Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PENAL IV Aula 05 Prof. Paulo Cid 1 OBJETIVO ESTUDO DA LEI PENAL. 2 INTRODUÇÃO. É a fonte formal imediata do D. Penal. Só ela pode criar infrações penais e cominar-lhes as penas respectivas. Preceitos primário(conduta) e secundário(pena). 3 INTRODUÇÃO. A lei penal não é proibitiva, mas descritiva Proibição indireta → descreve o fato como pressuposto da pena. (Karl Binding). 4 CLASSIFICAÇÃO A. INCRIMINADORAS → criam crimes e cominam penas. (parte especial CP e leg. extravagante); B. NÃO-INCRIMINADORAS → não criam crimes nem cominam penas: Subdivisões... C. COMPLETAS/PERFEITAS → apresentam todos os elementos da conduta criminosa (art. 157) D. INCOMPLETAS/IMPERFEITAS → reservam a complementação da definição da coonduta a uma outra norma. Ex: lei penal em branco. 5 B1) PERMISSIVAS AUTORIZAM a prática de condutas típicas São as causas de exclusão da ilicitude. Art. 23, CP; art.128(aborto legal); art. 142(exclusão da ilicitude nos crimes contra a honra). 6 B2) EXCULPANTES. Estabelecem a não-culpabilidade do agente ou a impunidade de determinados delitos. Ex: doença mental, menoridade, prescrição e perdão judicial. Em regra na parte geral do CP; Excepcionalmente nos arts. 312,§3º, 1ª parte, e 342, §2º, CP. 7 B3) INTERPRETATIVAS. Esclarecem o conteúdo e o significado de outras leis penais. Ex: art. 150, §4º, CP (conceito de domicílio); Ex: art. 327, CP (conceito de funcionário público) 8 B4) DE APLICAÇÃO OU COMPLEMENTARES. Delimitam o campo de validade das leis incriminadoras Ex: arts. 2º e 5º do CP. 9 B5) DIRETIVAS. Estabelecem os princípios de determinada matéria. Ex: princípio da reserva legal (art. 1º, CP) 10 B6) INTEGRATIVAS OU DE EXTENSÃO. Complementam a tipicidade no tocante ao nexo causal nos crimes: Omissivos impróprios: art. 13, §2º CP; Tentados: art. 14, II CP; Participação: art. 29, caput, CP. 11 CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL. EXCLUSIVIDADE: só a lei pode criar delitos e penas (art. 5º, XXXIX, CF, e art. 1º, CP) IMPERATIVIDADE: descumprimento → imposição de pena/medida de segurança. Torna obrigatório seu respeito. GENERALIDADE: dirige-se indistintamente a todas as pessoas. Justifica-se pela coercibilidade que têm todas as lei em vigor (LICC, art. 6º). 12 CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL. IMPESSOALIDADE: projeta seus efeitos abstratamente a fatos futuros(exceção: leis de anistia e abolitio criminis → fatos concretos) ANTERIORIDADE: a lei penal incriminadora só é aplicada a fato posterior à sua vigência, salvo no caso de retroatividade da lei benéfica. 13 LEI PENAL EM BRANCO É a espécie de lei penal cuja definição da conduta criminosa reclama complementação por outra norma: a) LEI PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA: o complemento tem a mesma natureza jurídica e provém do mesmo órgão elaborador da lei penal incriminadora. (ex: art. 169, §único, I, CP, complementado pelo CC, art. 1264). b) LEI PENAL EM BRANCO HETEROGÊNEA: o complemento tem natureza jurídica diversa e emana de órgão distinto do elaborado da lei penal incriminadora. (ex: Lei de drogas e portaria da ANVISA). c) LEI PENAL EM BRANCO INVERSA: o preceito primário é completo, mas não o secundário. O complemento deve vir de LEI ORDINÁRIA (estrita legalidade) (ex: art. 1º a 3º da Lei 2889/56 – crimes de genocídio). 14 INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA. A lei contém em seu bojo uma fórmula casuística seguida de uma fórmula genérica. Ex: art. 121, §2º, I → paga ou promessa de recompensa OU OUTRO MOTIVO TORPE. 15 ANALOGIA NÃO É INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL. Não há lei a ser interpretada. É forma de integração da norma. Somente para as normas não incriminadoras (estrita legalidade) Espécies: 16 ANALOGIA “in malam partem”. Aplica-se ao caso omisso uma lei maléfica ao réu, disciplinadora de caso semelhante. Não é admitido em razão do princípio da reserva legal. 17 ANALOGIA “in bonam partem”. Aplica-se ao caso omisso uma lei favorável ao réu, disciplinadora de caso semelhante. É admitido em razão do princípio da reserva legal. 18 DIREITO PENAL INTERTEMPORAL E O CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO. REGRA GERAL – prevalência da lei que se encontrava em vigor quando da prática do fato. Aplica-se a lei vigente quando da prática da conduta (tempus regit actum). Resguarda-se a reserva legal e a anterioridade da lei penal. 19 LEI PENAL NO TEMPO. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS. REVOGAÇÃO – retirada da vigência de uma lei. Absoluta → AB-ROGAÇÃO; Parcial → DERROGAÇÃO. COSTUME REVOGADOR?????(N) REVOGAÇÃO → expressa ou tácita. 20 LEI PENAL NO TEMPO. As exceções se verificam na hipótese de sucessão de leis penais que disciplinem total ou parcialmente a mesma matéria. Se o fato for praticado durante a vigência da lei anterior pode ocorrer: 1. Lei cria uma nova figura penal; 2. A lei posterior se mostra mais rígida; 3. A lei posterior extingue o crime; 4. A lei posterior é mais benigna; 5. A lei posterior é parte mais rígida e parte mais benigna. 21 DÚVIDAS QUESTIONAMENTOS E DÚVIDAS: 22 BIBLIOGRAFIA. - MASSON, CLEBER ROGÉRIO. Direito penal esquematizado – Parte geral – 2ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 2009. - CAPEZ, FERNANDO. Curso de direito penal, volume 2, parte especial:dos crimes contra a pessoa, a dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos (arts. 121 a 212)/ Fernando Capez – 11ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2011. - CUNHA, ROGÉRIO SANCHES. Direito penal: parte geral. Editora Revista dos Tribunais, 2010. São Paulo. 23
Compartilhar