Simulado - casos práticos - legislação penal e direito penal

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SIMULADO 
PENAL, PROCESSO PENAL, LEGISLAÇÃO PENAL E CONSTITUCIONAL 
 
1. Caio, em cumprimento de pena em uma unidade prisional no interior do 
Estado da Bahia, com início da pena em 1/5/2020, agindo com dolo de 
matar, efetuou dois golpes de arma branca em detrimento de João, policial 
penal que se encontrava de plantão no sistema prisional por ocasião dos 
eventos, fato este ocorrido em 1/5/2021. Muito embora tenha sido 
socorrido, o agente público faleceu a caminho do hospital, em decorrência 
dos ferimentos provocados pela conduta de Caio. Diante do exposto, qual 
a tipificação correta? 
 
a) lesão corporal seguida de morte, majorada por ter sido praticada contra 
integrante do sistema prisional no exercício da função, devendo Caio perder o 
tempo de pena cumprido, para fins de progressão, devendo contar nova 
porcentagem sobre o total da pena. 
b) homicídio qualificado consumado, pelo fato de ter matado alguém do sistema 
de segurança, devendo o tempo cumprido no sistema carcerário ser perdido, 
para fins de progressão, voltando a incidir a fração correspondendo sobre o 
restante da pena. 
c) homicídio qualificado consumado, pelo fato de ter matado alguém do sistema 
de segurança, não devendo tal ato influenciar na pena que está cumprindo. 
d) homicídio simples, não existindo nenhuma qualificadora quanto ao fato de ter 
matado alguém do sistema carcerário, devendo o tempo cumprido no sistema 
carcerário ser perdido, para fins de progressão, voltando a incidir a fração 
correspondendo sobre o restante da pena. 
 
2. Mário, com a intenção de matar Rodrigo, efetua disparo de arma de fogo 
a média distância. Mário, porém, tropeça no momento do disparo por não 
ter tido o cuidado de observar uma pedra que estava em seu caminho, 
atingindo Rodrigo de raspão, no ombro, e vindo a ferir gravemente um 
desconhecido que caminhava pela rua. O desconhecido é socorrido e 
considerado fora de perigo, mas a ambulância que o levava ao hospital 
acaba se envolvendo em um acidente e ele vem a óbito em virtude da 
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colisão. Diante do caso concreto, qual a correta tipicidade de Mário? 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) por lesões corporais culposas e homicídio tentado, ambos em concurso formal 
próprio, devendo ser aplicado o erro na execução, incidindo aqui a regra de uma 
causa superveniente que, por si só, ocasionou o resultado criminoso. 
b) por duas tentativas de homicídio, em concurso formal. 
c) por lesões corporais culposas em concurso formal com homicídio consumado. 
d) por lesões corporais culposas e homicídio consumado, ambos em concurso 
formal impróprio, devendo ser aplicado o erro na execução, incidindo aqui a regra 
de uma causa superveniente que, por si só, ocasionou o resultado criminoso. 
 
3. Paulo, pai de Joaquim e Ana, todas as vezes em que tem ciência de que 
sua filha chegou em casa após as 22h, a agride fisicamente. O mesmo 
não ocorre em relação ao seu filho, com quem é sempre mais 
compreensivo. Certo dia, Paulo extrapola nas agressões físicas e mata 
Ana. Cumpre destacar que Paulo não reside no mesmo local que seus 
filhos já que, desde pequenos, moram com a avó materna. Sobre a 
situação narrada, é correto afirmar que: 
 
a) Paulo cometeu homicídio qualificado por motivo fútil, não sendo possível a 
tipificação da conduta por feminicídio, em razão de não ter sido cometido no 
âmbito da violência doméstica, já que o agente não residia com a vítima. 
b) No caso mencionado, somente seria possível a tipificação da conduta como 
feminicídio caso a vítima tivesse relação afetiva com o agente, como namoro ou 
união estável. 
c) Paulo cometeu o crime de feminicídio consumado contra a filha Ana, tendo em 
vista que, conforme orientação dos Tribunais Superiores, é desnecessária a 
coabitação entre autor e vítima. 
d) Nos termos do Código Penal, para a configuração do feminicídio, basta a 
constatação de o agente ser homem e a vítima ser mulher. 
 
4. Joana, logo após o parto da sua filha Maria, a asfixiou até a morte, 
ensejando a sua prisão em flagrante. Em sede de audiência de custódia, 
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houve a conversão da prisão em preventiva, feita de ofício pelo 
magistrado, sem qualquer pedido ou requerimento por parte da 
autoridade policial ou do Ministério Público. Deflagrado o processo penal 
para apurar a conduta praticada, comprovou-se, em observância ao 
contraditório e à ampla defesa, que Joana agiu, à época dos fatos, sob a 
influência do estado puerperal. Nesse cenário, considerando as 
disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal, é correto 
afirmar, em relação à Joana: 
 
a) Joana praticou o delito de homicídio qualificado, devendo a conversão da 
prisão em flagrante em preventiva ser considerado legal, perante as disposições 
do CPP. 
b) Joana praticou o delito de infanticídio, devendo a conversão da prisão em 
flagrante em preventiva ser considerado legal, perante as disposições do CPP. 
c) Joana praticou o delito de infanticídio, devendo a conversão da prisão em 
flagrante em preventiva ser considerado ilegal, visto que, desde o pacote 
anticrime, é vedado ao juiz, perante as disposições do CPP, decretar prisão 
preventiva de ofício, mesmo no caso de flagrante delito. 
d) Joana praticou o delito de homicídio qualificado, devendo a conversão da 
prisão em flagrante em preventiva ser considerado ilegal, visto que, desde o 
pacote anticrime, é vedado ao juiz, perante as disposições do CPP, decretar 
prisão preventiva de ofício, mesmo no caso de flagrante delito. 
 
5. Paulo e José, ambos servidores públicos, solicitaram de Rita, em 
determinada abordagem policial, a quantia de R$ 500,00, para não lavrar 
determinada multa. Ciente do fato e determinada a por fim a essa 
situação, Rita combina com os dois policiais que entregaria o dinheiro na 
semana seguinte, quando conseguiria levantar o valor. Os dois policiais 
então, após todo o combinado com Rita, comparecem próximo à sua 
residência e, quando estão pegando o envelope com o dinheiro, são 
abordados por policiais civis, que efetuam a prisão em flagrante delito. 
Quanto ao tipo penal praticado, bem como à prisão feita, analise as 
assertivas e assinale o item correto: 
 
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a) Paulo e José cometeram o crime de corrupção passiva, enquanto Rita 
cometeu o crime de corrupção ativa, todos em sua modalidade consumada, visto 
que o crime existe no momento da solicitação, no caso de Paulo e José e, no 
caso de Rita, no momento em que dá os valores aos servidores públicos. Por 
isso, a prisão em flagrante realizada é legal, na modalidade própria. 
b) Paulo e José cometeram o crime de corrupção passiva, enquanto Rita não 
cometeu o crime de corrupção ativa, pela falta de alguns verbos dentro do tipo 
penal do artigo 333 do CP, principalmente o verbo “dar”. Por outro lado, a prisão 
em flagrante realizada é legal, na modalidade imprópria. 
c) Paulo e José cometeram o delito de concussão, enquanto Rita não cometeu 
o crime de corrupção ativa, pela falta de alguns verbos dentro do tipo penal do 
artigo 333 do CP, principalmente o verbo “dar”. Por outro lado, a prisão em 
flagrante realizada é legal, na modalidade imprópria. 
d) Paulo e José cometeram o crime de corrupção passiva, enquanto Rita não 
cometeu o crime de corrupção ativa, pela falta de alguns verbos dentro do tipo 
penal do artigo 333 do CP, principalmente o verbo “dar”. Por outro lado, a prisão 
em flagrante realizada é ilegal, visto que não se tem nenhuma hipótese de 
flagrante no momento da entrega dos valores, já que o crime se consumou no 
momento da solicitação por parte de Paulo e José. 
 
6. Em outubro de 2024, Caio, portando uma faca de forma ostensiva, 
abordou João, que estava na condução do seu automóvel, determinando 
a entrega do bem. Após se evadir, Caio levou o veículo automotor 
subtraído para outro Estado da federação, mas acabou por ser 
descoberto e preso. Nesse cenário, considerando as disposições doCódigo Penal, Caio responderá pelo crime de: 
 
a) roubo qualificado, em razão do emprego da faca, com a incidência de uma 
causa de aumento de pena, já que o veículo automotor subtraído foi transportado 
para outro Estado. 
b) roubo majorado, com a incidência de duas causas de aumento de pena, em 
razão do emprego da faca e do transporte do veículo automotor subtraído para 
outro Estado. 
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c) extorsão simples, com a incidência de duas causas de aumento de pena, em 
razão do emprego da faca e do transporte do veículo automotor subtraído para 
outro Estado. 
d) roubo simples, sem qualquer causa de aumento de pena. 
 
7. Maria caminhava pelo centro de Boa Vista, Roraima, momento em que 
Caio apontou um simulacro de arma de fogo em direção à sua cabeça e 
exigiu a entrega de seus bens. Imediatamente, em razão do medo 
incutido, Maria entregou um telefone celular e um relógio para Caio, que 
fugiu na sequência. Nesse cenário, considerando as disposições do 
Código Penal, é correto afirmar que, se encontrado, Caio responderá pelo 
crime de: 
 
a) Roubo simples, visto que o simulacro de arma de fogo não tem o condão de 
qualificar o delito praticado por caio. 
b) roubo majorado, visto que o simulacro de arma de fogo é apto para aumentar 
a pena. 
c) furto qualificado. 
d) furto simples. 
 
8. Giles, em 13/09/2024, às 3 horas da madrugada, arromba a porta de uma 
residência, cujo morador está viajando, e ingressa no imóvel, de onde 
retira, para si, bens, no valor total de R$ 1.200,00. Giles possui 
condenação anterior definitiva por crime da mesma espécie, cuja pena foi 
extinta em 06/02/2021, após o decurso, sem revogação, do período de 
prova do livramento condicional, o qual teve início em 06/07/2019. Diante 
do caso narrado, Giles deverá responder, à luz da jurisprudência do STJ, 
por furto: 
 
a) furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, com emprego do repouso 
noturno, com a agravante de o réu ser reincidente e sem possibilidade de 
nenhum benefício penal. 
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b) furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, sem o emprego do repouso 
noturno, sem a agravante da reincidência, mas sem a possibilidade de furto 
privilegiado, pela incompatibilidade com o furto qualificado. 
c) furto qualificado pelo rompimento do obstáculo, com a incidência do furto 
privilegiado pelo valor da coisa, com a incidência da causa de aumento de pena 
do repouso noturno e com a incidência da agravante. 
d) furto qualificado pelo rompimento do obstáculo, com a incidência do furto 
privilegiado pelo valor da coisa, sem a incidência da causa de aumento de pena 
do repouso noturno e sem a incidência da agravante. 
 
9. Dois policiais militares, em abordagem feita contra o indivíduo X, 
efetuaram a sua prisão em flagrante delito, em 22/1/2025, pela prática do 
crime de roubo majorado em concurso de pessoas, quando subtraíram os 
bens pertencentes à vítima Maria, junto com outro comparsa não 
identificado. Não satisfeitos, durante toda a abordagem, exibiram o rosto 
de X para as câmeras de televisão, que fazia a reportagem no local, 
mediante emprego de violência, que resultou em lesões corporais leves 
contra o indivíduo X. Diante do exposto, do ponto de vista processual e 
penal, qual a correta tipificação dos policiais militares e como deve ser 
manejada a ação penal? Assinale o item correto. 
 
a) Os dois policiais militares não devem responder pelo crime de abuso de 
autoridade, visto que não houve constrangimento para exibição do corpo ou 
parte dele. Quanto ao delito de lesão corporal leve, será processada mediante 
ação pública incondicionada. 
b) Os dois policiais militares não devem responder pelo crime de abuso de 
autoridade, visto que não houve constrangimento para exibição do corpo ou 
parte dele. Quanto ao delito de lesão corporal leve, será processada mediante 
ação pública condicionada à representação, que terá o prazo de 6 meses, 
contados da data do fato praticado. 
c) Os dois policiais militares devem responder pelo crime de abuso de 
autoridade, visto que houve constrangimento para exibição do corpo ou parte 
dele, perseguido mediante ação penal pública incondicionada. Quanto ao delito 
de lesão corporal leve, será processada mediante ação pública condicionada à 
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representação, que terá o prazo de 6 meses, contados da data do conhecimento 
da autoria. 
d) Os dois policiais militares devem responder pelo crime de abuso de 
autoridade, visto que houve constrangimento para exibição do corpo ou parte 
dele, perseguido mediante ação pública condicionada à representação, que terá 
o prazo de 6 meses, contados da data do conhecimento da autoria. Quanto ao 
delito de lesão corporal leve, será processada mediante ação pública 
condicionada à representação, que terá o prazo de 6 meses, contados da data 
do conhecimento da autoria. 
 
10. Antônio assistia a uma série televisiva noturna, quando foi surpreendido 
pelo inesperado toque da campainha de sua casa. Ao atender a porta, 
deparou-se com o funcionário de uma renomada loja de vinhos, que 
indagou se aquele seria o endereço para onde havia sido pedido por João 
da Silva uma celebrada garrafa de vinho, já devidamente paga por Pix 
pelo destinatário, no valor de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais). 
Percebendo o erro, mas dominado pela vontade de degustar a bebida, 
Antônio confirmou falsamente ser ele o autor da encomenda, dando ainda 
como correto o endereço, o que fez com que a garrafa fosse, em seguida, 
a ele voluntariamente entregue, sendo consumida por Antônio antes do 
engano ser percebido pela loja vendedora do produto e por seu 
funcionário. Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Antônio responderá por furto qualificado pela fraude. 
b) Antônio responderá por crime de estelionato. 
c) Antônio responderá por crime de apropriação indébita simples. 
d) Antônio responderá por apropriação indébita de coisa alheia havida por erro. 
 
11. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de João, ao 
argumento de que ele, em comunhão de ações e desígnios com uma 
terceira pessoa não identificada, que logrou se evadir, teria ingressado 
em uma agência da Caixa Econômica Federal, ocasião em que subtraiu, 
mediante o emprego de uma arma de fogo de uso permitido, valores 
pecuniários pertencentes à empresa pública. Em juízo, os gerentes da 
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agência bancária afirmaram, sem qualquer dúvida, que houve a utilização 
de arma de fogo para a prática delitiva, embora esta não tenha sido 
apreendida. Nesse cenário, considerando as disposições do Código 
Penal, João responderá pelo crime de: 
 
a) roubo majorado, com a incidência das causas de aumento de pena atinentes 
ao concurso de pessoas e ao emprego de arma de fogo. 
b) extorsão, com a incidência das causas de aumento de pena atinentes ao 
concurso de pessoas e ao emprego de arma de fogo. 
c) roubo, com a incidência da causa de aumento de pena atinente ao concurso 
de pessoas. 
d) roubo, com a incidência da causa de aumento de pena atinente ao emprego 
de arma de fogo. 
 
12. João, agindo com dolo, sequestrou Maria, sabendo que a vítima dispunha 
de sessenta e dois anos de idade, com o fim de obter, para si, vantagem 
econômica, como condição do resgate. Contudo, após doze horas privada 
da liberdade, Maria foi encontrada e liberada, em Boa Vista, pela Polícia 
Militar do Estado de Roraima. Nesse cenário, considerando as 
disposições do Código Penal, é correto afirmar que João responderá pelo 
crime de: 
 
a) extorsão indireta, com a incidência de uma causa de aumento de pena, pois 
o sequestro durou mais de doze horas. 
b) extorsão, com a incidência de uma causa de aumento de pena, pois a vítima 
era maior de sessenta anos. 
c) extorsão mediante sequestro, na modalidade qualificada, pois o sequestro 
durou mais de doze horas. 
d) extorsão mediante sequestro, na modalidade qualificada, pois a vítima era 
maior de sessentaanos. 
 
13. Maria, menor de 13 anos de idade, manteve, consensualmente, relação 
sexual com seu namorado, José, de 18 anos de idade. Devidamente 
descoberto pelo pai de Maria, esse comparece na Delegacia de Plantão, 
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pedindo providências por parte da autoridade policial. Nesse caso, de 
acordo com o Código Penal, é correto afirmar que: 
 
a) o consentimento de Maria exclui a ilicitude da conduta de José e, portanto, 
não há de se falar em crime de estupro de vulnerável. 
b) a conduta de José somente seria qualificada como crime de estupro de 
vulnerável caso Maria não tivesse mantido relações sexuais prévias com outra 
pessoa antes da relação sexual com José. 
c) José cometeu estupro de vulnerável, independentemente do consentimento 
da vítima ou de Maria já ter tido relações sexuais prévias com outra pessoa. 
d) o crime de estupro de vulnerável somente ocorre quando há violência ou grave 
ameaça contra a vítima. 
 
14. Tício, chefe de um determinado órgão público, recebe um e-mail anônimo 
informando que Mévia, servidora pública, estaria rotineiramente deixando 
a repartição antes do fim do expediente. Em assim sendo, o superior 
hierárquico convoca Mévia a comparecer em seu gabinete e afirma que 
terá de abrir uma sindicância administrativa em seu desfavor, visando à 
apuração dos fatos, salvo se a última com ele mantiver relações sexuais. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, a conduta 
de Tício caracteriza o crime de: 
 
a) violação sexual mediante fraude. 
b) assédio sexual. 
c) corrupção de menores. 
d) estupro. 
 
15. Joana, maior e capaz, após um longo e cansativo dia de trabalho, 
ingressou em um ônibus para retornar à sua residência, sentando-se ao 
lado de Tício, que utilizava óculos de sol. Durante o trajeto, Joana 
percebeu que o homem estava, discretamente, olhando para ela e se 
masturbando, com o órgão genital escondido sob a blusa. Em razão dos 
eventos, Tício foi encaminhado à Delegacia de Polícia e, na presença dos 
seus advogados, confessou os fatos, afirmando que tinha a intenção de 
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satisfazer a própria lascívia. Nesse cenário, considerando as disposições 
do Código Penal, é correto afirmar que o homem responderá pela prática 
do crime de: 
 
a) importunação sexual. 
b) atentado violento ao pudor. 
c) assédio sexual. 
d) estupro. 
 
16. Bianca é acordada de madrugada por ruídos provenientes do quarto de 
sua filha de 12 anos de idade. Deslocando-se ao cômodo de onde 
provinham os ruídos, surpreende a menor tendo relações sexuais com o 
padrasto Ricardo. Após assistir ao fato por alguns segundos, sem tomar 
qualquer medida em relação ao que presenciava, a mãe retorna para sua 
cama. No dia seguinte, Bianca é novamente acordada pelos mesmos 
ruídos, mas não toma nenhuma medida. A situação se repete por uma 
semana. Diante do exposto, qual a correta tipificação de Bianca? Assinale 
a alternativa correta. 
 
a) Bianca responderá por omissão de socorro, ao passo que Ricardo responderá 
por estupro de vulnerável, na forma do crime continuado. 
b) Bianca não responderá por nenhum crime, ao passo que Ricardo responderá 
por estupro de vulnerável, em concurso material. 
c) Bianca responderá por omissão de socorro, ao passo que Ricardo responderá 
por estupro de vulnerável, em concurso formal impróprio. 
d) Bianca, por estar na posição de garante, tendo relevância na sua omissão, 
responderá pelo crime de estupro de vulnerável, com a incidência do crime 
continuado. Haverá a incidência do concurso de agentes em relação a Ricardo, 
que também responderá pelo crime de estupro de vulnerável, por ter praticado 
sexo com menor de 14 anos, sabendo dessa condição, tendo dolo direto na sua 
ação. 
 
17. Maria, recém empossada no concurso de analista da Defensoria Público 
do Estado de São Paulo, estava saindo para o almoço quando, por 
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descuido e negligência, deixou o seu celular perto do computador onde 
trabalho. Ricardo, estagiário, olhando aquela situação, resolveu, por conta 
própria, subtrair o referido aparelho, para vender no mercado paralelo. Ao 
retornar do almoço, Maria dá falta do celular e, de imediato, comunica o 
fato à sua chefia imediata, sendo instaurado o devido processo 
administrativo, em conjunto com o inquérito policial, para apuração dos 
fatos. Preocupada, Maria procura um advogado, para as devidas 
orientações jurídicas. Qual a correta tipificação do caso? Assinale o item 
correto. 
 
I. Ricardo, que é estagiário, não poderá ser responsabilizado por peculato-furto, 
visto que o conceito de funcionário público, do artigo 327 do CP, não abarca essa 
modalidade. 
II. Maria praticou a conduta de peculato-culposo, único crime que admite essa 
modalidade no universo dos crimes praticados contra a Administração Pública. 
III. Os delitos contra a Administração Pública admitem o princípio da 
insignificância e, por isso, Maria pode ser beneficiada com este instituto. 
IV. Caso Maria, antes da sentença condenatória irrecorrível, restitua o valor do 
celular, de forma integral, estará extinta a punição. 
V. Caso Maria, após a sentença condenatória irrecorrível, restitua o valor do 
celular, de forma integral, haverá redução da pena imposta. 
 
a) I e III corretos. 
b) I, III e IV corretos. 
c) II, III e IV corretos. 
d) II, III e V corretos. 
 
18. Sobre os crimes contra a Administração Pública, analise as situações a 
seguir e a tipificação da conduta. 
 
I. Funcionário público que exige, para si ou para outrem, tributo que sabe 
indevido, pratica, em tese, o crime de excesso de exação. 
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II. Empresário que solicita quantia em dinheiro a outrem, a pretexto de influir em 
ato praticado por funcionário público no exercício da função, pratica, em tese, o 
crime de corrupção ativa. 
III. Advogado que telefona a delegado de polícia, ex-colega de turma, pedindo 
que, com base em sua amizade, manifeste-se pelo arquivamento de inquérito 
policial sob sua responsabilidade pratica, em tese, o crime de advocacia 
administrativa. 
 
a) nenhum item correto. 
b) 1 item correto. 
c) 2 itens corretos. 
d) 3 itens corretos. 
 
19. Felipe é flagrado por policiais na posse de pequena quantidade de 
cocaína, que ele pretendia usar numa festinha. Para não ser conduzido à 
Delegacia de Polícia, ele lhes oferece a importância de R$ 200,00 em 
espécie, porém a proposta é recusada pelos policiais, que o levam à 
Delegacia de Polícia. Diante do caso narrado, a alternativa 
correspondente à adequação típica da conduta de Felipe, referente ao 
oferecimento de dinheiro aos policiais, é: 
 
a) fato atípico 
b) corrupção passiva 
c) corrupção ativa 
d) tentativa de corrupção ativa 
 
20. Tatiana, proprietária de um pequeno estabelecimento comercial, utiliza, 
dolosamente e em proveito próprio, no exercício de sua atividade 
comercial, mercadorias proibidas pela lei brasileira, tendo conhecimento 
de que elas foram importadas ao território pátrio por meios clandestinos. 
Registre-se que os referidos bens não possuem qualquer relação com as 
proibições descritas na Lei de Drogas e no Estatuto do Desarmamento. 
Ciente dessa situação, Rogério, concorrente de Tatiana, resolveu fazer 
denúncia anônima contra Tatiana, vindo então a passar as informações 
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para a Polícia Civil. Diante dessa situação, o Delegado em atuação na 
Comarca instaurou inquérito policial e requisitou a interceptação 
telefônica de Tatiana, para fins de investigação da conduta. Do ponto de 
vista penal e processual penal, assinale a alternativa correta: 
 
a) Tatiana praticou o crime de descaminho. A conduta do Delegado de Polícia 
Civil encontra respaldo na legislação e na jurisprudência, sendo ambas legais. 
b) Tatiana praticou o crime de contrabando. A conduta do Delegado de Polícia 
Civil encontra respaldo na legislação e na jurisprudência, sendo ambas legais. 
c) Tatiana praticou o crime de contrabando. Conforme jurisprudênciapacífica 
dos Tribunais Superiores, não poderia o Delegado, diante de denúncia anônima, 
instaurar inquérito policial e nem requisitar interceptação telefônica. 
d) Tatiana praticou o crime de descaminho. Conforme jurisprudência pacífica dos 
Tribunais Superiores, não poderia o Delegado, diante de denúncia anônima, 
instaurar inquérito policial e nem requisitar interceptação telefônica. 
 
21. Jonas, servidor público federal, compareceu ao estabelecimento 
comercial de Mário e dele exigiu o pagamento de um tributo federal 
devido, em benefício da Administração Pública. Contudo, o referido 
agente público, na cobrança, empregou, dolosamente, meio vexatório que 
a lei não autoriza, humilhando o particular. Nesse cenário, considerando 
as disposições do Código Penal, Jonas responderá pelo crime de: 
 
a) condescendência criminosa. 
b) excesso de exação. 
c) corrupção passiva. 
d) concussão. 
 
22. Luiz, servidor público federal, se apropriou, em proveito próprio e agindo 
dolosamente, de um computador portátil público de que tinha a posse em 
razão do cargo ocupado. Nos dois dias subsequentes, o referido agente 
público repetiu a conduta perpetrada, apropriando-se de outros 
computadores portáteis públicos de que também tinha a posse, nas 
mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução. Nesse 
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cenário, considerando as disposições do Código Penal, Luiz responderá 
pelos crimes de: 
 
a) corrupção passiva, em continuidade delitiva. 
b) corrupção passiva, em concurso material. 
c) corrupção ativa, em concurso material. 
d) peculato, em continuidade delitiva. 
 
23. Caio, servidor público no âmbito do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 
e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), autarquia federal, 
solicitou, em razão da sua função, R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos 
reais) de João, empresário, que havia ingressado com um pedido para 
regularizar, na esfera ambiental, as atividades do seu grupo empresarial. 
Registre-se que o pedido foi imediatamente refutado pelo particular. 
 
a) não responderá por qualquer crime, considerando que a solicitação foi 
prontamente refutada por João. 
b) não responderá por qualquer crime, em razão do reduzido valor solicitado, 
tornando a conduta atípica. 
c) responderá pelo crime de corrupção passiva, na modalidade consumada. 
d) responderá pelo crime de corrupção ativa, na modalidade tentada. 
 
24. Uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal abordou o veículo 
automotor conduzido por João na BR 319, em razão do excesso de 
velocidade constatado. Durante a abordagem, João, dolosamente, 
entregou aos policiais um documento de identificação próprio, emitido 
pelo estado do Amazonas, que, no entanto, fora alterado por terceira 
pessoa, sem qualquer participação sua, direta ou indireta. Contudo, João, 
muito nervoso e ciente dos direitos constitucionais que possui, acabou por 
confessar aos policiais que o documento era falso. Nesse cenário, 
considerando as disposições do Código Penal e a jurisprudência 
dominante do Superior Tribunal de Justiça, João responderá pelo crime 
de: 
 
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a) uso de documento falso 
b) falsificação de documento público 
c) falsificação de documento particular 
d) falsa identidade. 
 
25. Luiz recebeu, de boa-fé, como verdadeiras, vinte notas falsas de cem 
reais. Após constatar a falsidade, Luiz, dolosamente, as restituiu à 
circulação, para não ter que suportar qualquer prejuízo. Nesse cenário, 
considerando as disposições do Código Penal, é correto afirmar que Luiz: 
 
a) responderá pelo crime de moeda falsa, estando sujeito a uma pena, em 
abstrato, equivalente àquela prevista para o agente que falsifica, fabrica ou altera 
o papel-moeda. 
b) responderá pelo crime de moeda falsa, estando sujeito a uma pena, em 
abstrato, inferior àquela prevista para o agente que falsifica, fabrica ou altera o 
papel-moeda. 
c) não responderá por qualquer crime, por não ter sido o responsável pela 
falsificação do papel-moeda ou pela sua colocação originária em circulação. 
d) não responderá por qualquer crime, por se tratar de conduta formalmente 
atípica.