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MANDADO DE SEGURANÇA - LEI ESQUEMATIZADA EXERCÍCIOS - FGV - AMOSTRA

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Léo Alves

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Questões resolvidas

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MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
Página 2 de 27 
 
 
 
 
 Sumário 
 
 
1. Origem, Conceito, Cabimento ............................................................................................................ 4 
2. Classificação ........................................................................................................................................ 5 
3. Espécies de Mandado de Segurança .............................................................................................8 
4. Legitimidade Ativa para impetrar MS..............................................................................................9 
4.1. Legitimidade Passiva em MS ............................................................................................. ....11 
5. Exercícios de Fixação sem gabarito ............................................................................................15 
6. Exercícios de Fixação com gabarito comentado ............................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
Página 3 de 27 
 
 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - LEI Nº 12.016/09 
 LEI ESQUEMATIZADA + EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 Elaboração - Gracélia Menezes - AMOSTRA 
 
 
 
O MATERIAL: Material de estudos voltado para concurso de carreiras jurídicas, Magistratura, Ministério 
Público, Defensoria Pública, Procuradorias e Delegado. Análise de mais de 500 questões sobre 
Mandado de Segurança cobradas em provas - cerca de 300 questões cobradas pela banca FGV e mais de 
200 questões das bancas FCC, VUNESP e CEBRASPE - no intuito de reunir, em um único material, o maior 
número de informações dos pontos mais relevantes. Lei esquematizada, TODOS os artigos da Lei 
12.016/09, com a inclusão de doutrina, jurisprudência, assertivas de provas. Ao final, o material possui um 
“plus”: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO. São 124 assertivas retiradas das bancas: FGV, FCC, CEBRASPE e 
VUNESP. O material tem exercícios sem o gabarito para que posso responder e um GABARITO 
COMENTADO. O PDF completo possui 106 páginas com conteúdo selecionado e direcionado para 
concurso de carreiras jurídicas. Este PDF é apenas uma AMOSTRA do material para que você o conheça. 
Contém, na primeira parte, a lei seca esquematizada e, na sequência, exercícios de fixação e exercícios de 
fixação com gabarito. 
 
OBJETIVO: Material elaborado para PROVAS OBJETIVAS, no intuito de tornar o estudo da lei seca mais 
interessante, menos cansativo, mais eficiente. O “mix” de jurisprudência, doutrina e assertivas de provas, 
deixa a leitura mais dinâmica, além, é claro, de fazer uma abordagem mais completa sobre o tema, com os 
3 pilares da preparação. Os exercícios de fixação, foram elaborados com assertivas de provas para que o 
candidato possa treinar, fixar e revisar, bem como, compreender como as bancas abordam o tema em 
provas de concurso. 
 
LEGENDA DE CORES: 
Amarelo Destaque e temas cobrados pelo menos uma vez. 
Verde Pontos relevantes e temas cobrados três ou mais vezes em provas. 
Vermelho Tem que saber! 
Roxo Destaque do gabarito comentado para a resposta correta. 
 
Elaboração: Gracélia Menezes 
Revisão: Fernando E. Hack 
Edição: Gracélia Menzes 
Capa: Gracélia Menezes 
➢ COMO ADQUIRIR O MATERIAL COMPLETO? Adquira o seu material através do direct em meu INSTAGRAM 
@graceliamenezes. Chama no direct! O material completo JÁ ESTÁ DISPONÍVEL. 
 
Siga minhas redes sociais para acompanhar o lançamento do material! Instagram 
(@graceliamenezes), Tweeter (X) - @GraceliaMenezes e Telegram. 
 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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1. ORIGEM, CONCEITO E CABIMENTO 
 
Art. 1º, “caput”: 
(Cobrado 6x - FGV) 
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com 
abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo 
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais 
forem as funções que exerça. (Vide ADIN 4296) 
 
 Ponto Doutrinário 
 Marcelo Novelino 
“O mandado de segurança constitui forma de tutela jurisdicional dos direitos subjetivos ameaçados 
ou violados por autoridade pública ou no exercício de função desta natureza (CF, art. 5º, LXIX). A nova 
disciplina do mandado de segurança individual e coletivo foi estabelecida pela Lei 12.016/2009, na qual 
estão comtempladas, em grande medida, as orientações firmadas pela jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal. (...)”. 
Tem cabimento residual, não podendo ser concedido quando o direito líquido e certo for amparado por 
habeas Corpus ou Habeas Data. 
Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora – Juspodium, 2023, pág. 511 e pág. 517. 
 
 
 
 
 
 Ponto Doutrinário 
 André de Carvalho Ramos 
 
 
Conceito 
“O mandado de segurança visa proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, ameaçado ou lesado por ilegalidade ou abuso de poder de autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica nos exercícios atribuições do Poder Público (art. 5º, 
LXIX). (...)”. 
 
 
 
Origem 
“Foi inserido pela primeira vez em uma Constituição na Constituição de 1934. Visava 
incrementar a proteção de direitos, após o fim da “teoria brasileira do habeas corpus”. Desde 
então compõe o texto das nossas Constituições (ausência somente na Constituição de 
1937), constituindo-se em instituto tipicamente brasileiro: somente há institutos próximos 
e (não idênticos) em outros países, como o “recurso de amparo” da Espanha. A 
regulamentação foi durante décadas a da Lei n. 1.533/51, que foi revogada e substituída pela 
Lei n. 12.016, de 2009, com poucas alterações.” 
 
 
Cabimento 
“Cabe mandado de segurança para proteger “direito líquido e certo”, que consiste em todo 
direito cujos fatos que embasam podem ser provados de plano, sem instrução probatória. 
Não se admite, então, dilação probatória no mandado de segurança: a prova tem que 
ser pré-constituída. 
Também só é cabível mandado de segurança, para combater condutas (comissivas ou 
omissivas) (i) ilegais ou fruto de (ii) abuso de poder imputadas à autoridade pública ou agente 
privado no exercício de atribuições do Poder Público. (...)”. 
Fonte: Curso de Direitos Humanos, André de Carvalho Ramos, ed. 11ª, editora Saraiva, 2024, pág.986. 
 
Assertiva errada 
Caso as alegações veiculadas na petição inicial tenham verossimilhança, 
poderá o juiz, excepcionalmente, deferir a produção de prova pericial. (TJES - 
Juiz Substituto - 2023 - FGV) 
Art. 5º, LXIX, CF: Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público. 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=4296&numProcesso=4296
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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Fundamento 
Não se permite, em regra, dilação probatória em mandado de segurança. Ademais, 
conforme art. 496, CPC, I e II, estará sujeita ao duplo grau de jurisdição a sentença e não 
produzirá efeito senão DEPOIS de confirmada pelo tribunal. 
 
 
 
Assertiva correta 
O mandadoque considerava responsáveis pela 
diminuição da qualidade do ar e pelo fato de as praças da cidade ficarem cobertas de fuligem em determinados 
períodos do ano, o que impedia a sua utilização pelos munícipes. Ao ouvir a narrativa, o defensor público 
respondeu, corretamente, que a ação a ser ajuizada é o mandado de segurançaação popular. (errado). (Súmula 
101/STF; Art. 5º, LXXIII, CF). 
 
A banca considerou que o próprio vereador queria ajuizar a ação. E, como se sabe, vereador não possui 
a prerrogativa de ajuizar ACP (LACP, art. 5°, caput e incs.). 
Súmula 101/STF. O mandado de segurança NÃO SUBSTITUI a ação popular. 
Art. 5º, LXXIII. qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência. 
 
13) (AGE-MG-Procurador do Estado-2022-FGV) - Leônidas foi empregado doméstico na casa de Ruth. Após ser 
dispensado sem receber seus créditos, Leônidas ajuizou reclamação trabalhista que tramitou perante a 30ª 
Vara do Trabalho de Barbacena/MG e foi julgada procedente. Homologado o valor devido, no importe de R$ 
18.000,00, a executada foi citada para efetuar o pagamento voluntário, mas quedou-se inerte. Não se 
conseguiu o bloqueio em ativos financeiros da executada, mas Leônidas descobriu que a ex-empregadora 
recebe pensão por morte de seu finado esposo no valor de R$ 4.500,00 mensais. Então, requereu em juízo a 
penhora de 20% desse benefício, até o limite do crédito exequendo. Tão logo cientificada dessa decisão, 
inconformada, Ruth pretende adotar alguma medida antes de ter a penhora de parte do seu benefício 
previdenciário. Independentemente de assistir, ou não, razão a Ruth. A opção que contempla a medida 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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adequada é o Mandado de Segurança. (certo). (Orientação Jurisprudencial 153 da SDI 2 do TST; Art. 833, 
IV, CPC). 
 
De acordo com a Orientação Jurisprudencial 153 da SDI 2 do TST ofende direito líquido e certo decisão 
que determina o bloqueio de numerário existente em conta salário, para satisfação de crédito 
trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos valores recebidos ou a valor 
revertido para fundo de aplicação ou poupança, visto que o art. 649, IV, do CPC de 1973 contém norma 
imperativa que não admite interpretação ampliativa, sendo a exceção prevista no art. 649, § 2º, do CPC de 
1973 espécie e não gênero de crédito de natureza alimentícia, não englobando o crédito trabalhista. 
No caso de bloqueio de valores em violação literal ao art. 833, IV do CPC (verbas impenhoráveis) tem-se 
violação de direito líquido e certo. 
 
14) PGE-TO-2018-FCC) - Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso 
administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; também não se concederá mandado 
de segurança de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito devolutivoSUSPENSIVO. (errado). (Art. 5º, II, 
Lei 12.016/09; Súmula 429/STF). 
 
Art. 5º. Não se concederá MS quando se tratar: (...) II - de decisão judicial da qual caiba recurso 
com efeito suspensivo. 
De um lado, a Súmula n. 429 do STF destaca que a existência de recurso administrativo com efeito 
suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade. Por outro lado, todo 
recurso tem efeito devolutivo. O que não se permite é a impetração de MS contra decisão passível de 
recurso com efeito suspensivo. 
 
15) (PGE-TO-2018-FCC) - O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de 
terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no 
prazo de trinta dias, quando notificado judicialmente. (certo). (Art. 3º, Lei 12.016/09). 
 
Art. 3º. O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá 
impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) 
dias, quando notificado judicialmente. 
 
16) (PGE-TO-2018-FCC) - Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço 
público. (certo). (Art. 1º, §2º, Lei 12.016/06). 
 
“Art. 1º, § 2º. Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço 
público.” 
 
17) (PGE-TO-2018-FCC) - Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, a impetração do 
mandado de segurança ficará condicionada à formação de litisconsórcio necessário, podendo, porém, 
ser ajuizada ação declaratória autônoma sem o preenchimento desse requisito. (errado). (Art. 1, §3º, Lei 
12.016/09). 
 
Art. 1º, § 3º. Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá 
requerer o mandado de segurança. 
 
18) (PGE-2023-CEBRASPE) - No mandado de segurança preventivo, a circunstância de a alegada ameaça de lesão 
ao direito pretensamente titularizado pelo impetrante ter-se convolado em ato concreto acarreta perda de 
objeto do mandamus. (errado). (MS 30.260/DF). 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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No mandado de segurança preventivo, a circunstância de a ameaça de lesão ao direito pretensamente 
titularizado pelo Impetrante ter-se convolado em dano concreto não acarreta perda de objeto da ação (MS 
30.260/DF). 
O mandado de segurança no caso é impetrado de forma preventiva (antes da ocorrência do fato), quando 
ele fala em convolado (mudança), no caso o fato ocorreu, o MS não é mais preventivo, mas mesmo que 
ocorra a mudança, o mandado de segurança não perde o objeto da ação. 
 
19) (Procurador-2024-CEBRASPE) - A técnica de julgamento ampliado prevista no Código de Processo Civil vigente 
aplica-se ao julgamento não unânime de apelação interposta em sede de mandado de segurança. (certo). 
(REsp 1.868.072-RS). 
 
A técnica de ampliação do colegiado, prevista no art. 942 do CPC/2015, aplica-se também ao julgamento 
de apelação interposta contra sentença proferida em mandado de segurança. 
 
20) (AGU-2010-CEBRASPE) - Paulo ingressou com mandado de segurança individual para que voltasse a receber 
uma parcela remuneratória que lhe fora suprimida. Ocorre, no entanto, que o sindicato a que ele pertence já 
havia ingressado com mandado de segurança coletivo com o mesmo objeto. Nessa situação, o juiz deverá 
extinguir, sem julgamento de mérito, o mandado de segurança individual, já que há litispendência. (errado). 
(Art. 22, §1º, Lei 12.016/09 e EREsp 644.736-PE). 
 
ART. 22. §1º. O mandado se segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas 
os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência 
de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração 
da segurança coletiva. 
 
“Ementa: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CPC. FALTA DEPREQUESTIONAMENTO. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA MÍNIMA. INEXISTÊNCIA DE DISSÍDIO 
JURISPRUDENCIAL. MANDADOS DE SEGURANÇA COLETIVO E INDIVIDUAL. LITISPENDÊNCIA 
INEXISTENTE. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR 
HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. ART. 3º DA LC Nº 118 /05. [...] 5. "A impetração 
de mandado de segurança coletivo por entidade de classe e de writ individual não induz 
litispendência, tendo em vista que aquele não retira o direito de agir de seus associados" (AgRg no 
REsp 675.992/AC, Rel. Min. Laurita Vaz, DJU de 07.04.08). 6. Extingue-se o direito de pleiteara restituição 
de tributo sujeito a lançamento por homologação, não sendo esta expressa, somente após o transcurso do 
prazo de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, acrescido de mais cinco anos contados da 
data em que se deu a homologação tácita (EREsp 435.835/SC, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, 
julgado em 24.03.04, DJU de 04.06.07). 7. Na sessão do dia 06.06.07, a Corte Especial acolheu a argüição 
de inconstitucionalidade da expressão "observado quanto ao art. 3º o disposto no art. 106 , I , da Lei n. 
5.172 /1966 do Código Tributário Nacional ", constante do art. 4º , segunda parte, da LC 118 /05 (EREsp 
644.736-PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJU de 27.08.07). 8. Recurso especial conhecido em parte e 
não provido [...].” 
 
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 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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	ATENÇÃO: As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público prim...de segurança tem como requisito a prova pré-constituída para 
demonstração da existência e extensão do direito do impetrante. Todavia, a 
controvérsia sobre a questão jurídica submetida à apreciação judicial, desde 
que comprovado documentalmente o direito alegado, não impede a concessão do 
mandado de segurança. (Senado - 2022 - FGV). 
 
Fundamento 
Súmula 625/STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de 
mandado de segurança. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO 
 
 COLA E DECORA! 
Classificação: O mandado de segurança é uma ação constitucional, 
de natureza civil e procedimento especial. 
Ação de conhecimento: ocorre a declaração de direitos pondo fim ao 
estado de dúvida jurídica capaz de prejudicar o direito material em litígio. 
É um processo caracterizado pela sentença de mérito onde o juiz afirma 
o direito às partes, apontando para quem tem razão em face do pedido 
jurisdicionado. 
Procedimento especial, pois está em uma lei extravagante: Lei nº 
12.016/09. 
 FGV NA ÁREA 
 
Assertiva correta 
O mandado de segurança é uma ação de conhecimento, com procedimento 
especial. (MPE-RJ - 2018 - FGV) 
 
“Constitui ponto pacífico na doutrina, aceito correntiamente nos tribunais, que o mandado de segurança 
tem a natureza jurídica de uma ação, por meio da qual se instaura um processo, no qual exerce o 
juiz sua função típica, de exercer jurisdição. Trata-se, o mandado de segurança, naturalmente, de ação 
que - tanto na, por assim dizer, sua primeira e primordial etapa, em que se busca a formulação da norma 
jurídica concreta aplicável à situação deduzida em juízo, quanto na sua fase subsequente, em que, sendo 
necessário, se vai diligenciar no sentido de proporcionar ao titular do direito aquilo a que faz jus - segue 
rito especial, revestido de características próprias, que lhe dão feição peculiar, no confronto com as demais 
ações. (...)”. 
Fonte: Revista de Direito do Ministério Público, Rio de Janeiro, RJ, (2), 1995, Helvécio de Assumpção. 
 
 
 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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 PONTO DOUTRINÁRIO 
 Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino 
 
 
Natureza Jurídica 
“O mandado de segurança é ação judicial, de rito sumário especial, (...)”. 
“É ação de natureza residual, subsidiária, pois somente cabível quando o direito 
líquido e certo a ser protegido não for amparado por outros remédios judiciais 
(habeas corpus ou habeas data, ação popular, etc.)”. 
“É sempre ação de natureza civil, ainda quando impetrado contra ato do juiz 
criminal, praticado em processo penal.” 
Fonte: Direito Constitucional Descomplicado, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, 17ª ed., editora Método, 2018, pág. 2011 
 FGV NA ÁREA 
 
 
 
 
Enunciado 
Determinado Município do Estado do Rio de Janeiro opera diretamente aterro sanitário para 
recebimento de todo resíduo sólido produzido na cidade, desde 2014. Maria, moradora vizinha ao 
aterro, entende que está sofrendo problemas de saúde, pois utiliza água de poço artesiano que 
teria se tornada imprópria para o consumo, em razão da contaminação do lençol freático pelo 
chorume produzido no aterro. Assim, em abril de 2016, Maria impetrou mandado de segurança 
pretendendo a paralisação da operação do aterro, apontando como autoridades coatoras o Prefeito 
e o Secretário Municipal de Meio Ambiente e requereu a realização de perícia ambiental. A petição 
inicial foi indeferida liminarmente pelo juízo de primeiro grau de jurisdição e Maria interpôs recurso 
de apelação. Instado a se manifestar no processo sobre o recurso, o Procurador de Justiça que 
atua junto à Câmara Cível deverá ofertar parecer no sentido da: 
 
Assertiva 
correta 
manutenção da decisão, eis que faltou um dos requisitos legais do remédio constitucional, 
qual seja, o direito líquido e certo com prova pré-constituída da ilegalidade, pois a 
comprovação do dano ambiental demanda dilação probatória. (MPE-RJ - 2016 - FGV) 
 
 
 
Fundamento 
A ação de mandado de segurança tramita sob o rito especial estabelecido pela Lei nº 
12.016/09. Este rito não comporta dilação probatória, razão pela qual exige que a 
petição inicial esteja acompanhada de prova pré-constituída (documental ou 
documentada) suficiente para que o juiz possa, com base nela, apreciar os pedidos 
formulados pelo autor. Havendo necessidade de produzir provas para comprovar o 
direito alegado, o autor deve optar por ajuizar a ação sob o rito ordinário. (Fonte: Denize 
Rodrigues, Advogada e Mestre em Processo Civil) 
 
 
É possível a ocorrência de litispendência (ou mesmo de coisa julgada - art. 
337, §§1º e 2º, do CPC) entre o MANDADO DE SEGURANÇA (rito especial) 
impetrado junto a uma corte do sistema de Justiça, em razão da 
competência fixada pela autoridade coatora, e uma ação de conhecimento 
com procedimento comum em tramitação no primeiro grau, proposta em 
face da pessoa jurídica de Direito Público? 
 MANDADO DE SEGURANÇA - LITISPENDÊNCIA - COISA JULGADA 
 
A litispendência estará configurada independentemente do procedimento de cada uma das ações em 
curso, desde esteja presente o mesmo thema decidendum, sendo possível a sua configuração acaso 
proposta ação de conhecimento com procedimento comum e mandado de segurança, com o mesmo 
elemento objetivo e mesma tutela jurisdicional. 
Fonte: https://www.conjur.com.br/2024-fev-06/a-impetracao-do-mandado-de-seguranca-e-a-litispendencia-com-outras-acoes/ 
Nesse sentido, veja este julgado da 1ª Turma do STJ: “verificado que a providência requerida 
na ação mandamental e aquela pleiteada em anterior ação ordinária convergem, ao final, para 
o mesmo resultado prático pretendido e sob a mesma causa petendi, há pressuposto 
processual negativo apto a obstar o regular processamento deste segundo feito. (RMS 68337 
- 1ª T/STJ - rel. min. Sérgio Kukina - J. 26/09/2023 - DJe 02/10/2023).” 
RESPONDA ESTA! ? 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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 STJ - 1ª SEÇÃO 
 
 
 
AgInt nos EDcl no 
MS 15782 / DF - 1a 
Seção / STJ - rel. 
min. Assusete 
Magalhães – J. 
19/09/2023. 
RECONHECIDA A LITISPENDÊNCIA, DEVE-SE DETERMINAR A EXTINÇÃO DO 
MANDADO DE SEGURANÇA. 
“A jurisprudência do STJ orienta-se no sentido de que “o fenômeno da 
litispendência se caracteriza quando há identidade jurídica, ou seja, quando as 
ações intentadas objetivam, ao final, o mesmo resultado, ainda que o polo passivo 
seja constituído de pessoas distintas; em um pedido mandamental, a autoridade 
administrativa, e, no outro, a própria entidade de Direito Público.’ (AgRg no MS 
18.759/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção, DJe 
10/5/2016). Nesse sentido: MS 21.734/DF, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira 
Seção, DJe 9/12/2016 (…) Uma vez reconhecida a litispendência, deve ser 
extinto o presente writ.” 
 
EDcl no AgInt nos 
EDcl no MS n. 
27.747/DF, relator 
ministro Herman 
Benjamin, 1ª 
Seção, julgado em 
22/3/2023, DJe de 
04/04/2023. 
 
CONFIGURAÇÃO DE TRAMITAÇÃO DE DEMANDAS QUE PERSEGUEM 
IDÊNTICO RESULTADO. 
 
“6. De notar que, conforme asseverado pela embargante, o objeto do presente writ, 
ajuizado no STJ em 21.5.2021 (ou seja, quando a impetrante já tinha tomado 
conhecimento da sentença de improcedência na Justiça Federal do DF) coincide 
integralmente com o da Ação Ordinária. A única diferença, irrelevante no contexto 
acima descrito, é que o polo passivo, neste feito, por imposição legal, é a autoridade 
que dirige o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, órgão 
integrado na estrutura do Poder Executivo Federal, enquanto que na Ação Ordinária 
o polopassivo é ocupado, evidentemente, pela pessoa jurídica de Direito Público 
(União). Configurada, portanto, a tramitação de demandas que perseguem 
idêntico resultado. 7. Embargos de Declaração acolhidos, com atribuição de 
efeitos infringentes, para denegar a Segurança, nos termos do art. 6º, § 5º, da 
Lei 12.016/2009.” 
 
“(...) No quadro comparativo entre ações, a litispendência e a coisa julgada geram a 
extinção do processo repetido, ao passo que a conexão e a continência, em regra, a 
reunião (artigos 54 e 55 CPC). Outrossim, o estudioso deve ter cautela ao comparar duas 
ou mais ações que aparentemente possuem elementos em comum para, com isso, 
estabelecer a solução a ser dada (reunião ou extinção do processo repetido). E no caso 
específico do mandado de segurança, trata-se de ação constitucional não 
obrigatória que tende a ser objeto de escolha pelo autor. O que é vedado, portanto, 
é impetrar Mandado de Segurança que tem procedimento especial consagrado na 
Lei 12.016/09 e, simultaneamente, promover ação de conhecimento com 
procedimento comum contra o Ente Público (ou vice-versa), contendo identidade 
jurídica e objetivo prático idênticos. A utilização de meios processuais aparentemente 
diferentes pode induzir litispendência, além de configurar litigância de má-fé (arts. 80 e 81, 
do CPC).” 
Fonte: https://www.conjur.com.br/2024-fev-06/a-impetracao-do-mandado-de-seguranca-e-a-litispendencia-com-outras-acoes/ 
 
 
 
 
 
 
https://www.conjur.com.br/2024-fev-06/a-impetracao-do-mandado-de-seguranca-e-a-litispendencia-com-outras-acoes/
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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3. ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA 
 
 ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA 
 Conforme o momento de impetração: 
Reparatório Quando impetrado para reparar lesão já ocorrida. 
 
Preventivo 
Caso a finalidade seja evitar lesão a direito líquido e certo, 
hipótese na qual a ameaça deve ser grave, séria e objetiva. 
Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora – Juspodium, 2023, pág. 511. 
 ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA 
 De acordo com a legitimidade: 
 
 
Individual 
Pode ser impetrado por qualquer pessoa, física (brasileiro 
e estrangeiro - residente ou não no Brasil), formal ou 
jurídica (direito privado e direito público) que tenha direito 
líquido e certo lesado ou ameaçado de lesão. 
Art. 5º, LXIX, CF/88 e Súmula 511/STF. 
 
Coletivo 
Direcionado à defesa de direitos coletivos e individuais 
homogêneos, contra ato, omissão ou abuso de poder por 
parte da autoridade, Art. 5º, LXX, CF/88. 
 
É entendimento pacífico do STF, a possibilidade de impetração de mandando de segurança individual 
(pessoa física) pelo estrangeiro não residente no Brasil: 
“(...) Nesse sentido, Pontes de Miranda, comentando norma da Constituição passada análoga à do caput 
do art. 5º, entende que a circunstância de não se mencionarem os estrangeiros não residentes apenas 
exclui deles direitos que não sejam, por índole própria, de todos os homens. A seu ver, ‘o fato de uma 
Constituição haver falado de (nacionais e estrangeiros residentes no território) não exclui a asseguração e a 
garantia de certos direitos fundamentais que, segundo a convicção geral ou de escol dos povos, a que ela 
aderiu, são de todos os seres humanos’ (Comentários à Constituição de 1967, cit., t.4, p. 655). (STJ - 2T - HC. 
94.477/PR - 06.09.2011).” 
 
O mandado de segurança individual pode ser impetrado por pessoa 
jurídica de direito privado e direito público. Nas causas entre 
Autarquias Federais e Entidades Públicas locais, a competência é da 
JUSTIÇA FEDERAL (Súmula 511/STF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÚMULA 511/ STF: 
COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL, EM AMBAS AS INTÂNCIAS, PROCESSAR E 
JULGAR AS CAUSAS ENTRE AUTARQUIAS FEDERAIS E ENTIDADES PÚBLICAS 
LOCAIS, INCLUSIVE MANDADO DE SEGURANÇA, RESSALVADA A AÇÃO FISCAL, 
NOS TERMOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1967, 119, §3º.” 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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Enunciado 
Determinada empresa jornalística pretende ajuizar ação judicial para obter junto à 
Secretaria Municipal de Educação informações sobre os processos de licitação 
referentes ao fornecimento de merendas às escolas do Município Beta. O acesso 
a tais informações fora negado de forma arbitrária à empresa. 
Entre os remédios constitucionais previstos pela ordem constitucional vigente, 
aquele cabível na situação hipotética narrada é: 
Assertiva correta O mandado de segurança individual. (PC-SC - Delegado - 2024 - FGV) 
 
 
4. LEGITIMIDADE ATIVA PARA IMPETRAR MANDADO DE SEGURANÇA 
 
 Tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança: 
 Fonte: Direito Constitucional Descomplicado, Vicente Paula e Marcelo Alexandrino, Método, 17ª ed., 2018, pág. 214 
 
 PONTO DOUTRINÁRIO - Marcelo Novelino 
 Legitimidade Ativa 
Definidos por lei Pessoas físicas e jurídicas - direito público e privado - art. 1º, “caput”. 
Pessoas formais Condomínio, espólio, massa falida, etc. 
 
Entes 
despersonalizados 
Apesar de não terem personalidade jurídica, são dotadas de personalidade 
judiciária - Chefe do Poder Executivo, Mesas das Casas Legislativas, 
Superintendências da Administração Pública, etc. 
Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora - Juspodium, 2023, pág. 511. 
 
Art. 1º, § 1º 
(Cobrado 4x - FGV) 
Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou 
órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem 
como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de 
atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 
 
 
 
Assertiva correta 
A autoridade coatora é aquela responsável pela prática do ato impugnado, quer por 
ação, quer por omissão. A título de exemplo, a autoridade delegante de poderes 
administrativos é considerada como coatora em face de atos praticados 
pelo delegatário no exercício de competência delegada, contra ela cabendo o 
mandado de segurança. (Senado - 2022 - FGV). 
 
Fundamento 
Súmula 510 STF: Caso o ato seja praticado pela autoridade delegada, quando for a 
impetrado o Mandado de Segurança, a autoridade coatora será a autoridade 
delegada. 
 
 SUJEITO ATIVO 
a) Pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no 
Brasil; 
 
b) 
As universidades reconhecidas por lei, que embora sem personalidade jurídica, 
possuem capacidade processual para defesa de seus direitos. 
c) Órgãos públicos de grau superior, na defesa de suas prerrogativas e atribuições; 
 
d) 
Agentes políticos (governador de estado, prefeito municipal, magistrados, 
deputados, senadores, vereadores, membros do Ministério Público, membros dos 
tribunais de contas, ministros de estado, secretários de estado, etc.), na defesa de 
suas atribuições e prerrogativas. 
e) Ministério Público, competindo a impetração, perante os tribunais locais, ao 
promotor de justiça, quando o ato atacado emanar de juiz de primeiro grau. 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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Cuidado! O parlamentar, na condição de cidadão, pode exercer plenamente seu direito 
fundamental de acesso a informações de interesse pessoal ou coletivo, nos termos do art. 
5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal e das normas de regência desse direito. STF. 
Plenário. RE 865401/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/4/2018 (repercussão geral) (Info 899). 
 
 
 
Enunciado 
João, vereadorno Município Alfa, solicitou que o chefe do Poder Executivo do 
respectivo Município encaminhasse um detalhamento dos custos realizados com 
determinado programa social direcionado ao idoso, o que foi feito sem que a Mesa 
Diretora da Câmara Municipal de Alfa tivesse conhecimento da solicitação. A 
solicitação foi indeferida pelo prefeito do Município Alfa sob o argumento de que 
João não tinha legitimidade para apresentá-la, o que resultou na impetração de 
mandado de segurança pelo solicitante visando à sua obtenção. À luz da sistemática 
constitucional, o pedido formulado no mandado de segurança deve ser julgado: 
 
Assertiva correta 
procedente, considerando que João, embora ocupe o cargo eletivo de vereador, não 
deixa de ser cidadão. (SMF-RJ - 2023 - FVG). 
 
Fundamento 
De fato, o mandado de segurança impetrado pelo vereador deve ser julgado 
procedente, considerando que João, embora ocupe o cargo eletivo de 
vereador, não deixa de ser cidadão. (STF - Plenário. RE 865401/MG, Rel. Min. 
Dias Toffoli, julgado em 25/4/2018) (repercussão geral) (Info 899). 
 
 
Art. 1º, § 2º 
(Cobrado 5x - FGV) 
Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados 
pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviço público. (Vide ADIN 4296) 
 
 
Assertiva errada 
Não cabe mandado de segurança contra atos praticados pelos administradores de 
empresas públicas e de sociedade de economia mista. (AL- RO - 2018 - FGV). (Contra 
os atos de gestão comercial e não qualquer ato). 
 
 
Art. 1º, §3º 
Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas 
poderá requerer o mandado de segurança 
 
 PONTO DOUTRINÁRIO 
 Marcelo Novelino 
“Nos termos da Lei, quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, 
a ação poderá ser impetrada por qualquer delas (Lei 12.016/2009, art. l.°, § 3.°). 
 
Daniel Neves (2011) menciona três posicionamentos na doutrina acerca da 
natureza da legitimação prevista no dispositivo: 
I) legitimação ordinária individual, "na qual apesar da pluralidade de titulares do 
direito a Lei permite que qualquer um deles o defenda sozinho em juízo" (Daniel 
Neves); 
II) substituição processual, "dando a um indivíduo a Legitimidade de ingressar com 
mandado de segurança em favor uma coletividade na defesa de diretos coletivos ou 
individuais homogêneos" (Cassio Scarpinella Bueno); e 
III) legitimação extraordinária concorrente e disjuntiva, na qual "o sujeito estará 
em juízo defendendo em nome próprio direito alheio.” 
Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora - Juspodium, 2023, pág. 511 
 
 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=4296&numProcesso=4296
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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Enunciado 
Fulano de Tal, cidadão brasileiro, integrante de uma Associação de Moradores de 
Bairro, tomou conhecimento de que o Prefeito de sua cidade fraudou documentos e, 
dessa forma, permitiu a construção de edifícios comerciais em um parque estadual. 
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta. 
 
Assertiva errada 
Fulano de Tal deve impetrar mandado de segurança individual para anulação do ato 
lesivo. (TJ-AM - 2013 - FGV). 
 
 
 
Fundamento 
O enunciado expõe caso hipotético em que se percebe lesividade ao patrimônio 
público. Portanto, a ação pertinente será a Ação Popular. Art.5º, LXXIII, CF/88- 
qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
focando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
 
 
4.1. LEGITIMIDADE PASSIVA EM MANDADO DE SEGURANÇA 
 
AUTORIDADE COATORA: Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato 
impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
 
 
 
 
 Autoridades Públicas de quaisquer poderes da União, 
dos estados, do DF e dos municípios. 
 
 Representantes ou órgãos de partidos políticos e os 
administradores de entidades autárquicas (incluídas as 
fundações governamentais com personalidade jurídica de direito 
público). 
 
 Dirigentes de pessoas jurídicas de direito privado, 
integrantes ou não da administração pública formal, e as pessoas 
naturais, desde que eles estejam no exercício de atribuições 
do Poder Público, e somente no que disser respeito a essas 
atribuições. 
 
 
 ATRIBUIÇÃO DELEGADA Autoridade coatora será o agente delegado! 
 
Súmula 510/STF 
(Cobrada 2x - FGV) 
Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra 
ela cabe mandado de segurança ou a medida judicial. 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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ATENÇÃO: As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade 
para formular pedido de suspensão de segurança quando 
prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada 
pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público 
primário. (Legitimidade ativa) 
 
 
 
 
STJ. Corte Especial. AgInt na 
SLS 3.204-SP, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, 
julgado em 23/11/2023 
(Info 797). 
As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para 
formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras 
de serviço público ou no exercício de função delegada pelo Poder 
Público, desde que na defesa do interesse público primário, 
correspondente aos interesses da coletividade como um todo. Caso 
concreto: empresa privada, concessionária de serviço público de água, 
ingressou com pedido de suspensão de segurança. O STJ entendeu que 
ela não tinha legitimidade. Isso porque a concessionária pretendia 
suspender decisão proferida em demanda de natureza privada na qual 
a empresa de saneamento discute com a única acionista da sociedade 
anônima cláusulas contratuais referentes à participação da empresa de 
saneamento na sociedade. Desse modo, não se configura a legitimidade 
extraordinária da concessionária, porquanto o pedido não diz respeito 
direta e imediatamente ao serviço público concedido. 
 
 
Assertiva correta 
As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular 
pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço 
público ou no exercício de função delegada pelo poder público, desde 
que na defesa do interesse público primário, correspondente aos 
interesses da coletividade como um todo. (PGE-RN - Procurador - 
CEBRASPE - 2024). 
 
STJ. Corte Especial. AgInt na 
SLS 3169-RS, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, 
julgado em 15/3/2023 
(Info 768). 
A pessoa jurídica de direito privado delegatária de serviço público 
somente tem legitimidade ativa para ingressar com pedido de 
suspensão de segurança na hipótese em que estiver atuando na 
defesa de interesse público primário relacionado com os termos da 
própria concessão e prestação do serviço público. 
Fonte: As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço 
público ou no exercício de função delegada pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público primário. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
Disponível em:https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c 
 
 
Art. 2° 
Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem 
patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas 
pela União ou entidade por ela controlada. 
 
 
 COMPETÊNCIA: 
STJ - Jurisem tese edição n. 85, mandado de segurança II, Item 1) Compete à justiça 
federal comum processar e julgar mandado de segurança quando a autoridade 
apontada como coatora for autoridade federal, considerando-se como tal também 
os dirigentes de pessoa jurídica de direito privado investidos de delegação 
concedida pela União. 
 
 
 
 
 
 
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE 
SEGURANÇA. ATO PRATICADO EM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO POR 
DIRIGENTE DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL. AUTORIDADE 
FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Trata-se, na origem, de 
Mandado de Segurança impetrado por Portes Advogados Associados S/S EPP contra ato 
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92
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 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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(STJ - AgInt na TutPrv 
no CC 164282 / DF 
(AGRAVO INTERNO 
NA TUTELA 
PROVISÓRIA 
INCIDENTAL NO 
CONFLITO DE 
COMPETÊNCIA 
2019/0063972-1). 
DJe: 22.09.2020 
 
do Presidente da Comissão de Credenciamento do Edital 2015/002 da empresa Ativos 
S/A Securitizadora, empresa controlada pelo Banco do Brasil, que julgou improcedente 
impugnação da impetrante contra exigências editalícias impostas para integrar cadastro 
de prestadores de serviços técnicos de natureza jurídica. 2. Foi instaurado o Conflito 
Negativo de Competência entre o Juízo Federal da 7ª Vara Cível da Seção Judiciária do 
Distrito Federal e o Juízo de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros 
Públicos de Campo Grande/MS, no qual se ajuizou a demanda. 3. O Juízo Estadual 
declarou-se incompetente, sob o argumento de que, por ser "ação mandamental proposta 
em face de ato praticado por agente supostamente investido de delegação da Empresa 
Pública Federal" a competência seria da Justiça Federal. 4. O Juízo Federal, a seu turno, 
declinou da competência por entender que "o ato atacado é uma licitação de sociedade 
de economia mista para contratação de sociedade de advogados para prestação de 
serviços técnicos-jurídicos, cujo objeto não se configura ato de império e muito menos se 
trata de delegação de atribuição federal, posto os serviços contratados não se qualificam 
como atos praticados como delegatário estatal". 5. O Supremo Tribunal Federal no RE 
726.035/RG, de Relatoria do Min. Luiz Fux, decidiu que, "(...) sendo a sociedade de 
economia mista pessoa jurídica de direito privado, ela, na execução de atos de 
delegação por parte da União, se apresenta, inegavelmente, para efeitos de 
mandado de segurança, como autoridade federal. Sistematicamente, não há como 
se olvidar não ser competente, em tais casos, a Justiça Federal." 6. Na mesma linha 
é a jurisprudência da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual a 
competência para o julgamento de Mandado de Segurança é estabelecida conforme 
a autoridade indicada como coatora e, em se tratando de ato praticado em licitação 
promovida por sociedade de economia mista federal, a autoridade que o pratica é 
federal (e não estadual, distrital ou municipal). Precedentes: AgRg no CC 112.642/ES, 
Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, DJe 16.2.2011; AgRg no CC 
109.584/PE, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Seção, DJe 7.6.2011; AgRg no 
CC 118.872/PA, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 29.11.2011, e CC 
98.289/PE, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 10.6.2009. 7. No caso dos 
autos, como afirmado pela própria parte interessada, a Ativos S.A. Securitizadora de 
Créditos é empresa de economia mista federal (fl. 185), de modo que o fato de ela ter 
personalidade própria não exclui a competência do Juízo Federal para tanto, porque, 
como destacado, a competência para o julgamento de Mandado de Segurança é 
estabelecida conforme a autoridade indicada como coatora e, em se tratando de ato 
praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista federal, a autoridade 
que o pratica é federal. 8. Além disso, não há como ignorar o fato de a agravada ser 
controlada pelo Banco do Brasil S/A, também sociedade de economia mista federal. 
9. Por fim, rechaça-se a tese de que o ato de comissão de licitação é meramente de 
gestão, porque sujeito às normas de direito público. Nessa linha: REsp 789.749/RS, Rel. 
Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 4.6.2007, p. 310; REsp 1.078.342/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira 
Turma, DJe 15.3.2010.10. Agravo Interno não provido.” 
 
 
 
Art. 3º 
(Cobrado 2x) 
O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro 
poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o 
fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. 
Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo 
fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. 
 
 
 
Art. 4º 
Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de 
segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. 
§ 1o - Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, radiograma ou 
outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. 
§ 2o - O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. 
§ 3o - Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as 
regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 
 
 
 
 
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 5 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SEM GABARITO 
 Parte integrante do material “MANDADO DE SEGURANÇA - Lei Esquematizada + Exercícios” 
 
MARQUE CERTO OU ERRADO NAS ASSERTIVAS ABAIXO: 
1) (TJES-2023-FGV) - No que se refere ao procedimento do mandado de segurança, reconhecida, em sentença 
transitada em julgado, a inobservância do prazo decadencial de 120 dias para a propositura da ação, não 
poderá o autor pleitear a tutela jurisdicional de seu direito em uma segunda demanda, de procedimento 
comum. (______). 
 
2) (TJES-2023-FGV) - O impetrante poderá interpor recurso ordinário para alvejar acórdão confirmatório da 
sentença denegatória da segurança. (______). 
 
3) (TJGO-2023- FGV) - Servidor público municipal ajuizou ação de mandado de segurança para impugnar 
conduta omissiva que atribuiu à Administração, consubstanciada na não inclusão, em seus vencimentos, do 
valor de uma gratificação a que entendia fazer jus, conforme previsão contida em lei municipal. Apreciando 
a petição inicial, o juiz indeferiu a medida liminar ali requerida e determinou a notificação da autoridade 
impetrada, que, em suas informações, sustentou a inconstitucionalidade da lei que criara a gratificação 
vindicada na exordial. Depois de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, os autos foram 
conclusos ao juiz. Nesse quadro, é correto afirmar que caso se conceda a ordem,a sentença não estará 
sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório, transitando em julgado se não for interposto recurso de 
apelação. (______). 
 
4) (TJPR-2023-FGV) - Adriana, servidora estadual aposentada, impetrou mandado de segurança para impugnar 
conduta omissiva que atribuiu à Administração Pública, consubstanciada, em sua ótica, na não inclusão, nos 
respectivos proventos, do valor de uma gratificação a cuja incorporação entendia fazer jus. 
Depois de prestadas as informações pela autoridade impetrada, de apresentada a peça impugnativa pela 
pessoa jurídica de direito público e de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, o juiz da 
causa proferiu sentença. De acordo com o ato decisório, foi concedida a segurança vindicada, 
reconhecendo-se o direito subjetivo de Adriana à incorporação da gratificação e determinando-se à 
autoridade coatora que procedesse à inclusão do respectivo valor nos proventos da impetrante. Subindo os 
autos à segunda instância, por força do reexame necessário, o órgão ad quem confirmou a sentença de 
piso, a que se seguiu, então, o seu trânsito em julgado. Poucos meses depois, Adriana intentou nova 
demanda, já então pelo procedimento comum, pleiteando a condenação da Fazenda Pública estadual a lhe 
pagar os valores que reputava devidos, a título da mesma gratificação, relativamente a lapso temporal 
anterior à data do ajuizamento de sua primeira ação. Tomando contato com a nova petição inicial, deverá o 
magistrado proceder ao juízo positivo de admissibilidade da ação. (______). 
 
5) (TJSC-2022-FGV) - José é servidor público municipal há dez anos, ocupante de cargo técnico-científico de 
analista em tecnologia da informação, com jornada de trabalho de quarenta horas por semana. Mediante 
aprovação em novo concurso público, há seis anos, José foi nomeado para o cargo efetivo estadual técnico-
científico de analista de sistemas, com carga horária semanal de vinte horas. Em 2022, o Tribunal de Contas 
Estadual, ao cruzar informações de servidores públicos, constatou a acumulação de ambos os citados 
cargos efetivos por José e remeteu peças ao Ministério Público, que instaurou inquérito civil para apurar os 
fatos. Com o objetivo de trancar as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público, José impetrou 
mandado de segurança, sustentando a legalidade da acumulação de cargos, bem como a prescrição de 
eventual pretensão anulatória, pois já exerce funções públicas em ambos os cargos há mais de cinco anos. 
Com base no texto constitucional e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve 
denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José é ilegal e protrai-se no tempo, podendo ser 
investigada a qualquer época. (______). 
 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios 
 
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6) (TJMS-2023-FGV) - José, servidor público de determinado Município, ajuizou mandado de segurança para 
impugnar a validade de ato que lhe impusera uma sanção disciplinar, na esteira de apuração de falta 
funcional em processo administrativo. O impetrante alegou, como causa petendi, não ter perpetrado o ilícito 
funcional que a Administração Pública lhe havia atribuído. Apreciando a petição inicial, o juiz da causa, além 
de proceder ao juízo positivo de admissibilidade da demanda, deferiu a medida liminar requerida na exordial, 
decretando a suspensão da eficácia da penalidade aplicada em desfavor do impetrante. Depois de prestadas 
as informações pela autoridade impetrada e de ofertada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito 
público, Luiz, outro servidor público do mesmo Município, requereu o seu ingresso no polo ativo da relação 
processual, com a extensão, em seu favor, da medida liminar deferida initio litis. Para tanto, Luiz se valeu 
de linha argumentativa similar à de José, isto é, a de que havia sido sancionado pela Administração, embora 
não tivesse cometido qualquer ilícito funcional. Conquanto houvesse, a um primeiro momento, deferido o 
ingresso de Luiz no polo ativo da demanda, o juiz da causa, reexaminando o tema, reconsiderou o seu 
posicionamento anterior, determinando a sua exclusão do feito. Após a vinda aos autos da manifestação 
conclusiva do Ministério Público, foi proferida sentença de mérito, na qual se concedeu a segurança 
vindicada por José, invalidando-se a penalidade que lhe fora imposta. Não constou do decisum a 
condenação da Fazenda Pública ao pagamento da verba honorária sucumbencial. Nesse cenário, é correto 
afirmar que, caso Luiz pretenda se insurgir contra a decisão que o excluiu do feito, caber-lhe-á interpor 
agravo de instrumento, o qual deverá ser conhecido, porém desprovido pelo órgão ad quem. (______). 
 
7) (TJAP-2022-FGV) - Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista processual do 
Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não 
obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado 
e, durante o seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o Estado Delta 
convocou e nomeou os quatro primeiros classificados. Maria logrou obter informações e documentos que 
comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para 
cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo de 
analista processual, de necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma 
função, há ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, 
Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser concedida, pois Maria passou a ter direito 
subjetivo à nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o prazo de validade do certame, o 
que gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no 
edital do concurso anterior. (______). 
 
8) (TJES-2023-FGV) - O Estado do Espírito Santo possuía contrato com a empresa ABC, que prestava serviços 
de informática e tecnologia para o setor de inteligência do governo. O instrumento previa, entre outras coisas, 
a convenção de arbitragem. Diante do inadimplemento de uma das cláusulas contratuais por parte da 
empresa, foi ajuizada uma ação judicial pelo Estado do Espírito Santo. Em sede de contestação, a empresa 
ABC arguiu, preliminarmente, a existência de convenção de arbitragem, requerendo a extinção do processo. 
Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que é cabível a impetração de mandado de segurança 
contra a sentença terminativa que acolher a preliminar de convenção de arbitragem. (______). 
 
9) (TJPE-2022-FGV) - De acordo com a doutrina e a jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores, 
quanto aos recursos e às ações autônomas de impugnação, admite-se mandado de segurança para atribuir 
efeito suspensivo ao recurso em sentido estrito desprovido deste efeito interposto pelo Ministério Público. 
(______). (Processo Penal). 
 
 
 
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10) (MPE-GO-2022-FGV) - Sobre a legitimação ad causam nas ações coletivas, em conformidade com a 
legislação vigente e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, a exigência de expressa autorização dos 
associados, individualmente ou por deliberação assemblear, condiciona a legitimação das associações para 
promoção de ações coletivas de rito ordinário, sob o regime de representação previsto no Art. 5º, XXI, da 
Constituição da República de 1988, mas não se aplica aos casos de substituição processual, como a 
impetração de mandado de segurança coletivo. (______). 
 
11) (DPE-MS-2022-FGV) - Ana, defensora pública, passa a fiscalizar determinadaunidade de internação 
socioeducativa e a demandar inúmeras providências do respectivo diretor. Por entender que sua atuação 
extrapola as atribuições do cargo, o diretor promove reclamação junto ao Ministério Público que, após abrir 
procedimento próprio para apuração dos fatos narrados, começa a colher o depoimento de inúmeros 
funcionários da unidade de internação. Diante de tal quadro, em atuação em defesa de suas prerrogativas, 
Ana impetraria mandado de segurança, indicando o membro do Ministério Público como autoridade coatora, 
por faltar-lhe atribuição para investigar a atuação escorreita de membros da Defensoria Pública, que possui 
órgão próprio para tanto. (______). 
 
12) (DPE-MS-2022-FGV) - João, pipoqueiro em uma pequena cidade do interior do país, que acabara de ser 
empossado como vereador, procurou o defensor público da comarca e informou que almejava ajuizar a ação 
constitucional cabível em face dos engenhos produtores de açúcar, que considerava responsáveis pela 
diminuição da qualidade do ar e pelo fato de as praças da cidade ficarem cobertas de fuligem em 
determinados períodos do ano, o que impedia a sua utilização pelos munícipes. Ao ouvir a narrativa, o 
defensor público respondeu, corretamente, que a ação a ser ajuizada é o mandado de segurança. (______). 
 
13) (AGE-MG-Procurador do Estado-2022-FGV) - Leônidas foi empregado doméstico na casa de Ruth. Após ser 
dispensado sem receber seus créditos, Leônidas ajuizou reclamação trabalhista que tramitou perante a 30ª 
Vara do Trabalho de Barbacena/MG e foi julgada procedente. Homologado o valor devido, no importe de R$ 
18.000,00, a executada foi citada para efetuar o pagamento voluntário, mas quedou-se inerte. Não se 
conseguiu o bloqueio em ativos financeiros da executada, mas Leônidas descobriu que a ex-empregadora 
recebe pensão por morte de seu finado esposo no valor de R$ 4.500,00 mensais. Então, requereu em juízo 
a penhora de 20% desse benefício, até o limite do crédito exequendo. Tão logo cientificada dessa decisão, 
inconformada, Ruth pretende adotar alguma medida antes de ter a penhora de parte do seu benefício 
previdenciário. Independentemente de assistir, ou não, razão a Ruth. A opção que contempla a medida 
adequada é o Mandado de Segurança. (______). 
 
14) (PGE-TO-2018-FCC) - Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba 
recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; também não se concederá 
mandado de segurança de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito devolutivo. (______). 
 
15) (PGE-TO-2018-FCC) - O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de 
terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no 
prazo de trinta dias, quando notificado judicialmente. (______). 
 
16) (PGE-TO-2018-FCC) - Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço 
público. (______). 
 
17) (PGE-TO-2018-FCC) - Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, a impetração do 
mandado de segurança ficará condicionada à formação de litisconsórcio necessário, podendo, porém, ser 
ajuizada ação declaratória autônoma sem o preenchimento desse requisito. (______). 
 
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18) (PGE-2023-CEBRASPE) - No mandado de segurança preventivo, a circunstância de a alegada ameaça de 
lesão ao direito pretensamente titularizado pelo impetrante ter-se convolado em ato concreto acarreta perda 
de objeto do mandamus. (______). 
 
19) (Procurador-2024-CEBRASPE) - A técnica de julgamento ampliado prevista no Código de Processo Civil 
vigente aplica-se ao julgamento não unânime de apelação interposta em sede de mandado de segurança. 
(______). 
 
20) (AGU-2010-CEBRASPE) - Paulo ingressou com mandado de segurança individual para que voltasse a receber 
uma parcela remuneratória que lhe fora suprimida. Ocorre, no entanto, que o sindicato a que ele pertence 
já havia ingressado com mandado de segurança coletivo com o mesmo objeto. Nessa situação, o juiz deverá 
extinguir, sem julgamento de mérito, o mandado de segurança individual, já que há litispendência. (______). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 6 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - GABARITO COMENTADO 
 Parte integrante do material “MANDADO DE SEGURANÇA - Lei Esquematizada + Exercícios” 
 AMOSTRA 
 
1) (TJES-2023-FGV) - No que se refere ao procedimento do mandado de segurança, reconhecida, em sentença 
transitada em julgado, a inobservância do prazo decadencial de 120 dias para a propositura da ação, não 
poderá o autor pleitear a tutela jurisdicional de seu direito em uma segunda demanda, de procedimento comum. 
(errado). (Súmula 304/STF e Art. 19, Lei 12.016/09). 
 
O reconhecimento da decadência não impede que a parte pleiteie a tutela jurisdicional de seu direito em uma 
segunda demanda, de procedimento comum, uma vez que não houve apreciação do mérito. 
“Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá 
que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.” 
“Súmula 304/STF. Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada contra o 
impetrante, não impede o uso de ação própria.” 
 
2) (TJES-2023-FGV) - O impetrante poderá interpor recurso ordinário para alvejar acórdão confirmatório da 
sentença denegatória da segurança. (errado). (Ar. 18 e Art. 19, Lei 12.016/09; Art. 105, CF). 
 
“Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe 
recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem 
for denegada.” 
Obs.: A decisão não foi proferida em única instância pelo Tribunal, e sim confirmatória de decisão denegatória 
proferida em primeira instância, não cabendo, pois, a interposição de recurso ordinário. 
 
3) (TJGO-2023-FGV) - Servidor público municipal ajuizou ação de mandado de segurança para impugnar conduta 
omissiva que atribuiu à Administração, consubstanciada na não inclusão, em seus vencimentos, do valor de 
uma gratificação a que entendia fazer jus, conforme previsão contida em lei municipal. Apreciando a petição 
inicial, o juiz indeferiu a medida liminar ali requerida e determinou a notificação da autoridade impetrada, que, 
em suas informações, sustentou a inconstitucionalidade da lei que criara a gratificação vindicada na exordial. 
Depois de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, os autos foram conclusos ao juiz. Nesse 
quadro, é correto afirmar que caso se conceda a ordem, a sentença não estará sujeita ao duplo grau de 
jurisdição obrigatório, transitando em julgado se não for interposto recurso de apelação. (errado). (Art. 14, §1º, 
Lei 12.016/09). 
 
“Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado de segurança, cabe apelação. 
§1º. Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. (...).” 
 
4) (TJPR-2023-FGV) - Depois de prestadas as informações pela autoridade impetrada, de apresentada a peça 
impugnativa pela pessoa jurídica de direito público e de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério 
Público, o juiz da causa proferiu sentença. De acordo com o ato decisório, foi concedida a segurança 
vindicada, reconhecendo-se o direito subjetivode Adriana à incorporação da gratificação e determinando-se 
à autoridade coatora que procedesse à inclusão do respectivo valor nos proventos da impetrante. Subindo os 
autos à segunda instância, por força do reexame necessário, o órgão ad quem confirmou a sentença de piso, 
a que se seguiu, então, o seu trânsito em julgado. Poucos meses depois, Adriana intentou nova demanda, já 
então pelo procedimento comum, pleiteando a condenação da Fazenda Pública estadual a lhe pagar os 
valores que reputava devidos, a título da mesma gratificação, relativamente a lapso temporal anterior à data 
do ajuizamento de sua primeira ação. Tomando contato com a nova petição inicial, deverá o magistrado 
proceder ao juízo positivo de admissibilidade da ação. (certo). (Súmula 271/STF). 
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Adriana intentou nova demanda pelo procedimento comum, ou seja, não foi em sede de MS. Assim, o 
magistrado deve proceder o juízo positivo de admissibilidade em relação ao seu pleito. 
 
Súmula 271/STF. Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a 
período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial. 
 
5) (TJSC-2022-FGV) - José é servidor público municipal há dez anos, ocupante de cargo técnico-científico de 
analista em tecnologia da informação, com jornada de trabalho de quarenta horas por semana. Mediante 
aprovação em novo concurso público, há seis anos, José foi nomeado para o cargo efetivo estadual técnico-
científico de analista de sistemas, com carga horária semanal de vinte horas. Em 2022, o Tribunal de Contas 
Estadual, ao cruzar informações de servidores públicos, constatou a acumulação de ambos os citados cargos 
efetivos por José e remeteu peças ao Ministério Público, que instaurou inquérito civil para apurar os fatos. Com 
o objetivo de trancar as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público, José impetrou mandado de 
segurança, sustentando a legalidade da acumulação de cargos, bem como a prescrição de eventual pretensão 
anulatória, pois já exerce funções públicas em ambos os cargos há mais de cinco anos. Com base no texto 
constitucional e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve denegar a segurança, 
pois a acumulação de cargos por José é ilegal e protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer 
época. (certo). (AgInt nos EDcl no AgInt nos RMS 64.859/ES). 
 
A acumulação ilegal de cargos públicos, expressamente vedada pelo art. 37, XVI, da Constituição 
Federal, protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer época, até porque os atos 
inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso temporal, não havendo que se falar em 
decadência da pretensão da Administração. STJ. 1ª Turma. AgInt nos EDcl no RMS 64.859/ES, Rel. Min. 
Benedito Gonçalves, julgado em 21/03/2022. 
 
6) (TJMS-2023-FGV) - José, servidor público de determinado Município, ajuizou mandado de segurança para 
impugnar a validade de ato que lhe impusera uma sanção disciplinar, na esteira de apuração de falta funcional 
em processo administrativo. O impetrante alegou, como causa petendi, não ter perpetrado o ilícito funcional 
que a Administração Pública lhe havia atribuído. Apreciando a petição inicial, o juiz da causa, além de proceder 
ao juízo positivo de admissibilidade da demanda, deferiu a medida liminar requerida na exordial, decretando a 
suspensão da eficácia da penalidade aplicada em desfavor do impetrante. Depois de prestadas as informações 
pela autoridade impetrada e de ofertada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito público, Luiz, outro 
servidor público do mesmo Município, requereu o seu ingresso no polo ativo da relação processual, com a 
extensão, em seu favor, da medida liminar deferida initio litis. Para tanto, Luiz se valeu de linha argumentativa 
similar à de José, isto é, a de que havia sido sancionado pela Administração, embora não tivesse cometido 
qualquer ilícito funcional. Conquanto houvesse, a um primeiro momento, deferido o ingresso de Luiz no polo 
ativo da demanda, o juiz da causa, reexaminando o tema, reconsiderou o seu posicionamento anterior, 
determinando a sua exclusão do feito. Após a vinda aos autos da manifestação conclusiva do Ministério 
Público, foi proferida sentença de mérito, na qual se concedeu a segurança vindicada por José, invalidando-
se a penalidade que lhe fora imposta. Não constou do decisum a condenação da Fazenda Pública ao 
pagamento da verba honorária sucumbencial. Nesse cenário, é correto afirmar que caso Luiz pretenda se 
insurgir contra a decisão que o excluiu do feito, caber-lhe-á interpor agravo de instrumento, o qual deverá ser 
conhecido, porém desprovido pelo órgão ad quem. (certo). (Art. 10, §2º, Lei 12.016/09 e REsp n. 
1.724.453/SP). 
 
 
 
 
 
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Em relação ao cabimento de agravo de instrumento contra a decisão que determina a exclusão do 
litisconsorte, deve-se aplicar o entendimento firmado pelo STJ, como por exemplo no julgado a seguir: 
"Considerando que, nos termos do art. 115, I e II, do CPC/15, a sentença de mérito proferida sem a presença 
de um litisconsorte necessário é, respectivamente, nula ou ineficaz, acarretando a sua invalidação e a 
necessidade de refazimento de atos processuais com a presença do litisconsorte excluído, admite-se a 
recorribilidade desde logo, por agravo de instrumento, da decisão interlocutória que excluir o 
litisconsorte, na forma do art. 1.015, VII, do CPC/15, permitindo-se o reexame imediato da questão pelo 
Tribunal."(REsp n. 1.724.453/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 19/3/2019, DJe de 
22/3/2019.) 
 
E, no tocante ao desprovimento do recurso, o fundamento reside no art. 10, §2º, da Lei 
12.016/2009, litteris: "Art. 10 (...): § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho 
da petição inicial. 
Fonte: Professor Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF2 
 
7) (TJAP-2022-FGV) - Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista processual do 
Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não obstante 
houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado e, durante o 
seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o Estado Delta convocou e 
nomeou os quatro primeiros classificados. Maria logrou obter informações e documentos que comprovam, de 
forma cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para cargo em 
comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo de analista 
processual, de necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma função, há 
ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, Maria 
impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser concedida, pois Maria passou a ter direito 
subjetivo à nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o prazo de validade do certame, o 
que gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas 
no edital do concurso anterior. (errado). (Repercussão Geral - Tema - 784 - STF - RE 837.311) 
 
"7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas 
ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame 
anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas 
previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da 
administração, caracterizadas por comportamento tácitoou expresso do Poder Público capaz de 
revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do 
certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade da 
Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero 
(Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas 
seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do 
edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de 
classificação (Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante 
a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma 
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se, 
excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos devidamente aprovados no concurso 
público, pois houve, dentro da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado o referido prazo, 
manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da existência de vagas e, sobretudo, da 
necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para o Estado." (RE 837.311, rel. Ministro LUIZ 
FUX, Plenário, 09.12.2015). 
 
Vejamos outros julgados sobre o tema: ARE 806.277/RO STF - A contratação precária para o exercício 
de atribuições de cargo efetivo durante o prazo de validade do concurso público respectivo traduz 
preterição dos candidatos aprovados e confere a esses últimos, direito subjetivo à nomeação. 
 
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RE 1.168.473/PE - STJ - A mera expectativa de nomeação dos candidatos aprovados em concurso público 
(fora do número de vagas) convola-se em direito líquido e certo quando, dentro do prazo de validade do 
certame, há contratação de pessoal de forma precária para o preenchimento de vagas existentes, com 
preterição daqueles que, aprovados, estariam aptos a ocupar o mesmo cargo ou função. 
 
Desta forma, voltando a assertiva supra, deverá ser concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à 
nomeação, na medida em que foi preterida de forma arbitrária e imotivada por parte da administração pública, 
em comportamento expresso que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação. 
 
8) (TJES-2023-FGV) - O Estado do Espírito Santo possuía contrato com a empresa ABC, que prestava serviços 
de informática e tecnologia para o setor de inteligência do governo. O instrumento previa, entre outras coisas, 
a convenção de arbitragem. Diante do inadimplemento de uma das cláusulas contratuais por parte da 
empresa, foi ajuizada uma ação judicial pelo Estado do Espírito Santo. Em sede de contestação, a empresa 
ABC arguiu, preliminarmente, a existência de convenção de arbitragem, requerendo a extinção do processo. 
Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que é cabível a impetração de mandado de segurança 
contra a sentença terminativa que acolher a preliminar de convenção de arbitragem. (errado). (Art. 5º, II, Lei 
12.016/09 e Art. 1.015, CPC). 
 
Não é possível a impetração de MS quando houver recurso que caiba recursos com efeito suspensivo. 
Art. 5o. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: II - de decisão judicial da qual caiba 
recurso com efeito suspensivo. 
 
Art. 1.015, CPC. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (..) 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem. (...). 
 
Diante da situação hipotética, são imediatamente impugnáveis por agravo de instrumento as decisões 
interlocutórias que rejeitarem a alegação de convenção de arbitragem. 
 
9) TJPE-2022-FGV) - De acordo com a doutrina e a jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores, quanto 
aos recursos e às ações autônomas de impugnação, admite-se mandado de segurança para atribuir efeito 
suspensivo ao recurso em sentido estrito desprovido deste efeito interposto pelo Ministério Público. (errado). 
(Súmula 604/STJ). (Processo Penal). 
 
Súmula 604/STJ. Mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso 
criminal interposto pelo Ministério Público. 
 
10) (MPE-GO-2022-FGV) - Sobre a legitimação ad causam nas ações coletivas, em conformidade com a legislação 
vigente e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, a exigência de expressa autorização dos associados, 
individualmente ou por deliberação assemblear, condiciona a legitimação das associações para promoção de 
ações coletivas de rito ordinário, sob o regime de representação previsto no Art. 5º, XXI, da Constituição da 
República de 1988, mas não se aplica aos casos de substituição processual, como a impetração de mandado 
de segurança coletivo. (certo). (Art. 5º, VII e XIX, CF; REsp 1.796.185/RS). 
 
O STJ, em julgamento da 2ª Turma. REsp 1796185/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
28/03/2019, decidiu que as associações possuem legitimidade para defesa dos direitos e dos interesses 
coletivos ou individuais homogêneos, independentemente de autorização expressa dos associados, o 
que incluiria o mandado de segurança coletivo. 
 
 
 
 
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11) (DPE-MS-2022-FGV) - Ana, defensora pública, passa a fiscalizar determinada unidade de internação 
socioeducativa e a demandar inúmeras providências do respectivo diretor. Por entender que sua atuação 
extrapola as atribuições do cargo, o diretor promove reclamação junto ao Ministério Público que, após abrir 
procedimento próprio para apuração dos fatos narrados, começa a colher o depoimento de inúmeros 
funcionários da unidade de internação. Diante de tal quadro, em atuação em defesa de suas prerrogativas, 
Ana impetraria mandado de segurança, indicando o membro do Ministério Público como autoridade coatora, 
por faltar-lhe atribuição para investigar a atuação escorreita de membros da Defensoria Pública, que possui 
órgão próprio para tanto. (certo). (STJ - RMS 52271; Art. 134, §2º, CF, Art. 103, LC nº 80/94). 
 
"Art. 134 (...) § 2º, CF. Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º." 
"Art. 103, LC 80/94. A Corregedoria-Geral é órgão de fiscalização da atividade funcional e da conduta 
dos membros e dos servidores da Instituição." 
O Ministério Público não ostentaria atribuição normativa para conduzir procedimento apuratório 
relativamente à conduta funcional de defensor público, razão por que haveria ilegalidade ou abuso de poder 
daí decorrente. 
 
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DEFENSORIA PÚBLICA. PROMOÇÃO DOS DIREI- TOS 
HUMANOS E DEFESA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS. ACESSO AOS AUTOS DE 
PROCEDIMENTO VERIFICATÓRIO. POSSIBILIDADE. Defensoria Pública pode acessar registro de 
ocorrências em unidades de internação de adolescentes. A Defensoria Pública atua na preservação e na 
reparação dos direitos de pessoas vítimas de violência e opressão. “Na ausência de vedação legal, não há 
falar em impedimento de acesso da Defensoria Pública aos autos de procedimento verificatório instaurado 
para inspeção judicial e atividade correcional de unidade de execução de medidas socioeducativas, após 
relatos e denúncias de agressões sofridas pelos adolescentes internados e de outras irregularidades no 
processo ressocializador”. RMS 52271, STJ, 6a Turma, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 26/06/2018. 
 
12) (DPE-MS-2022-FGV) - João, pipoqueiro em uma pequena cidade do interior do país, que acabara de ser 
empossado como vereador, procurou o defensor público da comarca e informou que almejava ajuizar a ação 
constitucional cabível em face dos engenhos produtores de açúcar,