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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
1 
 
 
Informações básicas 
 
Encontros: 2 (D. IPub. e D. IPriv.) 
Bibliografia: 
Valério Mazzuoli. Curso de Direito 
Internacional Público. 
Paulo H. Gonçalves Portela. Direito 
Internacional Público e Privado. 
 
Direito Internacional Público 
 
1 Aspectos conceituais 
Todo o sistema de regras, costumes e 
princípios internacionais que regem as 
relações entre os sujeitos de Direito 
Internacional dentro da sociedade 
internacional. 
 
 
 
Direito Internacional Público e Direito 
Internacional Privado 
 
 
 
2 Fundamentos do Direito Internacional 
I Teoria voluntarista 
Fundamenta a existência do Direito 
Internacional na vontade dos Estados. 
II Teoria objetivista 
O Direito Internacional tem suas próprias 
regras, princípios e costumes que são 
independentes da vontade dos Estados. 
3 Características da ordem jurídica 
Internacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Fontes do Direito Internacional Público 
(Estatuto da Corte Internacional de Justiça 
de 1945 – Art. 38) 
 I Primárias 
• Tratados internacionais 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
2 
• Costumes 
• Princípios gerais de direito 
 II Auxiliares 
• Doutrina e Jurisprudência 
• Equidade 
• Resoluções de Organizações 
Internacionais* 
• Atos jurídicos Unilaterais* 
* Fontes do Direito Internacional Público 
não elencadas no Art. 38, ECIJ. 
 
 
 
O Artigo 38 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça de 1945 foi criado 
para servir de roteiro dos seus trabalhos. 
Um artigo de conteúdo exemplificado e não 
exaustivo. 
 
 
 
O Artigo 38 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça de 1945 não 
estabelece nenhum tipo de hierarquia. Ou 
seja, não existe uma hierarquia entre 
tratados internacionais, costumes 
internacionais ou pricípios internacionais 
do direito. 
Tratados internacionais 
I Convenção de Viena sobre Direito dos 
Tratados de 1969 (ratificada em 14/12/2009). 
II Convenção de Viena sobre Direito dos 
Tratados entre Estados e Organizações 
Internacionais ou entre Organizações 
Internacionais de 1986. 
 
 
 
Princípios norteadores 
- Livre consentimento; 
 - Boa-fé; 
 - Pacta sunt servanda. 
Convenção de Viena de 1969 sobre o Direito 
dos Tratados: Art. 26 – todo tratado em 
vigor obriga as partes e deve ser cumprido 
por elas de boa-fé. 
Estrutura dos tratados 
a) Título 
b) Preâmbulo ou exórdio 
c) Considerandos 
d) Articulado 
e) Fecho 
f) Assinatura 
g) Anexos ou apêndices 
a) Título: indica a matéria tratada pelo 
acordo ou, mais amplamente, o assunto 
nele versado; 
b) Preâmbulo ou exórdio: indica as partes 
contratantes, é dizer, os sujeitos de Direito 
Internacional Público que concluem o 
tratado; 
c) Considerandos: indicam as intenções, 
vinculações e motivos das Partes em 
relação a celebração do acordo. 
d) Articulado: principal elemento do 
instrumento convencional, composto por 
uma sequência de numerados, onde se 
estabelecem todas as cláusulas de 
operatividade do acordo. 
e) Fecho: especifica o local e a data da 
celebração do tratado, o idioma em que o 
mesmo será redigido e o número de 
exemplares originais. 
f) Assinatura: Chefe de Estado, Ministro 
das Relações Exteriores, ou de outra 
autoridade que represente o Presidente da 
República na celebração do instrumento. 
g) Anexos ou apêndices: instrumentos com 
natureza de norma jurídica convencional. 
Requisitos de validade 
a) Capacidade das partes 
b) Habilitação dos agentes signatários 
c) Consentimento mútuo 
d) Objeto lícito e possível 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
3 
 
 
 
- Agente plenipotenciário: Ministro das 
Relações Exteriores. 
- Carta de Plenos Poderes 
 
 
 
 
Classificação dos tratados 
 
1 Quanto ao número de partes 
a) Bilaterais (ou particulares) 
b) Multilaterais (coletivos, gerais ou 
plurilaterais) 
2 Quanto ao tipo de procedimento utilizado 
para a sua conclusão 
a) Tratados stricto sensu (bifásico) 
Primeira: inicia-se com as negociações e 
culmina com a assinatura de seu texto. 
Segunda: vai desde a assinatura à 
ratificação. 
b) Tratados de forma simplificada 
(unifásicos) 
Única fase que consiste na assinatura do 
acordo, momento em que as Partes já se 
obrigam definitivamente. 
3 Quanto à execução no tempo 
a) Transitórios 
Perduram no tempo, porém tem sua 
execução exaurida de forma imediata no 
instante exato da sua conclusão 
(estabelecimento de fronteiras, 
transmissão definitiva de bens). 
b) Permanentes 
Tratados cuja execução se prolongam por 
prazo indeterminado no tempo (Comércio, 
aliança, extradição, cooperação). 
4 Quanto à estrutura da execução 
a) Mutalizáveis 
O descumprimento parcial de alguma ou 
algumas das Partes não tem o condão de 
comprometer a execução do acordo como 
um todo. 
b) Não-mutalizáveis 
Não permitem divisão na sua execução. 
5 Quanto à natureza jurídica 
a) Tratado lei (tratado normativo) 
Geralmente celebrado por grande número 
de Estados e têm por objetivo fixar normas 
gerais e abstratas de Direito Internacional. 
Regras válidas para as Partes contratantes, 
podendo ser comparadas a verdadeiras 
leis. 
b) Tratados-contrato 
Busca estabelecer uma prestação e 
contraprestação individual com fim comum 
(igualam-se aos contratos de direito 
interno). O tratado se exaure com o 
cumprimento da obrigação. 
6 Quanto à possibilidade de adesão 
posterior 
a) Abertos: permite a adesão posterior 
de Sujeitos que não figuraram como 
signatários originais. 
Pode ser: limitada e Ilimitada; condicionada 
e incondicionada. 
b) Fechados: não permite a adesão 
posterior de Sujeitos que não figuraram 
como signatários originais. 
 
 
 
I Fase (âmbito internacional). Negociação e 
assinatura 
a) Requisitos de validade do tratado 
(capacidade das Partes, habilitação dos 
agentes signatários; consentimento mútuo 
e objeto lícito e possível). 
b) Competência: privativa do Presidente da 
República (Art. 84, VIII da CR/88). 
CR/88, Art. 84. Compete privativamente ao 
Presidente da República: 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
4 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional; 
Dica quente! As Convenções Internacionais 
do Trabalho, concluídas no âmbito da OIT, 
obrigam a sua submissão à aprovação 
parlamentar. 
II Fase (âmbito interno). Referendo 
parlamentar 
Competência: Congresso Nacional (Art. 49, 
I, da CF/88). Decreto Legislativo (Art. 59, VI, 
CF/88). 
CR/88. Art. 49. É da competência exclusiva 
do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, 
acordos ou atos internacionais que 
acarretem encargos ou compromissos 
gravosos ao patrimônio nacional; 
CR/88. Art. 59. O processo legislativo 
compreende a elaboração de: 
VI - decretos legislativos; 
Dica quente! O Congresso não ratifica o 
tratado, ele o referenda (aprova) ou rejeita. 
Quem ratifica é o Presidente da República. 
III Fase (âmbito internacional). Ratificação e 
Adesão 
a) Ratificação: Estado estabelece no plano 
internacional formalmente a sua anuência 
em relação ao acordo que foi negociado. 
b) Adesão: no caso de acordo já em vigor, 
os Estados realizarão a adesão. 
IV Fase (âmbito interno). Promulgação e 
Publicação 
Promulgação: o Presidente da República 
promulga por meio de um Decreto 
Presidencial (exigência do Supremo 
Tribunal Federal). 
Publicação: uma vez publicado o Tratado, a 
todos é dado conhecimento de seus termos 
e do início de sua vigência. 
V Fase (âmbitointernacional). Entrada em 
vigor (Convenção de Viena (1969), art. 24, § 
1 e § 2). 
VI Fase (âmbito internacional). Registro e 
Publicação (Carta das Nações Unidas, art. 
102, §1). 
A hierarquia dos tratados internacionais 
dentro do ordenamento jurídico brasileiro 
Regra geral 
Paridade normativa segundo o STF. Os 
Tratados internacionais tem status de lei 
ordinária federal. 
Exceções 
I Código Tributário Nacional (Art. 98) 
Os tratados e as convenções internacionais 
revogam ou modificam a legislação 
tributária interna, e serão observados pela 
que lhes sobrevenha. 
I Doutrina tributarista defende a aplicação 
moderada desse dispositivo legal. 
II Doutrina internacionalista defende a 
aplicação na íntegra do presente 
dispositivo. 
Segunda e terceira exceções – Direitos 
Humanos 
II. Emenda Constitucional 45/2004 – 
Reforma do Judiciário (Art. 5, § 3, CF/88). 
CR/88 – Art. 5º 
§ 3º Os tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. (Emenda Constitucional 
45/2004). 
III. Norma supralegal (abaixo da 
Constituição, porém acima de toda 
legislação infraconstitucional). 
Pacto de São José da Costa Rica 
(Convenção Interamericana de Direitos 
Humanos, 1969). Trata da proibição da 
prisão do depositário infiel (Art. 5, LXVII, 
CF/88). 
 
Súmula Vinculante 25. 
 
 
 
Extinção dos tratados 
Convenção de Viena de 1969, Art. 54. 
Execução integral; Término do prazo de 
vigência; Consentimento mútuo; Denúncia; 
Inviabilidade de execução; ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
5 
 
Denúncia de tratados de direitos humanos 
em face dos direito brasileiro 
Denúncia: ato unilateral pelo qual o Estado 
manifesta sua intenção de não mais fazer 
parte do compromisso. 
Competência interna: Chefe do Estado e 
não precisa de autorização parlamentar 
(regra geral!) 
Tratados de Direitos humanos com 
hierarquia de emenda constitucional = rol 
de direitos fundamentais = cláusulas 
pétreas. 
Doutrina: possibilidade de denunciar um 
tratado de Diretos humanos apenas para 
sua substituição por outro que amplie 
(P.H.G. Portela). 
Jurisprudência: julgamento ADI 1625 (em 
curso), orientação para a impossibilidade 
do Presidente denunciar tratados sem o 
consentimento do Congresso Nacional – 
voto Min. Joaquim Barbosa. 
 
 
 
Ex. vedação ao uso da força no plano 
internacional. Os Estados em regra não 
recorrem ao uso da força armada contra 
outros. 
Aquele que o invoca tem que prová-lo. 
Costume internacional = Elemento Objetivo 
+ Elemento Subjetivo 
 
 
 
 
 
Não há um número mínimo e máximo de 
participantes, assim como o tempo de 
prática. 
Quanto a extensão geográfica da prática 
costumeira, pode-se dar nos seguintes 
contextos: 
- Universal (Costume Internacional 
Universal); 
- Regional (Costume Internacional 
Particular); 
- Local (Costume Internacional Particular). 
Extinção do costume 
a) tratado mais recente que o codifica 
ou revoga 
b) quando deixa de ser aplicado 
c) por um novo costume 
Princípios gerais de direito 
Art. 53 da Convenção de Viena (1969). 
Princípio da boa-fé; não agressão; da 
solução pacífica de controvérsia; etc. 
Fontes secundárias 
1 Atos Unilaterais 
Manifestação volitiva unilateral do Estado 
capaz de produzir efeitos jurídicos de 
alcance internacional. 
Ex. a notificação, reconhecimento, 
renúncia, etc. 
2 Decisões das Organizações 
Internacionais 
Resoluções, recomendações, diretrizes, 
etc. 
3 Jurisprudência e Doutrina 
Jurisprudência internacional, decisões 
arbitrárias, os pareceres proferidos pela 
Corte da Haia. 
Divergência doutrinária; 
4 Analogia e equidade 
Meios para compensar, seja a inexistência 
de uma norma, seja sua evidente falta de 
préstimo para proporcionar ao caso 
concreto um deslinde minimamente justo. 
Métodos de raciocínio jurídico. 
Analogia: fazer valer para determinada 
situação de fato, a norma jurídica 
concebida para aplicar-se a uma situação 
semelhante, na falta de regra que se ajuste 
ao exato contorno do caso posto ante o 
intérprete. 
 Ex. definir as competências das 
Organizações Internacionais. 
Equidade: Cuida-se de decidir à luz de 
normas outras – mais comumente 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
6 
princípios – que preencham o vazio 
eventual. 
Sujeitos do Direito Internacional 
I Estado 
II Organizações Internacionais 
III Beligerantes 
IV Insurgentes 
V Santa Sé 
VI Palestina 
VII Indivíduos: minoria da doutrina 
Empresas Privadas e Organizações Não 
Governamentais, não são sujeitos do 
Direito Internacional. 
 
 
 
 
 
 
 
Imunidade de Jurisdição dos Estados 
(relativização) 
a) Atos de império: atos públicos, atos 
de Estado, imunidade total de jurisdição 
b) Atos de gestão: atos privado, não 
faz jus a imunidade de jurisdição. Trata-se 
de uma imunidade de jurisdição relativa. 
Em matéria trabalhista não há imunidade de 
jurisdição. 
Competência: justiça do trabalho EC 
45/2004. 
Imunidade de execução dos Estados 
Imunidade absoluta. Exceto: 
Renúncia, por parte do Estado estrangeiro; 
Posição minoritária: quando existir, em 
território brasileiro, bens, que, embora 
pertencentes ao Estado estrangeiro, sejam 
estranhos, quanto à sua destinação ou 
utilização. 
Imunidade de jurisdição das Organizações 
Internacionais 
Fundamentação da imunidade está nos 
Tratados internacionais assinados com os 
Estados. 
Organismos internacionais diferem 
juridicamente dos Estados: 
a) organismos não possuem território, nem 
governo; 
b) os Estados a eles se associam por 
espontânea vontade. 
A Organização das Nações Unidas - ONU e 
sua agência Programa das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento - PNUD possuem 
imunidade de jurisdição e de execução 
relativamente a causas trabalhistas 
(RE 597368 – Recurso Extraordinário. Min. 
Ellen Gracie - 05.2013). 
Imunidade de jurisdição absoluta de 
ONU/PNUD e a incompetência da Justiça do 
Trabalho brasileira para a matéria. 
Em maio de 2015, a 8 Turma do TST – A 
Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) 
tem imunidade absoluta de jurisdição, de 
acordo com a Convenção sobre Privilégios 
e Imunidades das Nações Unidas 
(Convenção de Londres), ratificada no 
Brasil pelo Decreto 27.784/50. 
Competência nacional para o julgamento 
de pessoa jurídica de Direito Internacional 
Público 
 
 
 
Organizações Internacionais 
Associação voluntária de Estados e ou de 
outras entidades, constituída por meio de 
um tratado, com interesse de perseguir 
uma mesma finalidade, por intermédio de 
uma permanente cooperação entre seus 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 1ª FASE 
Direito Internacional 
Bruno Viana 
 
7 
membros. (SEITENFUS, Ricardo; 
VENTURA, Daisy. 1999). 
Personalidade jurídica derivada da vontade 
dos Estados, independentemente da 
previsão no tratado constitutivo. 
1 Características 
a) Multilateralismo; 
b) Permanência; 
c) Institucionalização; 
2 Classificação 
a) Quanto ao âmbito de participação: 
universais e regionais. 
b) Quanto ao objeto: fins específicos e fins 
gerais. 
Organização das Nações Unidas – ONU 
Organização de âmbito universal, de 
caráter permanente, intergovernamental e 
com personalidade jurídica própria 
(antecedida pela Liga das Nações). 
Objetivo principal: busca e manutenção da 
paz e segurança internacional. 
Documento de constituição: Carta de São 
Francisco 1945. 
Órgãos 
I Assembleia Geral 
Principal órgão deliberativo da ONU. Cada 
Estadotem direito a um voto. Suas 
deliberações não têm caráter obrigatório. 
II Conselho de Segurança 
15 Estados membros: 5 permanentes 
(China, Estados Unidos, França, Reino 
Unido e Rússia - CEFRR) e 10 rotativos (2 
anos). 
III Conselho Econômico e Social 
Promover o estudo e desenvolvimento 
econômico e social por meio da 
cooperação. 
IV Conselho de tutela 
Utilizado para supervisionar os governos 
que administravam os territórios. O 
Conselho deixou de operar a partir de 1994, 
com a independência do último território 
(Ilhas Palau no Pacífico). 
V Corte Internacional de Justiça 
Objetivo principal de resolver os litígios 
entre os Estados, funcionando também 
como órgão consultivo. 
(Art. 35 ECIJ) A Corte estará aberta aos 
Estados que são partes do presente 
Estatuto. As condições pelas quais a Corte 
estará aberta a outros Estados serão 
determinadas pelo Conselho de Segurança. 
Competência consultiva: tarefa da emissão 
de parecer (art. 96 da Carta das Nações 
Unidas e do artigo 65 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça). 
Capacidade para solicitar o parecer 
consultivo: Assembleia-Geral, Conselho de 
Segurança da ONU, bem como por outros 
órgãos das Nações Unidas e entidades 
especializadas, que forem em qualquer 
época devidamente autorizados pela 
Assembleia Geral da entidade. 
Tais pareceres, em princípio, não são 
vinculantes, embora possam vir a sê-lo, 
caso as partes que o solicitem o 
convencionem (Art. 65 CIJ). 
VI Secretariado 
Órgão encarregado das funções 
administrativas e executivas da ONU. 
Outras organizações internacionais 
a) Fundo Monetário Internacional 
(FMI): tem a finalidade básica de prestar 
auxílio emergencial a países em crise 
econômico-financeira. Acordo de Bretton 
Woods, 1944. 
b) Banco Internacional para a 
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD): 
tem a finalidade básica de prestar auxílio 
financeiro para projetos de longo prazo. 
Acordo de Bretton Woods, 1944. 
c) Organização Mundial do Comércio 
(OMC): tem a finalidade de estimular o 
comércio internacional como forma de 
desenvolvimento econômico e combater 
suas práticas desleais. 
d) OMC e o amici curiae 
Não há previsão expressa sobre a 
possibilidade de participação de amici 
curiae no procedimento de solução de 
controvérsias da OMC. Mas, desde 1998, 
algumas ONGs têm apresentado, ou ao 
Painel ou ao Órgão de Apelação, textos de 
posição sobre o tema em análise na 
controvérsia. 
 
Bons estudos! 
Facebook: Professor Bruno Viana 
Twitter: @ProfBrunoViana 
Instagram: @ProfBrunoViana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8

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