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Processo Civil CEJ 16

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PROCESSO CIVIL – Celso Belmiro – 2007 – página � PAGE �328�
16ª aula (06/07/2007)
Na aula passada estávamos falando da coisa julgada. Terminamos falando que a imutabilidade da coisa soberanamente julgada é a regra, mas que existem duas exceções a essa regra: a primeira é a que diz respeito a ausência ou nulidade de citação e a segunda é a relativização da coisa julgada. 
Vamos continuar a falar sobre a coisa julgada. 
Não fazem coisa julgada material: 
a sentença terminativa – sentenças sem resolução de mérito. 
o processo cautelar – o processo cautelar não se destina a reconhecer direito de ninguém , suas decisões são provisórias. O artigo 810 do CPC diz que só farão coisa julgada se o Juiz acolher decadência ou prescrição. 
os fundamentos, os motivos, as razões de decidir – 
Exemplo 1:
Ação 1 
 Juiz 
Ação de despejo por falta de pagamento
Locador Locatário
		 Contesta: Já paguei
Sentença: Não houve pagamento, decreto o despejo. 
		 (fundamentação)		 (decisão)
							
			
 	Não faz coisa julgada.	 Faz coisa julgada material.
Ação 2
Juiz	
 Ação de Cobrança
	 
 Locador		 Locatário 
				 Contesta: Já paguei.
Sentença: Houve pagamento, julgo improcedente o pedido.
		(fundamento) (decisão)
									
						
	Não faz coisa julgada. Faz coisa julgada material.
Na Ação 2, a causa de pedir é a mesma da Ação 1, o Réu contesta alegando que já pagou, apresenta os mesmos documentos que apresentou na Ação 1 para provar que já pagou, é possível que nessa Ação 2 o Juiz reconheça que houve pagamento e julgar improcedente o pedido? É possível.
Agora, vai explicar isso para o locador ou para o locatário. Vai explicar para o locador que ele conseguiu obter o despejo do locatário por que ele não pagou e agora quando ele vai receber o Juiz diz que ele já pagou. Ou, o que é pior, vai explicar para o locatário que ele pagou, mas ainda assim ele foi despejado.
Isso pode acontecer por conta do artigo 469 do CPC, devido à fundamentação não fazer coisa julgada, não se tornar imutável. 
	A sentença que reconheceu que ele pagou não vai mandá-lo de volta para o imóvel, tem que respeitar a coisa julgada da Ação 1. 
Exemplo 2: 
Ação 1:
		Juiz
Ação de cumprimento da obrigação contratual X
 A B 
				Contesta: O contrato é nulo.
	Sentença: O contrato é válido, julgo procedente o pedido e 
						condeno B a cumprir a obrigação X.
		 (fundamentação) (decisão)
				
		Não faz coisa julgada.	 Faz coisa julgada material.	
Ação 2: 
 Juiz
Ação de cumprimento da obrigação contratual Y
 A B 
				Contesta: O contrato é nulo.
	Sentença: O contrato é nulo, julgo improcedente o pedido.
		 (fundamentação) (decisão)
				
		Não faz coisa julgada.	 Faz coisa julgada material.	
	O juiz da Ação 2 pode reconhecer que o contrato é nulo? Pode. Porque a decisão sobre a validade ou não do contrato na ação anterior é fundamento, é motivo, é a fundamentação da decisão, o que pode ser revisto em outro processo. 
	O reconhecimento na Ação 2 de que o contrato é nulo vai liberar o B de cumprir a obrigação X? Não. Porque temos que respeitar a coisa julgada da ação anterior. 
	O artigo 469 do CPC é cruel. E nem podemos partir para uma ação rescisória alegando fato novo, pois o contrato é o mesmo que existia anteriormente, não há nada de novo. O que há é uma nova opinião do judiciário sobre aquela matéria e isso não autoriza ação rescisória. 
Exemplo 3: 		
Ação 1:	
	 Juiz
 Ação de Alimentos
 Filho Pai 
				Contesta: Não sou o pai.
Sentença: É o pai, julgo procedente o pedido e 
			 condeno aos alimentos.
 (fundamentação) (decisão)
				
	Não faz coisa julgada.	 Faz coisa julgada material.	
	O sujeito ser pai ou não é uma questão prejudicial. A resolução dessa questão prejudicial aparece na sentença, mas na fundamentação da mesma.
	O pai resolve então ajuizar uma ação negatória de paternidade.
Ação 2: 
Juiz
Ação negatória de paternidade
 Pai Filho 
				
	Sentença: Não é pai. 
 (decisão) 			Faz coisa julgada.
	O objeto dessa segunda ação é a paternidade. O Juiz nessa Ação 2 pode reconhecer que o sujeito não é pai? Pode. Porque a questão da paternidade apreciada na Ação 1 foi apreciada na fundamentação,e a fundamentação não faz coisa julgada. 
	Na sentença da Ação 2 se reconheceu que o sujeito não é pai. Mas consoante a sentença da Ação 1, o sujeito tem que pagar alimentos. 
	Em todos esses exemplos vemos decisões conflitantes. O que se pode fazer é utilizar outros argumentos para tentar derrubar as situações que são esdrúxulas, por exemplo, do sujeito não ser pai e ter que pagar alimentos. Mas tecnicamente não existe instrumento para atacar essas decisões esdrúxulas. Não cabe ação rescisória. Para resolver essas situações esdrúxulas temos que partir para a relativização da coisa julgada demonstrando ao judiciário que existem princípios constitucionais sendo violados diante dessas decisões conflitantes. Se não partirmos para a relativização, o sujeito que segundo uma sentença não é pai terá que pagar alimentos já que condenado por outra sentença a isso. 
	Então, ingressa-se com uma ação onde a fundamentação da mesma é a relativização da coisa julgada. 
	Estamos vendo que o artigo 469 do CPC estabelece a regra de que a fundamentação da sentença não é abrangida pela coisa julgada. Isso pode ser rediscutido numa ação posterior. Teria alguma exceção a isso? Quando que excepcionalmente a fundamentação faria coisa julgada? 
	Lá trás quando falamos assistência e do ingresso do assistente no processo vimos que o Assistente não é abrangido pela coisa julgada, seja o simples, seja o litisconsorcial. Mas ele vai apitar no processo dos outros e vai ficar por isso mesmo? Não. Qual é o ônus que o assistente assume por se intrometer no processo dos outros? Está no artigo 55 do CPC. Ele assistente não vai poder num processo posterior rediscutir a justiça da decisão. E justiça da decisão corresponde a que? Ao fundamento. 
	O assistente não pode numa outra ação em que ele assistente venha a ser Réu, por exemplo, não pode querer discutir os fundamentos da decisão anterior, ou seja, os fundamentos da ação anterior da qual ele participou como assistente. 
	Num contexto mais amplo, poderíamos inserir essa questão do assistente como uma exceção a regra de que a fundamentação não faz coisa julgada. 
	Temos que ter cuidado, pois existe uma questão divergente, há quem diga que somente o assistente simples não pode rediscutir a fundamentação de ação da qual ele participou como assistente. Porque o assistente litisconsorcial, como o Código diz, erradamente, mas diz, que ele é litisconsorte, ele estaria abrangido pela coisa julgada, e por ser litisconsorte não poderia discutir coisa nenhuma no outro processo.Mas apesar dessa divergência, falamos anteriormente que a regra do artigo 55 do CPC vale tanto para o assistente simples, como para o assistente litisconsorcial.
relações jurídicas continuativas – que são aquelas onde a execução das obrigações se protraem no tempo. Exemplo clássico de relações jurídicas continuativas: obrigação de alimentos. Olhem o que diz, sobre as relações jurídicas continuativas o artigo 471 do CPC: 
“Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificaçãono estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei.”
	O filho ajuíza uma ação em face do pai pleiteando a condenação ao pagamento de R$ 1.500,00 a título de alimentos. 
Juiz
 Ação de alimentos
 Pai Filho 
				
	Sentença: Condeno o Réu a pagar R$ 1.500,00 a título de alimentos. 
	
	É possível que mais adiante esse mesmo filho resolva ajuizar uma ação de alimentos em face desse mesmo pai pleiteando agora R$ 2.000,00? E é possível que nessa ação o Juiz majore para R$ 2.000,00? É possível. Partindo da premissa de que isso é de fato possível, a decisão que condenou ao pagamento de R$ 1.500,00 faz ou não coisa julgada. 
	O fato da segunda ação modificar a decisão que condenou ao pagamento de R$ 1.500,00 faz com que incida ou não coisa julgada sobre esta decisão? 
	Há divergência em relação a isso. 
	Uma primeira corrente mais simplista diz que não faz coisa julgada, pois a decisão pode ser modificada. É inerente a coisa julgada a imutabilidade.
	A segunda corrente vai analisar mais a fundo. Ela sustenta que a lei autoriza a modificação da sentença. Quais são os critérios para a fixação do valor dos alimentos na lei de alimentos? Necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. O que o código fala em relação a essa possibilidade de modificação? O Código autoriza a modificação, mas impõe uma condição, que condição é essa? Repare o que diz o artigo 471 do CPC:
“Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei.”
	A primeira parte do artigo 471 do CPC é a essência da coisa julgada. Mas o artigo traz exceções. 
	Para que haja possibilidade de modificação, tem que sobrevir uma modificação no estado de fato ou de direito. 
	Fatos e fundamentos jurídicos têm alguma relevância para a coisa julgada? Tem. 
	Quando é que eu posso extinguir uma segunda ação dizendo que houve coisa julgada na primeira ação? Quando eu comparar essas ações e eu perceber que elas são idênticas, são exatamente iguais. Quando eu digo que na segunda ação pode ser modificado o que foi dito na primeira ação e quando eu imponho uma condição para isso, e essa condição é que sobrevenha uma modificação de fato ou de direito, ao comparar essas duas ações elas não são iguais. Por que elas não são iguais? Porque a segunda ação tem um novo fato, uma nova situação jurídica, tem, portanto, uma nova causa de pedir. 
	Então, vamos prestar atenção. O pedido é de alimentos, só que a causa de pedir na Ação 1 é X (situação reinante no momento do pedido de alimentos). Para que na segunda ação possa ser modificado o valor arbitrado na primeira, eu vou me basear no que exige a lei e esta exige o que? Que haja uma alteração dos fatos, uma alteração na situação jurídica. Logo na segunda ação eu, necessariamente, tenho uma outra causa de pedir. Partindo dessa premissa que na segunda ação eu tenho que ter uma nova causa de pedir, sobre a condenação de R$ 1.500,00 da primeira ação incide ou não a coisa julgada? Incide. 
	Isso fica claro diante da seguinte hipótese: Se não se demonstra que houve alteração, não poderá passar de R$ 1.500,00 para R$ 2.000,00. O sujeito achou injusto receber R$ 1.500,0, resolveu agora ganhar mais porque acha que merece. Ajuíza nova ação pleiteando ganhar mais, vai ganhar mais? Não. Se não tiver alteração nenhuma na situação fática, se não demonstrar que precisa mais e que o pode ser pago mais, não tem alteração nenhuma. 
	O que a segunda corrente diz então é que sobre os R$ 1.500,00 existe coisa julgada. Pois para que seja possível a alteração do valor estipulado na primeira ação deve haver modificação fática ou nova causa de pedir, o que faz com que a segunda ação seja diferente da primeira, é uma outra ação, então não se poderia dizer que a segunda decisão estaria violando a coisa julgada da ação anterior. Nem que a ação anterior não faz coisa julgada.
	Isso é possível na ação de alimentos porque a lei fala da modificação e estabelece os critérios para a modificação. Não há uma lei própria para plano de saúde. A regulamentação dos planos de saúde, salvo engano, não autoriza que caso o segurado ou associado tenha uma queda no seu rendimento vai haver uma redução no valor de sua contribuição mensal. 
	
jurisdição voluntária – coisa julgada ou, mais precisamente, a imutabilidade da coisa julgada é um atributo da jurisdição. Jurisdição voluntária, no entanto, não possui lide, não tem conflito de interesses. Se dizemos que a lide, que o conflito é essencial para que tenhamos jurisdição, nós chegamos a conclusão de que na jurisdição voluntária não tem lide. O que queremos saber é se a lide, se o conflito de interesses é um elemento essencial ou um elemento acidental da jurisdição. 
Se eu entender que a lide é um elemento essencial da jurisdição, ou seja, para que eu possa falar em jurisdição tem que haver lide, a jurisdição voluntária não é jurisdição. 
Se eu entender que a lide é um elemento acidental da jurisdição, que pode estar presente ou não, não é o fato de não estar presente que fará com que na jurisdição voluntária não tem jurisdição. Se a lide for um elemento acidental a jurisdição voluntária é jurisdição. 
	Vamos ver o artigo 1111 do CPC: 
“Art. 1.111. A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias supervenientes.”
	O artigo 1111 do CPC, portanto, autoriza a modificação do que foi decidido no procedimento de jurisdição voluntária. Estabelece também requisitos: ocorrência de circunstâncias supervenientes. Vimos a ocorrência de circunstâncias supervenientes ainda pouco, nas relações jurídicas continuativas. 
	Vamos aproveitar para comparar o que está no artigo 1111 do CPC com o que está no artigo 471 do CPC.
	Os dois artigos estabelecem exatamente a mesma coisa. 
	Se ambos estabelecem exatamente a mesma coisa, as mesmas observações feitas para as relações jurídicas continuativas valem para a jurisdição voluntária. 
	Temos autores entendendo que faz coisa julgada e outros entendendo que não faz coisa julgada. 
	Para os que entendem que a jurisdição voluntária faz coisa julgada, fundamentam no fato de que para haver modificação é necessário que surjam circunstâncias supervenientes. Havendo circunstância superveniente há uma nova causa de pedir, logo há uma outra ação diferente de uma primeira e se é diferente não há ofensa a coisa julgada. 
	A teoria majoritária é de que a jurisdição voluntária não é jurisdição. A lide é um elemento essencial da jurisdição, para que haja jurisdição deve haver conflito de interesse. Jurisdição voluntária não é jurisdição, logo não faz coisa julgada. 
	A expressão jurisdição voluntária existe e é utilizada pelo Código, inclusive. Não podemos querer definir a natureza do instituto pelo nome. 
	JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO “VOLUNTÁRIA”
	(CONTENCIOSA)
 Partes (Autor/Réu) Interessados
 Ação 							 Requerimento
 Processo Procedimento
	A nomenclatura muda na jurisdição voluntária. Até porque, como a natureza da atividade desempenhada pelo Juiz num procedimento de jurisdição voluntária é administrativa. Tanto é administrativa que um exemplo clássico de jurisdição voluntária foi delegada aos Cartórios: separação e divórcio consensual. 
	
Celso Belmiro respondendo a uma questão formulada por aluno formula a seguinte proposição:
 Ano 2002					 Ano de 2005
	Juiz							Juiz 
AB A B
Causa de pedir X					Causa de pedir X
Pedido Y Pedido Y 
Sentença :Improcedente o pedido. Sentença: Procedente o pe-
 dido.
(transitada em julgado) (transitada em julgado)
	
O A tem direito ou não? Na verdade quando foi proposta a segunda ação o que o Juiz tinha que ter feito? Tinha que ter extinguido o processo sem julgamento do mérito devido a coisa julgada. O Juiz não fez. O Réu também, tapado, não alegou. O processo vai adiante, sentença julgando procedente o pedido transita em julgado. O que prevalece? Existem duas posições. 
Há quem defenda que deve prevalecer a Ação de 2005 porque é a mais recente. 
Há quem defenda que há que prevalecer a primeira porque o segundo processo, a ação de 2005 seria viciada, pois ele não deveria ir adiante, desde que nasceu está com irregularidade que é a coisa julgada. 
Não há conclusão definitiva sobre essa questão. Celso Belmiro entende que é mais correta a segunda posição. Diz ele que além do argumento temporal, também o fato de o réu ter podido alegar a coisa julgada nessa segunda ação, se não alegou ele não pode ficar revoltado porque a situação criada tem ele como partícipe, ainda que por omissão. 
II.7) RECURSOS I
	TEORIA GERAL
	
	Sempre que alguém vai falar sobre problema no judiciário, sobre as mazelas e a morosidade no processo colocam o recurso em evidência. Colocam a culpa na existência de recurso demais. Coitado do recurso, ele não pode se defender, é inanimado. 
	Para que serve o recurso? Quando eu interponho uma apelação eu apelo porque os Desembargadores são “mais que os juizes”, é isso? Se os Desembargadores são “mais” que os Juízes é melhor dirigir a ação direto para o Tribunal. 
	A existência do recurso vai atender ao princípio do duplo grau de jurisdição. É através do recurso que eu darei a parte a possibilidade de ter uma segunda opinião, uma segunda manifestação do judiciário sobre aquela matéria. 
	CONCEITO
	O que é o recurso? 
Vamos buscar o conceito de Barbosa Moreira: Recurso é o remédio voluntário e idôneo a ensejar, no mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de determinada decisão judicial. 
Remédio voluntário – recurso é um ato que a parte vai praticar, o que significa que não há recurso de ofício, não há recurso que o Juiz vá interpor. O que está no artigo 475 do CPC e que é condição de eficácia da sentença é o duplo grau obrigatório de jurisdição que podemos chamar de remessa necessária, reexame obrigatório, remessa ex ofício, mas nunca de recurso ex ofício. Por que? Porque neste caso quem está mandando a sentença para o Tribunal confirmar é o Juiz e não podemos imaginar que o Juiz está recorrendo de sua própria decisão. Então não há recurso de ofício. O recurso é um ato que a parte vai praticar. 
O recurso é uma to voluntário que a parte vai praticar. O que significa isso? A parte tem uma decisão contrária aos seus interesses, ela tem que recorrer? Não. Recorre se quiser. E optando por recorrer pode atacar toda a decisão ou só parte dela. 
Qual é a natureza do ato de recorrer? É um ônus da parte. Assim como contesta é um ônus. 
	E qual é mesmo a diferença entre faculdade e ônus? Tanto na faculdade como no ônus o sujeito pratica o ato se quiser, mas na faculdade se não praticar não haverá conseqüência nenhuma, já no ônus se não praticar o ato haverá conseqüências. 
	Recorrer também é um ônus. A parte recorre se quiser. Se não recorrer haverá conseqüências? Haverá. 
	Qual a conseqüência ou as conseqüências da não interposição de recurso? Trânsito e julgado, ou dependendo da decisão, preclusão. 
	Uma sentença, quando a parte não recorre, não apela, transita em julgado. Mas, uma decisão interlocutória quando a parte não recorre preclui. As conseqüências da parte não recorrer, então, são: formação da coisa julgada ou preclusão.
	
	No mesmo processo – vamos colocar num contexto mais amplo que é dos meios de impugnação dos atos judiciais. Como eu posso impugnar um ato judicial? Eu posso impugnar através do recurso ou através de ações autônomas. Isso serve para enxergarmos que recurso não é uma ação autônoma. 
	O Recurso está no contexto desde que a inicial é ajuizada até o trânsito em julgado. Recurso não é uma outra ação, recurso não é um outro processo, recurso não é nem um incidente processual. Na verdade o recurso está nesse contexto, que vai desde a inicial até o trânsito em julgado, pois ele nada mais faz do que prolongar, estender o direito de ação que o sujeito exerceu. Recurso, portanto, é uma extensão do direito de ação. 
	O direito de ação que o Autor exerceu quando ajuizou a demanda vai se prolongar, vai se estender através do recurso. 
	Também podemos dizer que o recurso é uma extensão do direito de defesa, pois não é o só o Autor que recorre, o Réu também recorre. 
	Recurso, portanto, é a extensão do direito de ação e do direito de defesa. Não é uma outra ação. 
	Meios de Impugnação dos atos judiciais: Mandado de Segurança; Ação Rescisória; Ação cautelar; Embargos de terceiro;... (meios de atacar judicialmente um ato judicial). Existe a possibilidade, também, de se atacar administrativamente o ato judicial: Reclamação ou Correição parcial (não é recurso). 
	Objetivos ou finalidades dos Recursos
	Vamos dividir esses objetivos ou finalidade em duas Categorias: objetivos típicos e objetivos atípicos.
	Objetivos típicos: Reforma e Invalidação.
	Objetivos atípicos: Esclarecimento e Integração.
	Antigamente os objetivos dos recursos eram só dois: a reforma e a invalidação. Na reforma o Tribunal profere uma decisão que irá tomar o lugar da anterior. Na invalidação o Tribunal vai tirar do mundo jurídico aquela decisão, o processo retorna o primeiro grau para que outra sentença seja proferida. Nessa época, os Embargos de Declaração não eram considerados recursos, não tinham natureza recursal, eram vistos como forma de retratação, instrumentos para provocar a retratação do Juiz, mas não para atacar a decisão.
	Com o passar do tempo, se verificou que os Embargos de Declaração têm sim natureza recursal. Só que eles não têm por finalidade, por vocação, a reforma ou a invalidação da decisão. Quando passamos a considerar os Embargos de Declaração como modalidade de recurso, temos a necessidade de mexer e incluir os objetivos atípicos. 
	Os objetivos típicos são os objetivos de qualquer recurso, a reforma e invalidação da decisão. 
	Os objetivos atípicos são os objetivos próprios daquele determinado recurso, o esclarecimento e a integração da decisão. Esclarecimento em que hipótese? Quando a decisão for obscura ou contraditória. E integração quando a decisão for omissa. 
	
	CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
						recursos ordinários – visam a tutelar
						o direito subjetivo da parte, violado 
						através da decisão judicial. 
	Quanto ao objeto 			ex. Apelação 
						
recursos extraordinários – visam a tutelar, ao contrário dos recursos ordinários, o direito objetivo, ou seja, o ordenamento jurídico, a lei. 
ex. Recurso Especial (tutela a lei federal)
	Então que dizer que quando o sujeito interpõe o Recurso Especial ele está preocupado com a lei federal? Não. O sujeito está preocupado com o seu direito, com o seu caso concreto. Mas o Recurso Especial em si visa a proteger a lei federal, foi criado para a proteção da lei federal e não para tutelar o direito subjetivo da parte. 
	Assim também é o Recurso Extraordinário, que foi criado para a proteção da Constituição. 
	Então, nos recursos extraordinários a proteção direta é do ordenamento jurídico, mas indiretamente acaba protegendo o direito da parte. 
	Pergunta de prova: O Recurso Especial éum recurso extraordinário? Se estivermos falando da classificação dos recursos quanto ao seu objeto, sim, pois foi criado visando a tutelar o ordenamento jurídico, a lei e indiretamente acaba protegendo o direito da parte. 
	
				 recursos de fundamentação livre – 
pode o Recorrente apresentar todas 
as alegações que possua para obter o provimento do recurso; não há prévia determinação legal.
ex. apelação
						
Quanto a fundamentação 
					 recursos de fundamentação vinculada- a lei previamente exige a apresentação, pelo Recorrente de determinados fundamentos. 
exs. Recurso Especial, Recurso Extraordinário.
	Uma das grandes lambanças que as pessoas fazem é achar que o Recurso Especial é uma terceira possibilidade de ver seu direito reconhecido, ou que o Recurso Extraordinário é uma terceira possibilidade de ter seu direito reconhecido. Ajuíza ação, apela, a sentença é mantida. Aí o sujeito acha que interpondo Recurso Especial o STJ irá ver pela terceira vez aquela mesma matéria. Não é assim. Só caberá Recurso Especial se houver violação de lei federal e Recurso Extraordinário se houver violação da Constituição, senão, não caberá. Por isso esbarramos na imensa quantidade de recursos que não são admitidos, parte por falta de vontade do judiciário, parte por lambança de quem está recorrendo. 
	
	
	PRESSUPOSTOS RECURSAIS
	Falamos que para que o direito de ação fosse regularmente exercido deveriam estar presentes as condições da ação (legitimidade ad causam; interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido). Falamos também, que para que o processo existisse e se desenvolvesse de forma válida era necessário o atendimento dos pressupostos processuais (capacidade das partes, Juízo Competente, demanda, forma legal, litispendência, coisa julgada, perempção...).
	Essa mesma ordem de idéias é trazida para os recursos. Para que o Recurso possa ir adiante, para que o Recurso possa ter seu mérito analisado, é necessário que pressupostos recursais sejam atendidos. Dividimos os pressupostos recursais em duas categorias: pressupostos recursais objetivos e pressupostos recursais subjetivos. 
	Que pressupostos são esses? Pressupostos processuais objetivos: Cabimento, Adequação, Tempestividade, Regularidade Formal, Inexistência de fato impeditivo.
	Pressupostos processuais subjetivos: Legitimidade e Interesse / Sucumbência. 
	CABIMENTO – Quando falamos em cabimento estamos preocupados com a existência do recurso. Estamos preocupados se o Recurso que o sujeito quer interpor existe. O que nos leva a um princípio que veremos adiante, que é o princípio da taxatividade, que diz que só existem os recursos previstos em lei. 
	Quando eu falo em cabimento minha preocupação é se o recurso que o sujeito quer interpor tem previsão legal, se o recurso existe.
OBS: Uma observação a título de nomenclatura – recurso se interpõe. Tirando os Embargos de Declaração que, eventualmente vamos falar que eles são opostos, os demais são interpostos. As ações são propostas, são ajuizadas. As ações mandamentais (mandado de segurança, habeas corpus...) nós impetramos. 
	Isso na imprensa é o caos. A imprensa confunde todas essas nomenclaturas, usa de qualquer jeito. Então, muito cuidado com as informações “jurídicas” prestadas pela imprensa. 
	ADEQUAÇÃO – é compatibilidade entre o recurso que a parte pretende interpor e a decisão atacada. A adequação também vai levar a gente lá na frente para outro princípio recursal que é o princípio da correspondência. Mais adiante veremos que no nosso sistema recursal há uma correspondência quase perfeita entre a decisão do Juiz e o recurso cabível contra aquela decisão. 
	Quando eu falo em adequação minha preocupação é se o recurso interposto é o cabível, correto para aquela situação. 
	TEMPESTIVIDADE – observância do prazo para a interposição do recurso. Qual é o prazo para se interpor um recurso? Existe um prazo geral. Vamos ver o artigo 508 do CPC: 
“Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)”
	O artigo 508 do CPC estabelece um prazo geral, 15 dias. Mas não é o único prazo. 
	PRAZOS
	15 dias
 
1)Apelação				 
2)Recurso Ordinário			 
3)Embargos Infringentes		 
4)Recurso Especial 
5)Recurso Extraordinário 
6)Embargos de Divergência
	 
	10 dias
1)Agravo Retido (artigo 522 do CPC)
2)Agravo de Instrumento (que é excepcional)
3)Recurso Inominado (dos Juizados Especiais)
4)Recursos no ECA (artigo 198, II do ECA) 
5)Lei 6830/80 (Lei de Execução fiscal) – artigo 34, Embargos Infringentes na LEF (não confundir esses Embargos Infringentes com os do CPC)
OBS: Execução Fiscal de “merreca”. O Juiz profere sentença, o recurso cabível dessa sentença são os Embargos Infringentes. Os requisitos para que caiba esse Recurso Infringente é que a seja execução fiscal e de “miséria”. Na Execução fiscal contra a sentença cabe apelação. Para que tenhamos Embargos Infringentes ao invés da Apelação tem que ser Execução Fiscal e de “miséria”. 
	Esse recurso é um monstro porque quem julga esses Embargos Infringentes é o próprio Juiz que julgou e é uma sentença cuja qual não vai caber apelação. A Lei de Execução fiscal poderia utilizar um outro nome para esse recurso todo especial, mas resolveu utilizar o nome de um recurso já existente e que não tem nada a ver com o da lei de Execução Fiscal. 
O Juízo de ajuizar ou não a Execução Fiscal cabe à Fazenda Pública.Não se espantem com situações onde o Juiz extingue a ação porque o valor da execução é baixo. O Juiz não pode fazer isso, porque não é ele quem tem que analisar se é conveniente ou não fazer aquela cobrança. Se o crédito existe a cobrança é um direito da Fazenda. Não pode o Juiz se negar a prestar a jurisdição porque o valor é baixo. 
05 dias
1) Embargos de Declaração
2)Agravo Regimental (encontra-se nos Regimentos Internos do Tribunais, pode ser que em Tribunais de outros Estados o prazo seja outro, mas no TRF/RJ; TJ/RJ; STJ e STF, o prazo é de 05 dias)
3)Agravo Interno (existe em alguns Tribunais e está previsto no artigo 557 do CPC). 
OBS: É um recurso importante. O artigo 557 do CPC foi modificado em 1998. Assim dispõe o artigo 557 do CPC: 
“Art. 557. Se o agravo for manifestamente improcedente, o relator poderá indeferi-lo por despacho. Também por despacho poderá convertê-lo em diligência se estiver insuficientemente instruído.
        Parágrafo único. Do despacho de indeferimento caberá recurso para o órgão a que competiria julgar o agravo.
        Art. 557 - O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário à súmula do respectivo tribunal ou tribunal superior. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)
        Parágrafo único - Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 5 (cinco) dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso. Interposto o agravo a que se refere este parágrafo, o relator pedirá dia. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)
Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 1o-A Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 1o Da decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, e, se não houver retratação, o relator apresentaráo processo em mesa, proferindo voto; provido o agravo, o recurso terá seguimento. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 2o Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um e dez por cento do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)”.
	O artigo 557 do CPC já era criticado porque alguns autores diziam que, se vou impedir que o recurso suba porque ele está em confronto com uma súmula, eu vou acabar engessando a jurisprudência. As mudanças ou revogações de súmulas ocorrem justamente porque os recursos sobem para uma outra análise daquela matéria. Essa crítica já existia dizendo que a redação do artigo 557 do CPC engessava a jurisprudência.
	E mais, quando eu admito que o Juiz ou o Tribunal “de cara” julgue inadmissível, ou improcedente ou prejudicado o recurso, estaria se criando uma súmula vinculante que até bem pouco tempo nem existia. 
	Em 1998 acrescentaram a expressão “ou jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do STF ou de Tribunal Superior”. Se já havia crítica com a redação anterior, imagine com a redação pós 1998. Súmula se conhece, agora jurisprudência dominante. Quem diz que a jurisprudência dominante? 
	O 557 do CPC permite que o Relator, sozinho, negue seguimento a um recurso. 
	Quando se recorre espera-se que o recurso seja julgado pela Câmara, pela Turma, ou seja, pelo Órgão Colegiado. É assim que devem ser os julgamentos no Tribunal. 
	O artigo 557, parágrafo 1•- A, também fala de manifesto confronto com súmula ou jurisprudência dominante. 
	As críticas que eram feitas antigamente acabaram ficando sem sentido historicamente porque a Emenda 45/04 criou a súmula vinculante, o STF acabou de ditar 03 súmulas vinculantes, a lei 11.277/06 permitiu que o Juiz indeferisse a petição inicial e julgasse de “cara improcedente pedido se o que o Autor estivesse querendo estivesse em confronto com uma decisão proferida anteriormente pelo próprio Juiz. 
	Como é o procedimento do artigo 557 do CPC? Exemplo para entendermos: Apelação, chega no relator. O relator com base no artigo 557 do CPC profere decisão negando seguimento ao recurso. Essa decisão é publicada. O que a parte pode fazer? O parágrafo 1• do artigo 557 do CPC estabelece que da decisão do relator, que der provimento ou negar seguimento ao recurso, caberá agravo, no prazo de 05 dias ao Órgão competente para o julgamento do recurso. E se não houver retratação o Relator proferirá o processo em mesa proferindo voto. 
	O parágrafo 1• do artigo 557 do CPC coloca em um parágrafo só uma infinidade de hipóteses. 
	Esse agravo que tem que ser interposto no prazo de 05 dias é o chamado AGRAVO INTERNO. A lei não fala esse nome, mas foi o nome que ele ganhou na doutrina e na jurisprudência. 
	O Agravo Interno vai pra quem? Segundo Barbosa Moreira esse Agravo é interposto mediante petição ao Relator a quem não é dado indeferir o recurso. E o julgamento das razões caberá ao Colegiado, podendo o Relator retratar-se. Se o Relator se retratar a apelação prossegue. Se ele não se retrata, o Agravo terá que ser julgado por alguém. Não é o Relator que julga o Agravo Interno. O Agravo Interno é julgado pelo Órgão Colegiado. Se o Agravo Interno é provido a Câmara ou a Turma está dizendo que o Relator está errado, que o Relator ao negar seguimento ao recurso está errado, a apelação então seguirá. 
	Se o Relator não se retrata, o Agravo interno é julgado pela Câmara ou Turma estas negam provimento ao Agravo, o que está se dizendo é que o Relator tem razão.

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