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Processo de Fresamento

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ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA
 Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba
 
Processo de Fresamento
 
	
	
	
	
	Grupo 1
	
	
	
	
Laboratório de Processo de Usinagem
Piracicaba SP 
Setembro de 2014
Processo de Fresamento
	201200767
	Augusto Soave
	201200870
	Diego Formaggio
	201101157
	Edenilson Carlos Paesman
	201200735
	Elias Zem
	201200751 
	Estefania Couto Segura
	201200833
	Fabrício Gom da Silva
	201200782
	Matheus Menezes Santana
	201200772
	Vinicius Rodrigues
	201200901
	Wil Cleiton Braseliano
Relatório referente à aula prática de Fresamento apresentado como requisito parcial da disciplina do 6º Semestre do curso de Engenharia Mecânica, Laboratório de Processos de Usinagem, da Escola de Engenharia de Piracicaba, sob a orientação do Prof. Dr. Antônio Fernando Godoy.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fresadora vertical CNC	8
Figura 2: Perfil da peça a ser usinada	11
Figura 3: Comportamento da temperatura em função da velocidade de corte	12
Figura 4: Especificações do fabricante da fresa	15
Figura 5: Dimensões finais da peça	18
Figura 6: Peça pronta	18
Figura 7: Movimentos na fresadora Universal	19
Figura 8: Regra da mão direita para referência cartesiana	20
Figura 9: Fresamento Frontal	20
Figura 10: Movimento discordante e concordante.	21
Figura 11: Fresa Detalonada e Trem de fresas	21
1. OBJETIVO DA PRÁTICA
	Demonstrar o funcionamento da fresadora e suas ferramentas (fresas) através da usinagem de um sextavado usando cabeçote divisor e de um canal (rasgo de chaveta). 
2. INTRODUÇÃO
2.1. Fresadoras
	Fresadoras são máquinas ferramenta destinadas à usinagem de peça de formatos desde os mais complexos até os mais simples.
 	Existem vários tipos de fresadoras conhecidas, no entanto podemos identificar dois principais grupos classificados em função da orientação de seu eixo árvore em relação à mesa como:
	Horizontal: em que o eixo árvore se encontra paralelo à mesa;
	Vertical: quando o eixo árvore localiza-se perpendicularmente em relação à mesa;
		
	Apresentam grande versatilidade devido a variedade de movimentos os quais são capazes de realizar, e por consequência, da quantidade de operações que permite executar.
2.2. Tipos de Fresadoras convencionais
	Como visto acima, existem dois grupos de fresadoras, entretanto, devido as várias aplicações e necessidades de mercado, acabaram surgindo diversas variantes destas das quais podemos citar:
	Fresadora Universal: é uma fresadora horizontal, a qual pode receber um cabeçote vertical em relação à bancada, englobando operações das duas modalidades de fresadoras.
	Fresadora Copiadora: derivada da fresadora horizontal, possui dois cabeçotes, um apalpador e outro para usinagem, e como o próprio nome diz é usada para executar cópias de outras peças.
	Fresadora Pantográfica: é também utilizada para efetuar cópias de outras peças, porém a transmissão do movimento é feita pelo operador permitindo trabalhar-se detalhes mais complexos.
	Fresadora Denteadora: é especialmente adaptada para a fabricação de engrenagens.
2.3. Partes e acessórios da Fresadora
	Embora as fresadoras possuam algumas diferenças entre si, todas apresentam o mesmo conjunto principal.
	Base, estribo e braço: compõem a estrutura principal, onde a base e o estribo constituem-se de uma única estrutura responsável por sustentar o cabeçote e abrigar os constituintes mecânicos, juntamente com o tanque e bomba de fluido refrigerante. O braço, presente em fresadoras horizontais, é responsável por suportar o mandril e fica preso na extremidade do cabeçote.
	Mandril: como no torno é montado ao final do estribo no cabeçote, sobre rolamentos cônicos em suportes adequados e registráveis.
	Mesa e treno: é responsável por sustentar as peças a serem usinadas, possui canais em forma de “rabo de andorinha” ou “tê”, permitindo a fixação direta da peça ou dispositivos como a morsa. O treno é responsável pela translação da mesa, podendo ser vertical ou horizontal.
	Comandos do cabeçote motriz: conjunto de alavancar destinado a variar as rotações do mandril e a velocidade de avanço do porta ferramentas.
	Comandos manuais: para cada comando automático existe um comando manual, permitindo ao operador executar todos os avanços e ajustes.
	Cabeçote divisor: é um acessório usado quando se pretende usinar à distâncias angulares iguais. Neste dispositivo é possível alcançar qualquer tipo de divisão. É usado para usinagem de ranhuras, sextavados, quadrados e até dentes de engrenagens. Consiste de um disco com várias carreiras de furos dispostos de maneira circular. Cada carreira possui um determinado número de divisões. Para a determinação da quantidade de furos a deslocar para a realização da usinagem, pode se usar a equação 1 a seguir:
	
 Equação 1
	Onde:
D: Número de divisões no disco divisor
N: Divisões a efetuar
E: Número de furos a deslocar
Entretanto, embora em uso até os dias de hoje, os dispositivos de controle de velocidade de avanço do porta ferramenta, da mesa e mandril, sejam eles automáticos ou manuais, foram substituídos por sistemas eletrônicos que atuam através das informações inseridas no CNC.
2.4. Fresadora CNC
A primeira máquina ferramenta CNC surgiu em 1952. Tratava-se de uma fresadora convencional da fabricante americana Cincinnati, que sofreu modificações em seus componentes mecânicos e recebeu um controlador eletrônico. Foi desenvolvida para atender a indústria aeronáutica que necessitava usinar peças de geometrias complexas.
O surgimento das fresadoras CNC trouxe como benefícios:
Fabricação de peças mais complexas com melhor acabamento superficial e tolerância dimensional;
Maior repetibilidade das características da peça, sem a influência de fatores humanos;
Flexibilização da produção pois permite a produção de lotes de pequeno a médio portes de grandes variedades de peças;
Uma fresadora CNC (Figura 1) funciona da mesma forma que a convencional, entretanto não apresenta manípulos e alavancas presentes nos modelos manuais. Ao invés disso possui um controlador CNC (Controlador Numérico Computadorizado) responsável por todas as operações realizadas durante o processo de usinagem. 
Figura 1: Fresadora vertical CNC
Fonte: (VEJA, s/d)
O CNC presente na máquina é um computador onde o operador insere os dados (ordens) através de uma linguagem adequada, dizendo quanto a ferramenta deve avançar, qual a velocidade e direção, gerando a programação, para que a máquina efetue as operações de usinagem. O controlador atua como intermediário entre operador e máquina, lendo as informações inseridas e convertendo-as em sinais elétricos de pequena intensidade que são amplificados por drivers e enviados aos motores responsáveis por movimentar a peça e a ferramenta, de acordo com as ordens especificadas. 
Sensores de posição e velocidade instalados em várias posições na fresadora registram os movimentos a fim de garantir que o avanço, rotação e a posição da ferramenta estejam corretos, ou fornecem informações para que possam ser corrigidos caso apresentem variação.
Outra modificação importante sofrida pela fresadora foi a substituição dos antigos fusos trapezoidais, por semicirculares com esferas, e os barramentos substituídos por guias lineares e rolamentos, reduzindo o atrito e melhorando a exatidão. 
Entretanto, embora todas as operações de usinagem sejam controladas pelo CNC ainda há a necessidade de que um operador promova a troca das ferramentas.
2.5. Centro de usinagem
	Em decorrência dos avanços nos processos de fabricação e necessidade de maior versatilidade e economia de tempo e custos, houve o surgimento dos centros de usinagem, que veem a ser a evolução das fresadoras, onde foram agregados novos sistemas mecânicos e eletrônicos.Todo centro de usinagem possui cabeçote giratório, “Magazine” e ATC (do inglês Automatic Tool Charger) trocador automático de ferramentas. Estes dispositivos indispensáveis ao equipamento são os que lhe conferem maior versatilidade.
	O cabeçote giratório, também conhecido como torre ou revolver possui como característica abrigar mais de uma ferramenta. De acordo com a programação, o cabeçote gira, mudando a ferramenta sem que seja necessário o operador efetuar a troca ao fim de cada operação. Entretanto o revolver não é capaz de abrigar muitas ferramentas de uma única vez, sendo necessária a troca nas ferramentas, e é nesse ponto que o magazine se faz necessário, pois pode armazenar muitas ferramentas, em alguns casos mais de uma centena de ferramentas dependendo da máquina.
	O ATC é responsável pela troca das ferramentas que estão no cabeçote, retirando e colocando-as no magazine, colocando uma nova em seu lugar, sem que seja preciso a intervenção humana, cabendo ao operador apenas abastecer o magazine com as ferramentas necessárias, anteriormente ao início da operação.
	Como os centros de usinagem abrigam vários tipos de ferramentas, são capazes de executar operações de furação, fresamento, mandrilhamento, alargamento, rosqueamento etc, que antigamente demandariam mais máquinas para serem executadas, diminuindo desse modo o tempo de fabricação, e por consequência o custo.
2.6. Sistemas de coordenadas e programação.
	Todas as máquinas ferramenta comandadas por controladores numéricos utilizam o conceito de eixos e coordenadas cartesianas (x,y,z), utilizadas para direcionar a ferramenta durante a usinagem. 
As fresadoras e centros de usinagem utilizam os eixo x, y e z, onde o ultimo corresponde ao eixo vertical. Se a ferramenta pode se movimentar simultaneamente nos três eixos, pode-se chamar de máquina de três eixos. Porém se o eixo z é utilizado apenas para aproximação e afastamento, é conhecida como máquina de dois eixos e meio. 
A possibilidade de movimentação da ferramenta em mais de um eixo de uma única vez é fundamental para a execução de peças complexas como matrizes para estampos de peças para a indústria aeronáutica e automobilística.
Para os centros de usinagem, existem alguns casos em que a máquina pode ter quatro ou cinco eixos, onde além dos três eixos x, y e z, a ferramenta é capaz de realizar um ou dois movimentos podendo girar até aproximadamente 40º. 
As fresadoras trabalham principalmente com os eixos x e y, ficando o eixo z para aproximação e afastamento da ferramenta. 
Para criar um programa para usinar uma peça na fresadora é necessário que saiba as coordenadas para obter-se a geometria desejada, porém é preciso conhecer a forma correta dos comandos a serem utilizados a fim de que o CNC seja capaz de reconhecer as informações como posição inicial e final da ferramenta, velocidade em que devera percorrer este caminho e a que profundidade. Existem diversos meios de programar um processo para usinar uma peça. Quando surgiram os controladores a primeira linguagem utilizada foi a APT (Automatic Programmed Tool), atualmente é utilizada apenas para usinagem de peças com geometria extremamente complexas, pois trata-se de uma linguagem de altíssimo nível.
Embora considerada de baixo nível, atualmente a linguagem universalmente mais utilizada é a EIA/ISO, também conhecida como “Códigos G”, seja para a programação manual ou via CAM. Seu surgimento se deu antes da criação das máquinas CNCs. Era utilizada em máquinas de escrever automáticas que utilizavam cartões perfurados.
Existe ainda um terceiro tipo de programação denominado interativo, que utiliza o padrão EIA/ISO, porém o programador não entra diretamente com os códigos, utiliza para gerar o programa, desenhos, podendo estes serem feitos por um programa CAD ou diretamente no software CAM, onde de acordo com a máquina a ser utilizada e a matéria prima, são definidos os parâmetros.
	A estrutura básica de programação para qualquer CNC se organiza como descrito abaixo:
Cabeçalho
Identificação
Dados da ferramenta
Aproximação e usinagem do perfil da peça
 
 Abaixo temos um exemplo de programação simples para usinagem do perfil conforme figura 2.
O1500
	G21 G90 G94 G55
	S2400 M3
	G0 X-10 Y-10 Z50
G0 Z-10.M8	 
	G42, G0 X-10 Y0
	G1 X10 Y0 F250	
	G1 X50 Y0 F250
	G1 X50 Y10 F250
	G2 X55 Y15 R5 F250
	G1 X70 Y15 F250
	G1 X70 Y40 F250
	G3 X60 Y50 R10 F250
	G1 X0 Y50 F250
	G1 X0 Y10 F250
	G0 X-20 Y-10 M9
G0 Z200 M5
M30
Figura 2: Perfil da peça a ser usinada
Fonte: (Telecurso 2000, 2000)
2.7. Usinagem em altas velocidades (HSM)
	Embora pareça uma tecnologia desenvolvida ha pouco tempo a usinagem em alta velocidade HSM (high speed machining) ou HSC (high speed cutting), foi desenvolvida em 1930 por pesquisadores alemães que conseguiram usinar em altas velocidades, diversos materiais, sendo estes em sua maioria, metálicos. Porém devido a problemas tecnológicos da época, esta forma de usinagem foi deixada de lado até o surgimento das máquinas CNC e por consequência o melhoramento dos processos produtivos.
	Antes de tudo, devemos definir o que vem a ser alta velocidade para a usinagem de materiais. Segundo Rodrigues (2014) para que seja considerada usinagem de alta velocidade é necessário que a temperatura na formação do cavaco sofra uma inflexão em seu crescimento tradicional a medida que a velocidade aumenta. Entretanto é importante destacar que se forem aplicadas tais velocidades sem realizar reduções nos parâmetros referentes a profundidade de corte (Ap) e largura de corte (Ae) a ferramenta entrará em colapso antes mesmo que consiga-se a redução da temperatura. 
	O processo HSM consiste basicamente em aumentar as velocidades de corte enquanto em contra partida reduz-se a profundidade e largura de corte, que acaba acarretando em aumento da taxa de remoção de material. Geralmente quanto maior a velocidade de corte, mais a temperatura da peça e da ferramenta tende a aumentar, porém elevando a velocidade e reduzindo profundidade e largura de corte há menor contato entre ferramenta e material e dada à alta velocidade com que o cavaco é removido, não á tempo suficiente para que haja transferência de calor e portanto as temperaturas tendem a abaixar conforme vemos no gráfico da figura 3 a seguir:
Figura 3: Comportamento da temperatura em função da velocidade de corte
	 Fonte: (Rodrigues, 2014)
	 
	Juntamente com os ajustes da velocidade, profundidade e largura de corte, modificações nas ferramentas também são necessárias. Nas ferramentas destinadas ao processo HSM, procura-se reduzir ao máximo o contato do cavaco com a ferramenta, sendo necessário para isso, que o ângulo 𝛾 seja máximo, produzindo assim menor quantidade de atrito e gerando menor aquecimento. O aumento do ângulo de saída proporciona menores tensões de penetração da ferramenta na peça.
	Alterando-se o ângulo de folga, obtém-se menor contato entre o flanco da ferramenta e a superfície da peça, o que também melhora o acabamento superficial. Uma observação importante a ser feita é que se α e 𝛾 são máximos, β será mínimo, logo exige atenção na determinação dos ângulos de saída e folga, para que o ângulo de cunha não prejudique a resistência da ferramenta.
	Assim como a ferramenta, o suporte deve ser bem dimensionado com materiais que resultem em pouco peso e bom balanceamento, pois a altas velocidades, qualquer desbalanceamento, ainda que pequeno resulta em vibração que prejudica o acabamento superficial da peça.
2.8. Ferramentas de corte para fresadora
	As ferramentas de corte para fresadoras são conhecidas como fresas e apresentam-se em diversos tipos de acordo com suas aplicações. Abaixo seguem alguns tipos existentes:
	Fresas de perfil constante: são utilizadas para abrir canais côncavos ou convexos e podem ainda gerar dentes de engrenagens;
	Fresas planas: empregadas quando se deseja obter superfícies planas, rasgos ou canais;
 	Fresas angulares: aplicadas quando se necessita de perfis angulares, comocanais com perfis rabo de andorinha, por exemplo;
	Fresas para rasgos: utilizadas quando precisa-se executar rasgos de chavetas, ranhuras retas ou perfis em “Tê”;
	Fresas e dentes postiços: também conhecidas como cabeçotes de fresamento, constituem-se de um suporte com pastilhas de metal duro presos nas extremidades de cada dente, podendo serem substituídos facilmente;
Fresas para desbaste: servem para usinagem pesada onde há a necessidade de desbaste de grandes quantidades de material. Sua propriedade de grandes remoções se dá devido ao seccionamento dos dentes. 
2.8. Cálculo dos parâmetros de usinagem
É de extrema importância a correta determinação dos parâmetros de usinagem de acordo com as especificações do fabricante, pois se acima do indicado causa desgaste prematuro da ferramenta e pode influenciar no acabamento final obtido na peça.
A velocidade de corte é aquela com a qual um ponto na extremidade externa da fresa se desloca sobre a circunferência com movimento constante, sendo calculada conforme equação 2. O anexo 1 apresenta algumas velocidades de corte recomendadas de acordo com os materiais
 Equação 2
	Onde:
d: Diâmetro externo da fresa
n: Número de rotações por minuto (rpm)
Vc: Velocidade de corte
Para o cálculo do avanço da mesa é necessário que se conheça o avanço para um dente dado em função do material a ser usinado e se a operação é de desbaste ou acabamento, sendo encontrado pela equação 3. 
 Equação 3
Onde:
z: Número de dentes
ad: Avanço do dente
av: Avanço por volta
O anexo 2 apresenta valores recomendados de avanço do dente de acordo com o material e operação.
3. DESCRIÇÃO DA PRÁTICA
3.1 Processos de fabricação
3.1.1 Apresentação da Fresa Vertical Convencional
O técnico de laboratório iniciou a pratica experimental apresentando a máquina, mostrando como funciona e quais os seus principais movimentos de translação e rotação, que são: Movimento de Corte, feito transmitindo-se o movimento de rotação do motor através das engrenagens para o eixo árvore, onde se fixa o porta ferramentas e o Movimento de Avanço, que é o movimento realizado pela mesa principal, que por meio de alavancas, movimentam os seus três eixos, sendo eles na direção (Y),que é o deslocamento realizado perpendicular ao operador da maquina se colocando o mesmo de frente a maquina, o movimento em (X), que é o deslocamento perpendicular ao eixo (Y),e por fim o movimento do eixo (Z), que se dará pelo deslocamento vertical da mesa. Foram realizados na mesma peça, duas operações, a de um sextavado e a de um rasgo de chaveta, vale ressaltar que esta peça é a que foi usinada no torno convencional na primeira aula pratica de laboratório. Para a realização da operação do sextavado a rotação da máquina/ferramenta estava ajustada para 450 RPM, cuja rotação escolhida pelo técnico para este tipo usinagem, já para a realização do rasgo de chaveta a rotação escolhida para esta operação foi de 600 RPM, sendo ela maior em relação ao sextavado onde a ferramenta para esta tinha um diâmetro maior em relação a ferramenta usada para a realização do rasgo de chaveta.
3.1.2 Materiais utilizados:
Fresa vertical convencional – Marca: ROCCO / Modelo: R.F.U 1.A. (As especificações de fabricante da Fresa estão apresentadas na figura 4).
Figura 4: Especificações do fabricante da fresa
- Placa de Três Castanhas
- Ferramenta fresa de topo reto, marca TDC de aço rápido, 6 laminas com 50mm útil, sem rebaixo no corpo, com Ø25 mm
- Ferramenta fresa de 2 cortes, topo reto com 15mm de lamina livre sem rebaixos no corpo, com Ø6 mm.
- Fluido refrigerante de alcool
- Contra-ponto de base
- Lima Flat Smooth
- Chave de Pinça
- Martelo
3.1.3 Sextavado
	nº
	Ordem de execução
	Observações
	01
	Fixar a peça na placa
	Colocar o diâmetro menor nas castanhas, pois o sextavado será feito no diâmetro maior, que esta situada na outra face da peça.
	02
	Fixar a Fresa com Ø 25mm no suporte de ferramenta.
	Dar o torque necessário com o uso de uma chave de pinça ideal para este modelo, dando leves batidas com um martelo, para que a ferramenta tenha um bom afixamento no suporte.
	03
	Escolher e acertar a rotação para a usinagem.
	A rotação usada foi de 450 RPM, acertada girando as alavancas de rotação conforme a tabela demonstrativa da maquina.
	04
	Aproximar a fresa do local a ser usinado.
	Usando o movimento de seus três eixos, deslocando a mesa principal até a proximidade da ferramenta, e ai com o auxilio de um papel a ferramenta foi zerada no diâmetro maior da peça, o que mais tarde seria usinado o sextavado.
	05
	Usinar o primeiro lado do sextavado.
	Após ter a ferramenta zerado no diâmetro, o técnico subiu a mesa 2mm no eixo Z, recuou a peça da ferramenta, e assim se deu inicio a esta usinagem, com os demais passes sendo de 2mm em Z, com um avanço manual sobre o eixo X até que o diâmetro ficasse na dimensão ideal para este sextavado, ressaltando que o fluido de corte era sempre posto sobre a peça.
	06
	Usinar os outros cinco lados do sextavado.
	Usando o auxilio do cabeçote divisor, que tinha uma relação de 1:40, e um compasso que estava afixado no mesmo, se dava a cada lado do sextavado 6 voltas na manivela e mais 28 furos no disco de 42, para que as dimensões dos seis lados fossem a mesma.
	07
	Desligar a fresa e retirar a ferramenta do suporte, concluindo a operação.
	Realizar esta função com a peça já distante da ferramenta.
3.1.4 Rasgo de Chaveta
	nº
	Ordem de execução
	Observações
	01
	Fixar a peça na placa
	Colocar o sextavado nas castanhas, pois o rasgo de chaveta será feito no diâmetro central da peça, e colocar o contra-ponto no furo que esta situado na outra face da peça.
	02
	Fixar a Fresa com Ø 6mm no suporte de ferramenta.
	Dar o torque necessário com o uso de uma chave de pinça ideal para este modelo, dando leves batidas com um martelo, para que a ferramenta tenha um bom afixamento no suporte.
	03
	Escolher e acertar a rotação para a usinagem.
	A rotação usada foi de 600 RPM, acertada girando as alavancas de rotação conforme a tabela demonstrativa da maquina.
	04
	Aproximar a fresa do local a ser usinado.
	Usando o movimento de seus três eixos, deslocando a mesa principal em Y, até a proximidade da ferramenta, e ai com o auxilio de um papel a ferramenta foi zerada no diâmetro em que a usinagem iria ser realizada, para que pudesse encontrar o centro da peça, pois o rasgo seria feito no mesmo.
	05
	Usinar o rasgo de chaveta
	Após ter a ferramenta zerado no diâmetro, o técnico desceu a mesa no eixo Z, até que encostasse a ferramenta na superfície do diâmetro onde ficaria o rasgo de chaveta, e assim se deu inicio a esta usinagem, realizando quatro passes com uma profundidade de corte de 1mm em Z, com um avanço manual sobre o eixo X até que tivesse o comprimento do rasgo, ressaltando que o fluido de corte era sempre posto sobre a peça.
	06
	Desligar a fresa e retirar a ferramenta do suporte, concluindo a operação.
	Realizar esta função com a peça já distante da ferramenta.
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 Cálculo da rotação
Com a equação da velocidade de corte isolamos a rotação para encontra-la. 
Vc Tabelado = 32 a 50(Zamak)
Os valores da velocidade de corte usados nos cálculos de rotação, foram estimados a partir da media entre a VCmax e VCmin, cujos valores são tabelados para este material.
- Fresa Ø 25mm; 
Para o caso desta ferramenta a rotação foi relativamente correta, teve apenas uma pequena diferença de 72 RPM.
- Fresa Ø 6mm
No caso da fresa de Ø 6mm, calculando a Velocidade de Corte com 600 RPM, que foi utilizado na aula prática, teríamos o seguinte resultado:
Esse cálculo comprova que foi utilizado o RPM errado para fazer o rasgo de chaveta.
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Figura 5: Dimensões finais da peça
 
Figura 6: Peça pronta
Ao final da usinagem, a realização do sextavado, apresentou ótimos resultados visando o acabamento da usinagem,única observação regular foi á presença de rebarba nos cantos da peça por onde a ferramenta passou, porém solucionou-se o problema com o auxilio de uma lima. Já a usinagem do rasgo de chaveta, notou-se que seu acabamento interno ficou com marcas de ranhuras, pois para esta operação foi usada a rotação errada, devido a maquina ser antiga e não ter potencia o suficiente para usar a rotação ideal, possuindo rotação máxima de 900RPM.
6. RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DO ROTEIRO DA AULA PRÁTICA
6.1 - Descreva os movimentos da fresadora universal. Faça esquemas (croquis).
evido à possibilidade fornecida pela sua geometria e forma construtiva as fresadoras usam como referencia para o seus movimentos, os eixos cartesianos (X, Y, Z). Como também para movimento de corte utiliza a rotação da ferramenta, diferentemente do torno onde a objeto rotativo é a peça. Nas fresadoras universais e horizontais, os movimentos de avanço e posicionamento se dão pelo movimento da mesa, mantendo assim o cabeçote de forma fixa, conforme figura 7, já nas fresadoras portais o movimento se dá pelo avanço e incremento do cabeçote, que nesta configuração é móvel e a mesa fixa.. A referência de posicionamento dos eixos possibilita a fresadora um controle de dimensão no espaço, possibilitando maior numero de operações e maior autonomia.
	
Figura 7: Movimentos na fresadora Universal
 Fonte: (SENAI, 1999)
Para obter a referencia do eixo corretamente ( X ou Y ou Z) utiliza-se a regra da mão direita, sendo o Z sempre o eixo paralelo ao eixo arvore (Figura 8).
Figura 8: Regra da mão direita para referência cartesiana
Fonte: (CIMM, s/d)
6.2 - Explicar o fresamento frontal e tangencial concordante e discordante.
Fresamento Frontal – Fresamento onde a fresa se encontra perpendicular ao eixo de acionamento, podendo gerar cortes concordante e discordante simultaneamente (Figura 9).
Figura 9: Fresamento Frontal 
Fonte: (Araújo, 2013)
		
Fresamento Tangencial: Existem dois modos de fresamento tangencial, o concordante e o discordante, ambos a fresa se encontra paralela ao eixo de acionamento. No movimento concordante, o avanço do material a ser retira concorda com o sentido de giro da peça, resultando em uma entrada retirando mais material do que a saída. Já no discordante o movimento de avanço da peça é contrário ao de entrada da peça, resultando em uma retirada maior de material na saída da peça. Caso a fresadora possua bons fusos, recomenda-se o uso do fresamento concordante, pois melhora o acabamento, já em maquinas convencionais e de certo uso, o melhor é movimentos discordantes, pois mantem a uniformidade no corte.
Figura 10: Movimento discordante e concordante.
Fonte: (CIMM, s/d)
6.3 - O fresamento de engrenagens utilizando fresadora universal para lotes médios e grandes é recomendado? Por quê?
Não é recomendado, pois os mecanismos de fabricação de engrenagem em fresadora universal são pouco automatizados, impossibilitando uma alta produtividade além de diminuir a confiabilidade de processo. Outro favor é em relação a fresa utilizada nessa operação, que possibilita um baixo rendimento da usinagem, baixas velocidades de corte e avanço, alem de usinar apenas um dente por vez. Recomenda-se o uso de fresadoras especializadas em usinagem de engrenagens como as renanias e as fellows.
6.4 - O que é uma fresa detalonada e qual a sua finalidade?
São fresas que possuem perfis especiais e constantes, podendo estas ser inteiriças ou conjugadas em um trem de fresas. São utilizadas para gerar perfis complexo tais como dentes de engrenagens, ranhuras raiadas, sobressaltos perfilados etc. Geralmente a produção destas fresas não se dão em série, aumento o preço da mesma.
Figura 11: Fresa Detalonada e Trem de fresas
Fonte: (CIMM, s/d)
7. CONCLUSÃO
Podemos facilmente concluir a grande utilidade das fresadoras, maquina com muita flexibilidade e alta produtividade, podendo se adaptar a diferentes processos e tipos de usinagem. Sua aplicação descartou quase que totalmente o uso das plainas limadoras.
Outro fator importante da fresadora é seu alto rendimento devido ao uso de ferramentas multicortantes, o que gera maior volume de cavaco em menor tempo. O cavaco gerado pela fresadora também é de melhor logística, pois fica totalmente reticulado.
Sua orientação em eixos cartesianos deu uma grande base para a criação dos tecnológicos centros de usinagem, além de revolucionar a maneira com que se trabalhava usinagem.
Portanto fica clara a importância das fresadores nos processos fabris, torna-se também visível o leque de novas possibilidades de usinagem, bem como sua utilização nos mais diversos seguimentos.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BINI, E.; RABELLO, I.D.; Manual Prático de Máquinas ferramenta. Editora Hemus, 2005.
ROSSETTI, T. Manual prático do torneiro mecânico e do fresador. Editora Hemus, 1ª Edição 2004.
MUNHATO, S. A.; OLIVEIRA, S. L. M.; FERNANDES, T. W.; Telecurso 2000: Processos de Fabricação. São Paulo: Editora Globo, 2000 3 v.
MUNHATO, S. A.; OLIVEIRA, S. L. M.; FERNANDES, T. W.; Telecurso 2000: Processos de Fabricação. São Paulo: Editora Globo, 2000 3 v.
Estrutura de um programa CNC. Disponível em: <http://cnctecnologia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1116329302> Acesso em 24 de Setembro de 2014.
Fresadora CNC. Disponível em: <http://vegamaquinas.com.br/fresadora-cnc.php> Acesso em 20 de Setembro de 2014.
Fresamento. Disponível em : <http://tudosobreusinagem.blogspot.com.br/2012/03/fresamento.html> Acesso em 21 de Setembro de 2014
Fresamento. Disponível em : <http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/4859#.VCYkwPlSY6A> Disponível em 21 de Setembro de 2014
ARAÚJO, R., M., G. Manual de Fresagem. Disponível em: <http://fresagemformacao.blogspot.com.br/2013/04/1-1.html> Acesso em 26 de setembro de 2014.
9. ANEXOS 
9.1 - Anexo 1 - Tabela de velocidades de corte recomendadas
Fonte: Rocast Perfection
9.2 - Anexo 2 - Tabela de avanços recomendadas
Fonte: Telecurso 2000
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