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ImporteImporteImporteImporte----se se se se 
com a sua peça processualcom a sua peça processualcom a sua peça processualcom a sua peça processual 
 
 
Marco Antonio Valencio TorranoMarco Antonio Valencio TorranoMarco Antonio Valencio TorranoMarco Antonio Valencio Torrano 
Advogado 
Pós-graduando em Direito Constitucional e Direito Administrativo (Escola Paulista de Direito) 
 
 
 
Em se entendendo que o(a) leitor(a) deseja potencializar o seu 
aprendizado na formalização das peças jurídicas, principalmente, no caso 
dos operadores do Direito, algumas regras devem ser estabelecidas para que 
se conquiste a confiança do leitor (normalmente: juiz ou servidor). 
 A começar pela escolha do papel. Esqueça papéis coloridos e papéis 
grossos. Um bom papel seria, por exemplo, o “Chamex - Office - uso 
profissional”. 
 Não utilize desenhos, orações religiosas ou políticas, nem mesmo 
brasões no cabeçalho da peça. Evite poluição visual na sua peça, pois 
importam mais as palavras, o conteúdo, do que a estética do papel (digo: 
desenhos no cabeçalho e rodapé). Evite… 
 Importante deixar de lado o uso excessivo dos “marcadores de texto”. 
Já vi peças em que o “negrito” se fazia, praticamente, a fonte principal do 
escritor. Policie-se: não deixe isso acontecer. Para evitar esse tipo de 
situação, adote uma postura objetiva e direta na sua redação (“pense antes 
de escrever”). Não deixe a sua peça “suja”. 
O defensor público paulista, Gediel Claudino de Araujo Júnior, 
sintetiza essas lições nas seguintes palavras: “Nenhum aspecto da petição 
deve chamar mais a atenção do que o seu conteúdo” (2014, p. 3). 
É verdade que muitos não dominam a técnica da informática, mas isso 
é uma barreira que o operador do Direito deve enfrentar. O “Google Drive” 
é simples e seria uma ótima ferramenta para os que apresentam dificuldades 
com algum “programa de escrita”. Existem programas/aplicativos dispostos 
a ajudá-lo, como podemos ver nos aparelhos da “Apple”, os quais são 
intuitivos e simples de usar. 
Outro alerta é quanto às abreviaturas (ex.: “Exmo.”, “r.”, “p.p.”), evite-
as. Se mesmo assim colocar os bordões, pelo menos lembre-se de colocar o 
significado no rodapé da peça, porque às vezes a abreviação é uma 
singularidade do escritor. Permita-me um desabafo. Nunca entendi o porquê 
de se colocar “P.R.I.C.”, “Nesses termos, pede-se deferimento”, pois, a 
própria natureza do documento declara o seu pedido, ou o seu cumprimento. 
Além do mais, chamar o juiz de “Doutor”, não seria mais elegante assim: 
“Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito”. 
Dividir a peça é uma maneira de deixá-la organizada. Seja pontual. Por 
exemplo, em processo civil, se quer tratar “Das Preliminares”, procure 
dividir este capítulo em subtemas. Assim: “1. Ilegitimidade de parte: sócia-
executada que não compõe mais o quadro social da empresa”. Ou também 
assim: “2. Ilegitimidade de parte dos sócios. Princípio da autonomia 
patrimonial da sociedade empresária (alicerce do direito societário): o 
patrimônio dos sócios não responde por dívidas da sociedade”. Percebe a 
importância do subtema? Ele resume o que você quer salientar para o juiz. 
Você ganha tempo do leitor. Num Judiciário atrasado e acumulado de 
serviços, essas dicas mostram que você se importa com o tempo e a 
paciência do servidor ou do juiz - leitores principais da relação jurídico-
processual. 
Enfim, como último parágrafo deste capítulo, entendo necessário a 
leitura de dois grandes autores a fim de aprofundar nesse tema tratado, quais 
sejam: Dad Squarisi e Gediel Claudino de Araujo Júnior. 
Para mais, publicaremos o livro digital: “Guia jurídico básico: para 
pesquisas e peças processuais”. Um trabalho escrito e destinado à 
reciclagem pessoal, de como otimizar o seu tempo no trabalho e nos 
estudos, com dicas de informática e pesquisas jurídicas nos principais sites 
comuns e jurídicos. 
Referências bibliográficas: 
ARAUJO JÚNIOR, Gediel Claudino de. Prática no Processo Civil. 
17. ed. rev. atual. São Paulo: Atlas, 2014. 
SQUARISI, Dad; SALVADOR, Arlete. Escrever melhor: guia para 
passar os textos a limpo. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2013. 
SQUARISI, Dad; SALVADOR, Arlete. A arte de escrever bem: um 
guia para jornalistas e profissionais do texto. 7. ed. São Paulo: Contexto, 
2013.

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