplo seria selecionar, em um bairro, seis quarteirões. Cada quarteirão corresponde, assim, a um conglomerado. Posteriormente é efetuado o levantamento de dados na totalidade dos indivíduos (ou residências) existentes nesses seis conglomerados.
Comparativamente à amostragem aleatória simples, a amostragem por conglomerados é considerada menos representativa ou com maior viés. Contudo, tem a vantagem da praticidade, gerando pesquisas mais rápidas e baratas. A utilização da amostragem por conglomerados possibilita uma redução significativa do custo do processo de amostragem. Portanto, um conglomerado é um subgrupo da população, que individualmente reproduz a população, ou seja, individualmente os elementos que o compõem são muito heterogêneos entre si. 
Exemplo de estudos utilizando amostragem por conglomerados:
Desejo estimar o rendimento médio familiar em uma grande cidade. 
Como deve ser escolhida a amostra? 
Como não há uma listagem de todas as famílias da cidade e é praticamente impossível obtê-la, não é possível usar a amostragem aleatória simples e estratificada então: 
A cidade foi dividida em bairros (conglomerados) e tomada uma amostra aleatória dos bairros e neles pesquisa-se a renda de todas as famílias do bairro. Pode-se também em cada bairro selecionar quarteirões, mas LEMBREM-SE, cada conglomerado deve ser visualizado como uma espécie de miniatura da população; portanto, será tanto melhor quanto maior a heterogeneidade dentro de cada conglomerado.
IMPORTANTE: A amostragem por conglomerado não é exclusiva de estudos que envolvem área geográfica. Ela pode ser utilizada também em situações quando não se possui o conhecimento de toda a população em que a população é heterogênea e não se possui uma lista contendo todos os nomes dos elementos da população (clínicas, escolas, indústrias, etc); 
 Muitas vezes a amostragem por conglomerados pode ser uma opção quando é necessário selecionar  amostras de uma população que seja heterogênea mas que, pelo fato de não se ter uma listagem dos elementos que pertencem a ela não se pode optar por uma amostragem estratificada (a qual necessita destas informações para que os estratos da população sejam identificados). 
Exemplo:
Deseja-se obter uma amostra de pacientes para entrevistas pessoais de aceitação de um novo equipamento a ser utilizado no atendimento. A clientela é bastante heterogênea e a clínica atende uma média de 400 pacientes. De acordo com cálculo amostral previamente realizado, será necessária uma amostra de 40 pacientes. Esta pode ser escolhida a partir de quatro consultórios, num total de dez, ou seja, quatro conglomerados de pacientes (cada consultório é um conglomerado). A seguir, selecionam-se, os pacientes dos quatro consultórios (elementos amostrais).Os resultados do estudo serão compilados para os 4 consultórios que representarão a opinião de todos os pacientes atendidos na clínica. 
OBSERVAÇÃO:
Em geral, a amostragem por conglomerados é menos eficiente que a Amostragem Aleatória Simples ou Amostragem aleatória estratificada mas, por outro lado, é bem mais econômica. A amostragem por conglomerados é adequada quando é possível dividir a população em vários pequenos grupos (subpopulações). 
A amostragem por conglomerados deve ter as seguintes características: 
Dentro de cada conglomerado deve haver grande heterogeneidade (grande variabilidade); 
Amostragem ou, de uma forma menos abreviada, estudo por amostragem, é o estudo de um pequeno grupo de elementos retirado de uma população (estatística) que se pretende conhecer.
Números-Índices
De acordo com Willian J. Stevenson, os números-índices são usados para indicar variações relativas em quantidades, preços ou valores de umartigo, durante dado período de tempo. (p. 396, 1995)
São expressos em termos percentuais e, também, têm certas características em comum, sendo uma delas, as razões de quantidade no período corrente para as quantidades no período-base.
Os principais índices financeiros brasileiros são: Balança Comercial, BTNF, Caderneta de Poupança, Dólar, Euro, Risco País, FGTS, ICV, IGP-DI, IGP-M, INCC-DI, INPC, IPC-DI, IPCA, Salário Mínimo, Taxa Selic, TJLP, TR, entre outros.
Há três classificações de números-índices administrativos e econômicos: índice de preço, quantidade e valor.
Dividem-se em números-índices simples, quando um só produto está em jogo e, números-índices composto quando envolver um grupo de artigos.
Os Números-índices simples avaliam a variação relativa de um único item ou variável econômica entre dois períodos de tempo. Calcula-se como a razão do preço, quantidade ou valor em dado período para o correspondente preço, quantidade ou valor num período-base. A principal limitação dos índices simples é que eles se referem apenas a itens isolados, enquanto que, frequentemente, necessitamos sintetizar variações para um grupo de itens.
a) Preço:
b) Quantidade:
c) Valor:
Já, os Números-índices compostos são usados para indicar uma variação relativa no preço, na quantidade ou no valor de um grupo de itens. Os números-índices compostos dividem-se em dois métodos: O método dos Agregados Ponderados e a Média dos Relativos de Preço.
a) O método dos agregados ponderados é utilizado para determinar variações de preço para um grupo de artigos, focalizando somente preços. As variações nas quantidades devem ser eliminadas.
b) O método da média ponderada dos relativos é uma alternativa do método dos agregados ponderados, resultando exatamente às mesmas cifras.
Para as grandezas complexas, a evolução é representada pelos índices compostos, destacando-se os de Laspeyres, Paasche e Fischer.
a) Número-índice de Laspeyres:
Constitui uma média ponderada de relativos, sendo os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de quantidades da época básica, (p) de insumos, (i) em duas épocas, inicial (o) e atual (t), tomando como pesos quantidades (q) arbitradas para esses insumos na época inicial.
I. L. = 
b) Número-índice de Paasche:
É um índice agregado, o qual na sua formulação original, é uma média harmônica ponderada de relativos, sendo os pesos calculados com base nos preços e nas quantidades dos bens na época atual, (p) de insumos, (i) em duas épocas, inicial (o) e atual (t), tomando como pesos quantidades (q) arbitradas para estes insumos na época inicial.
I. = 
c) Número-índice de Fischer:
O índice de Fischer, também conhecido corno forma ideal, é a média geométrica dos números-índices de Laspeyres e de Paasche. Sob o aspecto da ponderação, esse índice envolve os dois sistemas anteriormente adotados. A proposta de Fischer fundamenta-se no fato de que os índices os quais compõem não atendem ao critério de decomposição das causas, além de um deles tender a superestimar enquanto outro a subestima o verdadeiro valor do índice. Esse verdadeiro valor tenderá a ser um número superior ao fornecido pela fórmula de Paasche e inferior ao apresentado pela fórmula de Laspeyres, o que acontece com a média geométrica entre esses dois índices. Entretanto, o índice de Fischer, apesar de ser chamado de ideal, nisso pode ser considerado "perfeito". A necessidade de modificar pesos, em dada época comparada, em decorrência do cálculo do índice de Paasche, constitui uma restrição não desprezível ao seu emprego. Além disso, não parece ser possível determinar especificamente o que o índice de Fischer mede, bem como estabelecer o verdadeiro valor de um Índice perfeito, o qual serviria de elemento de referência.
Há perigos inerentes nos números-índices, em sua utilização e interpretação de tais indicadores, pois a qualidade e a introdução freqüente de novos produtos distorcem comparações durante longos períodos de tempo. Modificações de definições, tais como, o que constitui um lar, ou um dependente, ou um eleitor, também distorcem comparações. Há também, em muitas situações, tantos itens que apenas um pequeno número de itens “representativos” é incluído, tanto que a escolha dos itens a incluir abre as portas a possíveis tendenciosidade. Além disso, os hábitos e preferências dos compradores se modificam com o decorrer do tempo.
Muitas vezes necessita-se efetuar a mudança de base de um índice de um período para outro, tendo como objetivo tornar o período-base mais recente, proporcionando uma medida mais corrente da variação.
Outro objetivo pode ser o de tornar comparáveis duas séries com bases diferentes.
Para realizar a mudança de base, exige-se apenas que cada número de série seja dividido pelo número-índice do novo período-base.
Conclusão
Resumindo, a utilização e a interpretação de números-índices exige-se que se compreenda os problemas inerentes à sua construção. Entre eles cita-se: 1. Os dados submetidos à comparação não são comparáveis; 2. Os itens incluídos nos índices não são representativos para o problema em estudo; 3. As cifras do período-base podem ser atípicas, distorcendo, assim, a comparação e; 4. Diferentes esquemas de ponderação resultam em diferentes números-índices.
Deflação de Dados
A "Deflação" caracteriza uma diminuição relativamente longa do nível geral de preços numa zona económica. Isto significa nomeadamente que a moeda em circulação ganha valor relativamente às mercadorias, serviços e moedas estrangeiras.
A "Deflação" é então o conceito oposto a inflação.
A "Deflação" difere da Desinflação, período de diminuição do ritmo de aumento dos preços.
EFEITOS DA DEFLAÇÃO
A "Deflação" corresponde à diminuição do Índice dos Preços no Consumidor (IPC). Está desconectada da evolução dos mercados financeiros.
Esta descida dos preços tem, paradoxalmente, repercussões negativas nos consumidores: qualquer pessoa que tenha dívidas (e.g. empréstimo imobiliário), vê aumentar a importância desta. 
Os Bancos Centrais têm muito cuidado com os riscos de deflação, porque os instrumentos de politica monetária não funcionam para resolvê-la, e a deflação pode transformar-se numa espiral deflacionista.
HISTÓRICO
Os três exemplos mais clássicos de deflação são:
- A deflação que ocorreu na Europa no final do século XIX: este período de deflação acompanhou-se de um forte crescimento económico, graças aos saltos tecnológicos da energia eléctrica e dos transportes motorizados. 
- A deflação que ocorreu depois do crash bolsista de 1929: entre 1930 e 1933, os preços diminuíram 27% nos Estados-Unidos, com uma diminuição em 40% dos salários e um forte nível de desemprego. 
- A deflação que ocorreu no Japão entre 1990 e 2000, ano onde a taxa do Banco do Japão atingiu o nível 0.
3) Ética, Política e Sociedade
Ética é um dos grandes capítulos em que se divide o pensar do ser humano desde os primórdios da filosofia, na Grécia Antiga. E desde essa origem a ética teve e tem uma íntima ligação com a política, chegando mesmo a uma quase identificação naquele momento da Antigüidade. É que ética é um conceito Iminentemente ligado ao coletivo seja esse coletivo a corporação (o caso das éticas profissionais), a nação ou a humanidade (onde se colocam todas as questões dos direitos humanos). Assim é que a filosofia política foi sempre tratada dentro do grande capítulo da ética que, com a física (e a metafísica) e a lógica, compunham o quadro geral da filosofia na Antigüidade.
O conceito de ética é também algo estreitamento vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da história. As éticas de hoje são em vários aspectos profundamente diferentes das antigas, e a forma de encarar a escravidão é provavelmente o exemplo mais conspícuo dessas diferenças que abrangem muitos outros aspectos relevantes. Os antigos não conheciam, por exemplo, nenhumaética da humanidade e um dos seus princípios de virtude era o de fazer o mal aos povos inimigos.
Quanto à política, a sua idéia se desdobra em dois conceitos diferentes que convivem quotidianamente na opinião dos cidadãos e na motivação da ação dos políticos: um é o de que a política, a mais nobre das ocupações humanas, é o empenho na realização do bem comum, do bem da coletividade ao qual se aplica como a um propósito final; é a concepção de Platão e de Aristóteles, dos filósofos gregos que a explicitaram na sua polêmica de afirmação da filosofia (que se confundia para eles com a política), contra o pragmatismo dos sofistas e dos retóricos que ensinavam a linguagem eficaz para o manejo das assembleias e das funções políticas. O outro é o de que a política é a arte e a sabedoria de conquistar e de manter estável o poder; o fazer o bem; nesta visão, não é propriamente um fim, mas um meio de ganhar o apoio dos cidadãos para a conservação e a estabilização do poder, empregado em paralelo com outros meios também válidos, como o marketing, o controle da mídia, o clientelismo, o populismo e até mesmo a mentira, a violência e a corrupção. Este é o conceito derivado das interpretações mais correntes dos conselhos de Maquiavel e é o que melhor se enquadra nas concepções da ciência política moderna, entendida a ciência como conhecimento neutro, isto é, destacado de qualquer consideração de natureza ética.
Ambos os conceitos são correntes no mundo e nos tempos, tendendo a prevalecer, no geral, o "realismo" do segundo. Assim é que, entre nós, contemporaneamente, a virtude mais popular da política é a esperteza, que a linguagem simples tem chamado de "jogo de cintura", juntamente com a coragem, macheza ou ousadia; qualidade das quais nasce a confiança no político, como alguém capaz de bem dirigir o povo com pulso e habilidade. A idéia do bem, entretanto, estará sempre presente e importante, a fazer a crítica permanente do pragmatismo, impedindo o poder de violar certos limites ditados pela ética e levando-o mesmo a fazer concessões a muitas de suas postulações, ainda que vistas frequentemente como românticas ou quixotescas. E o propósito do bem, a sua busca pela política, tende a ganhar dimensão de hegemonia nos momentos de crise grave que abale os fundamentos éticos da sociedade, gerando verdadeiros momentos revolucionários que operam profundas transformações político-sociais.
As relações da ética com a política se dão principalmente em três vertentes, quais sejam, as relações de conflito, as de convergência ou encontro e aquelas que se desdobram numa dialética de condicionamento ou de iluminação.
   Relações de Conflito
   Um primeiro campo de relacionamento, que tem sempre suscitado mais interesse nas especulações e nos debates que se travam sobre o tema, é o dos conflitos entre os princípios da ética e a realidade da política. Formou-se neste campo uma verdadeira dialética do pragmatismo dos fins com o dever dos meios que assumiu formas diversas ao curso da história. Na Antigüidade, a critica pela perspectiva da ética era feita pelos filósofos em nome do ideal da "vida digna" sobre as políticas dos governantes que buscavam a glória e especialmente dos tiranos que exerciam o poder por cima das leis. Na Idade Média, o objetivo do pragmatismo estava ligado a estabilidade dos reinos e à glória dos príncipes, enquanto a critica pela perspectiva ética era feita em nome dos princípios da moral cristã que deviam pautar os "bons governos". Na modernidade, o eixo do pragmatismo transferiu-se para a eficácia vista pela ótica do econômico, enquanto a critica ética se fundava nas ideologias da igualdade econômica e da justiça social.
Assim, ética e política sempre tiveram uma intensa relação dialética de conflito, na convivência, variando os termos e os temas desse confronto. Entre esses temas, sempre se ressaltou o da mentira política, como uma espécie de agressão mais aceitável aos princípios morais. Platão, por exemplo, dava aos médicos e aos políticos o direito ao uso da "mentira útil", aquela capaz de agir como um fármaco sobre os indivíduos e sobre a pólis em estado de doença. Modernamente, a polêmica da mentira e da verdade se tem situado em torno do conceito da "razão de Estado" que se originou nas relações de diplomacia entre os Estados monárquicos e se estendeu às relações governantes-súditos, significando projetos e informações que tinham de ser mentidos em segredo nos círculos mais íntimos do poder. Negar Temporariamente a existência de um projeto ou dispositivo de defesa que não pode ser conhecido é um caso típico, a manutenção de segredos militares; forjar imagem negativa de uma nação inimiga ou do seu líder é outro. Muito além do uso da mentira, casos bem mais graves de violação de princípios morais, como o assassinato de inimigos perigosos, são cometidos secretamente em nome dessas razões de Estado e, quando revelados posteriormente, podem ser compreendidos e até aceitos por grande parte da opinião corrente, desde que justificados com a apresentação de um fim que possa ser considerado eticamente mais forte, como a defesa da nação ameaçada. Tal aceitação, todavia, nunca é consensual, mesmo nos casos mais leves, e sempre suscita reações e críticas que fazem do conceito de "razões de Estado" motivo de muita polêmica e contestação. O uso da mentira nas ações políticas pode também ultrapassar o conjunto dos casos caracterizadamente decorrentes de "razão de Estado" e continuar tendo aceitação, muitas vezes até mais consensual, sob o ponto de vista da critica feita segundo a ética. Por analogia, poder-se-ia invocar para esses casos uma justificativa reconhecida como "razão de Governo". Exemplo típico é o de um congelamento de preços, ou qualquer outra medida de governo que não possa ser conhecida com antecedência, sob pena de provocar especulações e manobras destruidoras dos efeitos intentados; a negação desses atos pelo governante até o dia em que são decretados é uma mentira política bastante aceitável pelos critérios éticos correntes, desde que explicada imediatamente após pelos próprios fatos.
A dialética da política com a mentira tem ainda outras áreas de contato, a atividade política necessariamente tem uma dimensão que é o "fazer imagem", construir e cultivar a imagem do líder, a imagem do candidato, a imagem do partido, algo que fácil e corretamente escorrega para o "forjar imagem", com o sentido de forçar os limites da verdade, e se confunde freqüentemente com a impostura e a mentira útil para o forjador. É sabido que a política lida muito com "versões", e não tanto com verdades científicas, cujo estabelecimento é missão da história, com seus métodos e sua perspectiva de tempo. A versão é um tipo de informação imediata e oportunista, naturalmente sujeita ao erro e ao equívoco, podendo resvalar com freqüência para a mentira fazedora de imagem, sem que seja fácil detectar a intenção maldosa. Dentro desta mesma área de contato, colocam-se também os esforços de mobilização para adesões populares de sustentação a posições de governo ou de oposição, que trabalham com versões, com compromissos apenas relativos com a verdade, com promessas sabidamente irrealizáveis, buscando antes a eficácia no que concerne aos objetivos colimados.
O entendimento que compatibiliza esses conflitos da ética com a política é o de que ambos os conceitos tem tudo a ver com a vida humana, com o Ser do homem em sociedade, e este Ser recusa qualquer tipo de enclausuramento dentro de princípios absolutamente rígidos. Se a moral, no âmbito do indivíduo, admite margens de flexibilidade no que respeita aos seus princípios (e só na teoria aceita os imperativos categóricos, não obstante a enorme lucidez de Kant para mostrar que não existe diferença entre teoria e prática), a ética, que preside as ações na perspectiva da coletividade, invoca tantas vezes a razão, atributo essencial desse Ser, a fim de validar margens de tolerância para as ações políticas, sem que tenha de renunciar ou abrir mão de seus princípios, simplesmenteflexibilizando-os. Não seria preciso chamar Hegel para compreender a força racional dessas realidades.
Há formas e feições desses conflitos que são especificas do funcionamento da democracia representativa que se vai consolidando como sistema político em todas as partes do mundo. É o caso, por exemplo, da promessa política, usada, larga e genericamente, de maneira mais ou menos ética, como meio de conquista do voto, que é a via de legitimação própria do sistema. A promessa, que o mais das vezes é uma demanda do próprio eleitor (e por isso tão intensamente usada), decorre da necessidade humana de alimentar expectativas existenciais positivas e assume formas extensamente variáveis no que tange à possibilidade de compatibilização com a ética, desde aquelas realistas e lícitas, feitas com o propósito de cumprimento, até as que envolvem favores pessoais particulares e não divulgáveis (mesmo cumpridas), e as falsas promessas, que se enquadram no capítulo da mentira política, mas sem nenhuma relação ou justificação possível sob argumentos de razões de Estado ou de Governo.
A promessa aqui referida é a que se dirige a indivíduos ou a grupos constitutivos da clientela do candidato, não é a promessa ligada a compromissos programáticos ou de governo, apresentada ao todo da comunidade eleitora. Esta é verdadeiramente uma exigência da representação e da democracia, embora ela também possa freqüentemente resvalar para a mentira, pela via da demagogia, e tornar-se incompatível com a ética.
Outras questões do regime democrático dizem respeito à compartimentação de representação política pelo corporativismo e à tendência manifesta nas democracias modernas ao desinteresse crescente da população em relação à esfera das coisas públicas, desinteresse mesmo pelo que concerne ao destino nacional respectivo. Penso que esta é uma questão que também tem a ver com a ética: a constatação de que a preocupação absolutamente predominante em assegurar as franquias e direitos da esfera da sociedade civil, e a exacerbação das disputas típicas das sociedades de mercado, as disputas de interesses legítimas dentro desta esfera (sociedade civil), como que vão amesquinhando a ética eminentemente política, a Ética de Hegel, e gradativamente substituindo-a pela ética do Gerson, para usar o jargão que o nosso povo entende. E a ética não pode ficar contida na esfera da vida privada em seus confrontos, a ética não se separa da política, da esfera da vida pública. A ética é política, é matéria pública, ou não é ética, pode ser moral, conjunto necessário de princípios das ações individuais. 
Todavia, o avanço e a consolidação da democracia neste final de século vão produzindo, também, em contrapartida, linhas de pensamento que parecem impor-se progressivamente, constituindo uma tendência a resolver esses conflitos cada vez mais em favor da ética. No que tange à mentira política sob todas as suas formas, incluindo as variantes da promessa, crescem as exigências da chamada "transparência" de todas as ações públicas, políticas e governamentais, sendo cada vez mais o direito à verdade visto como condição necessária à efetivação da liberdade de opinião consagrada em todas as constituições, na medida em que, sem a informação completa e correta, não pode haver opinião no sentido pleno da expressão, no sentido compreendido por essas constituições. No que tange aos aspectos ligados ao desinteresse pela política e ao menoscabo pelos principias éticos na dimensão coletiva, a contrapartida vem da crítica ao que se pode chamar de "democracia de resultados" e da conseqüente exigência de novas formas de democracia mais participacionistas e menos "representativas" na acepção clássica do liberalismo. Entretanto, se é possível inferir ou vislumbrar uma tendência ao encontro da ética com a política na evolução da democracia, este será um encontro a muito longo prazo, um encontro de tipo assintótico, não o encontro imediato e historicamente momentâneo tratado a seguir.
Relações de Reencontro
Ao contrário da dialética de conflito que caracteriza as relações correntes da ética com a política, mediadas pela compreensão da tolerância e tendentes, provavelmente, a uma afirmação crescente e paulatina da ética com a evolução da cultura democrática, ocorrem momentos históricos de verdadeiros encontros ou identificação dos conceitos quando uma sociedade ou nação mergulha em crise profunda de desestruturação.
São momentos de descontinuidade no processo histórico das nações, momentos potencial ou efetivamente revolucionários que produzem transformações profundas, radicais, definidoras de um novo rumo político do país.
O Brasil já teve na sua história esses "momentos éticos" no século passado, do meio da década dos 70 até o final dos 80, com a abolição da escravatura que resultou na República; no século atual, o período que se iniciou em 1922, que produziu a Revolução de 30 e desdobrou-se no desenvolvimentismo dos 50.
Os dias atuais prenunciam o despertar de um novo desses momentos críticos, e em todos os pontos do país explode o debate sobre as definições da ética e da política, em busca da justaposição dos conceitos como exigência da própria sobrevivência nacional. Ao mesmo tempo, cresce a exigência de formulação de um novo projeto político e econômico para uma nova etapa do desenvolvimento nacional.
Nesse debate, recorre-se naturalmente aos clássicos do pensamento filosófico para examinar-se a realidade nacional à luz de suas meditações. E a referencia básica da qual se parte mais freqüentemente é a fundamentação da moral kantiana com seu imperativo de universalidade: agir como se cada ação respeitasse uma regra ou máxima absolutamente universal a que todos se submetessem. Mas a moral do indivíduo em sociedade, como referido anteriormente, não chega a responder completamente às preocupações e exigências desses momentos éticos, que são mais amplas na medida em que abrangem as relações da atividade pública. A crítica de Hegel e definitiva, ao mostrar que a nação pode ter como princípio decisivo de suas ações a soma algébrica das vontades individuais e corporativas em competição na sociedade civil, mesmo que pautadas pelos imperativos da moralidade e da legalidade. A ética da nação é muito mais, é a responsabilidade verdadeiramente coletiva, é o princípio que rege a esfera do poder público na qual todos estão presentes como um todo maior que a soma das partes. Repetindo o que foi dito, a ética é a moral da nação em seu conjunto e na atividade pública, é na política que ela se consubstancia e se revela. Ética e política se completam necessariamente; nos momentos críticos esta conclusão se explicita com clareza e se verifica então que é pela política, e só pela política, que se pode e se deve empreender a reconstrução da ética desestruturada.
E importante insistir e ressaltar este ponto, porquanto nesses momentos de reencontro é que fica bem claro que a ética deve compreender o sentimento popular com respeito ao destino da nação, às aspirações da sociedade quanto a este destino. O conceito de ética obrigatoriamente abrange o interesse de cada um e de todos pelo destino nacional, e este interesse, os sentimentos e aspirações referidos, necessariamente se define sob a forma de consensos, sob pena de tornar-se inviável a manutenção da fidelidade e por conseguinte da unidade nacional. O separatismo que se alastra hoje pelo mundo reflete esta exigência; não um enfraquecimento dos laços, lealdades e sentimentos nacionais, mas, ao contrário, a necessidade de redefinições das unidades, tendo em vista a realidade dos nacionalismos dos vínculos consensuais de aspirações quanto ao destino comum.
O sentimento nacional e o interesse pelo destino comum confluem para a formulação de um projeto nacional, que não é um documento escrito recheado de metas econômicas, mas um conjunto de consensos cada vez mais amplos que se vão estabelecendo no debate. Este debate, muito mais filosófico do que técnico, é fruto da crise e da afirmação do espírito democrático mais radical, que exigea postura ética e consequentemente a verdade. 
	Um terceiro campo de relações da ética com a política situa-se no conjunto de considerações correntemente feitas sobre o conteúdo ético dos diferentes sistemas políticos e econômicos em confronto. Nos dias de hoje, esse confronto continua a ser colocado em termos da opção pelo socialismo ou pelo capitalismo.
O fato é que as éticas são bem diferentes nos seus fundamentos, e a crítica que o socialismo faz não se dirige apenas à idéia matriz do liberalismo econômico segundo a qual o esforço individual de cada um para a realização do seu bem pessoal produz o bem geral. Há mesmo o reconhecimento de que essa idéia se materializa parcialmente: cada um, elevando a sua capacidade produtiva pelo preparo e pelo esforço, produz um aumento da riqueza global.		
CONCLUSÃO
	A economia estuda como as pessoas, empresas e governo tomam decisões. Na sua essência economia é a “ciência da escolha”: como os recursos são escassos e as necessidades das pessoas são ilimitadas, pois sempre se renovam é necessário fazer escolhas. Mas como se dão essas escolhas? Quais os incentivos que as pessoas têm para tomar uma ou outra decisão?
	Segundo VASCONCELOS GARCIA, as escolhas da sociedade, de forma geral, podem ser compreendidas através dos chamados problemas econômicos fundamentais como: inflação, taxa de juros, taxa de cambio, entre outros.
Pode-se dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, ou seja, como “economizar” recursos.
A estatística, não diferentemente das demais ciências, possui sua origem praticamente com o surgimento dos primeiros homens, todavia, destacando apenas os momentos mais importantes.
Praticamente todas as áreas de conhecimento utilizam dados estatísticos para explicar seus fenômenos e explicar seus resultados. A política levanta números para mapear, buscar e justificar votos, bem como desenvolver programas governamentais e investimentos.
Até que ponto a política é compatível com a ética? A política pode ser eficiente se incorporar a ética? Não seria puro moralismo exigir que a política considere os valores éticos?
Quando se trata da relação entre ética e política não há respostas fáceis. Há mesmo quem considere que esta é uma falsa questão, em outras palavras, que ética e política são como a água e o vinho: não se misturam. Quem pensa assim, adota uma postura que nega qualquer vínculo da política com a moral: os fins justificam os meios. Entretanto, sabemos que política é ética devem caminhar juntas, mas, contrário a isso, estão os políticos de nosso pais, diariamente nos noticiários denuncias de corrupção, lavagem de dinheiro, enfim... Atitudes que divergem a ética e agridem a moral.
	O ‘realismo político’, ou seja, a busca de resultados a qualquer preço, subtrai os atos políticos a qualquer avaliação moral, entendendo esta como restrita à vida privada, dissociando o indivíduo do coletivo.
REFERÊNCIAS
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www.optimize.pt/wiki/index.php/Defla%C3%A7%C3%A3o
www.knoow.net/cienceconempr/economia/deflacao.htm
ANEXOS
ANEXO A – 
HISTÓRICO DA INFLAÇÃO BRASILEIRA

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