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RESENHA UNIVERSIDADE, CIÊNCIA E FORMAÇÃO ACADÊMICA: A INFLUÊNCIA DA PESQUISA NO ENSINO SUPERIOR

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Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Toledo
Curso de Licenciatura em Matemática
	
	Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Educação
Acadêmica: Claudia Borgmann
	Período: 6°
Universidade, ciência e formação acadêmica
A influência da pesquisa no ensino superior
O capitulo a seguir resenhado, UNIVERSIDADE, CIÊNCIA E FORMAÇÃO ACADÊMICA, é parte do livro METODOLOGIA DO TRABALHO CINTIFICO, autoria de Antônio Joaquim Severino, professor titular, aposentado, de Filosofia da Educação na Faculdade de Educação da USP, no momento atuando como professor colaborador. Severino graduou-se em Filosofia, cursou mestrado e doutorado na mesma área. 
Em suma o livro trata sobre a metodologia do trabalho cientifico, com enfoque na pratica da pesquisa no ensino superior, abordando de uma forma objetiva a temática de ciência como construção do conhecimento. Quanto a isso o texto aborda a real situação das universidades brasileiras, que em seu momento atual, não se preocupam em tê-las como uma forma de produzir pesquisas e inserir profissionais diferenciados na sociedade.
Severino no primeiro capítulo relata a importância de haver uma mudança no processo de ensino e aprendizagem na educação superior e, como a universidade tem um compromisso com a construção de uma sociedade na qual se possam compartilhar os bens naturais, os bens culturais e sociais. Além disso, nos apresenta o método cientifico, a pesquisa, sendo estes os elementos fundamentais para a diferenciação do senso comum, e das demais formas do conhecimento aprofundado.
Uma das ideias que o autor deixa bem explicita se refere à atuação e formação do cidadão, pelo estimulo da tomada de consciência, de um despertar no estudante de uma consciência social. Sobre estas, é esperado que ocorram no espaço escolar durante o espaço/tempo universitário. E, é para dar conta deste compromisso que a Universidade é incumbida de desenvolver atividades conhecidas como pesquisa e extensão.
Como o próprio autor aqui mencionado citou, o ensino superior tem três objetivos primordiais, sendo o primeiro a formação de profissionais das diversas áreas de aplicações, mediante o ensino destes; o segundo objetivo aponta sobre a formação de cientistas mediante disponibilização de métodos e conhecimentos; e por fim, o ultimo objetivo diz a respeito que a universidade tem o foco de formar cidadãos, pelo estimulo da consciência, no sentido da sua existência histórica e cultural.
Em sua visão Severino aponta que a educação em fase universitária, em muitas vezes pode ser definida como processo mediante o qual o conhecimento produz, se reproduz, se conserva, se sistematiza, se organiza, se transmite e se universaliza, disseminando seus resultados no seio da sociedade. Assim, como dito pelo autor, só se aprende, só se ensina e, só se presta serviços a comunidade, se tais se originarem da pesquisa. Logo, o ato de pesquisar e se aprofundar exigem uma pratica precisa, designada por uma atuação própria, onde somente o sujeito pesquisador terá a efetiva apropriação do conhecimento.
Comumente a ideia do autor, afirmamos que o que acontece é que no ensino superior, o conhecimento deve ser concebido não mais por meio de seus produtos, mas por meio de seus processos. Para exemplificar a ideia o autor diz que o conhecimento deve acontecer mediante a construção dos objetos a se conhecer e não mais pela representação desses objetos.
Em contrapartida à ideia de que é no ensino superior que o sujeito irá conceber a pratica da pesquisa, Severino denuncia que na realidade, tal ensino não profissionaliza não forma, não contempla as dimensões que o mesmo deveria alcançar, pois nem transmite de forma correta os conhecimentos disponíveis no acervo cultural. “Limita-se a passar informações fragmentadas e a conferir uma certificação burocrática e legal de uma determinada habilitação, a ser, de fato, testada e amadurecida na prática”.
O que mais assombra essa situação é o fato qual o autor aponta é que o ensino superior, assim conduzido, está destinado a fracassar. Além disso, Severino aponta que tudo indica que o foco da ineficácia do ensino universitário, embutido no seu processo interno, tem a ver principalmente com esta inadequada forma de se lidar com o conhecimento, que é tratado como se fosse mero produto e não um processo.
A prática da pesquisa é algo apontado como forma de sanar essa carência que o ensino superior possui. Porem o autor afirma que está não é a única causa da situação precária que o mesmo se encontra.
A partir da leitura do texto, identificamos aspectos realmente vistos na sociedade, principalmente relacionados à como a pratica da pesquisa muda a forma em que o sujeito concebe o conhecimento e, além disso, como faltam políticas que transformem o modo como o ensino superior perpassa a sua característica investigativa, onde seus integrantes deveriam se tornar meros investigadores possuindo literalmente caráter de pesquisadores preocupados com a sociedade.
É visto que o ensino superior, as universidades, ainda contam com o problema de formar pesquisadores. Atualmente é designado a este setor de ensino, provocar no aluno o interesse pela pesquisa, como também ensiná-lo a pesquisar, o que modifica toda forma de conceber o conhecimento que estes alunos tinham até então. 
É fato, que o para o ensino ser algo eficaz que possua qualidades, necessita-se de uma pedagogia fundada numa postura investigativa. O que acontece é como criar no aluno uma postura investigativa/pesquisadora? O aluno é formado em toda sua caminhada escolar de uma maneira onde os conhecimentos são repassados sistematicamente, sem o caráter que o coloque em uma postura de sujeito critico e avaliador da sociedade. Então o que fazer? É visto que uma medida que transforme a postura desse sujeito estudante antes de adentrar no ensino superior é complicada de se imaginar, mas também é visto que necessárias e urgentes são as políticas que ajudem a transformar este cenário, levando estes sujeitos a uma formação mais interessada ao trabalho cientifico. 
Referência
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 23. ed. rev. e atual – São Paulo: Cortez, 2007.

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