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UNIDADE 01 ⭐ Matéria: Nutrição e Elementos Essenciais Aluna: Victoria Porto Soares 01_Vitaminas Lipossolúveis ⭐ https://www.youtube.com/watch?v=ET2-kIAlT_o Vitaminas: A, D, E e K. Aspectos: Absortivos; De armazenamento; Funcionalidade; Parâmetros avaliativos; Fontes dietéticas. Vitaminas Lipossolúveis: Manutenção da saúde na prevenção de diversas doenças. Vitaminas A, D, E e K: Influenciam sua absorção, armazenamento e funcionalidade no organismo humano. Absorção das Vitaminas Lipossolúveis: Ingestão de Vitaminas → Quilomícrons → Sistema Linfático → Corrente Sanguínea → Tecido Alvo Vitamina A: Visão e integridade epitelial. Vitamina D: Regula a homeostase do cálcio e fósforo e influencia a função imunológica. UNIDADE 01 ⭐ 1 https://www.youtube.com/watch?v=ET2-kIAlT_o Vitamina E: Poderoso antioxidante e protege as membranas celulares. Vitamina K: Coagulação sanguínea e saúde óssea. Parâmetros Avaliativos: 1. Vitamina e Contexto clínico 2. Dosagens séricas e Testes funcionais 3. Deficiências ou Excessos 4. Intervenções nutricionais precisas Fontes: Animal e Vegetal. Consumo obrigatório! Biodisponibilidade → Fatores dietéticos → Condições de saúde. 02_Funções das Vitaminas Lipossolúveis ⭐ https://www.youtube.com/watch?v=zWZymULg7lw Funções Vitamina A: Diferenciação celular; Crescimento e desenvolvimento; Função imunológica; Reprodução e visão. Na visão: A forma oxidada do retinol, chamada retinal, liga-se às opsinas para formar pigmentos visuais. Como ácido retinóico, a Vitamina A, promove a diferenciação celular, especialmente das células epiteliais. → Células respiratórias, gastrointestinais, urogenitais. → Apoiando o crescimento e a manutenção dessas células. No núcleo celular: O ácido retinóico interage com receptores específicos, modulando a transcrição de genes e afetando a síntese de proteínas e diversos processos corporais. Outras funções importantes da Vitamina A: Processos reprodutivos; Metabolismo ósseo (ativação dos osteoblastos); Hematopoiese; Distribuição de ferro. UNIDADE 01 ⭐ 2 https://www.youtube.com/watch?v=zWZymULg7lw Além disso, a Vitamina A e os carotenoides são potentes antioxidantes, protegendo o organismo contra o estresse oxidativo ao neutralizar radicais livres, controlando a inflamação e regulando respostas imunes. Funções da Vitamina D: Precursora de diversos hormônios; Metabolismo da insulina; Regulação do metabolismo de minerais; Especialmente o cálcio → Promovendo a saúde óssea; Manutenção da homeostase; Crescimento, diferenciação e apoptose celular; Regular os sistemas imunológico, cardiovascular e musculoesquelético. Prevenindo raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos. Em combinação com o cálcio, ela protege os idosos contra a osteoporose. Reduz inflamação e modula processos como crescimento celular, função neuromuscular e imunológica, e metabolismo da glicose. Vitamina E é composta por quatro tocoferóis (alfa, beta, gama e delta) e quatro tocotrienóis (alfa, beta, gama e delta) → Produzidos exclusivamente por plantas. Alfa-tocoferol: É o mais eficiente e predominante nos tecidos plasma sanguíneo e LDL colesterol. Sendo essencial para suprir as necessidades de Vitamina E no organismo humano. Sua deficiência está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Antioxidante → Elimina radicais peroxílicos e previne a oxidação de ácidos graxos poli-insaturados. A principal função biológica da Vitamina E é sua ação antioxidante, principalmente, a do alfa-tocoferol. Funções da Vitamina K (Formas naturais principais → Filoquinona K1 e Menaquinona K2 / Forma sintética → Menadiona K3): Vitamina K1: Facilmente detectada no sangue. UNIDADE 01 ⭐ 3 Vitamina K2: Geralmente presente em menor quantidade, é apenas detectada quando suplementada. Principais funções da Vitamina K: Produção de proteínas hepáticas; Coagulação Sanguínea; Atua em tecidos extra- hepáticos; Metabolismo ósseo e vascular. A Vitamina K é fundamental para a regulação do metabolismo do cálcio nos tecidos, além de influenciar o crescimento e a proliferação celular, o estresse oxidativo e as reações inflamatórias. Destacando-se sua importância na coagulação sanguínea. Carboxilação da osteócálcina, uma proteína não colagenosa presente na matriz óssea, essencial para a atividade osteoblástica e a integridade do esqueleto tanto em desenvolvimento quanto maduro. 03_Vitaminas Lipossolúveis Parte 2 ⭐ https://www.youtube.com/watch?v=JsxLVd84mGQ Vitamina A A deficiência de Vitamina A é um problema global significativo, especialmente, em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde é considerada um problema de saúde pública. Mulheres em idade reprodutiva sã particularmente vulneráveis devido ao consumo inadequado de nutrientes e à alta incidência de infecções. Avaliação bioquímica sérica: Indicativo de deficiência abaixo de 0,70 micromol/L e indicativo de deficiência grave 0,35 micromol/L. Avaliação clínica de visão: Xeroftalmia. Tabela: Instituto de Medicina dos Estados Unidos em 2001 UNIDADE 01 ⭐ 4 https://www.youtube.com/watch?v=JsxLVd84mGQ Estágio de vida EAR (mcg/dia) RDA (mcg/dia) UL (mcg/dia) Lactentes 0 - 6 meses - 400 (AI) 600 7 - 12 meses - 500 (AI) 600 Crianças 1 - 3 anos 210 300 600 4 - 8 anos 275 400 900 Masculino 9 - 13 anos 445 600 1700 14 - 18 anos 630 900 2800 > 19 anos 625 900 3000 Feminino 9 - 13 anos 420 600 1700 14 - 18 anos 485 700 2800 > 19 anos 500 700 3000 Gestantes ≤ 18 anos 530 750 2800 19 - 50 anos 550 770 3000 Lactação ≤ 18 anos 880 1200 2800 19 - 50 anos 900 1300 3000 EAR = necessidade media estimada; RDA = ingestão diária recomendada; UL = nível máximo tolerável de ingestão Importante! A hipervitaminose A, ou seja, o excesso de vitamina A, pode pode causar: náuseas, vômito, visão dupla, dor de cabeça, tontura e descamação da pele. Vitamina D A hipovitaminose D, ou seja, a deficiência de vitamina D, é um problema de saúde pública global, afetando significativamente diversas populações ao redor do mundo. A produção de vitamina D na pele é influenciada por fatores como: UNIDADE 01 ⭐ 5 Estação do ano; Latitude; Exposição solar; Pigmentação da pele; Idade. Grupos de risco: Idosos, gestantes, lactantes, pacientes com osteoporose, doenças autoimunes e doenças inflamatórias intestinais. As concentrações séricas podem ser classificadas como segue: Deficiência: abaixo de 20 ng/mL (50 nmo/L); Insuficiência: entre 20 e 29 ng/mL (50 e 74 nmol/L); Suficiência: entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L). Embora a suplementação de vitamina D não seja recomendada para todos, seu uso é benéfico para grupos com risco de deficiência, especialmente aqueles com exposição solar limitada, que dependem da produção cutânea para manter níveis adequados de vitamina D. As orientações para a ingestão diária de vitamina D vieram conforme a idade e condições de saúde, e podem ser visualizadas na tabela a seguir: Faixa etária População geral (UI) População de risco (UI) 0 - 12 meses 400 400 - 1000 1 - 8 anos 400 600 - 1000 9 - 18 anos 600 600 - 1000 19 - 70 anos 600 1500 - 2000 > 70 anos 800 1500 - 2000 Gestantes 14 - 18 anos 600 600 - 1000 Gestantes > 18 anos 600 1500 - 2000 Lactantes 14 - 18 anos 600 600 - 1000 Lactantes > 18 anos 600 1500 - 2000 UNIDADE 01 ⭐ 6 UI = unidade internacional Importante! Embora rara, a intoxicação por vitamina D pode ocorrer devido a erros na formulação de medicamentos, suplementos e alimentos fortificados, resultando em hipercalcemia, hipercalciúria e hiperfosfatemia. Para garantir níveis adequados de vitamina D, recomenda-se: Exposição solar adequada; (idealmente antes das 10h e após às 16h, por 15 ou 30 minutos, sem proteção solar) Consumo de peixes gordurosos; (salmão, sardinha, atum e cavala, são ótimas fontes de vitamina D - devem ser consumidos pelo menos 2x/ semana) Ovose fígado; (esses alimentos contêm pequenas quantidades de vitamina D e podem complementar a dieta) Alimentos enriquecidos; (leites, cereais, iogurtes e sucos enriquecidos com vitamina D são boas opções para suplementar a ingestão) Suplementação controlada. (Quando necessário, a suplementação deve ser prescrita por um profissional de saúde para evitar excessos e complicações) 04_Funções das Vitaminas Lipossolúveis Parte 2 ⭐ https://www.youtube.com/watch?v=7cCDtOY5new Vitamina E Deficiência de vitamina E é rara e geralmente resulta de mutações no gene que codifica a proteína de transferência de alfa-tocoferol (alfa-TTP), levando a uma condição conhecida como ‘Ataxia com deficiência de vitamina E isolada (AVED)’. Essa condição provoca a morte de células cerebrais de Purkinje, perda de neurônios, ataxia, atrofia da retina UNIDADE 01 ⭐ 7 https://www.youtube.com/watch?v=7cCDtOY5new e retinite pigmentosa. Sendo tratada com suplementação de alfa-tocoferol. A eficácia da suplementação de vitamina E na redução do risco de doenças crônicas é controversa e pode variar conforme a susceptibilidade individual ao dano oxidativo. Estudos indicam que doses de 400 - 800 mg de vitamina E podem melhorar a condição de crianças e adultos com doença hepática gordurosa não alcoólica. Segundo a OMS, a ingestão diária aceitável de alfa- tocoferol varia entre 0,15 e 2,0 mg/kg, com suplementação máxima de até 720 mg/dia. No Brasil, a ingestão media de vitamina E é de aproximadamente 5,32 mg/dia, valor similar aos 7,1 mg/dia, observado nos EUA. Essa semelhança pode estar relacionada ao consumo de alimentos como arroz branco. A tabela a seguir apresenta as recomendações de consumo de vitamina E de acordo com sexo e faixa etária: Faixa etária EAR (mg) RDA (mg) UL (mg) Infância 0 - 6 meses - 4* ND 6 - 12 meses - 5* ND 1 - 3 anos 5 6 200 4 - 8 anos 6 7 300 Homens 9 - 13 anos 9 11 600 14 - 18 anos 12 15 800 ≥ 19 anos 12 15 1000 Mulheres 9 - 13 anos 9 11 600 14 - 18 anos 12 15 800 UNIDADE 01 ⭐ 8 ≥ 19 anos 12 15 1000 Gestação 14 - 18 anos 12 15 800 19 - 50 anos 12 15 1000 Lactação 14 - 18 anos 16 19 800 19 - 50 anos 16 19 1000 EAR = necessidade media estimada; RDA = ingestão diária recomendada; UL = nível máximo tolerável de ingestão; ND = não está determinado A vitamina E presente naturalmente nos alimentos não apresenta evidências de toxicidade. A vitamina E é encontrada principalmente em alimentos de origem vegetal, especialmente óleos vegetais, sementes e nozes. Principais orientações para o consumo adequado de vitamina E: Incluir óleos vegetais na dieta: Óleos de girassol, soja, milho, palma e gérmen de trigo são excelentes fontes de vitamina E. Devem ser usados de maneira equilibrada, preferencialmente em preparações que não envolvam altas temperaturas, para preservar suas propriedades nutricionais. Consumir nozes e sementes regularmente: Amêndoas, avelãs, nozes e sementes de girassol são ricas em vitamina E. Adicionar uma porção dessas oleaginosas na dieta diária pode contribuir significativamente para a ingestão dessa vitamina. Priorizar alimentos naturais e minimamente processados: Legumes de folhas verdes, como espinafre e brócolis. Evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados: Açúcares, gorduras saturadas e sódio. Esses alimentos geralmente possuem baixos níveis de nutrientes essenciais, incluindo vitamina E. UNIDADE 01 ⭐ 9 Considerar a suplementação com cautela: A suplementação de vitamina E pode ser necessária em casos específicos, como condições medicas que afetam a absorção de gorduras. No entanto, é importante buscar orientação medica antes de iniciar qualquer suplementação, especialmente porque altas doses de vitamina E podem ter efeitos adversos. Vitamina K A deficiência de vitamina K pode levar a sintomas como hemorragia, equimoses, fezes com sangue, sangramento na urina, hematêmese e osteoporose. Fatores que podem causar essa deficiência: Baixa ingestão de alimentos ricos em vitamina K; Uso de antagonistas da vitamina; Polimorfismos genéticos; Aumento da demanda da vitamina. Vitamina K1 → Filoquinona, apresenta variações significativas em sua concentração plasmática entre indivíduos e em diferentes momentos da vida, especialmente em relação à idade. Suplementos de vitamina K, disponíveis na forma sintética de filoquinona e MK-4, são usados para prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido, corrigir doses excessivas de drogas anticoagulantes e manter a hemostasia em casos de envenenamento por antagonistas da vitamina K. Embora alguns estudos indiquem que a suplementação de vitamina K pode ajudar na prevenção da perda óssea em adultos, são necessárias mais pesquisas para entender melhor seus efeitos na saúde óssea. A tabela a seguir apresenta as recomendações diárias de vitamina K: Faixa etária RNI - FAO / OMS (mcg/d) DRIs - AI (mcg/d) UNIDADE 01 ⭐ 10 Infância 0 - 6 meses 5 2 7 - 12 meses 10 2,5 1 - 3 anos 15 30 4 - 8 anos 20 - 25 55 Homens 9 - 13 anos 35 - 55 60 14 - 18 anos 35 - 55 75 ≥ 19 anos 65 120 Mulheres 9 - 13 anos 35 - 55 60 14 - 18 anos 35 - 55 75 ≥ 19 anos 55 90 Gestação 14 - 18 anos 55 75 19 - 50 anos 55 90 Lactação 14 - 18 anos 55 75 19 - 50 anos 55 90 RNI - FAO / OMS = Recomendações Nutricionais para Ingestão; DRIs - AI = Dietary Reference Intakes. O excesso de vitamina K, geralmente proveniente da forma sintética, pode causar toxicidade, manifestando-se pela ruptura das hemácias e uma coloração amarelada na pele. Isso ocorre devido à liberação de bilirrubina pelo fígado diretamente na corrente sanguínea, em vez da excreção adequada pela bile, levando a icterícia. Em crianças, o acumulo de bilirrubina pode causar problemas cerebrais graves, podendo ser fatal. UNIDADE 01 ⭐ 11