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DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO
Recursos Trabalhistas – Parte I
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230727151282
GUSTAVO DEITOS
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do 
Tribunal Superior do Trabalho (Gabinete de Ministro). 
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do 
TRF da 3ª Região. Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Eike mattiuzzo - 38083539880, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Recursos Trabalhistas – Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Princípios dos Recursos Trabalhistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Efeitos dos Recursos Trabalhistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. Pressupostos de Admissibilidade dos Recursos Trabalhistas . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.1. Pressupostos Intrínsecos de Admissibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.2. Pressupostos Extrínsecos de Admissibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4. Juízos de Admissibilidade e de Mérito dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.1. Juízo de Admissibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.2. Juízo de Mérito dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
 
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
aPReseNTaÇÃoaPReseNTaÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran! Espero encontrá-lo muito bem! Neste curso, apresento-
lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do trabalho, com o objetivo de lhe 
disponibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para ter 
o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa 
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo 
e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente, 
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. 
Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com 
um, ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de 
contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De 
qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos 
de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. Tudo depende, unicamente, 
da preferência de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente o seguinte tópico de Direito Processual do 
Trabalho: Recursos Trabalhistas (Parte I). Esta aula direciona-se especialmente a aspectos 
teóricos e estruturantes do sistema recursal: princípios, pressupostos, efeitos, dentre 
outros. Trata-se de temática importantíssima para a compreensão das espécies recursais.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos 
os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. 
O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade 
do conteúdo e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de 
exercícios disponibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas 
seja efetivamente testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Considero 
o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e 
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade 
do material.
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de 
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso 
você tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum 
problema, por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar 
sua avaliação. Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir 
quaisquer problemas nas aulas.
 
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua 
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, 
que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por 
meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será 
um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande 
respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
RECURSOS TRABALHISTAS – PARTE IRECURSOS TRABALHISTAS – PARTE I
1 . PRINcÍPIos Dos RecuRsos TRabalhIsTas1 . PRINcÍPIos Dos RecuRsos TRabalhIsTasII).
Nesses recursos, a comprovação do feriado forense deverá ocorrer mediante prova 
documental (anexo de lei, regimento ou outro ato normativo).
Mesmo que o juiz/relator não ateste o feriado forense, a parte prejudicada não poderá 
pleitear o reconhecimento desse feriado se, antes disso, ela teve prazo expresso para 
demonstrar a ausência de expediente do órgão judiciário em determinada data.
Se a parte perdeu prazo dado para demonstrar a ausência de expediente forense em 
determinado dia, mesmo que nesse dia realmente não tenha havido expediente, o recurso 
ficará prejudicado, se sua tempestividade depender de tal comprovação.
Cabe mencionar também que alguns sujeitos específicos têm PRAZO EM DOBRO para 
recorrer. São os seguintes:
• União (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969);
• Estados (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969);
• Distrito Federal (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969);
• Municípios (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969);
• Autarquias (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969);
• Fundações Públicas de Direito Público (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969);
• Associações Públicas (art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969 c/c art. 6º, inciso I, Lei n. 
11.107/2005);
• Ministério Público do Trabalho (art. 180 do CPC);
• Defensoria Pública (art. 186 do CPC);
• Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (art. 12 do Decreto-Lei n. 509/1969).
3.2.3.1. PRAZOS DIFERENCIADOS (PRIVILEGIADOS) PARA DETERMINADOS LITIGANTES
Alguns sujeitos específicos possuem prazos maiores, por determinação legal, para 
praticar atos processuais e interpor recursos.
Veja o que dispõem os incisos II e III do art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969:
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, 
estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:
(...)
II – o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, “in fine”, da Consolidação das Leis do Trabalho;
III – o prazo em dobro para recurso (...).
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
O art. 841 da CLT trata do quinquídio legal, que deve ser observado entre a notificação 
do reclamado e a data da primeira audiência. Este prazo de 5 dias é considerado mínimo 
para elaboração da defesa.
Portanto, como a União, os Estados, o DF, os Municípios e respectivas autarquias e 
fundações públicas possuem o privilégio de ter tal prazo em quádruplo, conclui-se: entre a 
data da efetiva notificação desses sujeitos e a primeira audiência deve haver intervalo 
mínimo de 20 dias.
Ademais, esses mesmos sujeitos possuem direito ao dobro do prazo para qualquer 
recurso. O Recurso Ordinário, por exemplo, deve ser interposto em 8 dias. Tais sujeitos 
têm direito ao prazo de 16 dias, portanto. O mesmo raciocínio vale para os embargos de 
declaração, por exemplo, que são interpostos em 5 dias (tais sujeitos possuem direito ao 
prazo de 10 dias).
Além desse privilégio, há outro a ser destacado: os artigos 180 e 186 asseguram ao 
Ministério Público e à Defensoria Pública prazos dobrados para toda e qualquer manifestação 
no processo: contestar, recorrer, manifestações em geral, esclarecimentos etc.
Sinteticamente:
DICA
União, Estados, DF, Municípios e autarquias e fundações 
públicas:
DOBRO PaRa RecoRReR .
QUÁDRUPLO PaRa DeFesa .
Ministério Público (MPT) e Defensoria Pública (DPU):
DOBRO PARA TUDO.
Esses privilégios NÃO se aplicam a empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Neste sentido é a Súmula n. 170 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades 
de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao Decreto-
Lei n. 779, de 21.08.1969.
 Obs.: Embora a súmula cite somente as sociedades de economia mista, este entendimento 
é aplicável a qualquer empresa estatal comum, com exceção da regra abaixo.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), empresa pública, com personalidade 
jurídica de direito privado, é reconhecida como entidade que exerce atividade típica e exclusiva 
de Estado (serviço postal). Portanto, ela recebe por extensão os privilégios processuais 
destinados à Fazenda Pública, como os prazos diferenciados estudados acima e a isenção 
de custas processuais.
Veja o que dispõe o art. 12 do Decreto-Lei n. 509/1969:
Art. 12. A ECT gozará de isenção de direitos de importação de materiais e equipamentos destinados 
aos seus serviços, dos privilégios concedidos à Fazenda Pública, quer em relação à imunidade 
tributária, direta ou indireta, impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços, quer no 
concernente a foro, prazos e custas processuais.
De acordo com o entendimento do TST, é inaplicável a regra do CPC que garante prazo 
em dobro para litisconsortes com procuradores diferentes em processos físicos, por ofensa 
ao princípio da celeridade. Veja o que enuncia a Orientação Jurisprudencial (OJ) n. 310 
da Subseção Especializada em Dissídios Individuais n. 01 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, OJ n. 310, SDI-1. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, 
caput e § § 1º e 2º, CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade 
com a celeridade que lhe é inerente.
No CPC de 2015, os litisconsortes com procuradores diferentes só possuem prazos dobrados 
quando o processo tramitar em meio físico. Em processos eletrônicos, independentemente do 
número de procuradores constituídos por cada litisconsorte, os prazos serão sempre contados 
de forma simples. No processo do trabalho, não importa se o processo tramita de forma 
física ou eletrônica: litisconsortes com procuradores diferentes não têm prazos dobrados.
3 .2 .4 . ReGulaRIDaDe De RePReseNTaÇÃo
Sabemos que o processo do trabalho comporta a figura do jus postulandi. A interposição 
de alguns recursos pode ocorrer sem a assistência de advogado. Já a interposição de outros 
exige, necessariamente, a atuação de um advogado.
O jus postulandi, na Justiça do Trabalho, tem um limite. Esse limite é devido ao avanço 
da técnica jurídica. Algumas ações e recursos exigem da parte o preenchimento de vários 
requisitos complexos, técnicos, cujo acesso, na grande maioria das vezes, só não é oneroso 
para os advogados. O limite do jus postulandi (ou, se preferir, as exceções ao jus postulandi) 
está estampado na Súmula n. 425 do TST:
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 425. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, 
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando 
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência 
do Tribunal Superior do Trabalho.
Você pôde perceber, acima, que o art. 791 da CLT fala que as partes poderão acompanhar 
suas reclamações“até o final”. Todavia, esse termo não deve ser interpretado literalmente. 
Considerando a complexidade técnica dos recursos de competência do TST, bem como 
as peculiaridades jurídicas de ações especialíssimas como ação rescisória e mandado de 
segurança, o TST lançou ao art. 791 interpretação sistemática, com resultado restritivo.
A Reforma Trabalhista criou outra hipótese em que o jus postulandi não prevalecerá: 
nos procedimentos de homologação de acordo extrajudicial.
O novo art. 855-B da CLT dispõe: “O processo de homologação de acordo extrajudicial terá 
início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.”
Logo, não pode qualquer das partes submeter ao juiz acordo extrajudicial para homologação 
sem ter advogado constituído por procuração válida.
Portanto, as partes do processo trabalhista precisarão, necessariamente, ser 
representadas por advogado nos seguintes casos:
• Recurso de Revista (TST);
• Embargos Infringentes ou Embargos por Divergência (TST);
• Recurso Ordinário ao TST em processo de competência originária do TRT;
• Ação Rescisória (em qualquer tribunal);
• Mandado de Segurança (em qualquer juízo ou tribunal);
• Homologação de Acordo Extrajudicial (em qualquer juízo ou tribunal).
Você pode estar se perguntando: por que o professor não citou a ação cautelar?
É porque a ação cautelar não mais existe no ordenamento jurídico, em razão de ter sido 
extinta pelo Novo CPC, que destinou sua finalidade inteiramente ao instituto da tutela provisória. 
Dessa forma, a Súmula n. 425 merece uma atualização, para excluir a ação cautelar do rol.
Todavia, a regularidade de representação não se restringe a verificar a possibilidade ou 
impossibilidade de interposição sem advogado. Mesmo que em tese o recurso possa ser 
interposto sem advogado, a representação da parte poderá ser irregular. Veja:
Se o recurso for interposto por advogado que não tenha instrumento de procuração 
nos autos e nem registro em ata de audiência de mandato tácito, a representação da parte 
será irregular. O mesmo vale para o recurso interposto por advogado sem poderes para isso.
Nesses casos, a parte deve sanar a irregularidade ( juntando a procuração aos autos ou 
conferindo os poderes necessários) para que o pressuposto de admissibilidade “Regularidade 
de Representação” seja preenchido.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Veja o que diz a Súmula n. 383, item II, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 383, II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase 
recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou 
o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias 
para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do 
recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento 
das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, CPC de 2015).
• RECORRENTE com representação irregular: recurso não é conhecido (inadmitido), 
por ausência do pressuposto extrínseco “Regularidade de Representação”;
• RECORRIDO com representação irregular: não poderá apresentar contrarrazões ao 
recurso interposto pelo recorrente; se as tiver apresentado, elas serão removidas do 
processo, como se não tivessem sido apresentadas.
DICA
Prazo para regularização da representação processual em 
fase de recurso: 5 DIAS, a contar do momento em que o 
relator do Tribunal detecta o problema .
Uma situação específica de irregularidade de representação processual percebida na 
fase recursal é abordada pela OJ n. 120 da SDI-I do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, OJ n. 120, SDI-I, I – Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o juiz ou 
o relator concederá prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a 
determinação, o recurso será reputado inadmissível (art. 932, parágrafo único, CPC de 2015).
II – É válido o recurso assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões 
recursais.
Ausência de assinatura do recurso pelo advogado é um exemplo prático de irregularidade 
de representação. Todavia, a consequência é a mesma reportada na Súmula n. 383: a parte 
tem o prazo de 5 dias para corrigir o problema. Se não corrigir o problema no prazo, o recurso 
será inadmitido (não conhecido), por ausência do pressuposto extrínseco “Regularidade 
de Representação”.
Para maiores detalhes sobre a representação processual, remeto à aula sobre Partes e 
Procuradores, onde o tema é aprofundado.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
3 .2 .5 . INeXIsTÊNcIa De FaTo eXTINTIVo ou IMPeDITIVo Do DIReITo De RecoRReR
Esses fatos extintivos e impeditivos são tratados na lei em torno de dois atos processuais: 
renúncia e desistência.
A renúncia é um fato impeditivo do direito de recorrer. Conforme o art. 999 do CPC, a 
renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte e pode ser feita de 
maneira expressa ou tácita.
A renúncia expressa não guarda mistérios: consiste na declaração escrita ou oral em 
audiência, registrada em ata, de que a parte não quer recorrer. Já a renúncia tácita consiste 
na aceitação da situação em que o processo se encontra, praticando-se ato incompatível 
com a vontade de recorrer (art. 1.000 do CPC).
EXEMPLO
Pedro ajuizou reclamação trabalhista contra Matias EIRELI, e o juiz do trabalho julgou totalmente 
procedentes os pedidos de Pedro. O representante legal de Matias EIRELI, logo após a publicação 
da sentença, peticiona nos autos apresentando, em anexo, comprovante de pagamento do 
valor líquido a que foi condenado e pedindo a extinção do processo.
O comportamento do reclamado é incompatível com a vontade de recorrer, pois ao pedir a extinção 
do processo em razão do pagamento ele indica que a decisão do juiz não merece reforma.
Logo, se após seis ou sete dias a reclamada solicitar o desarquivamento do processo para o 
processamento de recurso ordinário, o recurso não poderá ser admitido, pois existe um fato 
impeditivo do direito de recorrer: renúncia tácita (aceitação da decisão).
Já a desistência é um fato extintivo do direito de recorrer, pois esse direito chegou a 
existir em dado momento. A parte recorreu, mas manifesta ao juízo que não pretende que 
seu recurso seja analisado.
Segundo Bezerra Leite, a desistência deve ser sempre expressa. O advogado só poderá 
sustentar a desistência se tiver poderes específicos para desistir (art. 105 do CPC).
Entretanto, existem casos excepcionais que impedem que a desistência retire do Poder 
Judiciário o poder de analisar as razões do recurso. Tais casos estão previstos no art. 998, 
parágrafo único, CPC:
Art. 998, Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos.
O reconhecimento de repercussão geral, no STF, assim como a seleção do recurso para 
ser julgado como modelo de recurso repetitivo, são questões de interesse social, maior 
que o interesse das partes.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Portanto, se o recurso já tiver sido reconhecido como de repercussão geral ou afetado 
para julgamento em sede de recursos repetitivos, ele será apreciado para fins de fixação 
da tese jurídica a ser utilizada no futuro como precedente.
3 .2 .6 . PRePaRo
O preparo é um pressuposto de admissibilidade diretamente relacionado ao dinheiro. 
Basicamente, o preparo consiste no conjunto de despesas processuais existentes para a 
interposição de recursos.
Divide-se o preparo em duas coisas: custas processuais e depósito recursal. Estudaremos 
cada item separadamente.
3 .2 .6 .1 . DePÓsITo RecuRsal
A necessidade do depósito recursal surge do art. 899, § 1º, CLT, de redação arcaica, que 
condiciona a admissão de recursos ao “depósito da respectiva importância”. Essa importância 
corresponde ao valor da condenação, observando determinado limite fixado pelo Tribunal 
Superior do Trabalho em uma tabela.
O texto da CLT fala em um suposto limite de “10 salários mínimos regionais”, que não é 
mais aplicável, ante o envelhecimento desse elemento no contexto jurídico.
O depósito recursal somente será necessário se houver condenação em pecúnia, isto é, 
em valores. Se a sentença tiver resultado meramente declaratório, ou condenar alguém 
a cumprir obrigação de fazer, ou não fazer, não haverá condenação em pecúnia (pagar 
dinheiro). Logo, nesses casos, não haveria que se falar em depósito recursal, e o preparo 
consistiria somente em custas processuais.
Antes de verificar a tabela, você deve aprender as regras básicas de necessidade de 
efetuar depósito recursal. Comecemos: qual é o valor a ser depositado?
O valor a ser depositado a título de depósito recursal é o valor da condenação que 
ainda não tenha sido depositado.
EXEMPLO
A empresa José Empreendimentos, reclamada, é condenada a pagar R$ 5.000,00 ao 
ex-empregado Júlio, reclamante. Inconformado com a sentença, a empresa pretende interpor 
Recurso Ordinário ao TRT. Para tanto, a empresa deverá depositar o valor de R$ 5.000,00.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
A regra, contudo, não é sempre fácil assim. Existe um limite máximo para esse depósito.
A tabela que fixava os limites máximos dos depósitos recursais, para o segundo semestre 
do ano de 2023, apresentava os seguintes valores:
 Obs.: Os valores atualizados ficam sempre disponíveis no seguinte link: https://www.tst.
jus.br/valores-vigentes.
• Recurso Ordinário: R$ 12.665,14;
• Recurso de Revista, Embargos ao TST e Recurso Ordinário em Ação Rescisória: R$ 
25.330,28.
Tais valores são reajustados anualmente pela variação acumulada do Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor – INPC/IBGE.
EXEMPLO
Padaria Rocha é condenada a pagar R$ 100.000,00 a um ex-empregado. Inconformada com 
os fundamentos da sentença, a Padaria Rocha pretende interpor Recurso Ordinário ao TRT. 
Nesse caso, o depósito recursal deverá ser de R$ 12.665,14, limite máximo fixado pelo TST.
Se a Padaria Rocha perder também no TRT, ela poderá interpor Recurso de Revista ao TST, 
efetuando depósito recursal de R$ 25.330,28 (limite). Se a Padaria perder também em sede 
de recurso de revista, poderá opor Embargos à SDI do TST, efetuando depósito recursal de 
R$ 25.330,28 (limite).
Entretanto, você não pode observar o limite da tabela em todos os casos. Lembre-se: 
o valor do depósito recursal corresponde ao valor da condenação que ainda não tiver 
sido depositado em juízo!
EXEMPLO
Ronaldo Engenharia Ltda., reclamada, é condenada ao pagamento de R$ 15.000,00 a um 
ex-empregado. Inconformada com os fundamentos da sentença, a empresa pretende 
interpor Recurso Ordinário ao TRT. Nesse caso, o depósito recursal também deverá ser de 
R$ 12.665,14, limite máximo fixado pelo TST. A empresa é novamente derrotada em grau de 
recurso ordinário, razão que a leva a interpor Recurso de Revista ao TST. Agora, o depósito 
recursal para interpor Recurso de Revista deve ser de apenas R$ 2.334,86, que é o valor da 
condenação ainda não depositado em juízo.
DICA
Conclusão: o limite máximo global e absoluto do depósito 
recursal sempre será o valor da condenação . Todavia, 
se o valor da condenação for muito alto, o recorrente 
nunca pagará mais que os limites fixados na tabela do ato 
normativo expedido pelo TsT .
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Agora que você já conhece as regras básicas sobre o depósito recursal, resta saber: para 
que serve o depósito recursal? Seria uma espécie de taxa, como as custas?
Não, caro(a) aluno(a). O depósito recursal tem a finalidade de garantir a execução dos 
créditos deferidos em juízo. Trata-se de uma forma de tornar o adimplemento das verbas 
trabalhistas mais certo e célere.
De acordo com o art. 899, § 1º, CLT, os depósitos recursais efetuados pelo recorrente 
serão imediatamente liberados ao reclamante após o trânsito em julgado do processo, 
se o recorrente não conseguir reverter a decisão em grau de recurso. Essa liberação ocorre 
mediante simples despacho do juiz (“Considerando-se o trânsito em julgado, liberem-se 
os depósitos recursais ao reclamante”).
As peculiaridades do depósito recursal sofreram consideráveis alterações por parte 
da Reforma Trabalhista.
Conforme o art. 899, § 4º, CLT, “o depósito recursal será feito em conta vinculada ao 
juízo e corrigido com os mesmos índices da poupança”.
Antes da Reforma, o depósito recursal era efetuado na conta do FGTS do reclamante. 
Agora, é efetuado em Conta Judicial, por meio de Guia de Depósito Judicial. A correção, 
como diz o dispositivo, observa os índices da Poupança.
O § 11º do art. 899 dispõe: “O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária 
ou seguro garantia judicial.” A Reforma tratou de assegurar esses meios ao recorrente. Logo, 
eles estão sendo oportunizados.
É importantíssimo lembrar-se das duas modalidades de substituição do depósito 
recursal em dinheiro, que, como visto pouco acima, são o seguro garantia judicial e a 
fiança bancária.
Quando você for estudar o tema “execução”, tome cuidado para não confundir o seguinte: 
como forma de garantia da execução, admite-se, alternativamente, além da nomeação de 
bens à penhora, apenas o seguro garantia judicial.
A fiança bancária, por sua vez, pode substituir somente o depósito recursal, que é um 
requisito extrínseco de admissibilidade recursal (preparo), ainda em fase prévia à execução.
Tradicionalmente, o tema relativo ao depósito recursal sempre foi cobrado de forma 
restrita às regras das súmulas e OJs do TST e dos dispositivos de lei aplicáveis. Todavia, há 
precedente de cobrança de aspectos mais complexos em concursos públicos.
Em 2022, a banca FCC cobrou, em prova para o cargo de Técnico Judiciário, os requisitos 
específicos do Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n. 1, de 16 de outubro de 2019, que dispõe 
obre o uso do seguro garantia judicial e fiança bancária em substituição a depósito recursal 
e para garantia da execução trabalhista.
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Gustavo Deitos
Tal ato, de curta extensão, tem o seguinte conteúdo:
Art. 1º O seguro garantia judicial para a execução trabalhista e o seguro garantia judicial em 
substituição a depósito recursal visam garantir o pagamento de débitos reconhecidos em decisões 
proferidas por órgãos da Justiça do Trabalho, constituindo, no caso do segundo, pressuposto 
de admissibilidade dos recursos.
Parágrafo único. As regras previstas neste Ato Conjunto aplicam-se à fiança bancária para garantia 
de execução trabalhista ou para substituição de depósito recursal, observadas as peculiaridades 
do respectivo instrumento.
Art. 2º Aplicam-se ao seguro garantia previsto no art. 1º as seguintes
definições:
I – Apólice: documento assinado pela seguradora que representa formalmente o contrato de 
seguro garantia judicial;
II – Expectativa de sinistro: verificação pelo segurado da possibilidade de ocorrência de sinistro;
III – Indenização: pagamento pelas seguradoras das obrigações cobertas pelo seguro, a partir 
da caracterização do sinistro;
IV – Prêmio: importância devida pelo tomador à seguradora em razão dacobertura do seguro;
V – Segurado: o reclamante ou o exequente;
VI – Seguradora: a sociedade de seguros garantidora, nos termos da apólice, do cumprimento 
das obrigações assumidas pelo tomador perante os órgãos da Justiça do Trabalho;
VII – Seguro garantia judicial para substituição a depósito recursal: modalidade destinada a 
oferecer garantia real de satisfação da condenação;
VIII – Seguro garantia judicial para garantia de execução: modalidade destinada a garantir o juízo 
da execução, assegurando o pagamento das condenações trabalhistas;
IX – Sinistro: o inadimplemento das obrigações do tomador cobertas pelo seguro ou a determinação 
judicial para recolhimento dos valores correspondentes à apólice;
X – Tomador: devedor de obrigações trabalhistas que deve prestar garantia no processo judicial;
XI – Cláusula de renovação automática: obrigação da Seguradora de renovar automaticamente 
a apólice do seguro garantia por período igual ao inicialmente contratado, enquanto durar o 
processo judicial garantido, nos termos do Ofício n. 23/2019/SUSEP/DICON/CGCOM/COSET.
Art. 3º A aceitação do seguro garantia judicial de que trata o art. 1º, prestado por seguradora 
idônea e devidamente autorizada a funcionar no Brasil, nos termos da legislação aplicável, fica 
condicionada à observância dos seguintes requisitos, que deverão estar expressos nas cláusulas 
da respectiva apólice:
I – no seguro garantia judicial para execução trabalhista, o valor segurado deverá ser igual 
ao montante original do débito executado com os encargos e os acréscimos legais, inclusive 
honorários advocatícios, assistenciais e periciais, devidamente atualizado pelos índices legais 
aplicáveis aos débitos trabalhistas na data da realização do depósito, acrescido de, no mínimo, 
30% (Orientação Jurisprudencial n. 59 da SBDI-II do TST);
II – no seguro garantia para substituição de depósito recursal, o valor
segurado inicial deverá ser igual ao montante da condenação, acrescido de, no mínimo 30%, 
observados os limites estabelecidos pela Lei n. 8.177 e pela Instrução Normativa n. 3 do TST;
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III – previsão de atualização da indenização pelos índices legais aplicáveis aos débitos trabalhistas 
IV – manutenção da vigência do seguro, mesmo quando o tomador não houver pago o prêmio 
nas datas convencionadas, com base no art. 11, § 1º, Circular 477 da SUSEP e em renúncia aos 
termos do art. 763 do Código Civil e do art. 12 do Decreto-Lei n. 73, de 21 de novembro de 1966;
V – referência ao número do processo judicial;
VI – o valor do prêmio;
VII – vigência da apólice de, no mínimo, 3 (três) anos;
VIII – estabelecimento das situações caracterizadoras da ocorrência de sinistro nos termos do 
art. 9º deste Ato Conjunto;
IX – endereço atualizado da seguradora;
X – cláusula de renovação automática.
§ 1º Além dos requisitos estabelecidos neste artigo, o contrato de seguro garantia não poderá 
conter cláusula de desobrigação decorrente de atos de responsabilidade exclusiva do tomador, da 
seguradora ou de ambos, tampouco cláusula que permita sua rescisão, ainda que de forma bilateral;
§ 2º No caso de seguro garantia judicial para substituição de depósito recursal, o recorrente 
deverá observar as diretrizes previstas no item II da Instrução Normativa 3 do TST, no que diz 
respeito à complementação em caso de recursos sucessivos, quando não atingido o montante 
da condenação, ou em casos de sua majoração.
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, a complementação de depósito em espécie poderá ser 
feita mediante seguro garantia.
Art. 4º As apólices apresentadas permanecerão válidas independentemente do pedido de 
renovação da empresa tomadora, enquanto houver o risco e/ou não for substituída por outra 
garantia aceita pelo juízo.
Parágrafo único. As hipóteses de não renovação da apólice são exclusivamente aquelas descritas 
nos itens 4.1.1 e 4.2 do Anexo VI da Circular SUSEP n. 477.
Art. 5º Por ocasião do oferecimento da garantia, o tomador deverá apresentar a seguinte 
documentação:
I – apólice do seguro garantia;
II – comprovação de registro da apólice na SUSEP;
III – certidão de regularidade da sociedade seguradora perante a SUSEP.
§ 1º A idoneidade a que alude o caput do art. 3º será presumida mediante a apresentação da 
certidão da SUSEP referida no inc. III deste artigo que ateste a regularidade da empresa seguradora.
§ 2º Ao receber a apólice, deverá o juízo conferir a sua validade mediante cotejo com o 
registro constante do sítio eletrônico da SUSEP no endereço https://www2.susep.gov.br/safe/
menumercado/regapolices/pesquisa.asp. § 3º Considerar-se-á garantido o juízo somente 
quando o valor da apólice satisfizer os requisitos previstos no art. 3º, incs. I e II, deste Ato 
Conjunto, conforme o caso. § 4º O prazo para apresentação da apólice é o mesmo da prática do 
ato processual que ela visa garantir.
Art. 6º A apresentação de apólice sem a observância do disposto nos arts. 3º, 4º e 5º implicará:
I – no caso de seguro garantia judicial para garantia de execução trabalhista, o não conhecimento 
de eventuais embargos opostos e a determinação de penhora livre de bens;
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II – no caso de seguro garantia judicial para substituição a depósito recursal, o não processamento 
ou não conhecimento do recurso, por deserção.
Parágrafo único. A utilização da mesma apólice para garantia de mais de um processo judicial ou 
o uso de apólices falsas, ou adulteradas implicará, além das consequências previstas no caput, a 
imposição de multa pela prática de litigância de má-fé ao reclamado ou ao executado (art. 793-
B, incs. II, III e V, da CLT), sem prejuízo da correspondente representação criminal para apuração 
da possível prática de delito;
Art. 7º O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantira execução trabalhista 
mediante apresentação de seguro garantia judicial (art. 882 da CLT, com redação dada pela Lei n. 
13.467/2017). (alteração introduzida pelo Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n. 1, de 29 de maio de 2020)
Parágrafo único. Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária 
e o seguro garantia judicial, desde que atendidos os requisitos deste Ato Conjunto (art. 835, § 
2º, CPC). (alteração introduzida pelo Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n. 1, de 29 de maio de 2020)
Art. 8º O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial 
(art. 899, § 11, da CLT, incluído pela Lei n. 13.467/2017), observados os requisitos deste Ato 
Conjunto. (alteração introduzida pelo Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n. 1, de 29 de maio de 2020)
Parágrafo único. O requerimento de substituição do depósito recursal por seguro garantia judicial 
será dirigido ao Juiz ou Relator, competente para decidir o pedido na fase em que se encontrar 
o processo, na origem ou em instância recursal. (alteração introduzida pelo Ato Conjunto TST.
CSJT.CGJT n. 1, de 29 de maio de 2020)
Art. 9º Admitido o seguro garantia judicial, sua substituição somente poderá ser determinada 
pelo Juízo caso o seguro deixe de satisfazer os critérios estabelecidos neste Ato Conjunto.
Art. 10. Fica caracterizada a ocorrência de sinistro, gerando a obrigação de pagamento de 
indenização pela seguradora:
I – no seguro garantia judicial para execução trabalhista:
a) com o não pagamento pelo tomador do valor executado, quando determinado pelo juiz;
b) com o não cumprimento da obrigação de, até 60 (sessenta) dias antes do fim da vigência da 
apólice, comprovar a renovação do seguro garantia ou apresentar nova garantia suficiente e idônea.
II – no seguro garantia em substituição a depósito recursal:
a) com o trânsito em julgado de decisão ou em razão de determinação judicial, após o julgamento 
dos recursos garantidos;
b) com o não cumprimento da obrigação de, até 60 (sessenta) dias antes do fim da vigência da 
apólice, comprovar a renovação do seguro garantia ou apresentar nova garantia suficiente e idônea.
Parágrafo único. A comprovação da renovação da apólice constitui incumbência do recorrente 
ou do executado, sendo desnecessária a sua intimação para a correspondente regularização.
Art. 11. Configurado o sinistro, o magistrado que estiver na direção do processo determinará 
à seguradora o pagamento da dívida executada, devidamente atualizada, no prazo 15 (quinze) 
dias, sob pena de contra ela prosseguir a execução nos próprios autos, sem prejuízo de eventuais 
sanções administrativas ou penais pelo descumprimento da ordem judicial.
Art. 12. Ao entrar em vigor este Ato, suas disposições serão aplicadas aos seguros garantias 
judiciais e às cartas de fiança bancária apresentados após a vigência da Lei n. 13.467/2017, 
devendo o magistrado deferir prazo razoável para a devida adequação. (alteração introduzida 
pelo Ato Conjunto TST.CSJT.CGJT n. 1, de 29 de maio de 2020)
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Gustavo Deitos
Art. 13. O Sistema do PJe-JT deverá conter funcionalidade que permita a anotação pelo recorrente 
do uso de seguro garantia judicial ou de fiança bancária em substituição a depósito recursal, 
bem como a indicação do número da apólice, do valor segurado e da data da sua vigência.
Parágrafo único. A adaptação referida no caput não é condição para a observância dos dispositivos 
deste Ato.
Art. 14. Este Ato Conjunto entra em vigor na data de sua publicação.
 Obs.: Dentre os dispositivos acima, foram explorados, diretamente, em prova os arts. 
1º a 3º.
O STF, no Tema de Repercussão Geral n. 679, firmou o entendimento de que, para a 
admissibilidade de recurso extraordinário ao próprio STF, não é exigível o depósito 
recursal. A exigência desse depósito para o processamento do recurso extraordinário é 
inconstitucional.
Confira o texto do referido tema:
JURISPRUDÊNCIA
Surge incompatível com a Constituição Federal exigência de depósito prévio como 
condição de admissibilidade do recurso extraordinário, no que não recepcionada a 
previsão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo 
inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei n. 8.177 e, por arrastamento, 
no inciso II da Instrução Normativa n. 3/1993 do Tribunal Superior do Trabalho.
 
Agora, trataremos das hipóteses de isenção do depósito recursal.
A Lei n. 13.467/2017 tratou de criar uma lista de sujeitos que são isentos (dispensados) 
de efetuar depósito recursal. Outra lista criada pela Reforma foi de sujeitos que podem 
efetuar o depósito recursal somente até a metade de seu valor.
Os sujeitos isentos de efetuar depósito recursal estão no art. 899, § 10º, CLT, e são:
1) Beneficiário da Justiça Gratuita;
2) Entidades Filantrópicas;
3) Empresas em Recuperação Judicial.
Outros sujeitos isentos de efetuar depósito recursal estão previstos em fontes esparsas.
As pessoas jurídicas de direito público são isentas do depósito recursal, por força do 
art. 1º, inciso IV, do Decreto-Lei 779/69.
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Gustavo Deitos
O Ministério Público do Trabalho também é isento, por ser uma instituição estatal 
permanente com atribuição institucional de zelar pela ordem jurídica. Logo, requisitos 
pecuniários para o MPT recorrer não se justificam.
A massa falida também é isenta do depósito recursal, por força da Súmula n. 86 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 86. Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de 
pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, 
não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), por ter tratamento processual 
equiparado à Fazenda Pública, também é isenta do depósito recursal.
DICA
MUITO cuidado!
empresa em Recuperação Judicial – ISENTA
empresa em Recuperação Extrajudicial – PAGA DEPÓSITO 
RECURSAL
Por fim, a lista de todos os sujeitos isentos de efetuar depósito recursal é a seguinte:
1) Beneficiário da Justiça Gratuita;
2) Entidades Filantrópicas;
3) Empresas em Recuperação Judicial;
4) Pessoas Jurídicas de Direito Público (União, Estados, DF, Municípios, autarquias e 
fundações públicas);
5) Massa Falida;
6) MPT;
7) ECT.
Em outra face, o § 9º do art. 899 estabelece os sujeitos que podem efetuar somente a 
metade do valor do depósito recursal. São eles:
1) Entidades sem fins lucrativos;
2) Empregadores Domésticos;
3) Microempresas (ME);
4) Empresas de Pequeno Porte (EPP);
5) Microempreendedores individuais (MEI).
Este é um ponto em que a memorização se torna indispensável. Para ajudá-lo(a), 
apresentarei, logo em seguida, um exercício dinâmico de memorização deste conteúdo.
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Gustavo Deitos
O ponto que mais pode provocar confusão diz respeito às Entidades Filantrópicase às 
Entidades Sem Fins Lucrativos.
As Filantrópicas também são, a rigor, entidades sem fins lucrativos. Todavia, elas são 
totalmente isentas em razão de seu objeto especial: filantropia.
As Entidades Filantrópicas são aquelas devidamente certificadas, de acordo com a Lei 
n. 12.101/2009. Essas entidades específicas devem prestar serviços à comunidade, com a 
finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação 
(art. 1º da referida lei).
Já as demais entidades sem fins lucrativos correspondem ao restante. Muitas entidades 
sem fins lucrativos prestam serviços somente para associados ou membros de determinada 
categoria. Na visão do legislador, isso é um papel bem menos nobre do que o desempenhado 
pelas entidades filantrópicas, que atuam especificamente nas áreas da Assistência Social, 
da Saúde e da Educação.
A isenção do beneficiário da justiça gratuita, por sua vez, é mais lógica. O legislador 
pretendeu proteger, pelo menos neste ponto, o sujeito que em tese não pode custear o 
processo sem prejuízo ao sustento próprio e de sua família.
As empresas em Recuperação Judicial são aquelas que estão fazendo uma série de 
acordos com seus credores para organizar seu passivo e retomar o rumo empresarial livre 
de um caminhão de dívidas. O legislador pretendeu ajudar essas empresas, entendendo 
que o pagamento de qualquer valor a título de depósito recursal poderia colocar em risco 
a solidez da empresa, até mesmo, em casos extremos, causando a falência dessa empresa. 
Essa, repito, parece ser a visão do legislador.
Quanto aos sujeitos que podem pagar somente a metade do valor, o legislador os viu 
como sujeitos que, em tese, possuem menores condições de arcar com esse ônus, embora 
tenham essa possibilidade. São ME, EPP, MEI, Empregador Doméstico e Entidades sem fins 
lucrativos em geral.
Se seu perfil de estudos tolerar técnicas de memorização com trocadilhos, aproveite 
para considerar o seguinte:
DICA
EPP – Eu Posso Pagar o depósito recursal .
ME – MEtade do valor do depósito recursal .
MEI – MEtade do valor do depósito recursal .
Não se esqueça de que ainda existem o Empregador 
Doméstico e as Entidades Sem Fins Lucrativos em Geral na 
lista dos que podem pagar metade do depósito recursal .
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Gustavo Deitos
Existe ainda outro caso específico no qual o depósito recursal será devido pela metade, 
mas não se relaciona ao sujeito que recorre, e sim à espécie do recurso em si. Ademais, há 
um caso em que o depósito recursal será indevido (desnecessário) em razão do conteúdo 
do recurso. Veja o que dispõem os § § 7º e 8º do art. 899 da CLT, inseridos nos anos de 2010 
e 2014, respectivamente:
Art. 899, § 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá 
a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
EXEMPLO
Imobiliária Casas Novas, reclamada, é condenada a pagar R$ 40.000,00 a um ex-empregado 
pelo juiz do trabalho. Inconformada, a empresa interpõe recurso ordinário, efetuando o 
depósito de R$ 12.665,14, limite máximo fixado pelo TST. O juiz do trabalho, ao realizar 
o primeiro juízo de admissibilidade, denega seguimento ao recurso ordinário, apontando 
ausência de alguns pressupostos recursais. Não concordando com a denegação do juiz, a 
empresa interpõe Agravo de Instrumento para destrancar o Recurso Ordinário. Nesse caso, 
o valor do depósito recursal do Agravo de Instrumento será a metade do valor do depósito 
devido para interpor Recurso Ordinário, ou seja, R$ 6.332,57.
O valor de R$ 6.332,57 é a metade do valor do depósito do recurso que a empresa quer 
destrancar, que é o recurso ordinário.
Lembre-se sempre de que o limite máximo global é o valor da condenação ainda não 
depositado. Neste exemplo, o valor da condenação está longe de ser atingido (R$ 40.000,00).
Art. 899, § 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista 
que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior 
do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá 
obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.
Este privilégio é previsto especificamente para o recurso AIRR (Agravo de Instrumento 
em Recurso de Revista). Às vezes, o recurso de revista é denegado pelo Presidente do TRT, 
que entende não terem sido preenchidos pressupostos de admissibilidade.
Nesse caso, a parte pode interpor Agravo de Instrumento, para destrancar o Recurso de 
Revista e levá-lo ao TST. Para não precisar efetuar o depósito recursal, basta que a parte, 
nas razões recursais, aponte violação a alguma Súmula ou OJ do TST.
Este privilégio existe em prol de um bem maior, na visão do legislador: pacificação da 
jurisprudência da Corte Superior (TST). Logo, é necessário dar à parte a oportunidade 
de acusar a inobservância da jurisprudência pacificada, a fim de prevenir conflitos 
jurisprudenciais graves.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Repito: esse privilégio (isenção do depósito recursal em AIRR) só existirá se a decisão 
contrariar, especificamente, teor de Súmula ou OJ. Fundamentações em acórdãos esparsos 
não possibilitam ao recorrente invocar esse privilégio.
Abaixo, apresento um exercício dinâmico: você deve marcar um X na coluna correspondente, 
para apontar se o sujeito indicado é isento do depósito recursal ou deve pagar metade.
Juntamente com o gabarito das questões propostas, haverá o exercício devidamente 
resolvido, para você conferir quantos acertou e quantos errou.
SUJEITO ISENTO PAGA METADE
Pessoa Jurídica de Direito Público
Empregador Doméstico
Empresa de Pequeno Porte (EPP)
Massa Falida
Empresa em Recuperação Judicial
Entidades Filantrópicas
Microempreendedor Individual (MEI)
ECT – Correios
MPT
Microempresa (ME)
Entidades sem fins lucrativos
Beneficiário da Justiça Gratuita
Para finalizar o subtópico do depósito recursal, apresento a regra da Súmula n. 128, 
item III, TST, onde o efeito extensivo se manifesta sobre os depósitos recursais:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 128, III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o 
depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa 
que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.
EXEMPLO
Madeireira Ronaldinho e Neymar Transportes são condenadas solidariamente a pagar R$ 
50.000,00 a um ex-empregado. Ambas as empresas pretendem recorrer ao TRT. A reclamada 
Madeireira Ronaldinho interpõe por primeiro seu recurso, efetuando depósito recursal. A 
Madeireira Ronaldinho não tem dúvidas de que é parte na relação jurídica e somente pede a 
revisão da sentença para diminuir o valor da condenação.
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Nesse caso, a reclamada Neymar Transportes, ao interpor oseu recurso, não precisará efetuar 
o depósito recursal, pois a outra reclamada (Madeireira Ronaldinho) não está pedindo sua 
exclusão da lide no recurso.
Se a Madeireira Ronaldinho postulasse em grau de recurso sua exclusão do polo passivo do 
processo, a reclamada Neymar Transportes, ao interpor o seu recurso, deveria necessariamente 
efetuar depósito recursal.
Você já conhece todos os parâmetros de quantificação do depósito recursal e os sujeitos 
que devem efetuá-lo. Contudo, ainda resta saber o momento oportuno para a efetuação 
do depósito recursal.
Em regra, o depósito recursal deve ser efetuado DENTRO DO PRAZO RECURSAL, não 
necessariamente no mesmo momento da interposição do recurso. Logo, se o recorrente 
interpôs recurso ordinário no terceiro dia do prazo, ele poderá efetuar o depósito recursal 
até o oitavo dia.
Existe uma exceção a esse momento processual: Agravo de Instrumento. NO caso desse 
recurso específico, o depósito recursal deve ser efetuado NO ATO DE INTERPOSIÇÃO (art. 
899, § 7º, CLT). Logo, se o agravo de instrumento for interposto no quarto dia do prazo, o 
depósito recursal será efetuado, também, neste dia, juntamente com a interposição do 
agravo de instrumento.
Esta regra está presente na Súmula n. 245 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 245. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo 
ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.
A súmula está dizendo que a interposição antecipada do recurso (antes do último dia) 
não prejudica o prazo para efetuar-se o depósito (até o último dia).
Abaixo, apresento ilustração para auxiliar a memorização desta regra:
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3 .2 .6 .2 . cusTas PRocessuaIs
Na aula sobre Atos, Termos e Prazos Processuais, abordamos também o tópico do 
edital pertinente às custas. Portanto, neste momento, apresentarei somente os pontos 
essenciais referentes às custas e as particularidades pertinentes aos recursos. Para maiores 
aprofundamentos, com exemplos e conexões, remeto à aula sobre Atos, Termos e Prazos 
Processuais.
As custas processuais tão, em essência, taxas. Logo, as custas processuais são tributos 
devidos em contraprestação ao serviço público prestado pelo Estado, que é a prestação 
jurisdicional ao jurisdicionado.
As custas processuais seguem os parâmetros do art. 789 da CLT:
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos 
de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça 
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento 
incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e 
quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social, e serão calculadas:
O percentual a ser pago a título de custas processuais será de 2% em todo e qualquer 
procedimento de competência da Justiça do Trabalho: seja reclamação trabalhista sob o 
rito ordinário ou sumaríssimo, ação de consignação em pagamento, ação monitória, ação 
anulatória etc.
Nunca haverá condenação a pagamento de custas em valor inferior a R$ 10,64. Se o valor 
da causa for de R$ 100,00 e as custas forem calculadas sobre este valor, ela terá o valor 
de R$ 10,64, apesar de o percentual e 2% sobre R$ 100,00 resultar valor inferior (R$ 2,00).
A Reforma Trabalhista criou um limite máximo para as custas processuais, o qual até 
então não existia. Tal limite é o quádruplo do teto dos benefícios do RGPS. O limite máximo 
dos benefícios do RGPS é fixado anualmente por Portaria do Ministério da Economia.
Imaginemos, para aprendizado, que o limite seja de R$ 8.000,00.
Portanto, o montante máximo que pode ser fixado a título de custas processuais, 
independentemente do valor da causa, da condenação ou do acordo, é de R$ 32.000,00. 
Sendo assim, de uma causa com valor de dois bilhões de reais, por exemplo, não poderia 
resultar valor de custas maior que esse.
Os incisos do art. 789 da CLT apontam para as bases de cálculo das custas processuais. 
Tais bases dependerão do resultado do processo. Veja:
Art. 789, I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor;
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente 
improcedente o pedido, sobre o valor da causa;
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III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, 
sobre o valor da causa;
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.
Para ajudar, apresento os seguintes exemplos:
1) João ajuíza reclamação trabalhista contra a empresa ABC S.A., dando à causa o valor 
de R$ 50.000,00. Na audiência inicial, João e ABC celebram acordo de R$ 10.000,00 para 
pôr fim ao processo e dar quitação integral do extinto contrato de trabalho. Neste caso, 
as custas processuais serão de R$ 200,00 (2% sobre o valor do acordo).
2) Andreia ajuíza reclamação trabalhista contra a empresa Um Mais Dois Ltda., dando 
à causa o valor de R$ 100.000,00. Na sentença, o juiz dá parcial procedência aos pedidos e 
impõe à condenação o valor de R$ 30.000,00. Neste caso, as custas processuais serão de 
R$ 600,00 (2% sobre o valor da condenação).
3) Paulo ajuíza ação declaratória de existência de vínculo empregatício em face de Yuri, 
empregador rural, dando à causa o valor de R$ 5.000,00. O empregador concordou com a 
pretensão de Paulo, e a sentença deu procedência ao pedido, declarando a existência do vínculo 
empregatício. Neste caso, as custas processuais serão de R$ 100,00 (2% sobre o valor da causa).
4) Cristiane ajuíza ação rescisória para desconstituir sentença proferida em processo no 
qual atuou como parte, dando à causa o valor de R$ 200.000,00. A ação rescisória é julgada 
procedente, e a sentença é desconstituída. Neste caso, as custas processuais serão de R$ 
4.000,00 (2% sobre o valor da causa).
5) Willian ajuíza reclamação trabalhista postulando várias verbas rescisórias contra 
seu ex-empregador, Juninho ME, dando à causa o valor de R$ 15.000,00. A reclamação é 
julgada totalmente improcedente. Neste caso, as custas processuais serão de R$ 300,00 
(2% sobre o valor da causa).
6) Maria ajuíza reclamação trabalhista postulando verbas rescisórias contra Cláudia, 
sua ex-empregadora doméstica, dando à causa o valor de R$ 80.000,00. Como Maria não 
atribuiu valores às pretensões de natureza pecuniária (valoração dos pedidos – art. 840, § 
1º), a reclamação foi extinta sem resolução do mérito. Neste caso, as custas processuais 
serão de R$ 1.600,00 (2% sobre o valor da causa).
7) Álvaro ajuíza reclamação trabalhista contra Pedrão Construções postulando várias 
verbas rescisórias, mas esquece de atribuir valor à causa. Além disso, Álvaro deixou de 
cumprir vários requisitos: indicar o endereço do reclamado, indicar o valor dos pedidos 
de natureza pecuniária, narrou os fatos de maneira totalmente incoerente e endereçou a 
petição à Vara Criminal. Neste caso, o valor das custas processuais dependerá de qual será 
o valor que o juiz, discricionariamente, atribuirá a tal ação. Se ele, por exemplo, atribuir o 
valorde R$ 1.000,00 a tal causa, as custas processuais serão de R$ 20,00 (2% sobre o valor 
atribuído pelo juiz).
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Recursos Trabalhistas – Parte I
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§ 1º As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de 
recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
Afinal de contas, quem é o vencido? O reclamante será vencido se não ganhar nenhum 
de seus pedidos. Logo, o reclamado será vencido se perder algum pedido, mesmo que em 
menor parte. Portanto, a parcial procedência torna o reclamado vencido e responsável pelo 
pagamento das custas processuais.
Dentro do prazo do recurso, as custas devem ser pagas, e o pagamento deve ser 
comprovado nos autos, sob pena de o recurso ser considerado deserto.
Deserção significa falta de preparo: ausência de pagamento de custas processuais e/ou 
depósito recursal, quando devidos.
O recolhimento das custas processuais e a atualização de seu valor seguem regras 
estabelecidas na Súmula n. 25 do TST, muito cobrada em provas. Comentarei, individualmente, 
cada item desta súmula.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 25, I – A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, 
está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na 
sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida;
A parte que for vencida em primeiro grau deve, para recorrer, pagar as custas processuais, 
certo? Evidentemente, é possível que a parte reverta a decisão em grau de recurso e passe 
a ser a vencedora do processo.
Perceba: a parte que agora é vencedora acabou pagando custas, encargo que deveria ser 
atribuído à parte vencida. Nesse caso, a parte contrária deverá reembolsar as custas pagas 
pela parte que recorreu e ganhou, normalmente mediante depósito em conta judicial, com 
subsequente liberação do valor à parte vencedora por meio de alvará judicial.
A parte que se tornar vencida em segundo grau deverá pagar as custas processuais 
determinadas na sentença recorrida independentemente de intimação.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 25, II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem 
acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, 
descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final [após o 
trânsito em julgado – acréscimo do professor], se sucumbente, reembolsar a quantia;
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Recursos Trabalhistas – Parte I
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Vamos entender essa regra com um exemplo prático.
EXEMPLO
Pedro Júnior ajuíza reclamação trabalhista contra a empresa MSN Comunicações, postulando 
verbas rescisórias e danos extrapatrimoniais, dando à causa o valor de R$ 50.000,00. O juiz, na 
sentença, julga totalmente improcedentes os pedidos de Pedro, condenando-o ao pagamento 
de custas processuais no valor de R$ 1.000,00. Pedro pretende recorrer ao TRT e, como não 
possui justiça gratuita, deve pagar as custas processuais como pressuposto recursal (preparo).
O TRT dá provimento ao recurso ordinário de Pedro, condenando a empresa MSN Comunicações 
a pagar-lhe todas as parcelas postuladas, bem como indenização por dano extrapatrimonial, 
no valor de R$ 50.000,00.
A empresa, inconformada, pretende interpor recurso de revista ao TST. O valor da condenação 
é igual ao valor da causa. Logo, as custas processuais já foram pagas na íntegra (R$ 1.000,00). 
Perceba que o valor das custas não foi acrescido e nem atualizado.
Dessa forma, a empresa NÃO precisará pagar as custas processuais para interpor o recurso 
de revista. Se após todos os recursos possíveis a empresa continuar como sucumbente no 
processo, ela deverá reembolsar o valor de R$ 1.000,00 a Pedro. Destaque: esse reembolso 
ocorrerá após o trânsito em julgado do processo.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 25, III – Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da 
condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco 
intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final;
Novamente, trabalharemos a regra com exemplo.
EXEMPLO
Marcinho ajuíza reclamação trabalhista contra a sociedade empresária Master Festas, 
postulando verbas rescisórias. Na sentença, o juiz do trabalho julga parcialmente procedentes 
os pedidos do reclamante, condenando a empresa a pagar R$ 15.000,00 a ele, a título de 
parte das verbas rescisórias postuladas.
Marcinho, entendendo que faria jus a valor maior, recorre ao TRT. A empresa, inconformada, 
entendendo que não deveria pagar a Marcinho valor nenhum, também recorre, pagando as 
custas processuais de R$ 300,00.
O TRT dá razão a Marcinho, aumentando o valor da condenação para R$ 20.000,00. Todavia, o 
acórdão é omisso quanto ao valor das custas processuais devidas a partir daí, e a Secretaria 
do órgão judiciário nem mesmo atualizou o seu valor.
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Se a empresa interpuser recurso de revista ao TST e o TRT recebê-lo, nada falando sobre o 
aumento do valor das custas processuais (que doravante deveriam ser de R$ 400,00 no total), 
o TST deverá receber o Recurso de Revista da empresa, sem declará-lo deserto.
Nesse contexto, a empresa deverá pagar o valor acrescido às custas (R$ 100,00, que é a 
diferença entre R$ 300,00 e 400,00) após o trânsito em julgado do processo.
 Obs.: Essa regra aplica-se aos casos em que o Tribunal é omisso sobre o valor das custas 
e deixa de intimar o recorrente a complementá-las. Se o Tribunal, atentamente, 
fixar o novo valor das custas, o seu pagamento será, normalmente, pressuposto de 
admissibilidade do recurso a ser interposto.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 25, IV – O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário 
mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos 
termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT.
Na aula sobre Atos, Termos e Prazos Processuais, também trabalhamos o tema das custas 
processuais. Lá, fizemos aprofundamento a respeito dos sujeitos isentos do pagamento de 
custas, bem como dos sujeitos que devem reembolsar as custas pagas pelo vencido que, 
depois, se torna vencedor. Portanto, remeto-lhe a tal aula para considerações sobre esse 
ponto específico.
Ademais, o § 3º do art. 789 trata do parâmetro para as custas no caso de acordo em 
reclamação trabalhista. Confira:
Art. 789, § 3º Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento 
das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
EXEMPLO
Luís, empregado, e Gabriela, empregadora, celebram acordo de R$ 20.000,00 para dar fim 
ao processo e quitação integral ao extinto contrato de trabalho. Na parte dispositiva da 
sentença, o juiz apenas insere o seguinte texto: “Custas no valor de R$ 400,00.”
Neste contexto, Luís deverá pagar R$ 200,00 e Gabriela, os outros R$ 200,00.
Todavia, se o juiz fixasse de maneira diversa,a regra seria, por consequência, diversa. Ex. 
“Custas no valor de R$ 400,00, pela reclamada.”
Neste caso, por sua vez, seria de Gabriela o ônus de pagar as custas.
Art. 789, § 4º Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo 
pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do 
Tribunal.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Nos dissídios coletivos, o valor das custas processuais não resultará, necessariamente, 
de uma base do cálculo fornecida pelas partes.
O valor da causa é um valor fornecido pelo reclamante. Logo, não necessariamente o 
mesmo valor será “arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal”, como diz o § 4º.
Logo, o valor das custas resultará do percentual de 2% aplicado sobre o valor fixado 
na decisão final do dissídio coletivo.
3.2.6.3. RECURSO DE DECISÃO QUE CONDENA EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Para brevemente relembrar os principais elementos da litigância de má-fé, apresento 
a ilustração abaixo:
O tratamento da litigância de má-fé no que tange ao preparo dos recursos ganha 
importância diante do teor da OJ n. 409 da SDI-I do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, OJ n. 409, SDI-I. O recolhimento do valor da multa imposta como sanção por 
litigância de má-fé (art. 81 do CPC de 2015 – art. 18 do CPC de 1973) não é pressuposto 
objetivo para interposição dos recursos de natureza trabalhista.
Se a parte for multada por litigância de má-fé e, após a sentença, quiser recorrer, não 
precisará pagar a multa como condição para a interposição do recurso. Portanto, se o 
juiz denegar seguimento ao recurso exigindo o pagamento dessa multa, caberá agravo de 
instrumento para destrancá-lo, e o tribunal certamente admitirá o recurso, com fundamento 
na OJ n. 409 da SDI-I do TST.
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Gustavo Deitos
DICA
conclusão: a multa por litigância de má-fé (entre 1% e 10%) 
não precisa ser depositada para efeitos de admissibilidade 
recursal . logo, tal multa não se insere no conceito de 
“preparo” .
3 .2 .6 .4 . ReQueRIMeNTo De JusTIÇa GRaTuITa eM RecuRso
Você já sabe que a ausência do “preparo” (recolhimento de custas e depósito recursal) 
acarreta a inadmissibilidade do recurso, por deserção. Todavia, é possível que a parte 
recorrente postule o benefício da justiça gratuita em grau de recurso. Nesta situação, 
como fica o dever de efetuar o preparo?
Primeiramente, apresento-lhe o teor da OJ n. 269 da SDI-I do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, OJ n. 269, SDI-I, I – O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer 
tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado 
no prazo alusivo ao recurso;
II – Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao 
relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, CPC de 2015).
Não há limite de tempo, no processo, para pedir justiça gratuita ao juiz/tribunal. É possível 
pedir em qualquer momento, esteja o processo no TST, no STF, ou em qualquer tribunal.
Contudo, se o pedido for formulado em fase de recurso (após decisão final de juiz ou 
tribunal), esse pedido deve ser feito dentro do prazo do recurso a ser interposto.
Feito o recurso, acompanhado do pedido de justiça gratuita, a parte que solicita a 
justiça gratuita está autorizada a deixar de recolher as custas processuais, que seriam 
pressupostos para a interposição do recurso.
Nesse caso, se o relator indeferir o pedido de justiça gratuita, ele deverá dar prazo 
razoável à parte para que ela recolha as custas, sob pena de o recurso ser considerado 
deserto (inadmitido por deserção).
4. JUÍZOS DE ADMISSIBILIDADE E DE MÉRITO DOS 4. JUÍZOS DE ADMISSIBILIDADE E DE MÉRITO DOS 
RecuRsosRecuRsos
Nos próximos subtítulos, trabalharemos, de forma detalhada e sistematizada, o 
funcionamento do juízo de admissibilidade e de mérito dos recursos trabalhistas em geral.
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4 .1 . JuÍZo De aDMIssIbIlIDaDe4 .1 . JuÍZo De aDMIssIbIlIDaDe
O que seria um juízo de admissibilidade do recurso?
Juízo de admissibilidade é a avaliação do órgão judiciário acerca do preenchimento 
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade por parte do recurso em 
análise. Trata-se de “aprovar” ou “reprovar” o recurso, em relação a seus pressupostos de 
admissibilidade.
No processo do trabalho, ao contrário da atual regra do processo civil, todos os recursos 
passam por dois juízos de admissibilidade. O primeiro é realizado pelo órgão recorrido ( juízo 
a quo), e o segundo, pelo órgão competente para apreciar o recurso ( juízo ad quem).
EXEMPLO
Andressa, doméstica, ajuíza reclamação trabalhista contra Terezinha, sua ex-empregadora 
doméstica. Na sentença, o juiz julga parcialmente procedentes os pedidos de Andressa, 
condenando Terezinha a pagar R$ 5.000,00 à reclamante.
Inconformada, Terezinha pretende interpor recurso ordinário ao TRT. A interposição do recurso 
será feita no âmbito da Vara do Trabalho, e, após o término do prazo para o oferecimento 
de contrarrazões por Andressa, o próprio juiz do trabalho analisará se o recurso ordinário 
preenche todos seus pressupostos de admissibilidade (primeiro juízo de admissibilidade).
Entendendo que os pressupostos estão presentes (adequação, preparo, regularidade de 
representação etc.), o juiz do trabalho remeterá o processo ao TRT.
No TRT, o relator sorteado para este processo fará uma segunda análise dos pressupostos de 
admissibilidade (segundo juízo de admissibilidade). Entendendo que tais pressupostos se 
fazem presentes, o relator poderá dar seguimento à apreciação do mérito recursal, analisando 
as razões da recorrente e as contrarrazões da recorrida.
Se, entretanto, o relator entender que faltam pressupostos de admissibilidade, ele denegará 
seguimento ao recurso. Nesse caso, o recorrente poderá interpor agravo de instrumento, 
visando nova análise dos pressupostos, para destrancá-lo.
4 .1 .1 . ResuMo
O juízo de admissibilidade não adentra ao mérito do recurso. Ele se restringe a averiguar 
o preenchimento dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade do 
recurso, já estudados. O juízo de admissibilidade é desempenhado duas vezes:
• 1ª vez: pelo juízo a quo (recorrido);
• 2ª vez: pelo juízo ad quem (competente para processar e julgar o recurso).
Para que o recurso denegado no juízo de admissibilidade seja “destrancado” e levado 
ao órgão julgador, a parte pode interpor Agravo de Instrumento. É essa a função basilar do 
agravo de instrumento no processo do trabalho, bem diferente do processo civil. Estudaremos 
melhor essa parte na segunda aula sobre o tema.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
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Na segunda aula sobre o Sistema Recursal Trabalhista, também veremos que 
alguns recursos mais técnicos, como o Recurso de Revista, possuem pressupostos de 
admissibilidade formais específicos, diferentes dos pressupostos que já estudamos. 
Como esse conteúdo é específico e inerente a cada espécie recursal, estudá-lo-emos na 
segunda aula sobre recursos.
4.2. JUÍZO DE MÉRITO DOS RECURSOS4.2. JUÍZO DE MÉRITO DOS RECURSOS
O juízo de mérito é exercido após a realização do juízo de admissibilidade. É a fase 
em que o TRT analisa as razões recursais, os fatos, os requerimentos do recorrente, as 
contrarrazões do recorrido e demais elementos relativos ao mérito da relação jurídica 
envolvida na reclamação trabalhista.
A admissibilidade do recurso, mediante verificação do preenchimento de todos os 
pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade, é condição necessária para que 
o juízo de mérito aconteça.
Na nossa segunda aula sobre o Sistema Recursal Trabalhista, apresentarei mapas mentais 
indicando como funcionam os juízos de admissibilidade e de mérito de cada um dos recursos 
em espécie, tendo em vista que cada um tem um procedimento diferente de admissibilidade.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS
001. 001. (CEBRASPE/PGM-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2023) Conforme a jurisprudência 
do TST quanto aos dissídios individuais em que a fazenda pública seja parte, estará sujeita 
ao reexame necessário a decisão
a) contrária à fazenda pública, cuja condenação for em valor correspondente a mil salários 
mínimos para os estados.
b) fundada em súmula ou orientação jurisprudencial do TST.
c) fundamentada em acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal 
Superior do Trabalho em julgamento de recurso repetitivo.
d) fundada em entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula 
administrativa.
e) consubstanciada em entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas.
002. 002. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2022/ADAPTADA) Analise a assertiva a seguir:
No Processo do Trabalho, os recursos terão efeito meramente devolutivo, sendo admissível 
a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao 
tribunal, ao relator ou ao presidente, ou vice-presidente do tribunal recorrido.
003. 003. (CEBRASPE/PG-DF/PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL/2022) À luz da sistemática 
processual trabalhista, julgue o próximo item.
O depósito recursal será feito na conta vinculada do empregado e corrigido pelo índice da 
poupança, salvo para os beneficiários da justiça gratuita, que são isentos dessa obrigação.
004. 004. (FCC/TRT/22ª REGIÃO-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2022) Rosita ingressou com reclamação trabalhista em face do Bar Lua Cheia 
Ltda., alegando que no desempenho de suas funções de garçonete nunca recebeu gorjetas. 
Na sentença trabalhista, a juíza firmou convencimento de que o representante legal da 
reclamada alterou a verdade dos fatos em seu depoimento pessoal, ao alegar que em seu 
Bar nunca eram cobrados valores relativos às gorjetas, condenando, assim, a reclamada em 
multa por litigância de má-fé, no valor de 10% sobre o valor da causa corrigido. De acordo 
com jurisprudência pacificada do TST, se a reclamada ingressar com recurso ordinário
a) não precisará pagar a multa por litigância de má-fé, mas deverá prestar caução ou 
garantir renda para que o recurso seja processado.
b) deverá comprovar o recolhimento do depósito recursal, das custas processuais e da 
multa por litigância de má-fé, sob pena de não ser recebido seu recurso.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
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c) não precisará recolher o valor da multa, uma vez que não é pressuposto para interposição 
de recursos trabalhistas.
d) em razão dos princípios próprios do processo trabalhista, além dos valores do preparo, a 
reclamada deverá pagar o valor da multa por litigância de má-fé pela metade, sendo pago 
o restante se for mantida, em fase de execução de sentença.
e) ante a falta de previsão legal, deverão ser opostos Embargos de Declaração para que a 
juíza esclareça sobre a necessidade ou não do recolhimento da multa para processamento 
do recurso.
005. 005. (FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) Quanto 
ao seguro garantia judicial e fiança bancária em substituição a depósito recursal e para 
garantia da execução trabalhista,
a) o valor do seguro garantia judicial para a execução trabalhista deverá ser igual ao montante 
original do pedido reclamado com os encargos e os acréscimos legais, inclusive honorários 
advocatícios, assistenciais e periciais, devidamente atualizados pelos índices legais aplicáveis 
aos débitos trabalhistas, acrescido de, no mínimo, 35%.
b) o seguro garantia judicial para ser aceito deve ser prestado por seguradora idônea e 
devidamente autorizada a funcionar no Brasil, cabendo ao juízo, quando receber a apólice 
do seguro garantia, conferir a sua validade mediante cotejo com o registro constante do 
sítio eletrônico da SUSEP.
c) o contrato de seguro garantia que contiver cláusula de desobrigação decorrente de atos 
de responsabilidade exclusiva do tomador, da seguradora ou de ambos, ou ainda, cláusula 
que permita sua rescisão, só poderá ser utilizado para a substituição de depósito recursal.
d) é permitida a utilização da mesma apólice de seguro para garantia de mais de um processo 
judicial, desde que a parte indique os números e as varas de tramitação dos respectivos 
processos, além do andamento processual atualizado.
e) a apólice do seguro garantia judicial apresentada para a execução trabalhista perderá 
sua validade a partir do pedido de renovação da empresa tomadora.
006. 006. (FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) O 
depósito recursal:
a) deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso sendo que a interposição 
antecipada deste prejudica a dilação legal.
b) no agravo de instrumento corresponde a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se 
pretende destrancar e não pode ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
c) será reduzido pela metade para as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação 
judicial.
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d) havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, efetuado por uma delas aproveita 
as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.
e) das entidades sem fins lucrativos, dos beneficiários da justiça gratuita e dos empregadores 
domésticos, é isento.
007. 007. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DEOs recursos trabalhistas são guiados por alguns princípios. Alguns desses princípios 
têm aplicabilidade em todos os momentos do processo, enquanto outros são aplicáveis 
em algumas circunstâncias específicas, que nem sempre se verificam.
Os doutrinadores costumam variar consideravelmente na listagem dos princípios 
que norteiam os recursos no processo do trabalho. Portanto, direcionarei o enfoque aos 
princípios clássicos de cobrança em provas.
PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE (ou SINGULARIDADE): contra uma decisão 
judicial específica, se couber recurso, haverá um único recurso cabível. Não será possível 
a interposição de dois ou mais recursos contra a mesma decisão ao mesmo tempo. Cada 
recurso tem uma função específica, uma natureza.
EXEMPLO
Contra uma sentença de primeira instância eivada de omissão, é cabível a oposição de 
Embargos de Declaração. Este recurso não pode ser interposto juntamente com o Recurso 
Ordinário, pois este tem por finalidade a reanálise da matéria pelo TRT, e aquele, a reanálise 
da matéria pelo próprio juiz.
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: no 
processo do trabalho, não é cabível interpor recurso contra decisões interlocutórias, ao 
contrário do processo civil, no qual é cabível, em alguns casos, agravo de instrumento. A 
lógica do agravo de instrumento civilista não se aplica ao processo do trabalho.
Este princípio está insculpido no art. 893, § 1º, CLT: “Os incidentes do processo são 
resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das 
decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.”
Somente no recurso interposto contra a decisão final será possível impugnar decisões 
interlocutórias.
EXEMPLO
João, advogado, formula pedido de tutela provisória de urgência na reclamação trabalhista. A 
tutela, contudo, foi denegada pelo juiz. João deverá impugnar a denegação da tutela somente 
no recurso contra a decisão final (sentença).
Conforme a jurisprudência do TST, a denegação de tutela provisória antes da sentença pode dar 
ensejo a mandado de segurança, se ficarem comprovados os requisitos especiais desse remédio 
constitucional. No nosso exemplo, imagine que tais requisitos não foram demonstrados.
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O TST, no entanto, fixou, na Súmula n. 214, exceções à regra de que as decisões 
interlocutórias sejam irrecorríveis. Veja:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 214. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, CLT, as 
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho;
Se a decisão interlocutória do TRT for contrária a Súmula ou OJ do TST, caberá recurso 
imediato. O recurso será aquele cabível na hipótese, tendo em vista o regimento interno 
do tribunal.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 214, b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo 
Tribunal;
Se os regimentos internos dos tribunais previrem recursos dentro do próprio tribunal 
para matérias decididas por decisões interlocutórias, elas serão recorríveis, nos termos do 
regimento. Na grande maioria dos casos, trata-se de agravo interno.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 214, c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa 
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, 
consoante o disposto no art. 799, § 2º, CLT.
EXEMPLO
Moisés ajuizou reclamação trabalhista em Curitiba (PR). A empresa ré, no entanto, opôs 
exceção de incompetência territorial, porque Moisés teria prestado serviços em Natal (RN), 
razão pela qual a reclamação deveria ser remetida a uma das Varas do Trabalho de Natal. O 
juiz acolhe a exceção e remete os autos a uma das Varas de Natal.
Nesse caso, a decisão do juiz é interlocutória terminativa do feito na Vara do Trabalho de 
Curitiba, razão pela qual cabe Recurso Ordinário contra essa decisão interlocutória ao TRT 
da 9ª Região (Paraná).
Exatamente o mesmo raciocínio valeria para o caso de remessa do processo a tribunal distinto que 
seja de outro ramo do Poder Judiciário (como Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal).
Esta última hipótese é abordada também em caráter legal, especificamente no art. 
799, § 2º, CLT:
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Art. 799, § 2º Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a 
estas, se terminativas do feito [contra a qual caberá recurso – acréscimo do professor], não 
caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da 
decisão final.
DICA
Conclusão:
REGRA GERAL: não cabe recurso imediato contra decisão 
interlocutória .
EXCEÇÕES:
Decisão interlocutória do TRT contrária a Súmula ou OJ 
do TST .
Decisão interlocutória recorrível dentro do mesmo tribunal .
Decisão terminativa que remeta o processo para Tribunal 
diferente (TRT/TJ/TRF/TRe) daquele em que o processo 
se encontra .
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE: o recurso deve ser discursivo e dialético, indicando 
quais são os segmentos da decisão que deseja impugnar e as razões que justificam tal 
impugnação. A construção do recurso (indicação das partes impugnadas e das razões 
recursais) é fundamental para viabilizar uma boa análise de validade e justiça da decisão 
recorrida pelo juízo recursal.
 Obs.: O princípio da dialeticidade ganha ainda mais valor em recursos de competência dos 
Tribunais Superiores, porque, em grau superior, os recursos somente são conhecidos 
se a parte demonstrar, com exatidão, inclusive com transcrições literais e destaques, 
qual foi a matéria discutida e a tese adotada pelo tribunal recorrido. É o requisito 
denominado “prequestionamento”, estudado em etapas posteriores da disciplina.
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE: em regra, os recursos trabalhistas são interpostos 
somente em razão da vontade das partes. Logo, a matéria decidida não será reanalisada a 
menos que alguma das partes apresente o recurso cabível.
Uma exceção a esse princípio é a Remessa Necessária (art. 496 do CPC), que consiste em 
enviar ao Tribunal, para reanálise obrigatória, decisões que condenem pessoas jurídicas de 
direito público a pagar determinado valor:
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• União, autarquias federais e fundações públicas federais: a partir de 1000 salários 
mínimos;
• Estados, Municípios que sejam Capitais de Estados e suas autarquias e fundações 
públicas: a partir de 500 salários mínimos;
• Municípios em geral e suas autarquias e fundações públicas: a partir de 100 salários 
mínimos.
 
O § 4º do art. 496 do CPC ainda estabelece casos em que, independentemente do valor 
da condenação em desfavor do ente público, a remessa não será necessária. Veja o que 
dispõe tal norma:
Art. 496, § 4º TambémEDUCAÇÃO BÁSICA/DIREITO/2022) A respeito do direito 
processual do trabalho, julgue o item.
O depósito recursal recolhido no momento de interposição do agravo de instrumento que 
pretende destrancar recurso corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso que se 
pretenda destrancar, salvo se a sua finalidade for destrancar recurso de revista que insurja 
contra decisão contrária a súmula do Tribunal Superior do Trabalho, quando não haverá 
obrigatoriedade de se realizar o referido depósito de 50%.
008. 008. (FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2022) Considere:
I – Instituto Cultural Sorriso Inocente é uma entidade filantrópica.
II – Silvia Matos é empregadora doméstica.
III – Associação de Voluntários Sol é uma entidade sem fins lucrativos.
IV – Sono Bom Colchões Ltda. está em recuperação judicial.
Todas respondem a reclamações trabalhistas, tendo sido sucumbentes em parte dos 
pedidos da petição inicial. Havendo interesse em interpor recurso ordinário, de acordo 
com a legislação vigente, são isentas do pagamento do depósito recursal, as que constam 
APENAS de
a) I e IV.
b) II e IV.
c) I e III.
d) II e III.
e) I e II.
009. 009. (FCC/TRT/14ª REGIÃO/RO E AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) 
A empresa de Cosméticos Babosa Ltda. pretende ingressar com recurso ordinário contra 
sentença que lhe condenou no pagamento de horas extras e férias em dobro em ação 
proposta por sua ex-vendedora. O prazo final para a interposição do referido recurso foi 
dia 10/11 (5ª feira). A advogada da empresa protocolou seu recurso ordinário no dia 07/11 
(2ª feira), desacompanhado da comprovação da efetivação do depósito recursal, o que fez 
no último dia do prazo (10/11). De acordo com a CLT e o entendimento sumulado do TST,
a) o recurso ordinário será recebido e processado, uma vez que o depósito recursal pode 
ser comprovado dentro do prazo do recurso, sendo que a interposição antecipada não 
prejudica tal ato.
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b) o recurso ordinário será considerado deserto, pois a interposição deve vir necessariamente 
acompanhada dos comprovantes do depósito recursal e das custas processuais.
c) somente se o depósito recursal fosse comprovado anteriormente ao término do prazo 
e a interposição do recurso ordinário fosse posterior, a dilação do prazo não seria afetada 
e ele seria recebido e processado.
d) dentro do prazo legal, a empresa recorrente deveria necessariamente informar na peça 
de interposição do recurso que protestava pela juntada posterior, das guias do depósito 
recursal, para garantir seu direito ao recebimento e conhecimento do apelo. Não o fazendo, 
precluiu seu direito.
e) a Vara do Trabalho determinará que a empresa justifique legalmente o motivo da 
interposição do recurso ordinário desacompanhado do comprovante do depósito recursal, 
sob pena de deserção.
010. 010. (FGV/TRT/13ª REGIÃO-PB/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2022) Em determinada demanda, o Tribunal Superior do Trabalho proferiu decisão 
desfavorável ao empregador, que figurava como demandado, condenando-o ao pagamento 
de nove salários mínimos. Irresignado com o teor dessa decisão, o empregador interpôs 
recurso extraordinário, de modo que a causa fosse levada ao conhecimento do Supremo 
Tribunal Federal. Ato contínuo, foi intimado a promover o recolhimento do depósito recursal 
para que o recurso pudesse ser admitido.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que o referido depósito recursal
a) deve ser exigido, desde que previsto em lei.
b) não pode ser exigido, pois é incompatível com a ordem constitucional.
c) somente pode ser exigido se for observada a isonomia entre empregador e empregado.
d) somente pode ser exigido até o limite expressamente previsto na ordem constitucional.
e) é faculdade do juízo a quo exigi-lo, ou não, conforme a situação econômica do recorrente.
011. 011. (FGV/OAB/2018) Em sede de reclamações trabalhista duas sociedades empresárias 
foram condenadas em primeira instância. A Massa Falida da Calçados Sola Dura Ltda. e a 
Institutos de Seguros Privados do Brasil, sociedade empresária em liquidação extrajudicial.
Acerca do depósito recursal, na qualidade de advogado das empresas você deverá
a) deixar de recolher o depósito recursal e custas nos dois casos, já que se trata de massa 
falida de empresa em liquidação extrajudicial.
b) deixar de recolher o depósito recursal e as custas no caso da massa falida, mas recolher 
ambos para a empresa em liquidação extrajudicial.
c) recolher nos dois casos o depósito recursal e as custas, sob pena de deserção.
d) deixar de recolher o depósito recursal no caso da massa falida, mas recolher ambos para 
a empresa em liquidação extrajudicial e as custas para a massa falida.
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012. 012. (FGV/OAB/2012) Uma ação é movida contra duas empresas integrantes do mesmo grupo 
econômico e uma terceira, que alegadamente foi tomadora dos serviços durante parte do 
contrato. Cada empresa possui um advogado. No caso de interposição de recurso de revista,
a) o prazo será computado em dobro porque há litisconsórcio passivo com procuradores 
diferentes.
b) o prazo será contado normalmente.
c) o prazo será de 10 dias.
d) fica a critério do juiz deferir a dilação do prazo para não prejudicar os réus quanto à 
ampla defesa.
013. 013. (CESPE/OAB/2010) Considere que, em processo trabalhista, as empresas Delta e Echo 
sejam condenadas, de forma solidária, pelo juiz do trabalho, que ambas interponham recurso 
ordinário, que apenas Delta efetue o depósito recursal, e nenhuma delas pleiteie a exclusão 
da lide. Nessa situação hipotética, o recurso apresentado pela empresa Echo
a) será deserto, em razão de não ter sido efetuado o depósito recursal.
b) será intempestivo, em razão de não ter sido efetuado o depósito recursal.
c) deverá ser conhecido, mas improvido, em razão de não ter sido efetuado o depósito 
recursal.
d) estará apto a ser conhecido, visto que, sendo a condenação solidária, o depósito efetuado 
pela empresa Delta aproveita à empresa Echo.
014. 014. (CESPE/OAB/2010) Em reclamação trabalhista, o advogado do reclamante interpôs 
recurso ordinário contra a sentença proferida pelo juiz de primeiro grau, que julgou 
improcedente o pedido de condenação em horas extras formulado pelo reclamante e 
indeferiu a oitiva das testemunhas arroladas, por entender que o depoimento do reclamante 
era suficiente para o julgamento da demanda. Argumentando a tese do cerceamento de 
defesa, o advogado formulou pedido de anulação dos atos processuais, sem requerer 
expressamente a análise, pelo tribunal, das horas extras negadas. Ao se julgar o recurso 
ordinário no TRT, foi reconhecido o cerceamento de defesa e condenada a empresa a pagar 
ao reclamante as horas extras pleiteadas.
Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da decisão do TRT.
a) O recurso ordinário devolve toda a matéria para a análise do TRT, logo, reconhecido o 
cerceamento de defesa, deve o tribunal analisar a questão das horas extras.
b) Não cabe ao TRT fazer nova análise de prova em sede de recurso ordinário, portanto o 
tribunal não poderia ter estabelecidocondenação em horas extras.
c) Não tendo o advogado requerido análise das horas extras, o julgamento deve limitar-
se ao que foi expressamente pedido, logo, não poderia o TRT estabelecer condenação em 
horas extras.
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d) O TRT agiu equivocadamente, visto que, reconhecido o cerceamento de defesa, deveria ter 
designado data para a oitiva de testemunhas, e, só então, analisar o pedido de condenação 
em horas extras.
015. 015. (FGV/OAB/2010) Pedro ajuizou ação em face de seu empregador objetivando a satisfação 
dos pedidos de horas extraordinárias, suas integrações e consectárias. O seu pedido foi 
julgado improcedente. Recorre ordinariamente, pretendendo a substituição da decisão por 
outra de diverso teor, tempestivamente.
Na análise da primeira admissibilidade recursal há um equívoco, e se nega seguimento ao 
recurso por intempestivo. Desta decisão, tempestivamente, se interpõe o recurso de agravo 
por instrumento, que tem seu conhecimento negado pelo Tribunal Regional, por ausência 
do depósito recursal referente à metade do valor do recurso principal que se pretendia 
destrancar, nos termos do artigo 899, § 7º da Consolidação das Leis do Trabalho.
Quanto à conduta do Desembargador Relator, é corretor afirmar que:
a) ela está correta, uma vez que o referido artigo afirma que nos casos de interposição do 
recurso de agravo por instrumento é necessária a comprovação do depósito recursal de 
50% do valor do depósito referente ao recurso que se pretende dar seguimento.
b) ela está correta, uma vez que o preparo é requisito de admissibilidade recursal e, por 
isso, não pode estar ausente, sob pena de não conhecimento do recurso.
c) ela está equivocada, pois em que pese haver a necessidade do preparo para a interposição 
do recurso de agravo por instrumento, no problema acima, o pedido foi julgado improcedente 
sendo recorrente o autor, portanto, dispensável o preparo no que se refere a depósito recursal.
d) ela está equivocada, pois o recurso de agravo por instrumento, na esfera laboral é o 
único, juntamente com os embargos por declaração, que não necessita de preparo para a 
sua interposição.
016. 016. (FGV/OAB/2010) Assinale a alternativa que apresente requisitos intrínsecos genéricos 
de admissibilidade recursal.
a) Capacidade, legitimidade e interesse.
b) Preparo, interesse e representação processual.
c) Representação processual, preparo e tempestividade.
d) Legitimidade, tempestividade e preparo.
017. 017. (AOCP/PC-ES/PERITO OFICIAL CRIMINAL/2019) Segundo a legislação processual 
trabalhista, a respeito dos Recursos na Justiça do Trabalho, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os recursos são interpostos por simples petição.
b) A interposição do Recurso permite a execução provisória até a penhora, salvo exceções 
legais.
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Gustavo Deitos
c) O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
d) Os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em 
recuperação judicial devem proceder o depósito recursal.
e) Os recursos têm efeito meramente devolutivo, salvo exceções previstas em lei.
018. 018. (IMA/PREFEITURA DE PENALVA-MA/ADVOGADO/2017) Se a parte postular a revisão no 
mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em 
agravo, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente 
para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às 
exigências do art. 1.021, § 1º, CPC de 2015. De acordo com o entendimento sumulado do 
C.TST, qual o princípio do direito processual do trabalho está inserido na referida disposição?
a) Princípios da conversibilidade e da dialeticidade.
b) Princípios da fungibilidade e celeridade processual.
c) Princípios da irrecorribilidade e da dialeticidade.
d) Princípio da voluntariedade e do devido processo legal.
019. 019. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU/2018) Acerca de procedimentos nos dissídios individuais 
e coletivos e de recursos no processo trabalhista, julgue o próximo item, à luz da CLT e da 
jurisprudência dos tribunais superiores.
O termo de conciliação realizado em audiência equivale a uma decisão judicial e, por isso, 
é passível de recurso.
020. 020. (FCC/TRT/15ª REGIÃO-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL/2018) Associação Promessa de Futuro, entidade sem fins lucrativos, e 
Bite Informática Ltda. foram condenadas em reclamação trabalhista, a primeira, de forma 
subsidiária, e a segunda, que foi empregadora do reclamante e está em recuperação judicial, 
como devedora principal, a pagarem ao reclamante verbas trabalhistas e rescisórias, sendo 
arbitrado à condenação o valor de R$ 100.000,00. Ambas pretendem recorrer da sentença, 
sendo que, em relação ao depósito recursal,
a) nenhuma das reclamadas precisa fazer o recolhimento, tendo em vista tratar-se de 
entidade sem fins lucrativos e de empresa em recuperação judicial.
b) deve ser recolhido por ambas as reclamadas, não importando tratar-se de entidade sem 
fins lucrativos e de empresa em recuperação judicial, tendo em vista que o depósito tem 
por finalidade a garantia do juízo.
c) deverá ser recolhido pela metade pela Associação Promessa de Futuro, em razão de ser 
uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará ser recolhido pela Bite Informática, que 
está isenta de seu recolhimento por estar em recuperação judicial.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
d) deverá ser recolhido pela metade por ambas as reclamadas, tendo em vista o benefício 
previsto em lei para as entidades sem fins lucrativos e para as empresas em recuperação judicial.
e) deverá ser recolhido, por meio de depósito na conta vinculada do FGTS, pela Associação 
Promessa de Futuro, em razão de ser uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará 
ser recolhido pela Bite Informática, que está isenta de seu recolhimento por estar em 
recuperação judicial.
021. 021. (FCC/TRT/2ª REGIÃO-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2018) Considere 
as seguintes decisões interlocutórias proferidas em reclamações trabalhistas:
I – Decisão interlocutória de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho.
II – Decisão interlocutória que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa 
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
De acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho,
a) ambas as decisões, apesar de interlocutórias, ensejam recurso imediato.
b) nenhuma das decisões enseja recurso imediato em razão do princípio da irrecorribilidade 
das decisões interlocutórias vigente no Direito Processual do Trabalho.
c) somente a decisão interlocutória descrita no item “I” enseja recurso imediato.d) somente a decisão interlocutória descrita no item “II” enseja recurso imediato.
e) as referidas decisões interlocutórias somente ensejariam recurso imediato se proferidas 
em reclamações trabalhistas em que uma das partes é Sindicato.
022. 022. (FCC/TRT/2ª REGIÃO-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2018) 
Na hipótese da disponibilização de sentença na sexta-feira, com publicação na segunda-
feira e não havendo qualquer feriado ou ausência de expediente durante o prazo recursal, 
o último dia de prazo para a interposição de Recurso Ordinário será:
a) sexta-feira da semana da publicação.
b) quarta-feira da semana seguinte à da publicação.
c) terça-feira da semana seguinte à da publicação.
d) segunda-feira da semana seguinte à da publicação.
e) quinta-feira da semana seguinte à da publicação.
023. 023. (VUNESP/PREFEITURA DE BAURU-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) De acordo com o 
texto expresso na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são isentos do depósito recursal 
os beneficiários da justiça gratuita, as
a) entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
b) entidades sem fins lucrativos e os empregadores domésticos.
c) microempresas e as empresas de pequeno porte.
d) entidades filantrópicas e as entidades sem fins lucrativos.
e) empresas de pequeno porte, as microempresas e os empregadores domésticos.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
024. 024. (FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A Empresa M, insatisfeita 
com a sentença que julgou parcialmente procedente na reclamação trabalhista movida por 
A, interpôs Recurso Ordinário no quinto dia de seu prazo. No oitavo dia, pagou e protocolizou 
petição juntando as guias de custas processuais e da efetivação do depósito recursal, 
com os valores corretos. Neste caso, e de acordo com o entendimento sumulado do TST, 
o Recurso Ordinário será
a) recebido, uma vez que o depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo 
ao recurso, sendo que a interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.
b) considerado deserto, negado o seu recebimento, uma vez que deveria ser interposto 
juntamente com as guias de depósito recursal, sendo que a sua antecipação prejudica a 
dilação legal.
c) recebido, uma vez que a empresa não tem obrigação de comprovar o depósito recursal, 
por ter perdido parcialmente a demanda.
d) considerado deserto, negado o seu recebimento, pois o depósito recursal deveria ter sido 
realizado perante a instituição bancária no mesmo dia da interposição do recurso, mesmo 
que a comprovação fosse feita posteriormente.
e) recebido, pois a regra de que a interposição antecipada prejudica a dilação legal no tocante 
à comprovação do depósito recursal só se aplica aos Recursos de Revista.
025. 025. (FGV/TRT/12ª REGIÃO-SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2017) Em determinada reclamação trabalhista, o juiz julgou procedente em parte 
o pedido e, além de algumas parcelas requeridas na petição inicial, condenou a empresa 
por litigância de má-fé porque ela conduziu uma testemunha que deliberadamente mentiu 
para o magistrado em depoimento.
Considerando que a empresa pretende recorrer da decisão, é correto afirmar que:
a) a multa sequer precisa ser paga, porque o juiz não poderia condenar uma das partes 
como litigante de má-fé sem requerimento do adversário;
b) será necessário depositar 50% da multa imposta para viabilizar o conhecimento do recurso;
c) uma vez que a jurisprudência é omissa a respeito, a empresa deverá opor embargos 
declaratórios para que o juiz diga se o depósito será necessário;
d) a empresa precisa depositar a totalidade da multa porque se trata de punição, sob pena 
de o recurso ser considerado deserto;
e) a recorrente não terá de efetuar o depósito da multa por litigância de má-fé para recorrer.
026. 026. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2017/ADAPTADA) Relativamente à aferição de 
requisitos extrínsecos de admissibilidade de recursos no processo do trabalho, de acordo com 
o entendimento dominante no Tribunal Superior do Trabalho, analise as seguintes proposições:
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
I – Na contagem do prazo recursal serão computados apenas os dias úteis.
II – Considera-se tempestivo o recurso interposto antes do termo inicial do seu prazo.
III – O depósito recursal e as custas, quando exigíveis, serão realizados e comprovados no 
prazo alusivo ao recurso.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas as assertivas I, II estão corretas.
b) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
c) Apenas a assertiva III está correta.
d) Todas as assertivas estão corretas.
027. 027. (FCC/TRT/11ª REGIÃO/AM E RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) As 
empresas A e B foram condenadas solidariamente na reclamação trabalhista Z pretendendo 
ambas as empresas interpor Recurso Ordinário. A empresa A interpôs Recurso Ordinário 
no quinto dia do prazo recursal e depositou o valor do depósito recursal de forma integral. 
Neste caso, o depósito recursal
a) efetuado pela empresa A não aproveita a empresa B, em nenhuma hipótese, uma vez 
que o depósito recursal possui caráter personalíssimo.
b) efetuado pela empresa A aproveita a empresa B, exceto se aquela pleiteia sua exclusão 
da lide.
c) efetuado pela empresa A aproveita a empresa B, exceto se as empresas possuírem 
procuradores distintos.
d) é devido na proporção de 50% para cada empresa, sendo que o depósito integral da 
empresa A, não exime a empresa B de efetuar o depósito da sua parte, podendo a empresa 
A requerer o levantamento da parte que depositou a maior.
e) é devido na proporção de 50% para cada empresa, sendo que o depósito integral da 
empresa A, exime a empresa B de efetuar o depósito da sua parte.
028. 028. (TRT/3ª REGIÃO-MG/BANCA DO ÓRGÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014) A partir de súmula 
do TST, conclui-se que na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo na hipótese de decisão:
a) Que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para juízo do 
mesmo Tribunal Regional daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
b) De Vara do Trabalho contrária à súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST.
c) De Turma do TRT contrária à súmula do mesmo Tribunal.
d) Suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal.
e) De Vara do Trabalho contrária à súmula ou Orientação Jurisprudencial do TRT a que se 
vincula.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
029. 029. (FCC/TRT/19ª REGIÃO-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2014) No tocante 
aos recursos no Processo do Trabalho, considere:
I – A capacidade, a legitimidade e o interesse são pressupostos recursais subjetivos.
II – É computado em dobro o prazo para recurso das sociedades de economia mista e das 
empresas públicas.
III – A inexistência de fato impeditivo ou extintivo dodireito de recorrer constitui pressuposto 
recursal subjetivo.
IV – Havendo recurso ordinário em sede de ação rescisória, o depósito recursal só é exigido 
quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia.
Está correto o que consta APENAS em
a) II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e IV.
e) II, III e IV.
030. 030. (CESPE/CPRM/ANALISTA/2013) Julgue os próximos itens, relativos ao processo 
do trabalho.
O recolhimento do valor da multa imposta por litigância de má-fé é pressuposto objetivo 
para a interposição dos recursos trabalhistas.
031. 031. (CESPE/MPU/ANALISTA/DIREITO/2018) Acerca de procedimentos nos dissídios individuais 
e coletivos e de recursos no processo trabalhista, julgue o próximo item, à luz da CLT e da 
jurisprudência dos tribunais superiores.
A partir da reforma trabalhista de 2017, os empregadores domésticos e as microempresas 
tornaram-se isentos do pagamento de depósito recursal.
032. 032. (CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Julgue o próximo item 
à luz da jurisprudência do TST acerca dos recursos na justiça do trabalho, da liquidação e 
da execução no processo do trabalho.
A decisão judicial proferida em dissídio individual que condenar o poder público com base 
em entendimento coincidente com orientação firmada no âmbito administrativo e emitida 
pelo próprio ente público por meio de parecer vinculante não se sujeitará ao duplo grau 
de jurisdição.
033. 033. (QUADRIX/CFO-DF/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A respeito do processo do trabalho 
e da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), julgue o item que se segue.
Suponha-se que a empresa reclamada tenha sido condenada, na sentença por litigância 
de má-fé, ao pagamento de multa. Nesse caso, é pressuposto objetivo para interposição 
do recurso o recolhimento do valor da multa.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
034. 034. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR/DIREITO/2017) A respeito do Direito Processual do 
Trabalho, julgue o item que se segue.
No sentido jurídico, recurso é o meio processual estabelecido para provocar reexame de 
determinada decisão. Com base nesse conceito e no sistema recursal da Justiça do Trabalho, 
é correto afirmar que o agravo de instrumento seja o recurso cabível quando se deseja 
questionar ou modificar uma decisão proferida no curso do processo, conceitualmente 
conhecida como decisão interlocutória.
035. 035. (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) Julgue o seguinte item, relativos 
aos procedimentos adotados em dissídios individuais da justiça do trabalho.
Conforme entendimento do TST, caso um estado da Federação seja condenado em dissídio 
individual trabalhista, a decisão condenatória não estará sujeita a reexame necessário se a 
condenação não ultrapassar o valor correspondente a quinhentos salários mínimos.
036. 036. (CESPE/TELEBRAS/ADVOGADO/2015) Acerca dos recursos cabíveis perante a justiça 
trabalhista, julgue o próximo item considerando o entendimento do TST. Não será considerado 
extemporâneo o recurso interposto antes da publicação de acórdão.
037. 037. (CESPE/TELEBRAS/ADVOGADO/2015) Com base no entendimento sumulado pelo 
Tribunal Superior do Trabalho (TST), julgue o item seguinte, acerca dos procedimentos nos 
dissídios individuais.
O jus postulandi é aplicável aos recursos processados e julgados pelas varas do trabalho e 
pelos tribunais regionais do trabalho, alcançando, inclusive, o mandado de segurança.
038. 038. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Em relação aos recursos no direito 
processual do trabalho, julgue o item a seguir.
Segundo entendimento do TST, o benefício da justiça gratuita poderá ser requerido em 
qualquer tempo ou grau de jurisdição, e, se o requerimento do benefício for feito na fase 
recursal, deverá ser formulado até o prazo final das contrarrazões do alusivo recurso.
039. 039. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Em relação aos recursos no direito 
processual do trabalho, julgue o item a seguir.
Caso seja imposta multa por litigância de má-fé a uma das partes do processo trabalhista, o 
recolhimento do valor dessa multa, segundo entendimento do TST, constituirá pressuposto 
objetivo para a interposição dos recursos de natureza trabalhista pela parte apenada com 
a referida sanção pecuniária.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
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040. 040. (CESPE/TRT/10ª REGIÃO/DF E TO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Julgue 
os próximos itens, no que se refere aos princípios gerais do processo trabalhista.
Segundo o TST, quando litisconsortes forem representados por diferentes procuradores, 
serão contados em dobro os prazos a eles disponíveis para contestar, para recorrer e, de 
modo geral, para falar nos autos.
041. 041. (CESPE/PGE-BA/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Acerca de recursos, execução 
trabalhista e dissídio coletivo, julgue os itens seguintes.
É cabível recurso ordinário caso o juiz declare a incompetência absoluta em razão da matéria 
da justiça do trabalho e determine a remessa dos autos à justiça comum.
042. 042. (CESPE/TRT/17ª REGIÃO-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2013) Julgue 
os itens subsequentes, com relação aos recursos e à execução no processo do trabalho.
Não é cabível recurso ordinário de decisão que homologa acordo entre as partes, pois tal 
decisão é irrecorrível.
043. 043. (CESPE/SERPRO/ANALISTA/ADVOCACIA/2013) No que concerne ao direito processual 
do trabalho, julgue os itens seguintes.
Segundo a CLT, o recurso de agravo de instrumento é adequado para impugnar decisão 
interlocutória proferida na justiça do trabalho.
044. 044. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Em relação ao direito processual do trabalho, 
julgue os itens a seguir.
Segundo entendimento do TST, a regra prevista no CPC que prevê o prazo em dobro quando 
litisconsortes tiverem procuradores diferentes é inaplicável ao processo do trabalho, em 
face da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade.
045. 045. (INÉDITA/2023) Considerando o entendimento pacificado pelo TST a respeito dos 
efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item subsequente:
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, desde que examinados pela sentença e relativos 
ao capítulo impugnado.
046. 046. (INÉDITA/2023) Considerando o entendimento pacificado pelo TST a respeito dos 
efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item subsequente:
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, independentemente do capítulo impugnado.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
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047. 047. (INÉDITA/2023) Considerando o entendimento pacificado pelo TST a respeito dos 
efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item subsequente:
O efeito devolutivo emprofundidade do recurso ordinário transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
048. 048. (CESPE/TRT/21ª REGIÃO-RN/ANALISTA JUDICIÁRIO/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2010/
ADAPTADA) Julgue o item subsequente:
Assim como no processo civil, no processo do trabalho os recursos repousam na existência 
comum do efeito suspensivo.
049. 049. (INÉDITA/2023) Com relação aos efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item 
subsequente:
A regra geral do efeito meramente devolutivo dos recursos trabalhistas será excepcionada 
quando uma das partes recorrentes demonstrar a probabilidade de provimento do recurso 
ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
050. 050. (INÉDITA/2023) Com relação aos efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item 
subsequente:
Para que o relator, no tribunal, possa conceder efeito suspensivo ao recurso ordinário, é 
necessário que o provimento do recurso seja provável, e que exista, comprovadamente, 
risco de dano grave ou de difícil reparação.
051. 051. (FUNDATEC/GHC-RS/ADVOGADO/2021) Em relação aos recursos no Processo do 
Trabalho, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os Estados e os Municípios têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias e 
das fundações públicas.
b) Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autarquias 
e fundações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva unidade da 
federação (Art. 75, IV, CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido.
c) É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até 
o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (Art. 104 
do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a 
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual 
período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado 
e não se conhece do recurso.
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d) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do Art. 
1.013 do CPC de 2015 (Art. 515, § 1º, CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
e) Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do 
recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que 
proferida. Tal entendimento não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, 
consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. 
Também, é inaplicável tal exigência relativamente ao recurso ordinário da competência de 
Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente 
dissociada dos fundamentos da sentença.
052. 052. (CEBRASPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Julgue o próximo 
item à luz da jurisprudência do TST acerca dos recursos na justiça do trabalho, da liquidação 
e da execução no processo do trabalho.
A parte que interpuser recurso não precisará provar a existência de feriado local que autorize 
a prorrogação do prazo recursal, por ser este um fato notório.
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GABARITOGABARITO
1. a
2. C
3. E
4. c
5. b
6. d
7. C
8. a
9. a
10. b
11. b
12. b
13. d
14. c
15. c
16. a
17. d
18. b
19. E
20. c
21. a
22. e
23. a
24. a
25. e
26. d
27. b
28. d
29. d
30. E
31. E
32. C
33. E
34. E
35. C
36. C
37. E
38. E
39. E
40. E
41. C
42. E
43. E
44. C
45. E
46. E
47. C
48. E
49. C
50. E
51. a
52. E
eXeRcÍcIo sobRe o DePÓsITo RecuRsal
SUJEITO ISENTO PAGA METADE
Pessoa Jurídica de Direito Público X
Empregador Doméstico X
Empresa de Pequeno Porte (EPP) X
Massa Falida X
Empresa em Recuperação Judicial X
Entidades Filantrópicas X
Microempreendedor Individual (MEI) X
ECT – Correios X
MPT X
Microempresa (ME) X
Entidades sem fins lucrativos X
Beneficiário da Justiça Gratuita X
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GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
001. 001. (CEBRASPE/PGM-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2023) Conforme a jurisprudência 
do TST quanto aos dissídios individuais em que a fazenda pública seja parte, estará sujeita 
ao reexame necessário a decisão
a) contrária à fazenda pública, cuja condenação for em valor correspondente a mil salários 
mínimos para os estados.
b) fundada em súmula ou orientação jurisprudencial do TST.
c) fundamentada em acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal 
Superior do Trabalho em julgamento de recurso repetitivo.
d) fundada em entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula 
administrativa.
e) consubstanciada em entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas.
A decisão que condenar, em pecúnia, o Estado a pagar mais de quinhentos salários mínimos 
será sujeita a remessa necessária (art. 496, § 3º, II, CPC e Súmula n. 303, I, TST). As demais 
alternativas apresentam hipóteses que dispensam o reexame independentemente do valor 
da condenação, constantes do § 4º do art. 496 do CPC e da Súmula n. 303, II, TST.
Letra a.
002. 002. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2022/ADAPTADA) Analise a assertiva a seguir:
No Processo do Trabalho, os recursos terão efeito meramente devolutivo, sendo admissível 
a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao 
tribunal, ao relator ou ao presidente, ou vice-presidente do tribunal recorrido.
Trata-se da regra constante da Súmula n. 414, I, TST.
Certo.
003. 003. (CEBRASPE/PG-DF/PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL/2022) À luz da sistemática 
processual trabalhista, julgue o próximo item.
O depósito recursal será feito na conta vinculada do empregado e corrigido pelo índice da 
poupança, salvo para os beneficiários da justiça gratuita, que são isentos dessa obrigação.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices 
da poupança (art. 899, § 9º, CLT). De toda forma, os beneficiários da justiça gratuita são 
isentos de efetuar depósito recursal (art. 899, § 10,CLT).
Errado.
004. 004. (FCC/TRT/22ª REGIÃO-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2022) Rosita ingressou com reclamação trabalhista em face do Bar Lua Cheia 
Ltda., alegando que no desempenho de suas funções de garçonete nunca recebeu gorjetas. 
Na sentença trabalhista, a juíza firmou convencimento de que o representante legal da 
reclamada alterou a verdade dos fatos em seu depoimento pessoal, ao alegar que em seu 
Bar nunca eram cobrados valores relativos às gorjetas, condenando, assim, a reclamada em 
multa por litigância de má-fé, no valor de 10% sobre o valor da causa corrigido. De acordo 
com jurisprudência pacificada do TST, se a reclamada ingressar com recurso ordinário
a) não precisará pagar a multa por litigância de má-fé, mas deverá prestar caução ou 
garantir renda para que o recurso seja processado.
b) deverá comprovar o recolhimento do depósito recursal, das custas processuais e da 
multa por litigância de má-fé, sob pena de não ser recebido seu recurso.
c) não precisará recolher o valor da multa, uma vez que não é pressuposto para interposição 
de recursos trabalhistas.
d) em razão dos princípios próprios do processo trabalhista, além dos valores do preparo, a 
reclamada deverá pagar o valor da multa por litigância de má-fé pela metade, sendo pago 
o restante se for mantida, em fase de execução de sentença.
e) ante a falta de previsão legal, deverão ser opostos Embargos de Declaração para que a 
juíza esclareça sobre a necessidade ou não do recolhimento da multa para processamento 
do recurso.
Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta como 
sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos 
de natureza trabalhista”.
Letra c.
005. 005. (FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) Quanto 
ao seguro garantia judicial e fiança bancária em substituição a depósito recursal e para 
garantia da execução trabalhista,
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
a) o valor do seguro garantia judicial para a execução trabalhista deverá ser igual ao montante 
original do pedido reclamado com os encargos e os acréscimos legais, inclusive honorários 
advocatícios, assistenciais e periciais, devidamente atualizados pelos índices legais aplicáveis 
aos débitos trabalhistas, acrescido de, no mínimo, 35%.
b) o seguro garantia judicial para ser aceito deve ser prestado por seguradora idônea e 
devidamente autorizada a funcionar no Brasil, cabendo ao juízo, quando receber a apólice 
do seguro garantia, conferir a sua validade mediante cotejo com o registro constante do 
sítio eletrônico da SUSEP.
c) o contrato de seguro garantia que contiver cláusula de desobrigação decorrente de atos 
de responsabilidade exclusiva do tomador, da seguradora ou de ambos, ou ainda, cláusula 
que permita sua rescisão, só poderá ser utilizado para a substituição de depósito recursal.
d) é permitida a utilização da mesma apólice de seguro para garantia de mais de um processo 
judicial, desde que a parte indique os números e as varas de tramitação dos respectivos 
processos, além do andamento processual atualizado.
e) a apólice do seguro garantia judicial apresentada para a execução trabalhista perderá 
sua validade a partir do pedido de renovação da empresa tomadora.
A questão, para ser resolvida, demanda memorização dos requisitos específicos do Ato 
Conjunto TST.CSJT.CGJT n. 1, de 16 de outubro de 2019, que dispõe sobre o uso do seguro 
garantia judicial e fiança bancária em substituição a depósito recursal e para garantia da 
execução trabalhista.
Letra b.
006. 006. (FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) O 
depósito recursal:
a) deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso sendo que a interposição 
antecipada deste prejudica a dilação legal.
b) no agravo de instrumento corresponde a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se 
pretende destrancar e não pode ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
c) será reduzido pela metade para as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação 
judicial.
d) havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, efetuado por uma delas aproveita 
as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.
e) das entidades sem fins lucrativos, dos beneficiários da justiça gratuita e dos empregadores 
domésticos, é isento.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
a) Errada. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A 
interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal (Súmula n. 245 do TST).
b) Errada. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia 
judicial (art. 899, § 11, CLT).
c) Errada. Tais litigantes são isentos (art. 899, § 10, CLT).
d) Certa. É o entendimento da Súmula n. 128, III, TST.
e) Errada. O primeiro e o último mencionados são destinatários de redução à metade (art. 
899, § 9º, CLT). O beneficiário da justiça gratuita é isento (art. 899, § 10, CLT).
Letra d.
007. 007. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/DIREITO/2022) A respeito do direito 
processual do trabalho, julgue o item.
O depósito recursal recolhido no momento de interposição do agravo de instrumento que 
pretende destrancar recurso corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso que se 
pretenda destrancar, salvo se a sua finalidade for destrancar recurso de revista que insurja 
contra decisão contrária a súmula do Tribunal Superior do Trabalho, quando não haverá 
obrigatoriedade de se realizar o referido depósito de 50%.
A cobrança ficou restrita ao art. 899, § § 7º e 8º, CLT.
Certo.
008. 008. (FCC/TRT/9ª REGIÃO-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2022) Considere:
I – Instituto Cultural Sorriso Inocente é uma entidade filantrópica.
II – Silvia Matos é empregadora doméstica.
III – Associação de Voluntários Sol é uma entidade sem fins lucrativos.
IV – Sono Bom Colchões Ltda. está em recuperação judicial.
Todas respondem a reclamações trabalhistas, tendo sido sucumbentes em parte dos 
pedidos da petição inicial. Havendo interesse em interpor recurso ordinário, de acordo 
com a legislação vigente, são isentas do pagamento do depósito recursal, as que constam 
APENAS de
a) I e IV.
b) II e IV.
c) I e III.
d) II e III.
e) I e II.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
A entidade filantrópica e a empresa em recuperação judicial são isentas (art. 899, § 10, 
CLT). As demais pagam o depósito por metade (art. 899, § 9º, CLT).
Letra a.
009. 009. (FCC/TRT/14ª REGIÃO/RO E AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) 
A empresa de Cosméticos Babosa Ltda. pretende ingressar com recurso ordinário contra 
sentença que lhe condenou no pagamento de horas extras e férias em dobro em ação 
proposta por sua ex-vendedora. O prazo final para a interposiçãodo referido recurso foi 
dia 10/11 (5ª feira). A advogada da empresa protocolou seu recurso ordinário no dia 07/11 
(2ª feira), desacompanhado da comprovação da efetivação do depósito recursal, o que fez 
no último dia do prazo (10/11). De acordo com a CLT e o entendimento sumulado do TST,
a) o recurso ordinário será recebido e processado, uma vez que o depósito recursal pode 
ser comprovado dentro do prazo do recurso, sendo que a interposição antecipada não 
prejudica tal ato.
b) o recurso ordinário será considerado deserto, pois a interposição deve vir necessariamente 
acompanhada dos comprovantes do depósito recursal e das custas processuais.
c) somente se o depósito recursal fosse comprovado anteriormente ao término do prazo 
e a interposição do recurso ordinário fosse posterior, a dilação do prazo não seria afetada 
e ele seria recebido e processado.
d) dentro do prazo legal, a empresa recorrente deveria necessariamente informar na peça 
de interposição do recurso que protestava pela juntada posterior, das guias do depósito 
recursal, para garantir seu direito ao recebimento e conhecimento do apelo. Não o fazendo, 
precluiu seu direito.
e) a Vara do Trabalho determinará que a empresa justifique legalmente o motivo da 
interposição do recurso ordinário desacompanhado do comprovante do depósito recursal, 
sob pena de deserção.
Trata-se do entendimento fixado na Súmula n. 245 do TST: “O depósito recursal deve 
ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não 
prejudica a dilação legal.”
Letra a.
010. 010. (FGV/TRT/13ª REGIÃO-PB/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2022) Em determinada demanda, o Tribunal Superior do Trabalho proferiu decisão 
desfavorável ao empregador, que figurava como demandado, condenando-o ao pagamento 
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
de nove salários mínimos. Irresignado com o teor dessa decisão, o empregador interpôs 
recurso extraordinário, de modo que a causa fosse levada ao conhecimento do Supremo 
Tribunal Federal. Ato contínuo, foi intimado a promover o recolhimento do depósito recursal 
para que o recurso pudesse ser admitido.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que o referido depósito recursal
a) deve ser exigido, desde que previsto em lei.
b) não pode ser exigido, pois é incompatível com a ordem constitucional.
c) somente pode ser exigido se for observada a isonomia entre empregador e empregado.
d) somente pode ser exigido até o limite expressamente previsto na ordem constitucional.
e) é faculdade do juízo a quo exigi-lo, ou não, conforme a situação econômica do recorrente.
Para o recurso extraordinário ao STF, não se exige depósito recursal. Trata-se do Tema n. 
679 de Repercussão Geral do STF:
JURISPRUDÊNCIA
Surge incompatível com a Constituição Federal exigência de depósito prévio como 
condição de admissibilidade do recurso extraordinário, no que não recepcionada a 
previsão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo 
inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei n. 8.177 e, por arrastamento, 
no inciso II da Instrução Normativa n. 3/1993 do Tribunal Superior do Trabalho.
Letra b.
011. 011. (FGV/OAB/2018) Em sede de reclamações trabalhista duas sociedades empresárias 
foram condenadas em primeira instância. A Massa Falida da Calçados Sola Dura Ltda. e a 
Institutos de Seguros Privados do Brasil, sociedade empresária em liquidação extrajudicial.
Acerca do depósito recursal, na qualidade de advogado das empresas você deverá
a) deixar de recolher o depósito recursal e custas nos dois casos, já que se trata de massa 
falida de empresa em liquidação extrajudicial.
b) deixar de recolher o depósito recursal e as custas no caso da massa falida, mas recolher 
ambos para a empresa em liquidação extrajudicial.
c) recolher nos dois casos o depósito recursal e as custas, sob pena de deserção.
d) deixar de recolher o depósito recursal no caso da massa falida, mas recolher ambos para 
a empresa em liquidação extrajudicial e as custas para a massa falida.
Esta questão cobra diretamente a regra da Súmula n. 86 do TST: Não ocorre deserção 
de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da 
condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial.
Letra b.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
012. 012. (FGV/OAB/2012) Uma ação é movida contra duas empresas integrantes do mesmo 
grupo econômico e uma terceira, que alegadamente foi tomadora dos serviços durante 
parte do contrato. Cada empresa possui um advogado. No caso de interposição de recurso 
de revista,
a) o prazo será computado em dobro porque há litisconsórcio passivo com procuradores 
diferentes.
b) o prazo será contado normalmente.
c) o prazo será de 10 dias.
d) fica a critério do juiz deferir a dilação do prazo para não prejudicar os réus quanto à 
ampla defesa.
A questão procurou saber se o candidato conhece a regra da OJ n. 310 da SDI-I do TST: 
“Inaplicável ao processo do trabalho a regra contida no art. 229, caput e § § 1º e 2º do CPC 
de 2015 (art. 191 do CPC de 1973) em razão de incompatibilidade com a celeridade que 
lhe é inerente.” Esta OJ quer dizer que os litisconsortes com procuradores diferentes não 
possuem prazo em dobro no processo do trabalho.
Letra b.
013. 013. (CESPE/OAB/2010) Considere que, em processo trabalhista, as empresas Delta e Echo 
sejam condenadas, de forma solidária, pelo juiz do trabalho, que ambas interponham recurso 
ordinário, que apenas Delta efetue o depósito recursal, e nenhuma delas pleiteie a exclusão 
da lide. Nessa situação hipotética, o recurso apresentado pela empresa Echo
a) será deserto, em razão de não ter sido efetuado o depósito recursal.
b) será intempestivo, em razão de não ter sido efetuado o depósito recursal.
c) deverá ser conhecido, mas improvido, em razão de não ter sido efetuado o depósito 
recursal.
d) estará apto a ser conhecido, visto que, sendo a condenação solidária, o depósito efetuado 
pela empresa Delta aproveita à empresa Echo.
É a regra da Súmula n. 128, item III, TST, que estudamos em aula: “Havendo condenação 
solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita 
as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.” 
Como a Delta efetuou o depósito e não pede sua exclusão do processo, a empresa Echo 
poderá interpor o mesmo recurso sem efetuar depósito recursal.
Letra d.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
014. 014. (CESPE/OAB/2010) Em reclamação trabalhista, o advogado do reclamante interpôs 
recurso ordinário contra a sentença proferida pelo juiz de primeiro grau, que julgou 
improcedente o pedido de condenação em horas extras formulado pelo reclamante e 
indeferiu a oitiva das testemunhas arroladas, por entender que o depoimentodo reclamante 
era suficiente para o julgamento da demanda. Argumentando a tese do cerceamento de 
defesa, o advogado formulou pedido de anulação dos atos processuais, sem requerer 
expressamente a análise, pelo tribunal, das horas extras negadas. Ao se julgar o recurso 
ordinário no TRT, foi reconhecido o cerceamento de defesa e condenada a empresa a pagar 
ao reclamante as horas extras pleiteadas.
Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da decisão do TRT.
a) O recurso ordinário devolve toda a matéria para a análise do TRT, logo, reconhecido o 
cerceamento de defesa, deve o tribunal analisar a questão das horas extras.
b) Não cabe ao TRT fazer nova análise de prova em sede de recurso ordinário, portanto o 
tribunal não poderia ter estabelecido condenação em horas extras.
c) Não tendo o advogado requerido análise das horas extras, o julgamento deve limitar-
se ao que foi expressamente pedido, logo, não poderia o TRT estabelecer condenação em 
horas extras.
d) O TRT agiu equivocadamente, visto que, reconhecido o cerceamento de defesa, deveria ter 
designado data para a oitiva de testemunhas, e, só então, analisar o pedido de condenação 
em horas extras.
Questões de mérito, restritas ao interesse das partes (como a procedência de horas extras), 
não são alcançadas pelo efeito translativo. O efeito translativo só autoriza o Tribunal 
a decidir questões de ofício quando tais questões forem de ordem pública, como coisa 
julgada, litispendência etc. Portanto, o TRT não poderia apreciar as horas extras de ofício.
Letra c.
015. 015. (FGV/OAB/2010) Pedro ajuizou ação em face de seu empregador objetivando a satisfação 
dos pedidos de horas extraordinárias, suas integrações e consectárias. O seu pedido foi 
julgado improcedente. Recorre ordinariamente, pretendendo a substituição da decisão por 
outra de diverso teor, tempestivamente.
Na análise da primeira admissibilidade recursal há um equívoco, e se nega seguimento ao 
recurso por intempestivo. Desta decisão, tempestivamente, se interpõe o recurso de agravo 
por instrumento, que tem seu conhecimento negado pelo Tribunal Regional, por ausência 
do depósito recursal referente à metade do valor do recurso principal que se pretendia 
destrancar, nos termos do artigo 899, § 7º da Consolidação das Leis do Trabalho.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Quanto à conduta do Desembargador Relator, é corretor afirmar que:
a) ela está correta, uma vez que o referido artigo afirma que nos casos de interposição do 
recurso de agravo por instrumento é necessária a comprovação do depósito recursal de 
50% do valor do depósito referente ao recurso que se pretende dar seguimento.
b) ela está correta, uma vez que o preparo é requisito de admissibilidade recursal e, por 
isso, não pode estar ausente, sob pena de não conhecimento do recurso.
c) ela está equivocada, pois em que pese haver a necessidade do preparo para a interposição 
do recurso de agravo por instrumento, no problema acima, o pedido foi julgado improcedente 
sendo recorrente o autor, portanto, dispensável o preparo no que se refere a depósito recursal.
d) ela está equivocada, pois o recurso de agravo por instrumento, na esfera laboral é o 
único, juntamente com os embargos por declaração, que não necessita de preparo para a 
sua interposição.
Você já sabe que, no caso de agravo de instrumento, o depósito recursal é o correspondente 
à metade do valor do depósito do recurso que a parte agravante quer destrancar. Todavia, 
o limite máximo dos depósitos recursais é o valor da condenação ainda não depositado no 
processo. Portanto, como não há valor de condenação, não há depósito recursal a ser efetuado.
Letra c.
016. 016. (FGV/OAB/2010) Assinale a alternativa que apresente requisitos intrínsecos genéricos 
de admissibilidade recursal.
a) Capacidade, legitimidade e interesse.
b) Preparo, interesse e representação processual.
c) Representação processual, preparo e tempestividade.
d) Legitimidade, tempestividade e preparo.
As demais alternativas apresentam pressupostos extrínsecos de admissibilidade, ora em 
totalidade, ora em mistura com pressupostos intrínsecos.
Letra a.
017. 017. (AOCP/PC-ES/PERITO OFICIAL CRIMINAL/2019) Segundo a legislação processual 
trabalhista, a respeito dos Recursos na Justiça do Trabalho, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os recursos são interpostos por simples petição.
b) A interposição do Recurso permite a execução provisória até a penhora, salvo exceções 
legais.
c) O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
d) Os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em 
recuperação judicial devem proceder o depósito recursal.
e) Os recursos têm efeito meramente devolutivo, salvo exceções previstas em lei.
a) Certa. É a regra do art. 899 da CLT.
b) Certa. É a regra também presente no art. 899 da CLT.
c) Certa. É a regra do art. 899, § 11º, CLT, incluída pela Reforma Trabalhista.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Os três referidos sujeitos são isentos 
de depósito recursal (art. 899, § 10º, CLT).
e) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta. É a regra também presente no art. 899 
da CLT.
Letra d.
018. 018. (IMA/PREFEITURA DE PENALVA-MA/ADVOGADO/2017) Se a parte postular a revisão no 
mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em 
agravo, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente 
para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às 
exigências do art. 1.021, § 1º, CPC de 2015. De acordo com o entendimento sumulado do 
C.TST, qual o princípio do direito processual do trabalho está inserido na referida disposição?
a) Princípios da conversibilidade e da dialeticidade.
b) Princípios da fungibilidade e celeridade processual.
c) Princípios da irrecorribilidade e da dialeticidade.
d) Princípio da voluntariedade e do devido processo legal.
A questão restringiu-se a cobrar os princípios literalmente apontados na Súmula n. 421, 
item II, TST:
JURISPRUDÊNCIA
Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator 
converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade 
e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do colegiado, após a 
intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões 
recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, CPC de 2015.
Aproveito para registrar que a alternativa “a” fala em “conversibilidade”, que é sinônimo de 
fungibilidade, como vimos em aula.
Letra b.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
019. 019. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU/2018) Acerca de procedimentos nos dissídios individuais 
e coletivose de recursos no processo trabalhista, julgue o próximo item, à luz da CLT e da 
jurisprudência dos tribunais superiores.
O termo de conciliação realizado em audiência equivale a uma decisão judicial e, por isso, 
é passível de recurso.
A conciliação celebrada em reclamação trabalhista, quando ocorre, faz com que o processo 
transite em julgado no exato momento da sua celebração (art. 831 da CLT), salvo para 
a Previdência Social, quanto a eventuais contribuições devidas. Logo, tal decisão não é 
recorrível, somente podendo ser impugnada por ação rescisória.
Errado.
020. 020. (FCC/TRT/15ª REGIÃO-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL/2018) Associação Promessa de Futuro, entidade sem fins lucrativos, e 
Bite Informática Ltda. foram condenadas em reclamação trabalhista, a primeira, de forma 
subsidiária, e a segunda, que foi empregadora do reclamante e está em recuperação judicial, 
como devedora principal, a pagarem ao reclamante verbas trabalhistas e rescisórias, sendo 
arbitrado à condenação o valor de R$ 100.000,00. Ambas pretendem recorrer da sentença, 
sendo que, em relação ao depósito recursal,
a) nenhuma das reclamadas precisa fazer o recolhimento, tendo em vista tratar-se de 
entidade sem fins lucrativos e de empresa em recuperação judicial.
b) deve ser recolhido por ambas as reclamadas, não importando tratar-se de entidade sem 
fins lucrativos e de empresa em recuperação judicial, tendo em vista que o depósito tem 
por finalidade a garantia do juízo.
c) deverá ser recolhido pela metade pela Associação Promessa de Futuro, em razão de ser 
uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará ser recolhido pela Bite Informática, que 
está isenta de seu recolhimento por estar em recuperação judicial.
d) deverá ser recolhido pela metade por ambas as reclamadas, tendo em vista o benefício 
previsto em lei para as entidades sem fins lucrativos e para as empresas em recuperação judicial.
e) deverá ser recolhido, por meio de depósito na conta vinculada do FGTS, pela Associação 
Promessa de Futuro, em razão de ser uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará 
ser recolhido pela Bite Informática, que está isenta de seu recolhimento por estar em 
recuperação judicial.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
De acordo com o art. 899, § 10º, CLT, as empresas em recuperação judicial são isentas do 
depósito recursal (Bite Informática). Ademais, conforme o § 9º do mesmo artigo, as entidades 
sem fins lucrativos em geral devem efetuar o depósito recursal, mas pela metade. Ambas 
as regras foram inseridas pela Reforma Trabalhista.
Letra c.
021. 021. (FCC/TRT/2ª REGIÃO-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2018) Considere 
as seguintes decisões interlocutórias proferidas em reclamações trabalhistas:
I – Decisão interlocutória de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho.
II – Decisão interlocutória que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa 
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
De acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho,
a) ambas as decisões, apesar de interlocutórias, ensejam recurso imediato.
b) nenhuma das decisões enseja recurso imediato em razão do princípio da irrecorribilidade 
das decisões interlocutórias vigente no Direito Processual do Trabalho.
c) somente a decisão interlocutória descrita no item “I” enseja recurso imediato.
d) somente a decisão interlocutória descrita no item “II” enseja recurso imediato.
e) as referidas decisões interlocutórias somente ensejariam recurso imediato se proferidas 
em reclamações trabalhistas em que uma das partes é Sindicato.
Ambos os itens apresentados pelo enunciado se amoldam às exceções ao princípio da 
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, previstas na Súmula n. 214 do TST.
Letra a.
022. 022. (FCC/TRT/2ª REGIÃO-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2018) 
Na hipótese da disponibilização de sentença na sexta-feira, com publicação na segunda-
feira e não havendo qualquer feriado ou ausência de expediente durante o prazo recursal, 
o último dia de prazo para a interposição de Recurso Ordinário será:
a) sexta-feira da semana da publicação.
b) quarta-feira da semana seguinte à da publicação.
c) terça-feira da semana seguinte à da publicação.
d) segunda-feira da semana seguinte à da publicação.
e) quinta-feira da semana seguinte à da publicação.
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O dia da publicação é o dia do começo do prazo, e não é contado. Logo, o primeiro dia da 
contagem do prazo de 8 dias do Recurso Ordinário é terça-feira. Logo, como os prazos 
são contados em dias úteis, o último dia cairá na quinta-feira da semana seguinte, pois o 
enunciado admitiu a inexistência de feriados e de interrupções no expediente.
Letra e.
023. 023. (VUNESP/PREFEITURA DE BAURU-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) De acordo com o 
texto expresso na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são isentos do depósito recursal 
os beneficiários da justiça gratuita, as
a) entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
b) entidades sem fins lucrativos e os empregadores domésticos.
c) microempresas e as empresas de pequeno porte.
d) entidades filantrópicas e as entidades sem fins lucrativos.
e) empresas de pequeno porte, as microempresas e os empregadores domésticos.
Esta é a regra do novo § 10º do art. 899 da CLT, no qual constam os três referidos sujeitos 
como isentos do depósito recursal.
Letra a.
024. 024. (FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A Empresa M, insatisfeita 
com a sentença que julgou parcialmente procedente na reclamação trabalhista movida por 
A, interpôs Recurso Ordinário no quinto dia de seu prazo. No oitavo dia, pagou e protocolizou 
petição juntando as guias de custas processuais e da efetivação do depósito recursal, 
com os valores corretos. Neste caso, e de acordo com o entendimento sumulado do TST, 
o Recurso Ordinário será
a) recebido, uma vez que o depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo 
ao recurso, sendo que a interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.
b) considerado deserto, negado o seu recebimento, uma vez que deveria ser interposto 
juntamente com as guias de depósito recursal, sendo que a sua antecipação prejudica a 
dilação legal.
c) recebido, uma vez que a empresa não tem obrigação de comprovar o depósito recursal, 
por ter perdido parcialmente a demanda.
d) considerado deserto, negado o seu recebimento, pois o depósito recursal deveria ter sido 
realizado perante a instituição bancária no mesmo dia da interposição do recurso, mesmo 
que a comprovação fosse feita posteriormente.
e) recebido, pois a regra de que a interposição antecipada prejudica a dilação legal no tocante 
à comprovação do depósito recursal só se aplica aos Recursos de Revista.
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Vimos em aula que, em regra, o depósito recursal pode ser efetuado até o último dia do 
prazo do recurso, mesmo que o próprio recurso seja interposto antes do término do prazo. A 
única exceção, que não é o presente caso, consiste no agravo de instrumento. É a Súmula n. 
245 do TST: “O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. 
A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.”
Letra a.
025. 025. (FGV/TRT/12ª REGIÃO-SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR 
FEDERAL/2017) Em determinada reclamação trabalhista, o juiz julgou procedente em parte 
o pedido e, além de algumas parcelas requeridas na petição inicial, condenou a empresa 
por litigância de má-fé porque ela conduziu uma testemunha que deliberadamente mentiu 
para o magistrado em depoimento.
Considerando que a empresa pretende recorrer da decisão, é correto afirmar que:
a) a multa sequer precisa ser paga, porque o juiz não poderia condenar uma das partes 
como litigante de má-fé sem requerimento do adversário;
b) será necessário depositar 50% da multa imposta para viabilizar o conhecimento do recurso;
c) uma vez que a jurisprudência é omissa a respeito, a empresa deverá opor embargos 
declaratórios para que o juiz diga se o depósito será necessário;
d) a empresa precisa depositar a totalidade da multa porque se trata de punição, sob pena 
de o recurso ser considerado deserto;
e) a recorrente não terá de efetuar o depósito da multa por litigância de má-fé para recorrer.
a) Errada. Tal multa pode ser aplicada, inclusive, de ofício pelo juiz (primeira frase do art. 
793-C, caput, da CLT).
b) Errada. Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta 
como sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos 
recursos de natureza trabalhista”. Por isso, não pode o pagamento da multa ser considerado 
requisito extrínseco para admissibilidade de recursos, nem mesmo em certo percentual.
c) Errada. Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta 
como sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos 
recursos de natureza trabalhista”. Por isso, não pode o pagamento da multa ser considerado 
requisito extrínseco para admissibilidade de recursos. Veja que a jurisprudência não é 
omissa a respeito do tema.
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d) Errada. Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta 
como sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos 
recursos de natureza trabalhista”. Por isso, não pode o pagamento da multa ser considerado 
requisito extrínseco para admissibilidade de recursos.
e) Certa. Vide comentário à letra “d”.
Letra e.
026. 026. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2017/ADAPTADA) Relativamente à aferição de 
requisitos extrínsecos de admissibilidade de recursos no processo do trabalho, de acordo com 
o entendimento dominante no Tribunal Superior do Trabalho, analise as seguintes proposições:
I – Na contagem do prazo recursal serão computados apenas os dias úteis.
II – Considera-se tempestivo o recurso interposto antes do termo inicial do seu prazo.
III – O depósito recursal e as custas, quando exigíveis, serão realizados e comprovados no 
prazo alusivo ao recurso.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas as assertivas I, II estão corretas.
b) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
c) Apenas a assertiva III está correta.
d) Todas as assertivas estão corretas.
Esta questão, originalmente, é diferente. Todavia, precisei adequá-la às atualizações da 
Reforma Trabalhista e restringir-me aos temas até então trabalhados.
I – Certa. Os prazos no processo do trabalho, inclusive recursais, são contados em dias úteis.
II – Certa. A partir do CPC de 2015, o recurso interposto antes do início do prazo é tempestivo, 
conforme o art. 218, § 4º.
III – Certa. Conforme a Súmula n. 254 do TST, o depósito recursal deve ser feito e comprovado 
no prazo alusivo ao recurso e a interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. 
Ademais, conforme o art. 789, § 1º, parte final, da CLT, no caso de recurso, as custas serão 
pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
Letra d.
027. 027. (FCC/TRT/11ª REGIÃO/AM E RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) As 
empresas A e B foram condenadas solidariamente na reclamação trabalhista Z pretendendo 
ambas as empresas interpor Recurso Ordinário. A empresa A interpôs Recurso Ordinário 
no quinto dia do prazo recursal e depositou o valor do depósito recursal de forma integral. 
Neste caso, o depósito recursal
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a) efetuado pela empresa A não aproveita a empresa B, em nenhuma hipótese, uma vez 
que o depósito recursal possui caráter personalíssimo.
b) efetuado pela empresa A aproveita a empresa B, exceto se aquela pleiteia sua exclusão 
da lide.
c) efetuado pela empresa A aproveita a empresa B, exceto se as empresas possuírem 
procuradores distintos.
d) é devido na proporção de 50% para cada empresa, sendo que o depósito integral da 
empresa A, não exime a empresa B de efetuar o depósito da sua parte, podendo a empresa 
A requerer o levantamento da parte que depositou a maior.
e) é devido na proporção de 50% para cada empresa, sendo que o depósito integral da 
empresa A, exime a empresa B de efetuar o depósito da sua parte.
É a regra da Súmula n. 128, item III, TST, que estudamos em aula: “Havendo condenação 
solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita 
as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.” 
Como a Empresa A efetuou o depósito e não pede sua exclusão do processo, a Empresa B 
poderá interpor o mesmo recurso sem efetuar depósito recursal.
Letra b.
028. 028. (TRT/3ª REGIÃO-MG/BANCA DO ÓRGÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014) A partir de súmula 
do TST, conclui-se que na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo na hipótese de decisão:
a) Que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para juízo do 
mesmo Tribunal Regional daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
b) De Vara do Trabalho contrária à súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST.
c) De Turma do TRT contrária à súmula do mesmo Tribunal.
d) Suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal.
e) De Vara do Trabalho contrária à súmula ou Orientação Jurisprudencial do TRT a que se 
vincula.
Esta questão cobra as decisões interlocutórias passíveis de recurso imediato, previstas na 
Súmula n. 214 do TST, que as elenca:
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, CLT, as decisões interlocutórias não 
ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho;
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a sua reprodução,não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I – súmula de tribunal superior;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção 
de competência;
IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do 
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
EXEMPLO
Mesmo que a União seja condenada em um bilhão de reais (muito mais que 1000 salários 
mínimos), se o entendimento utilizado para a condenação estiver respaldado em orientação 
vinculante firmada no âmbito administrativo de um órgão da própria União (manifestação, 
parecer ou súmula administrativa, desde que de caráter administrativamente vinculante), não 
haverá necessidade de reexame necessário (redundância proposital) pela instância superior.
O TST, atento à modificação trazida pelo Novo CPC, alterou a sua Súmula n. 303, itens 
I e II, para fazer nela constar os mesmos parâmetros traçados pelo CPC para a remessa 
necessária. Confira:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 303, I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, 
mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda 
Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a:
a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações 
de direito público;
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b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas 
autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais 
dos Estados;
c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias 
e fundações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do 
Trabalho em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou 
súmula administrativa.
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE: todas as espécies de recursos que podem ser interpostos 
devem estar expressamente previstos em lei. Não é possível a criação de recursos para casos 
concretos específicos, nem a conjugação de elementos de vários recursos para justificar 
um só. Cada recurso deve ser regrado por disposições legais específicas e devidamente 
previsto na legislação processual.
DICA
Conclusão: o rol de recursos previstos em lei é fechado/
taxativo/numerus clausus .
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS: em regra, a parte que recorrer não 
poderá ter o mérito da decisão piorado contra ela própria, a menos que a parte contrária 
também recorra. Isso quer dizer que, dentre as minhas alegações em grau de recurso, eu 
não posso ter minha situação piorada em razão das minhas próprias impugnações.
Existe uma exceção a esse princípio: as questões de ordem pública, que podem ser acolhidas 
em qualquer tempo e grau de jurisdição, inclusive de ofício pelo Poder Judiciário.
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EXEMPLO
João, empregado, teve parte de seus pedidos acolhidos e parte julgada improcedente. João 
interpõe recurso ordinário a fim de ganhar, também, os pedidos que perdeu. O TRT, analisando seu 
recurso, percebe que existe ação idêntica à de João (mesmas partes, causa de pedir e pedidos) 
pendente de julgamento no mesmo Tribunal, o que configura litispendência. Logo, o TRT pode 
extinguir o processo de João sem resolução do mérito com fundamento em litispendência. 
Este é um caso de reforma da decisão em prejuízo do recorrente (reformatio in pejus).
 Obs.: Este exemplo de exceção ao princípio da proibição da reformatio in pejus também 
é válido como exemplo de Efeito Translativo, que é um efeito dos recursos, o qual 
estudaremos adiante.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE (ou CONVERSIBILIDADE): em alguns casos, o equívoco 
da interposição de um recurso inaplicável ao caso pode ser sanado pelo recebimento desse 
recurso errado como se ele fosse o recurso certo. Trata-se de receber um recurso errado 
como se fosse outro, o recurso correto. O órgão julgador percebe que a matéria alegada pelo 
recorrente geralmente é abordada em recurso diferente daquele que ela interpôs/opôs.
EXEMPLO
No TRT, a parte opõe embargos de declaração contra a decisão do relator, mas o relator 
recebe esse recurso como agravo interno, tendo em vista os fundamentos do recurso, que 
se amoldam muito mais ao agravo interno do que aos embargos de declaração.
Este é o exemplo sustentado na Súmula n. 421, item II, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 421. Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, 
cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos 
princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do 
Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar 
as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, CPC de 2015.
Se você não estiver entendendo a diferença entre as espécies de recursos neste momento, 
fique tranquilo: ao longo das duas aulas que teremos sobre o Sistema Recursal Trabalhista, 
estudaremos todas as espécies de recursos cabíveis, com seus requisitos e pressupostos.
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O Princípio da Fungibilidade não se aplica em casos de erros grosseiros, que são erros 
injustificáveis e impossíveis diante do bom-senso e da mínima lógica processual. Exemplo de 
erro grosseiro seria a interposição de recurso de revista quando, na verdade, o recurso cabível 
é o recurso ordinário. Estas duas espécies de recursos têm requisitos muito diferentes, 
inconfundíveis, especialmente no que tange ao tribunal competente para apreciar cada um.
 Obs.: Alguns doutrinadores, como Mauro Schiavi e José Augusto Rodrigues Pinto, sustentam 
que o Princípio da Fungibilidade teria como decorrência o Princípio da Variabilidade, 
segundo o qual a própria parte pode trocar o recurso interposto, se verificar que 
os pressupostos do outro recurso estão preenchidos de maneira mais patente. De 
acordo com essa lógica, se até mesmo o juiz pode, de ofício, receber um recurso 
como se fosse outro, por que a parte não poderia trocá-lo, dentro do prazo recursal?
 Obs.: Fica registrada, portanto, essa construção doutrinária, para robustecer seu 
conhecimento, embora tal princípio ainda não seja consagrado emcópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal 
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no 
art. 799, § 2º, CLT.
Letra d.
029. 029. (FCC/TRT/19ª REGIÃO-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2014) No tocante 
aos recursos no Processo do Trabalho, considere:
I – A capacidade, a legitimidade e o interesse são pressupostos recursais subjetivos.
II – É computado em dobro o prazo para recurso das sociedades de economia mista e das 
empresas públicas.
III – A inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer constitui pressuposto 
recursal subjetivo.
IV – Havendo recurso ordinário em sede de ação rescisória, o depósito recursal só é exigido 
quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia.
Está correto o que consta APENAS em
a) II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e IV.
e) II, III e IV.
I – Certa. Tais pressupostos são, sim, os intrínsecos, também chamados de subjetivos.
II – Errada. As empresas estatais são como quaisquer empresas privadas para fins de prazos 
processuais. Logo, não têm prazo dobrado.
III – Errada. Tal pressuposto, na verdade, é objetivo (extrínseco).
IV – Certa. É uma regra básica do depósito recursal: só existe se houve condenação em 
pecúnia. Esta regra também é reforçada na Súmula n. 99 o TST: Havendo recurso ordinário 
em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o 
pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, 
no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.
Letra d.
030. 030. (CESPE/CPRM/ANALISTA/2013) Julgue os próximos itens, relativos ao processo 
do trabalho.
O recolhimento do valor da multa imposta por litigância de má-fé é pressuposto objetivo 
para a interposição dos recursos trabalhistas.
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Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta como 
sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos de 
natureza trabalhista”. Por isso, não pode o pagamento da multa ser considerado requisito 
extrínseco para admissibilidade de recursos.
Errado.
031. 031. (CESPE/MPU/ANALISTA/DIREITO/2018) Acerca de procedimentos nos dissídios individuais 
e coletivos e de recursos no processo trabalhista, julgue o próximo item, à luz da CLT e da 
jurisprudência dos tribunais superiores.
A partir da reforma trabalhista de 2017, os empregadores domésticos e as microempresas 
tornaram-se isentos do pagamento de depósito recursal.
Os empregadores domésticos e as microempresas pagam depósito recursal, mas pela 
metade. É a regra do art. 899, § 9º:
Art. 899, § 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins 
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e 
empresas de pequeno porte.
Errado.
032. 032. (CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Julgue o próximo item 
à luz da jurisprudência do TST acerca dos recursos na justiça do trabalho, da liquidação e 
da execução no processo do trabalho.
A decisão judicial proferida em dissídio individual que condenar o poder público com base 
em entendimento coincidente com orientação firmada no âmbito administrativo e emitida 
pelo próprio ente público por meio de parecer vinculante não se sujeitará ao duplo grau 
de jurisdição.
Conforme o art. 496, § 4º, inciso IV, CPC, não existe remessa necessária quando a condenação 
do ente público se fundar em entendimento coincidente com orientação vinculante firmada 
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer 
ou súmula administrativa (todos de caráter vinculante).
Certo.
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033. 033. (QUADRIX/CFO-DF/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A respeito do processo do trabalho 
e da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), julgue o item que se segue.
Suponha-se que a empresa reclamada tenha sido condenada, na sentença por litigância 
de má-fé, ao pagamento de multa. Nesse caso, é pressuposto objetivo para interposição 
do recurso o recolhimento do valor da multa.
Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta como 
sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos 
de natureza trabalhista”. Por isso, não pode o pagamento da multa ser considerado requisito 
extrínseco para admissibilidade de recursos (não se enquadra como preparo recursal).
Errado.
034. 034. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR/DIREITO/2017) A respeito do Direito Processual do 
Trabalho, julgue o item que se segue.
No sentido jurídico, recurso é o meio processual estabelecido para provocar reexame de 
determinada decisão. Com base nesse conceito e no sistema recursal da Justiça do Trabalho, 
é correto afirmar que o agravo de instrumento seja o recurso cabível quando se deseja 
questionar ou modificar uma decisão proferida no curso do processo, conceitualmente 
conhecida como decisão interlocutória.
No processo do trabalho, vigora o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões 
interlocutórias. Logo, a sistemática civilista do agravo de instrumento não se aplica ao 
processo do trabalho. Nas raras hipóteses em que tais decisões são recorríveis, o recurso 
cabível é o ordinário ou o agravo interno, e não o agravo de instrumento.
Errado.
035. 035. (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) Julgue o seguinte item, relativos 
aos procedimentos adotados em dissídios individuais da justiça do trabalho.
Conforme entendimento do TST, caso um estado da Federação seja condenado em dissídio 
individual trabalhista, a decisão condenatória não estará sujeita a reexame necessário se a 
condenação não ultrapassar o valor correspondente a quinhentos salários mínimos.
A rigor, esta regra consta originalmente do CPC. A banca colocou-a como “entendimento 
do TST” pelo fato de o TST reproduzir, em literalidade, a regra do CPC na Súmula n. 303. 
Confira o que enuncia o item I desta súmula:
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 303, I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, 
mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda 
Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 
(mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito 
público; b) 500 (quinhentos) salários mínimospara os Estados, o Distrito Federal, as 
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam 
capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios 
e respectivas autarquias e fundações de direito público.
Certo.
036. 036. (CESPE/TELEBRAS/ADVOGADO/2015) Acerca dos recursos cabíveis perante a justiça 
trabalhista, julgue o próximo item considerando o entendimento do TST. Não será considerado 
extemporâneo o recurso interposto antes da publicação de acórdão.
Esta questão foi anulada pela banca. Ela havia sido considerada “errada”, porque reproduzia o 
conteúdo da Súmula n. 434, item I, TST, já cancelada à época da prova. Ante o cancelamento 
da súmula em face da nova regra do art. 218, § 4º, CPC, o item está certo, porque o recurso, 
a partir do Novo CPC, pode ser interposto mesmo que o acórdão não tenha sido publicado 
(antes do início do prazo).
Certo.
037. 037. (CESPE/TELEBRAS/ADVOGADO/2015) Com base no entendimento sumulado pelo 
Tribunal Superior do Trabalho (TST), julgue o item seguinte, acerca dos procedimentos nos 
dissídios individuais.
O jus postulandi é aplicável aos recursos processados e julgados pelas varas do trabalho e 
pelos tribunais regionais do trabalho, alcançando, inclusive, o mandado de segurança.
O mandado de segurança não comporta o jus postulandi. É a regra da Súmula n. 425 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 425. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, 
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a 
ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência 
do Tribunal Superior do Trabalho.
Errado.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
038. 038. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Em relação aos recursos no direito 
processual do trabalho, julgue o item a seguir.
Segundo entendimento do TST, o benefício da justiça gratuita poderá ser requerido em 
qualquer tempo ou grau de jurisdição, e, se o requerimento do benefício for feito na fase 
recursal, deverá ser formulado até o prazo final das contrarrazões do alusivo recurso.
Conforme a OJ n. 269 da SDI-I do TST, o requerimento de justiça gratuita em fase recursal 
deve ser formulado no prazo do recurso da própria parte (recurso principal), e não no 
prazo das contrarrazões da parte contrária.
Errado.
039. 039. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Em relação aos recursos no direito 
processual do trabalho, julgue o item a seguir.
Caso seja imposta multa por litigância de má-fé a uma das partes do processo trabalhista, o 
recolhimento do valor dessa multa, segundo entendimento do TST, constituirá pressuposto 
objetivo para a interposição dos recursos de natureza trabalhista pela parte apenada com 
a referida sanção pecuniária.
Conforme a OJ n. 409 da SDI-I do TST, “o recolhimento do valor da multa imposta como 
sanção por litigância de má-fé não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos 
de natureza trabalhista”. Por isso, não pode o pagamento da multa ser considerado requisito 
extrínseco para admissibilidade de recursos (não se enquadra como preparo recursal).
Errado.
040. 040. (CESPE/TRT/10ª REGIÃO/DF E TO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Julgue 
os próximos itens, no que se refere aos princípios gerais do processo trabalhista.
Segundo o TST, quando litisconsortes forem representados por diferentes procuradores, 
serão contados em dobro os prazos a eles disponíveis para contestar, para recorrer e, de 
modo geral, para falar nos autos.
A regra do prazo dobrado a litisconsortes com procuradores distintos (em processos físicos, a 
partir do Novo CPC) não é aplicável ao processo do trabalho, por ofender o princípio da celeridade. 
Trata-se da regra interpretativa da OJ n. 310 da SDI-1 do TST, tratada em aula: “Inaplicável ao 
processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e § § 1º e 2º, CPC de 2015 (art. 191 
do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.”
Errado.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
041. 041. (CESPE/PGE-BA/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Acerca de recursos, execução 
trabalhista e dissídio coletivo, julgue os itens seguintes.
É cabível recurso ordinário caso o juiz declare a incompetência absoluta em razão da matéria 
da justiça do trabalho e determine a remessa dos autos à justiça comum.
Trata-se de uma excepcional hipótese de recorribilidade imediata de decisão interlocutória 
(recurso ordinário ao TRT). A Súmula n. 214, item c, TST estabelece a seguinte hipótese de 
recurso imediato contra tais decisões: “que acolhe exceção de incompetência territorial, 
com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, CLT.”
Certo.
042. 042. (CESPE/TRT/17ª REGIÃO-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2013) Julgue 
os itens subsequentes, com relação aos recursos e à execução no processo do trabalho.
Não é cabível recurso ordinário de decisão que homologa acordo entre as partes, pois tal 
decisão é irrecorrível.
Esta é uma questão em que o examinador buscou ser o mais malicioso possível. De fato, a 
sentença homologatória de acordo é irrecorrível, mas a parte final do art. 831, parágrafo 
único, da CLT dispõe: “salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem 
devidas.” Logo, é cabível recurso ordinário contra a sentença homologatória de acordo, 
desde que por parte do INSS, e não pelas partes. O professor entende que esta questão 
não é tão capaz de bem selecionar um candidato, uma vez que do enunciado da questão é 
praticamente impossível saber se o examinador está cobrando a regra geral ou sua exceção.
Errado.
043. 043. (CESPE/SERPRO/ANALISTA/ADVOCACIA/2013) No que concerne ao direito processual 
do trabalho, julgue os itens seguintes.
Segundo a CLT, o recurso de agravo de instrumento é adequado para impugnar decisão 
interlocutória proferida na justiça do trabalho.
No processo do trabalho, vigora o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões 
interlocutórias. Logo, a sistemática civilista do agravo de instrumento não se aplica ao 
processo do trabalho. Nas raras hipóteses em que tais decisões são recorríveis, o recurso 
cabível é o ordinário ou o agravo interno, e não o agravo de instrumento.
Errado.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
044. 044. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Em relação ao direito processual do trabalho, 
julgue os itens a seguir.
Segundo entendimento do TST, a regra prevista no CPC que prevê o prazo em dobro quando 
litisconsortes tiverem procuradores diferentes é inaplicável ao processo do trabalho, em 
face da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade.
Trata-se da regra interpretativa da OJ n. 310 da SDI-1 do TST, tratada em aula: “Inaplicável 
ao processodo trabalho a norma contida no art. 229, caput e § § 1º e 2º, CPC de 2015 (art. 
191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.”
Certo.
045. 045. (INÉDITA/2023) Considerando o entendimento pacificado pelo TST a respeito dos 
efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item subsequente:
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, desde que examinados pela sentença e relativos 
ao capítulo impugnado.
Conforme a Súmula n. 393, item I, TST, a transferência dos fundamentos da inicial e da 
defesa ao Tribunal ocorre mesmo que tais fundamentos não tenham sido examinados 
pela sentença, bastando que sejam relativos ao capítulo da sentença que houver sido 
impugnado no recurso. Confira o enunciado do referido entendimento sumulado:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 393, I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que 
se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, § 1º, CPC de 1973), transfere 
ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados 
pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao 
capítulo impugnado.
Errado.
046. 046. (INÉDITA/2023) Considerando o entendimento pacificado pelo TST a respeito dos 
efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item subsequente:
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, independentemente do capítulo impugnado.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Devem tais fundamentos ser relativos ao capítulo impugnado da sentença, como condição 
para a transferência dos fundamentos da inicial e da defesa ao Tribunal. Esta é, em verdade, 
a única condição para tal transferência. Confira o enunciado da Súmula n. 393, item I, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 393, I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que 
se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, § 1º, CPC de 1973), transfere 
ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados 
pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao 
capítulo impugnado.
Errado.
047. 047. (INÉDITA/2023) Considerando o entendimento pacificado pelo TST a respeito dos 
efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item subsequente:
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
Agora sim! O item sob julgamento está em perfeita conformidade com a Súmula n. 393, 
item I, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 393, I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que 
se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, § 1º, CPC de 1973), transfere 
ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados 
pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao 
capítulo impugnado.
Certo.
048. 048. (CESPE/TRT/21ª REGIÃO-RN/ANALISTA JUDICIÁRIO/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2010/
ADAPTADA) Julgue o item subsequente:
Assim como no processo civil, no processo do trabalho os recursos repousam na existência 
comum do efeito suspensivo.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Como regra geral, os recursos trabalhistas têm efeito meramente devolutivo. O efeito 
suspensivo só existirá em casos excepcionais, quando o órgão julgador do recurso, por meio 
de seu relator, conceder tal efeito, tendo em vista os parâmetros do CPC (especialmente 
o da probabilidade de provimento do recurso).
Errado.
049. 049. (INÉDITA/2023) Com relação aos efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item 
subsequente:
A regra geral do efeito meramente devolutivo dos recursos trabalhistas será excepcionada 
quando uma das partes recorrentes demonstrar a probabilidade de provimento do recurso 
ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
São estes, exatamente, os requisitos alternativos para concessão de efeito suspensivo aos 
recursos (art. 1.012, § 4º, CPC).
Certo.
050. 050. (INÉDITA/2023) Com relação aos efeitos dos recursos trabalhistas, julgue o item 
subsequente:
Para que o relator, no tribunal, possa conceder efeito suspensivo ao recurso ordinário, é 
necessário que o provimento do recurso seja provável, e que exista, comprovadamente, 
risco de dano grave ou de difícil reparação.
Na verdade, tais requisitos são alternativos: ou a parte demonstrará as razões que levam a 
crer que o recurso provavelmente será provido, ou demonstrará risco de dano grave ou de 
difícil reparação, apoiando-se em fundamentação relevante. Confira a redação do art. 1.012, 
§ 4º, CPC: “Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se 
o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.” É claro que, se a parte 
demonstrar a existência dos dois requisitos, não haverá prejuízo. De toda forma, a questão 
erra ao afirmar que tais requisitos devam necessariamente ser preenchidos em conjunto.
Errado.
051. 051. (FUNDATEC/GHC-RS/ADVOGADO/2021) Em relação aos recursos no Processo do 
Trabalho, assinale a alternativa INCORRETA.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
a) Os Estados e os Municípios têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias e 
das fundações públicas.
b) Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autarquias 
e fundações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva unidade da 
federação (Art. 75, IV, CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido.
c) É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até 
o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (Art. 104 
do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a 
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual 
período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado 
e não se conhece do recurso.
d) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do Art. 
1.013 do CPC de 2015 (Art. 515, § 1º, CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação 
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não 
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
e) Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do 
recorrente não impugnam os fundamentosda decisão recorrida, nos termos em que 
proferida. Tal entendimento não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, 
consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. 
Também, é inaplicável tal exigência relativamente ao recurso ordinário da competência de 
Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente 
dissociada dos fundamentos da sentença.
a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta afronta a OJ n. 318, I, SDI-I, 
TST, que enuncia: “Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome 
das autarquias e das fundações públicas.”
b) Certa. Reproduz o entendimento fixado na OJ n. 318, II, SDI-I, TST.
c) Certa. Reproduz o entendimento fixado na Súmula n. 383, I, TST.
d) Certa. Reproduz o entendimento fixado na Súmula n. 393 do TST.
e) Certa. Reproduz o entendimento fixado na Súmula n. 442 do TST.
Letra a.
052. 052. (CEBRASPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Julgue o próximo 
item à luz da jurisprudência do TST acerca dos recursos na justiça do trabalho, da liquidação 
e da execução no processo do trabalho.
A parte que interpuser recurso não precisará provar a existência de feriado local que autorize 
a prorrogação do prazo recursal, por ser este um fato notório.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
O primeiro trecho da Súmula n. 385, I, TST, enuncia: “Incumbe à parte o ônus de provar, 
quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação 
do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, CPC de 2015).”
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	Sumário
	Apresentação
	Recursos Trabalhistas – Parte I
	1. Princípios dos Recursos Trabalhistas
	2. Efeitos dos Recursos Trabalhistas
	3. Pressupostos de Admissibilidade dos Recursos Trabalhistas
	3.1. Pressupostos Intrínsecos de Admissibilidade
	3.2. Pressupostos Extrínsecos de Admissibilidade
	4. Juízos de Admissibilidade e de Mérito dos Recursos
	4.1. Juízo de Admissibilidade
	4.2. Juízo de Mérito dos Recursos
	Exercícios
	Gabarito
	Gabarito Comentadoprovas.
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: antes de conceituar este princípio, devo 
alertar que ele tem sido interpretado como relativo, e não absoluto. Essa “relatividade” 
deve-se à majoritária interpretação de que o Duplo Grau de Jurisdição NÃO É um princípio 
de hierarquia constitucional.
Os que defendiam a natureza constitucional deste princípio diziam que ele estava 
implícito no art. 5º, LV, da Constituição, que diz: “aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes.” A necessidade de respeito ao duplo grau de 
jurisdição, segundo eles, devia-se à garantia dos “recursos” inerentes ao contraditório e à 
ampla defesa.
Essa tese não tem prevalecido na doutrina e na jurisprudência, que só reconhece a 
natureza constitucional do Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa.
Professor, e o Princípio do Duplo Grau de Jurisdição? Que natureza ele teria, afinal de Professor, e o Princípio do Duplo Grau de Jurisdição? Que natureza ele teria, afinal de 
contas?contas?
Tal princípio, caro(a) aluno(a), tem natureza infraconstitucional. O direito processual 
brasileiro, tanto o civil como o trabalhista, é estruturado de modo a permitir a recorribilidade 
de quase todas as decisões judiciais. Portanto, tal princípio tem servido como “inspiração” 
para a criação dos recursos.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Há poucos casos de irrecorribilidade de decisões, como a sentença que homologa acordo 
em reclamação trabalhista, contra a qual somente cabe ação rescisória. Veja: embora não 
caiba recurso propriamente dito, cabe um determinado meio de impugnação autônomo 
(ação rescisória), que de certa forma dá efetividade ao Princípio do Contraditório e da 
Ampla Defesa.
2 . eFeITos Dos RecuRsos TRabalhIsTas2 . eFeITos Dos RecuRsos TRabalhIsTas
Antes de estudar as conceituações dos efeitos dos recursos, é importante conhecer 
dois termos técnicos em latim, muito envolvidos nos conteúdos referentes aos recursos:
• Juízo a quo: órgão judicial que proferiu a decisão recorrida e remete o recurso à 
instância superior (Juízo Inicial);
• Juízo ad quem: órgão judicial que analisará o recurso interposto e remetido (Juízo 
Final).
O efeito principal e mais notável nos recursos trabalhistas é o Efeito Devolutivo. Abaixo, 
conceituá-lo-ei.
EFEITO DEVOLUTIVO: toda a matéria envolvida pelo recorrente em seu recurso é devolvida 
ao juízo ad quem, para reanálise das questões. O efeito devolutivo alcança somente as 
partes da decisão impugnadas pelo recorrente.
Na Justiça do Trabalho, fala-se em efeito devolutivo em profundidade. A profundidade 
do efeito devolutivo é interpretada do seguinte modo: o juízo ad quem recebe em devolução 
toda a matéria envolvida pelo recorrente no recurso, inclusive com todos os fundamentos 
trazidos na petição inicial e na contestação, mesmo que a sentença não tenha adotado tais 
fundamentos e ainda que as contrarrazões do recurso não mencionem tais fundamentos.
Essa interpretação foi fixada na Súmula n. 393, item I, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 393, I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que 
se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, § 1º, CPC de 1973), transfere 
ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados 
pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao 
capítulo impugnado.
EFEITO SUSPENSIVO: o efeito suspensivo é uma exceção nos recursos trabalhistas, só 
podendo ser concedido em restritas hipóteses legais. O efeito suspensivo consiste na 
suspensão dos efeitos da decisão recorrida até que o juízo ad quem julgue o recurso 
interposto, para decidir se reforma, ou não, a decisão recorrida.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
No CPC de 1973, era usual a ação cautelar para pedir efeito suspensivo a algum recurso. 
Com o Novo CPC, a regra muda.
O pedido de efeito suspensivo pode ser feito no próprio processo, desde que demonstrados 
alguns pressupostos (previstos no art. 1.012, § 4º, CPC). Tais pressupostos são alternativos, 
isto é, pode ser preenchido tanto um quanto outro.
DICA
1) Probabilidade de provimento do recurso;
OU
2) Fundamentação do recurso é relevante, E há risco de 
dano grave ou de difícil reparação .
Ou a parte demonstrará as razões que levam a crer que o recurso provavelmente 
será provido, ou demonstrará risco de dano grave ou de difícil reparação, apoiando-se 
em fundamentação relevante. Como esses requisitos envolvem alguns conceitos jurídicos 
indeterminados (relevância), caberá ao órgão julgador determinar o conteúdo dessa “relevância”.
A probabilidade de provimento pode ser relacionada ao recurso baseado em tese de 
amplo acolhimento da jurisprudência e na doutrina. A fundamentação relevante, quando 
o provimento não for provável, geralmente refere-se a premissas de fato convincentes à 
luz de um caso concreto, embora não consagradas na jurisprudência nem na doutrina.
Ainda sobre o efeito suspensivo, é importante conhecer a Súmula n. 414, I, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 414, I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta 
impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso 
ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante 
requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente, ou ao vice-presidente 
do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 
1.029, § 5º, CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, 
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado 
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
Você aprendeu que as decisões interlocutórias no processo do trabalho são, em regra, 
irrecorríveis de imediato.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
As decisões que concedem ou negam tutelas provisórias no meio do processo são decisões 
interlocutórias. Logo, tais decisões não são impugnáveis mediante qualquer recurso de 
forma imediata. Portanto, se alguma das partes entender que o juiz violou direito líquido 
e certo seu na decisão que concedeu ou denegou o pedido de tutela provisória, tal parte 
poderá impetrar o MS.
Entretanto, existem casos em que as tutelas provisórias são concedidas na própria 
sentença. Casos práticos frequentes são de liberação do saque do FGTS e expedição de 
alvará para habilitação no programa seguro-desemprego, mesmo que a empresa interponha 
recurso ordinário.
Portanto, se a empresa quiser impugnar essa tutela provisória concedida na sentença, 
deverá fazê-lo nas razões do mesmo Recurso Ordinário queinterporá para alegar as demais 
questões. A Súmula n. 414 ainda esclarece que, se essa violação for tão grave, a empresa 
reclamada poderá requerer ao TRT a concessão de efeito suspensivo ao capítulo da sentença 
que concede a tutela provisória, de modo a impedir que ela produza efeitos.
A Súmula n. 414 do TST pacificou a aplicação supletiva e subsidiária, ao processo do 
trabalho, do § 5º do art. 1.029 do CPC, que dispõe:
Art. 1.029, § 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso 
especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de 
admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento 
para julgá-lo; (Redação dada pela Lei n. 13.256, de 2016) (Vigência)
II – ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a 
interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso 
de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (Redação dada pela Lei n. 13.256, 
de 2016) (Vigência)
Até que um recurso seja analisado pelo tribunal competente, enfrentam-se alguns 
procedimentos. O recurso, além de ser interposto, deve ser admitido, remetido à instância 
competente e distribuído para um relator.
Apesar dessas várias fases até que o recurso seja analisado definitivamente, é possível 
que, no meio delas, o recorrente tenha razões para requerer efeito suspensivo ao recurso. 
Neste ponto, informações importantíssimas costumam ser exploradas em provas: para 
qual autoridade deverá ser dirigido o requerimento de efeito suspensivo?
A resposta é: depende da fase procedimental em que estiver o recurso. Apresentarei 
uma ilustração para ajudá-lo a identificar a autoridade competente.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
EFEITO TRANSLATIVO: este efeito já foi citado anteriormente como uma exceção ao 
princípio da proibição da reformatio in pejus.
Quando o juízo ad quem analisa o recurso interposto, bem como as contrarrazões da parte 
recorrida, ele pode verificar a existência de questões de ordem pública no processo, que 
possam ser inclusive resolvidas de ofício pelo órgão, independentemente de requerimento 
de qualquer das partes.
Casos de questões de ordem pública são vários, destacadamente coisa julgada, 
litispendência, ausência de pressupostos processuais (valor nos pedidos, certeza e 
determinação dos pedidos), falta de interesse processual, dentre outros.
Se o juízo ad quem constatar a existência de qualquer dessas questões, ele poderá se 
manifestar sobre ela de imediato, sem que essa manifestação acarrete vício na decisão 
por ser “ultra, extra ou citra petita”.
Repetirei o exemplo dado na descrição de um dos princípios estudados acima:
João, empregado, teve parte de seus pedidos acolhidos e parte julgada improcedente. 
João interpõe recurso ordinário a fim de ganhar, também, os pedidos que perdeu. O TRT, 
analisando seu recurso, percebe que existe ação idêntica à de João (mesmas partes, 
causa de pedir e pedidos) pendente de julgamento no mesmo Tribunal, o que configura 
litispendência. Logo, o TRT pode extinguir o processo de João sem resolução do mérito 
com fundamento em litispendência, mesmo que nenhuma das partes recorridas tenha 
sequer chegado perto de alegar litispendência.
EFEITO SUBSTITUTIVO: a decisão proferida pelo juízo ad quem, em grau de recurso, 
substitui a decisão de mérito proferida pelo juízo recorrido.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Cuidado: essa “substituição” tem muito a ver com mérito. Trata-se de substituir uma 
decisão de mérito por outra, que pode escolher razões melhores e fundamentos jurídicos 
melhores para aquele caso concreto em análise. Também será caso de efeito substitutivo 
quando a decisão do órgão recursal conhece do recurso, mas mantém os exatos termos 
da decisão proferida em primeiro grau. Essa mera confirmação também tem conteúdo de 
substituição, pois é como se a autoridade da decisão recorrida fosse aumentada com a 
confirmação de um órgão hierarquicamente superior.
Para sintetizar:
Se a decisão judicial recorrida for anulada por vício de natureza processual, como erro 
no procedimento (ausência de tentativa de conciliação, cerceamento de defesa etc.), NÃO 
OCORRERÁ efeito substitutivo. Nesse caso, a decisão será anulada, e não haverá nem 
confirmação de seus termos e nem substituição por mérito distinto.
EFEITO EXTENSIVO: O recurso interposto por uma das partes poderá ser aproveitado 
pelos litisconsortes dessa parte recorrente, a menos que os interesses dos litisconsortes 
sejam distintos/opostos.
Este efeito tem previsão no art. 1.005 do CPC:
Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos 
ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará 
aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o efeito extensivo só tem aplicabilidade no caso 
de litisconsórcio unitário, que é aquele em que a decisão judicial deve ser igual (uniforme) 
para todos os litisconsortes.
Veja que o próprio nome já indica o conceito do efeito: as razões do recurso estendem-
se aos litisconsortes do recorrente, se os interesses destes não forem conflitantes com os 
do recorrente.
EXEMPLO
Ronaldo, empresário individual reclamado, é condenado a pagar a integralidade das verbas 
postuladas por Zezinho, reclamante. O polo passivo dessa reclamação foi ocupado por Ronaldo 
e pela empresa XX Terceirizações, também reclamada. Logo, houve litisconsórcio passivo.
Se somente Ronaldo interpuser Recurso Ordinário, a empresa XX Terceirizações poderá 
aproveitar os termos do recurso de Ronaldo, se os interesses desta empresa foram alinhados 
aos interesses de Ronaldo (exemplo: provimento do recurso para julgar indevidas todas as 
pretensões postuladas pelo reclamante Zezinho).
Todavia, se Ronaldo suscitar em recurso questões conflitantes com os interesses da empresa, 
esta não aproveitará o recurso interposto. Imagina que Ronaldo pede em recurso que toda 
a responsabilidade pelo pagamento da condenação seja da empresa XX Terceirizações. 
Neste caso, é evidente que o Efeito Extensivo não ocorrerá, pois as razões do recurso não se 
estenderão à empresa.
O Efeito Extensivo também tem repercussão na questão dos depósitos recursais, que 
consistem em um pressuposto de admissibilidade recursal inerente ao “Preparo”. Esta é 
uma matéria que estudaremos, ainda, ao longo desta aula.
Para adiantar, apresento a Súmula n. 128, item III, TST, onde o efeito extensivo se 
manifesta sobre os depósitos recursais:
JURISPRUDÊNCIATST, Súmula n. 128, III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o 
depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa 
que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.
Detalharei os pontos técnicos desta súmula no Título pertinente aos pressupostos de 
admissibilidade recursais, onde abordaremos o depósito recursal, inclusive.
EFEITO REGRESSIVO: Este efeito ocorre sempre que o juiz resolve retratar-se de uma 
decisão proferida anteriormente, reconsiderando-a e modificando seus termos. Basicamente, 
o juiz regride, volta atrás.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
No processo do trabalho, esse efeito pode ocorrer, por exemplo, quando o juiz indefere 
a petição inicial e o reclamante interpõe Recurso Ordinário, caso em que o juiz do trabalho, 
verificando o recurso, percebe seu erro e reconsidera sua decisão.
A previsão legal para este “regresso” está no art. 331 do CPC, aplicável subsidiariamente 
ao processo do trabalho, considerando-se que a apelação cível equivale ao recurso ordinário 
no processo do trabalho. Nesta hipótese específica (indeferimento da petição inicial e 
recurso ordinário contra a sentença), o juiz tem 5 dias para retratar-se.
EFEITO EXPANSIVO: este efeito teve origem na Teoria da Causa Madura. Tal teoria 
dizia que o órgão competente para julgar o recurso poderia, desde logo, apreciar o mérito 
das questões do processo quando o juízo a quo nem mesmo entrou nesse mérito. Essa 
atitude só poderia ser tomada pelo órgão recursal (ad quem) se a matéria a ser decidida de 
imediato fosse unicamente de direito ou, se fosse de fato, já houvesse ampla e suficiente 
dilação probatória sobre o fato.
Em palavras técnicas, o juízo ad quem só poderia fazer isso se o processo já estivesse 
em condições de imediato julgamento.
EXEMPLO
Tiago ajuíza reclamação trabalhista contra Rocha Construções, postulando verbas rescisórias. 
Após o término da instrução processual com ampla produção de provas, a reclamação de 
Tiago é extinta sem resolução do mérito, porque o juiz entendeu haver coisa julgada, uma 
vez que já tinha tramitado processo anterior com as mesmas partes, que deram quitação 
integral ao contrato de trabalho. Todavia, esse processo anterior tinha como reclamante 
uma pessoa homônima de Tiago, isto é, com iguais prenome e sobrenome, fato que levou o 
juiz a confundir-se.
Tiago interpõe Recurso Ordinário. Neste caso, o TRT, verificando que realmente não existe coisa 
julgada, pode julgar imediatamente o mérito do processo (procedência ou improcedência 
verbas rescisórias postuladas por Tiago), pois há plenas condições de imediato julgamento 
da causa, uma vez que toda a instrução probatória se esgotou e as partes declararam não 
ter outras provas a produzir.
No CPC, o efeito expansivo tem previsão no art. 1.013, § § 3º e 4º:
Art. 1.013, § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve 
decidir desde logo o mérito quando:
I – reformar sentença fundada no art. 485* [*extinção do processo sem resolução do mérito];
II – decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da 
causa de pedir* [*sentença ultra petita, extra petita ou citra petita];
III – constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV – decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, 
julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao 
juízo de primeiro grau.
O TST reconhece a aplicabilidade do efeito expansivo no processo do trabalho, fazendo-
lhe referência na Súmula n. 393, item II, TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 393, II – Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o 
recurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º 
do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando constatar a omissão da sentença no 
exame de um dos pedidos.
Para sintetizar:
EFEITO DIFERIDO: este efeito é uma decorrência do Princípio da Irrecorribilidade 
Imediata das Decisões Interlocutórias. Basicamente, o efeito diferido consiste no fato de 
a parte recorrer, após a sentença final, impugnando matéria decidida antes da sentença, 
isto é, em momento processual anterior.
Como já estudamos, a regra do processo do trabalho é que as decisões interlocutórias 
proferidas pelos juízes durante a instrução processual – como indeferimento de provas – não 
podem ser objeto de recurso imediato. Portanto, essa impossibilidade torna necessário 
que o conteúdo da decisão interlocutória seja impugnado somente em momento processual 
posterior, lá na frente.
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Logo, vê-se que a impugnação da decisão interlocutória é diferida, isto é, postergada 
por necessidade.
Veja: o Recurso Ordinário pode ser interposto para atacar a Sentença, correto? O efeito 
diferido consiste na impugnação de uma decisão judicial proferida antes mesmo dessa 
decisão recorrida (sentença).
O TST, na OJ n. 92 da SDI-II, reconhece o efeito diferido aos recursos, nesses termos: 
“Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante 
recurso próprio, ainda que com efeito diferido.”
3 . PRessuPosTos De aDMIssIbIlIDaDe Dos RecuRsos 3 . PRessuPosTos De aDMIssIbIlIDaDe Dos RecuRsos 
TRabalhIsTasTRabalhIsTas
Pressupostos de admissibilidade dos recursos são elementos que devem ser demonstrados 
para que o recurso possa ser conhecido pelo juízo ad quem. São elementos sem os quais os 
recursos não podem prosseguir, isto é, não podem ser admitidos.
Na teoria geral dos recursos, estuda-se que o Tribunal, ao julgar o recurso, declarará se ele 
foi Conhecido e, após, se foi Provido. Relembrarei a diferença entre esses dois fenômenos:
CONHECIMENTO do Recurso: o recurso é conhecido quando preenche todos os 
pressupostos de admissibilidade (intrínsecos e extrínsecos), os quais estudaremos neste 
título da aula. O conhecimento do recurso é uma fase que não adentra no seu mérito: 
somente analisa os requisitos formais previstos em lei para que o órgão julgador admita 
analisar o teor do recurso.
DICA
Quando o órgão julgador diz “conheço do recurso” é o 
mesmo que se ele dissesse “admito o recurso” .
PROVIMENTO do Recurso: o recurso, já conhecido, apresenta razões jurídicas que 
convencem o juízo ad quem a concordar com a parte recorrente e substituir a decisão 
recorrida.
DICA
Conclusão: um recurso pode ser conhecido, mas, mesmo 
assim, não provido . Isso ocorre quando o recurso é admitido, 
por conter todos os pressupostos de admissibilidade, mas 
as razões recursais não convencem o órgão julgador, e a 
decisão recorrida acaba sendo mantida .
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Já deixei escapar acima que os pressupostos de admissibilidade podem ser INTRÍNSECOS 
ou EXTRÍNSECOS. Esses pressupostos devem ser preenchidos em conjunto, sob pena de o 
recurso não ser conhecido (inadmitido). Não basta preencher os intrínsecos: deve a parte 
preencher os extrínsecos, e vice-versa.
Abordarei tais pressupostos em subtítulos específicos, abaixo.
3 .1 . PRessuPosTos INTRÍNsecos De aDMIssIbIlIDaDe3 .1 . PRessuPosTos INTRÍNsecos De aDMIssIbIlIDaDe
Os pressupostos intrínsecos são também chamados na doutrina de “pressupostos 
subjetivos”, pois eles se referem ao sujeito que pretende recorrer. Os pressupostos intrínsecos/
subjetivos existem para identificar quem pode recorrer e quem não pode. São pressupostos 
relacionados à pessoa.
Existem três pressupostos intrínsecos: CAPACIDADE, LEGITIMIDADE e INTERESSE.
3 .1 .1 . caPacIDaDe
É imprescindível que você tenha uma primeira noção teórica acerca das capacidades de 
atuação dos sujeitos processuais. Nos processos judiciais, existem três tipos de capacidade:
1) CAPACIDADE DE SER PARTE: todo e qualquer sujeito com personalidade civil, seja 
pessoa natural (física) ou jurídica, é capaz de se fazer presente, num processo, como parte, 
em busca da tutela jurisdicional de seu próprio direito. É suficiente, portanto, que a pessoa 
se encontre no exercício de seus direitos.
• Confira o que dispõem os arts. 70 e 71 do CPC:
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar 
em juízo.
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na 
forma da lei.
 Obs.: As pessoas que necessitem ser representadas (absolutamente incapazes) ou 
assistidas (relativamente incapazes) possuem, igualmente, a capacidade de ser parte. 
Afinal de contas, apesar de serem representadas/assistidas, o direito postulado em 
juízo pertence ao próprio representado/assistido; logo, é ele a parte do processo.
2) CAPACIDADE PROCESSUAL: as pessoas que possam buscar a tutela jurisdicional por 
conta própria, sem necessidade de representação ou assistência, isto é, as que possuam 
capacidade civil plena, possuem capacidade processual. Elas podem, autonomamente, contratar 
advogado ou, nos casos em que a lei permite, atuar sozinhas no processo (ações de Juizado 
Especial Cível, de valor não superior a vinte salários-mínimos, ou ações trabalhistas em geral).
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
 Obs.: A capacidade processual é tradicionalmente denominada, também, como capacidade 
de estar em juízo. Essa denominação consta, inclusive, da redação do art. 70 do CPC.
3) CAPACIDADE POSTULATÓRIA: esta capacidade é tida pelas pessoas que tenham o 
poder de dar início a um processo judicial, por ato próprio. Normalmente, são os advogados, 
Defensores Públicos e o Ministério Público.
• Quando a lei permitir que a parte ajuíze ação sem advogado (ações de Juizado 
Especial Cível, de valor não superior a vinte salários-mínimos, habeas corpus ou ações 
trabalhistas em geral), a pessoa que tiver capacidade processual terá, ao mesmo 
tempo, capacidade postulatória;
• Se a parte plenamente capaz pretender ajuizar ação em que necessite de advogado, 
ela terá capacidade processual, mas não a capacidade postulatória. É por isso que 
ela precisa de alguém que tenha o poder de protocolar a petição inicial (advogado 
– art. 1º, inciso I, Estatuto da Advocacia e da OAB).
Capacidade recursal coincide com a capacidade processual. A capacidade recursal 
(capacidade para recorrer) é diretamente ligada à capacidade para a prática de atos da 
vida civil (artigos 3º, 4º e 5º do Código Civil), isto é, a capacidade processual. Portanto, para 
a interposição do recurso, o relativamente incapaz deve ser assistido, e o absolutamente 
incapaz, representado.
3 .1 .2 . leGITIMIDaDe
A legitimidade, no processo, deve ser compreendida como legitimidade para a causa 
(legitimidade ad causam). Deve o autor, assim como o réu, ser legalmente autorizado a 
requerer a tutela do direito envolvido no conflito de interesses.
Aplica-se a mesma lógica à legitimidade recursal, quando o recurso for interposto 
por uma das partes. Nos casos em que a lei permitir que terceiras pessoas interponham 
recursos, a legitimidade recursal terá um fundamento distinto: autorização legal pura e 
expressa, e não legitimidade para pleitear.
DICA
Quando inerente ao autor, toma-se o termo LEGITIMIDADE 
ATIVA (do polo ativo – autor) .
se pertinente ao réu, usa-se o termo LEGITIMIDADE PASSIVA 
(do polo passivo – réu) .
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
Legitimidade recursal é a habilitação dada por lei à pessoa que, por estar em determinada 
condição, pode apresentar recurso contra a decisão judicial. Dentre outros, os principais 
casos de legitimados pela lei para recorrer são:
• As próprias partes;
• O terceiro prejudicado, quando demonstrar o nexo de dependência entre o interesse 
alegado e a relação jurídica resolvida na decisão sujeita a recurso;
• Os litisconsortes e assistentes;
• O Ministério Público do Trabalho, nas causas em que for parte ou atuar como fiscal 
da lei, ou em quaisquer das hipóteses em que a lei permita sua atuação;
• O substituto processual;
• O sucessor ou herdeiro;
• A empresa condenada solidária ou subsidiariamente.
3 .1 .3 . INTeResse
O entendimento do que é o “interesse recursal” começa da análise da essência do 
interesse processual propriamente dito, como condição para o ajuizamento das ações. Em 
razão disso, é necessária uma breve abordagem do interesse processual.
Tradicionalmente, chama-se o interesse processual de interesse de agir. Portanto, é 
possível que você veja em provas esta condição com os nomes “interesse”, “interesse de 
agir” ou “interesse processual”.
O interesse existirá quando o autor da ação completar um binômio técnico: necessidade 
+ adequação. Explicarei cada um destes itens.
NECESSIDADE: a ação deve ser necessária e útil para que o direito seja protegido, 
restaurado ou compensado. Se a proteção, restauração ou compensação do direito for 
perfeitamente possível sem o ajuizamento de ação, não existirá necessidade; logo, não 
existirá interesse.
EXEMPLO
A ação de consignação em pagamento só é necessária quando o credor de uma dívida se 
recusa a receber, desaparece, dentre outras hipóteses. Se o credor da dívida estiver disponível 
e colaborando para receber seu crédito, o devedor não terá interesse para o ajuizamento da 
ação de consignação em pagamento, em razão de a medida judicial ser desnecessária.
ADEQUAÇÃO: não basta que o autor tenha a necessidade de buscar o Judiciário: ele 
deve escolher o meio processual legalmente adequado para a tutela de seu direito. Se o 
autor procurar a tutela de seu direito por meio de uma espécie incorreta de ação, ou por 
uma ferramenta inapropriada, sua pretensão não poderá ter seguimento, em razão de avia 
processual por ele escolhida ser inadequada; logo, o autor não terá interesse processual, 
em razão de a medida processual eleita ser incorreta (inadequada).
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
EXEMPLO
José, condenado numa ação indenizatória, depois de um ano do trânsito em julgado da ação, 
pretende desconstituir a sentença que o condenou. Para isso, José ajuizou uma ação comum de 
revisão, enquanto, na verdade, deveria ajuizar ação rescisória, que é uma ação especialmente 
destinada à desconstituição da coisa julgada. Ao ajuizar uma ação de procedimento comum 
em primeira instância, José elegeu uma via processual inadequada; logo, José não tem 
interesse processual.
 Obs.: É possível que o autor tenha necessidade, mas não tenha interesse, uma vez que a 
necessidade deve aliar-se à adequação do meio processual escolhido (ação adequada) 
para ter interesse de agir (interesse processual), no sentido técnico da palavra.
Agora, aplique a lógica da necessidade e da adequação à sistemática dos recursos: o 
sujeito recorrente deve demonstrar que tem um real e efetivo interesse na reanálise da 
decisão recorrida. Se ele não tiver nada a aproveitar com o reexame da matéria, ele não 
terá interesse recursal. Interesse recursal consiste na real possibilidade de eventual 
substituição da decisão recorrida favorecer seus interesses.
Ademais, o recurso interposto deve ser adequado à matéria impugnada. O recurso de 
revista, por exemplo, somente pode ser interposto contra decisões dos TRTs, proferidas em 
grau de recurso ordinário, em dissídios individuais. Eventual recurso de revista interposto 
contra decisão originária do TRT em dissídios coletivos será uma medida inadequada.
A adequação do recurso é tratada, pela maioria da doutrina, como um pressuposto extrínseco 
de admissibilidade autônomo e propriamente dito. Embora, na teoria, a inadequação do 
recurso também acarreta falta de interesse recursal (pressuposto intrínseco), as provas, 
muito provavelmente, tratarão a adequação do recurso como um pressuposto extrínseco.
EXEMPLO
Se a sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos do reclamante, ambas as partes 
terão interesse recursal: uma, para tentar a procedência de todos os pedidos; outra, para 
tentar a improcedência dos demais pedidos.
EXEMPLO
Alessandra ajuíza reclamação trabalhista contra a empresa Mel Azul. O juiz do trabalho 
extingue o processo sem resolução do mérito porque Alessandra não atribuíra valores aos 
pedidos pecuniários que formulou. A empresa, mesmo assim, resolve recorrer ao TRT para que 
fosse declarada a prescrição total e extintiva de todos os direitos de Alessandra decorrentes 
do contrato de trabalho, pois já teriam se passado três anos da extinção do contrato até o 
ajuizamento da ação (prescrição bienal).
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Recursos Trabalhistas – Parte I
Gustavo Deitos
A empresa recorreu alegando prescrição com fundamento no art. 1.013, § 4º, CPC, que trata 
do efeito expansivo (teoria da causa madura), que permite ao Tribunal decidir desde logo 
sobre prescrição, mesmo que o juiz não tenha se pronunciado.
Neste contexto, a empresa, mesmo não tendo nenhum prejuízo em decorrência da extinção do 
processo sem resolução do mérito, demonstrou que tem interesse recursal por outras razões.
No exemplo acima, você pôde perceber que o interesse recursal não precisa envolver 
valores, pedidos específicos ou procedência/improcedência. Ele pode ser representado 
por qualquer coisa que, em abstrato, possa favorecer juridicamente a parte recorrente. 
Naquele caso, a pronúncia de prescrição impossibilitaria o ajuizamento de nova ação pela 
ex-empregada Alessandra, dando-se força de coisa julgada material à relação jurídica.
3 .2 . PRessuPosTos eXTRÍNsecos De aDMIssIbIlIDaDe3 .2 . PRessuPosTos eXTRÍNsecos De aDMIssIbIlIDaDe
Os pressupostos extrínsecos também são chamados na doutrina de pressupostos 
objetivos. Esses pressupostos relacionam-se não com o sujeito, mas, sim, com o recurso 
em si. Relacionam-se com as formalidades do recurso a ser interposto, com a peça. Sem 
esses pressupostos, a peça não pode ser nem mesmo analisada pelo juízo ad quem.
Na doutrina, alguns autores enunciam os pressupostos extrínsecos com mais elementos, 
outros com menos. Escolhi trazer a você a lista de pressupostos apresentada por Carlos 
Henrique Bezerra Leite, que é uma das mais amplas.
3 .2 .1 . RecoRRIbIlIDaDe
A decisão judicial que o recorrente pretende atacar deve ser suscetível de recurso. A lei 
deve prever a possibilidade de algum recurso contra a decisão impugnada.
EXEMPLO
1) é recorrível a sentença que julga procedentes os pedidos do reclamante.
2) é irrecorrível a sentença que homologa acordo feito entre as partes em reclamação 
trabalhista (art. 831, parágrafo único, CLT).
3 .2 .2 . aDeQuaÇÃo
A peça apresentada pelo recorrente deve ser adequada em face da decisão impugnada. 
Deve ser a espécie recursal que a lei aponta como correta diante do contexto.
EXEMPLO
O recurso adequado para impugnar sentença de juiz do trabalho é o Recurso Ordinário (art. 895, 
inciso I, CLT). Logo, se a parte apresentar um recurso de revista, o recurso será inadequado.
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 Obs.: Quando o recurso apresentado for inadequado, será possível, em alguns casos, 
que o juízo ad quem convalide esse vício e receba o recurso como se fosse a peça 
adequada. Isso é o que estudamos como Princípio da Fungibilidade.
Veremos adiante que os embargos de declaração servem para apontar omissão, 
contradição ou manifesto equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos do recurso; já 
o agravo interno serve para atacar o mérito da decisão proferida monocraticamente pelo 
relator do Tribunal.
O TST admite a aplicação da Fungibilidade em relação a esses recursos, recebendo um 
como se fosse o outro, em razão de o erro da parte não ser “grosseiro”.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 421, II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, 
cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos 
princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do 
Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar 
as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, CPC de 2015.
3 .2 .3 . TeMPesTIVIDaDe
Cada recurso deve ser interposto no prazo que a lei lhe conferir. Toda espécie de recurso 
terá seu prazo. Por exemplo, o recurso ordinário deve ser interposto em 8 dias, os embargos 
de declaração em 5 dias, o recurso extraordinário em 15 dias etc.
Quanto ao prazo para interposição dos recursos, há vários detalhes.
A partir do Novo CPC, é possível a interposição do recurso antes mesmo do início do 
prazo para sua interposição. É o que diz o art. 218, § 4º, CPC: “Será considerado tempestivo 
o ato praticado antes do termo inicial do prazo.”
Essa nova disposiçãodeu causa ao cancelamento da Súmula n. 434 do TST, que considerava 
intempestivo (extemporâneo) o recurso interposto antes do início do prazo. Agora, o recurso 
só será intempestivo se for interposto após o término do prazo.
Quanto aos prazos recursais, há ainda outras peculiaridades, que foram tratadas inclusive 
na aula sobre os Atos, Termos e Prazos Processuais. Abaixo, trarei algumas importantes 
considerações feitas em tal aula, envolvendo os prazos recursais.
Durante o período de 20/12 a 20/01, os prazos para interposição de recursos, assim 
como os demais prazos processuais, permanecem suspensos. Veja o que diz o art. 775-A 
da CLT, recentemente criado:
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de 
dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
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§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros 
do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça 
exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo.
§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
Este artigo é muito recente: foi incluído pela Lei n. 13.545/2017, que é posterior à 
Reforma (não é fruto da Reforma).
Basicamente, este art. 775-A criou nova hipótese legal de suspensão dos prazos 
processuais (inclusive recursais), que ocorre independentemente de qualquer manifestação 
no processo, seja do juiz, seja das partes.
De 20/12 a 20/01, nenhum prazo processual correrá. Eles continuarão onde pararam. Se, 
em 19/12, o prazo já estava em seu terceiro dia de contagem, o quarto dia de contagem 
será em 21/01, se esta data representar dia útil (se não for dia útil, o quarto dia será o 
primeiro dia útil subsequente).
Não confunda este período de suspensão processual (20/12 a 20/01) com o período de 
Recesso Forense (20/12 a 06/01), que é algo diferente: unidades judiciárias e tribunais não 
funcionam durante o recesso.
Há, inclusive, notícias em sites considerados confiáveis da internet que apontam o período 
do art. 775-A erroneamente como de recesso.
No recesso forense (20/12 a 06/01), não há expediente, e todos os prazos, audiências 
e sessões encontram-se suspensos.
No período de 07/01 a 20/01, há expediente, mas, mesmo assim, todos os prazos, 
audiências e sessões encontram-se suspensos.
Para sintetizar:
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Ainda existe outra causa de suspensão dos prazos recursais: férias Coletivas dos 
Ministros do TST. Sempre que houver essas férias, os prazos recursais serão suspensos. É o 
que diz a Súmula n. 262, item II, TST: “O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros 
do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais.”
As férias coletivas dos Ministros do TST (e somente destes) suspendem apenas os prazos 
relativos a recurso (recursais). Os demais prazos fluem normalmente.
Tome cuidado: as bancas já tentaram confundir os candidatos dizendo que as férias coletivas 
dos Desembargadores do TRT produziriam o mesmo efeito (suspensão de prazos recursais), 
o que é falso.
Ainda sobre os prazos recursais, é fundamental conhecer a Súmula n. 385 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 385, I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do 
recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal 
(art. 1.003, § 6º, CPC de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado 
local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, cumpre ao relator 
conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo 
único, CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se da comprovação depender a 
tempestividade recursal;
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de 
admissibilidade certificar o expediente nos autos;
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante 
prova documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo 
regimental, ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha 
havido a concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense.
Desde já, você precisa fixar as seguintes regras:
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Feriados locais são os municipais e estaduais. Imagine que uma parte quer interpor 
recurso ordinário, e o faz no último dia do prazo. No meio desse prazo, houve um feriado 
municipal (Dia do Município), e a Vara do Trabalho não teve expediente.
Portanto, como é na Vara do Trabalho onde o recurso ordinário deve ser interposto (para 
remessa ao TRT), o prazo ficará suspenso durante o referido feriado local.
O relator do TRT, ao efetuar o segundo juízo de admissibilidade do recurso, pode não 
saber da existência do referido feriado municipal e inadmitir o recurso com base nisso. 
Portanto, a parte tem o dever de, no prazo do recurso, atestar, expressamente, a existência 
do feriado local.
Se a parte não tiver feito esse destaque no recurso, o relator dará a ela o prazo de 5 
dias para comprovar a existência de feriado local, sob pena de o recurso ser inadmitido, 
se o feriado local for determinante para a tempestividade do recurso (recurso só estaria 
dentro do prazo se o feriado local fosse reconhecido).
O feriado forense, que é aquele determinado por lei federal ou pelo regimento interno 
do tribunal, deve ser atestado de ofício pela autoridade responsável pela admissibilidade 
do recurso ( juiz ou relator).
Se tal autoridade não certificar o feriado forense, a parte prejudicada poderá interpor/
opor os seguintes recursos, a depender do caso:
• Agravo de Instrumento: se for contexto de Recurso Ordinário inadmitido pelo juiz 
de primeiro grau ou de Recurso de Revista inadmitido pelo Presidente do TRT, por 
exemplo;
• Agravo Interno: se for contexto de o relator, no TRT, inadmitir Recurso Ordinário ou 
o relator, no TST, inadmitir Recurso de Revista;
• Agravo Regimental: quando a inadmissão do recurso ocorrer em hipótese para a 
qual o Regimento Interno assegure agravo regimental;
• Embargos de Declaração: quando a inadmissão do recurso decorrer de omissão, 
contradição, obscuridade ou manifesto equívoco na análise dos pressupostos 
extrínsecos do recurso.
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 Obs.: Estudaremos melhor o cabimento desses recursos na segunda aula sobre o Sistema 
Recursal Trabalhista (Parte

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