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MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 2 de 27 Sumário 1. Origem, Conceito, Cabimento ............................................................................................................ 4 2. Classificação ........................................................................................................................................ 5 3. Espécies de Mandado de Segurança .............................................................................................8 4. Legitimidade Ativa para impetrar MS..............................................................................................9 4.1. Legitimidade Passiva em MS ............................................................................................. ....11 5. Exercícios de Fixação sem gabarito ............................................................................................15 6. Exercícios de Fixação com gabarito comentado ............................................................................... 20 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 3 de 27 MANDADO DE SEGURANÇA - LEI Nº 12.016/09 LEI ESQUEMATIZADA + EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Elaboração - Gracélia Menezes - AMOSTRA O MATERIAL: Material de estudos voltado para concurso de carreiras jurídicas, Magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradorias e Delegado. Análise de mais de 500 questões sobre Mandado de Segurança cobradas em provas - cerca de 300 questões cobradas pela banca FGV e mais de 200 questões das bancas FCC, VUNESP e CEBRASPE - no intuito de reunir, em um único material, o maior número de informações dos pontos mais relevantes. Lei esquematizada, TODOS os artigos da Lei 12.016/09, com a inclusão de doutrina, jurisprudência, assertivas de provas. Ao final, o material possui um “plus”: EXERCICIOS DE FIXAÇÃO. São 124 assertivas retiradas das bancas: FGV, FCC, CEBRASPE e VUNESP. O material tem exercícios sem o gabarito para que posso responder e um GABARITO COMENTADO. O PDF completo possui 106 páginas com conteúdo selecionado e direcionado para concurso de carreiras jurídicas. Este PDF é apenas uma AMOSTRA do material para que você o conheça. Contém, na primeira parte, a lei seca esquematizada e, na sequência, exercícios de fixação e exercícios de fixação com gabarito. OBJETIVO: Material elaborado para PROVAS OBJETIVAS, no intuito de tornar o estudo da lei seca mais interessante, menos cansativo, mais eficiente. O “mix” de jurisprudência, doutrina e assertivas de provas, deixa a leitura mais dinâmica, além, é claro, de fazer uma abordagem mais completa sobre o tema, com os 3 pilares da preparação. Os exercícios de fixação, foram elaborados com assertivas de provas para que o candidato possa treinar, fixar e revisar, bem como, compreender como as bancas abordam o tema em provas de concurso. LEGENDA DE CORES: Amarelo Destaque e temas cobrados pelo menos uma vez. Verde Pontos relevantes e temas cobrados três ou mais vezes em provas. Vermelho Tem que saber! Roxo Destaque do gabarito comentado para a resposta correta. Elaboração: Gracélia Menezes Revisão: Fernando E. Hack Edição: Gracélia Menzes Capa: Gracélia Menezes ➢ COMO ADQUIRIR O MATERIAL COMPLETO? Adquira o seu material através do direct em meu INSTAGRAM @graceliamenezes. Chama no direct! O material completo JÁ ESTÁ DISPONÍVEL. Siga minhas redes sociais para acompanhar o lançamento do material! Instagram (@graceliamenezes), Tweeter (X) - @GraceliaMenezes e Telegram. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 4 de 27 1. ORIGEM, CONCEITO E CABIMENTO Art. 1º, “caput”: (Cobrado 6x - FGV) Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. (Vide ADIN 4296) Ponto Doutrinário Marcelo Novelino “O mandado de segurança constitui forma de tutela jurisdicional dos direitos subjetivos ameaçados ou violados por autoridade pública ou no exercício de função desta natureza (CF, art. 5º, LXIX). A nova disciplina do mandado de segurança individual e coletivo foi estabelecida pela Lei 12.016/2009, na qual estão comtempladas, em grande medida, as orientações firmadas pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. (...)”. Tem cabimento residual, não podendo ser concedido quando o direito líquido e certo for amparado por habeas Corpus ou Habeas Data. Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora – Juspodium, 2023, pág. 511 e pág. 517. Ponto Doutrinário André de Carvalho Ramos Conceito “O mandado de segurança visa proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, ameaçado ou lesado por ilegalidade ou abuso de poder de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica nos exercícios atribuições do Poder Público (art. 5º, LXIX). (...)”. Origem “Foi inserido pela primeira vez em uma Constituição na Constituição de 1934. Visava incrementar a proteção de direitos, após o fim da “teoria brasileira do habeas corpus”. Desde então compõe o texto das nossas Constituições (ausência somente na Constituição de 1937), constituindo-se em instituto tipicamente brasileiro: somente há institutos próximos e (não idênticos) em outros países, como o “recurso de amparo” da Espanha. A regulamentação foi durante décadas a da Lei n. 1.533/51, que foi revogada e substituída pela Lei n. 12.016, de 2009, com poucas alterações.” Cabimento “Cabe mandado de segurança para proteger “direito líquido e certo”, que consiste em todo direito cujos fatos que embasam podem ser provados de plano, sem instrução probatória. Não se admite, então, dilação probatória no mandado de segurança: a prova tem que ser pré-constituída. Também só é cabível mandado de segurança, para combater condutas (comissivas ou omissivas) (i) ilegais ou fruto de (ii) abuso de poder imputadas à autoridade pública ou agente privado no exercício de atribuições do Poder Público. (...)”. Fonte: Curso de Direitos Humanos, André de Carvalho Ramos, ed. 11ª, editora Saraiva, 2024, pág.986. Assertiva errada Caso as alegações veiculadas na petição inicial tenham verossimilhança, poderá o juiz, excepcionalmente, deferir a produção de prova pericial. (TJES - Juiz Substituto - 2023 - FGV) Art. 5º, LXIX, CF: Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=4296&numProcesso=4296 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 5 de 27 Fundamento Não se permite, em regra, dilação probatória em mandado de segurança. Ademais, conforme art. 496, CPC, I e II, estará sujeita ao duplo grau de jurisdição a sentença e não produzirá efeito senão DEPOIS de confirmada pelo tribunal. Assertiva correta O mandadoque considerava responsáveis pela diminuição da qualidade do ar e pelo fato de as praças da cidade ficarem cobertas de fuligem em determinados períodos do ano, o que impedia a sua utilização pelos munícipes. Ao ouvir a narrativa, o defensor público respondeu, corretamente, que a ação a ser ajuizada é o mandado de segurançaação popular. (errado). (Súmula 101/STF; Art. 5º, LXXIII, CF). A banca considerou que o próprio vereador queria ajuizar a ação. E, como se sabe, vereador não possui a prerrogativa de ajuizar ACP (LACP, art. 5°, caput e incs.). Súmula 101/STF. O mandado de segurança NÃO SUBSTITUI a ação popular. Art. 5º, LXXIII. qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 13) (AGE-MG-Procurador do Estado-2022-FGV) - Leônidas foi empregado doméstico na casa de Ruth. Após ser dispensado sem receber seus créditos, Leônidas ajuizou reclamação trabalhista que tramitou perante a 30ª Vara do Trabalho de Barbacena/MG e foi julgada procedente. Homologado o valor devido, no importe de R$ 18.000,00, a executada foi citada para efetuar o pagamento voluntário, mas quedou-se inerte. Não se conseguiu o bloqueio em ativos financeiros da executada, mas Leônidas descobriu que a ex-empregadora recebe pensão por morte de seu finado esposo no valor de R$ 4.500,00 mensais. Então, requereu em juízo a penhora de 20% desse benefício, até o limite do crédito exequendo. Tão logo cientificada dessa decisão, inconformada, Ruth pretende adotar alguma medida antes de ter a penhora de parte do seu benefício previdenciário. Independentemente de assistir, ou não, razão a Ruth. A opção que contempla a medida MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 25 de 27 adequada é o Mandado de Segurança. (certo). (Orientação Jurisprudencial 153 da SDI 2 do TST; Art. 833, IV, CPC). De acordo com a Orientação Jurisprudencial 153 da SDI 2 do TST ofende direito líquido e certo decisão que determina o bloqueio de numerário existente em conta salário, para satisfação de crédito trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicação ou poupança, visto que o art. 649, IV, do CPC de 1973 contém norma imperativa que não admite interpretação ampliativa, sendo a exceção prevista no art. 649, § 2º, do CPC de 1973 espécie e não gênero de crédito de natureza alimentícia, não englobando o crédito trabalhista. No caso de bloqueio de valores em violação literal ao art. 833, IV do CPC (verbas impenhoráveis) tem-se violação de direito líquido e certo. 14) PGE-TO-2018-FCC) - Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; também não se concederá mandado de segurança de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito devolutivoSUSPENSIVO. (errado). (Art. 5º, II, Lei 12.016/09; Súmula 429/STF). Art. 5º. Não se concederá MS quando se tratar: (...) II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo. De um lado, a Súmula n. 429 do STF destaca que a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade. Por outro lado, todo recurso tem efeito devolutivo. O que não se permite é a impetração de MS contra decisão passível de recurso com efeito suspensivo. 15) (PGE-TO-2018-FCC) - O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de trinta dias, quando notificado judicialmente. (certo). (Art. 3º, Lei 12.016/09). Art. 3º. O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. 16) (PGE-TO-2018-FCC) - Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. (certo). (Art. 1º, §2º, Lei 12.016/06). “Art. 1º, § 2º. Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.” 17) (PGE-TO-2018-FCC) - Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, a impetração do mandado de segurança ficará condicionada à formação de litisconsórcio necessário, podendo, porém, ser ajuizada ação declaratória autônoma sem o preenchimento desse requisito. (errado). (Art. 1, §3º, Lei 12.016/09). Art. 1º, § 3º. Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 18) (PGE-2023-CEBRASPE) - No mandado de segurança preventivo, a circunstância de a alegada ameaça de lesão ao direito pretensamente titularizado pelo impetrante ter-se convolado em ato concreto acarreta perda de objeto do mandamus. (errado). (MS 30.260/DF). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 26 de 27 No mandado de segurança preventivo, a circunstância de a ameaça de lesão ao direito pretensamente titularizado pelo Impetrante ter-se convolado em dano concreto não acarreta perda de objeto da ação (MS 30.260/DF). O mandado de segurança no caso é impetrado de forma preventiva (antes da ocorrência do fato), quando ele fala em convolado (mudança), no caso o fato ocorreu, o MS não é mais preventivo, mas mesmo que ocorra a mudança, o mandado de segurança não perde o objeto da ação. 19) (Procurador-2024-CEBRASPE) - A técnica de julgamento ampliado prevista no Código de Processo Civil vigente aplica-se ao julgamento não unânime de apelação interposta em sede de mandado de segurança. (certo). (REsp 1.868.072-RS). A técnica de ampliação do colegiado, prevista no art. 942 do CPC/2015, aplica-se também ao julgamento de apelação interposta contra sentença proferida em mandado de segurança. 20) (AGU-2010-CEBRASPE) - Paulo ingressou com mandado de segurança individual para que voltasse a receber uma parcela remuneratória que lhe fora suprimida. Ocorre, no entanto, que o sindicato a que ele pertence já havia ingressado com mandado de segurança coletivo com o mesmo objeto. Nessa situação, o juiz deverá extinguir, sem julgamento de mérito, o mandado de segurança individual, já que há litispendência. (errado). (Art. 22, §1º, Lei 12.016/09 e EREsp 644.736-PE). ART. 22. §1º. O mandado se segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. “Ementa: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CPC. FALTA DEPREQUESTIONAMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA MÍNIMA. INEXISTÊNCIA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. MANDADOS DE SEGURANÇA COLETIVO E INDIVIDUAL. LITISPENDÊNCIA INEXISTENTE. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. ART. 3º DA LC Nº 118 /05. [...] 5. "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe e de writ individual não induz litispendência, tendo em vista que aquele não retira o direito de agir de seus associados" (AgRg no REsp 675.992/AC, Rel. Min. Laurita Vaz, DJU de 07.04.08). 6. Extingue-se o direito de pleiteara restituição de tributo sujeito a lançamento por homologação, não sendo esta expressa, somente após o transcurso do prazo de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, acrescido de mais cinco anos contados da data em que se deu a homologação tácita (EREsp 435.835/SC, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, julgado em 24.03.04, DJU de 04.06.07). 7. Na sessão do dia 06.06.07, a Corte Especial acolheu a argüição de inconstitucionalidade da expressão "observado quanto ao art. 3º o disposto no art. 106 , I , da Lei n. 5.172 /1966 do Código Tributário Nacional ", constante do art. 4º , segunda parte, da LC 118 /05 (EREsp 644.736-PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJU de 27.08.07). 8. Recurso especial conhecido em parte e não provido [...].” COMO ADQUIRIR O MATERIAL COMPLETO? COMO ADQUIRIR O MATERIAL COMPLETO? Adquira o seu material através do direct em meu INSTAGRAM @graceliamenezes. Chama no direct! O material completo JÁ ESTÁ DISPONÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 27 de 27 ATENÇÃO: As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público prim...de segurança tem como requisito a prova pré-constituída para demonstração da existência e extensão do direito do impetrante. Todavia, a controvérsia sobre a questão jurídica submetida à apreciação judicial, desde que comprovado documentalmente o direito alegado, não impede a concessão do mandado de segurança. (Senado - 2022 - FGV). Fundamento Súmula 625/STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança. 2. CLASSIFICAÇÃO COLA E DECORA! Classificação: O mandado de segurança é uma ação constitucional, de natureza civil e procedimento especial. Ação de conhecimento: ocorre a declaração de direitos pondo fim ao estado de dúvida jurídica capaz de prejudicar o direito material em litígio. É um processo caracterizado pela sentença de mérito onde o juiz afirma o direito às partes, apontando para quem tem razão em face do pedido jurisdicionado. Procedimento especial, pois está em uma lei extravagante: Lei nº 12.016/09. FGV NA ÁREA Assertiva correta O mandado de segurança é uma ação de conhecimento, com procedimento especial. (MPE-RJ - 2018 - FGV) “Constitui ponto pacífico na doutrina, aceito correntiamente nos tribunais, que o mandado de segurança tem a natureza jurídica de uma ação, por meio da qual se instaura um processo, no qual exerce o juiz sua função típica, de exercer jurisdição. Trata-se, o mandado de segurança, naturalmente, de ação que - tanto na, por assim dizer, sua primeira e primordial etapa, em que se busca a formulação da norma jurídica concreta aplicável à situação deduzida em juízo, quanto na sua fase subsequente, em que, sendo necessário, se vai diligenciar no sentido de proporcionar ao titular do direito aquilo a que faz jus - segue rito especial, revestido de características próprias, que lhe dão feição peculiar, no confronto com as demais ações. (...)”. Fonte: Revista de Direito do Ministério Público, Rio de Janeiro, RJ, (2), 1995, Helvécio de Assumpção. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 6 de 27 PONTO DOUTRINÁRIO Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino Natureza Jurídica “O mandado de segurança é ação judicial, de rito sumário especial, (...)”. “É ação de natureza residual, subsidiária, pois somente cabível quando o direito líquido e certo a ser protegido não for amparado por outros remédios judiciais (habeas corpus ou habeas data, ação popular, etc.)”. “É sempre ação de natureza civil, ainda quando impetrado contra ato do juiz criminal, praticado em processo penal.” Fonte: Direito Constitucional Descomplicado, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, 17ª ed., editora Método, 2018, pág. 2011 FGV NA ÁREA Enunciado Determinado Município do Estado do Rio de Janeiro opera diretamente aterro sanitário para recebimento de todo resíduo sólido produzido na cidade, desde 2014. Maria, moradora vizinha ao aterro, entende que está sofrendo problemas de saúde, pois utiliza água de poço artesiano que teria se tornada imprópria para o consumo, em razão da contaminação do lençol freático pelo chorume produzido no aterro. Assim, em abril de 2016, Maria impetrou mandado de segurança pretendendo a paralisação da operação do aterro, apontando como autoridades coatoras o Prefeito e o Secretário Municipal de Meio Ambiente e requereu a realização de perícia ambiental. A petição inicial foi indeferida liminarmente pelo juízo de primeiro grau de jurisdição e Maria interpôs recurso de apelação. Instado a se manifestar no processo sobre o recurso, o Procurador de Justiça que atua junto à Câmara Cível deverá ofertar parecer no sentido da: Assertiva correta manutenção da decisão, eis que faltou um dos requisitos legais do remédio constitucional, qual seja, o direito líquido e certo com prova pré-constituída da ilegalidade, pois a comprovação do dano ambiental demanda dilação probatória. (MPE-RJ - 2016 - FGV) Fundamento A ação de mandado de segurança tramita sob o rito especial estabelecido pela Lei nº 12.016/09. Este rito não comporta dilação probatória, razão pela qual exige que a petição inicial esteja acompanhada de prova pré-constituída (documental ou documentada) suficiente para que o juiz possa, com base nela, apreciar os pedidos formulados pelo autor. Havendo necessidade de produzir provas para comprovar o direito alegado, o autor deve optar por ajuizar a ação sob o rito ordinário. (Fonte: Denize Rodrigues, Advogada e Mestre em Processo Civil) É possível a ocorrência de litispendência (ou mesmo de coisa julgada - art. 337, §§1º e 2º, do CPC) entre o MANDADO DE SEGURANÇA (rito especial) impetrado junto a uma corte do sistema de Justiça, em razão da competência fixada pela autoridade coatora, e uma ação de conhecimento com procedimento comum em tramitação no primeiro grau, proposta em face da pessoa jurídica de Direito Público? MANDADO DE SEGURANÇA - LITISPENDÊNCIA - COISA JULGADA A litispendência estará configurada independentemente do procedimento de cada uma das ações em curso, desde esteja presente o mesmo thema decidendum, sendo possível a sua configuração acaso proposta ação de conhecimento com procedimento comum e mandado de segurança, com o mesmo elemento objetivo e mesma tutela jurisdicional. Fonte: https://www.conjur.com.br/2024-fev-06/a-impetracao-do-mandado-de-seguranca-e-a-litispendencia-com-outras-acoes/ Nesse sentido, veja este julgado da 1ª Turma do STJ: “verificado que a providência requerida na ação mandamental e aquela pleiteada em anterior ação ordinária convergem, ao final, para o mesmo resultado prático pretendido e sob a mesma causa petendi, há pressuposto processual negativo apto a obstar o regular processamento deste segundo feito. (RMS 68337 - 1ª T/STJ - rel. min. Sérgio Kukina - J. 26/09/2023 - DJe 02/10/2023).” RESPONDA ESTA! ? MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 7 de 27 STJ - 1ª SEÇÃO AgInt nos EDcl no MS 15782 / DF - 1a Seção / STJ - rel. min. Assusete Magalhães – J. 19/09/2023. RECONHECIDA A LITISPENDÊNCIA, DEVE-SE DETERMINAR A EXTINÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA. “A jurisprudência do STJ orienta-se no sentido de que “o fenômeno da litispendência se caracteriza quando há identidade jurídica, ou seja, quando as ações intentadas objetivam, ao final, o mesmo resultado, ainda que o polo passivo seja constituído de pessoas distintas; em um pedido mandamental, a autoridade administrativa, e, no outro, a própria entidade de Direito Público.’ (AgRg no MS 18.759/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção, DJe 10/5/2016). Nesse sentido: MS 21.734/DF, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Seção, DJe 9/12/2016 (…) Uma vez reconhecida a litispendência, deve ser extinto o presente writ.” EDcl no AgInt nos EDcl no MS n. 27.747/DF, relator ministro Herman Benjamin, 1ª Seção, julgado em 22/3/2023, DJe de 04/04/2023. CONFIGURAÇÃO DE TRAMITAÇÃO DE DEMANDAS QUE PERSEGUEM IDÊNTICO RESULTADO. “6. De notar que, conforme asseverado pela embargante, o objeto do presente writ, ajuizado no STJ em 21.5.2021 (ou seja, quando a impetrante já tinha tomado conhecimento da sentença de improcedência na Justiça Federal do DF) coincide integralmente com o da Ação Ordinária. A única diferença, irrelevante no contexto acima descrito, é que o polo passivo, neste feito, por imposição legal, é a autoridade que dirige o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, órgão integrado na estrutura do Poder Executivo Federal, enquanto que na Ação Ordinária o polopassivo é ocupado, evidentemente, pela pessoa jurídica de Direito Público (União). Configurada, portanto, a tramitação de demandas que perseguem idêntico resultado. 7. Embargos de Declaração acolhidos, com atribuição de efeitos infringentes, para denegar a Segurança, nos termos do art. 6º, § 5º, da Lei 12.016/2009.” “(...) No quadro comparativo entre ações, a litispendência e a coisa julgada geram a extinção do processo repetido, ao passo que a conexão e a continência, em regra, a reunião (artigos 54 e 55 CPC). Outrossim, o estudioso deve ter cautela ao comparar duas ou mais ações que aparentemente possuem elementos em comum para, com isso, estabelecer a solução a ser dada (reunião ou extinção do processo repetido). E no caso específico do mandado de segurança, trata-se de ação constitucional não obrigatória que tende a ser objeto de escolha pelo autor. O que é vedado, portanto, é impetrar Mandado de Segurança que tem procedimento especial consagrado na Lei 12.016/09 e, simultaneamente, promover ação de conhecimento com procedimento comum contra o Ente Público (ou vice-versa), contendo identidade jurídica e objetivo prático idênticos. A utilização de meios processuais aparentemente diferentes pode induzir litispendência, além de configurar litigância de má-fé (arts. 80 e 81, do CPC).” Fonte: https://www.conjur.com.br/2024-fev-06/a-impetracao-do-mandado-de-seguranca-e-a-litispendencia-com-outras-acoes/ https://www.conjur.com.br/2024-fev-06/a-impetracao-do-mandado-de-seguranca-e-a-litispendencia-com-outras-acoes/ MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 8 de 27 3. ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA Conforme o momento de impetração: Reparatório Quando impetrado para reparar lesão já ocorrida. Preventivo Caso a finalidade seja evitar lesão a direito líquido e certo, hipótese na qual a ameaça deve ser grave, séria e objetiva. Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora – Juspodium, 2023, pág. 511. ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA De acordo com a legitimidade: Individual Pode ser impetrado por qualquer pessoa, física (brasileiro e estrangeiro - residente ou não no Brasil), formal ou jurídica (direito privado e direito público) que tenha direito líquido e certo lesado ou ameaçado de lesão. Art. 5º, LXIX, CF/88 e Súmula 511/STF. Coletivo Direcionado à defesa de direitos coletivos e individuais homogêneos, contra ato, omissão ou abuso de poder por parte da autoridade, Art. 5º, LXX, CF/88. É entendimento pacífico do STF, a possibilidade de impetração de mandando de segurança individual (pessoa física) pelo estrangeiro não residente no Brasil: “(...) Nesse sentido, Pontes de Miranda, comentando norma da Constituição passada análoga à do caput do art. 5º, entende que a circunstância de não se mencionarem os estrangeiros não residentes apenas exclui deles direitos que não sejam, por índole própria, de todos os homens. A seu ver, ‘o fato de uma Constituição haver falado de (nacionais e estrangeiros residentes no território) não exclui a asseguração e a garantia de certos direitos fundamentais que, segundo a convicção geral ou de escol dos povos, a que ela aderiu, são de todos os seres humanos’ (Comentários à Constituição de 1967, cit., t.4, p. 655). (STJ - 2T - HC. 94.477/PR - 06.09.2011).” O mandado de segurança individual pode ser impetrado por pessoa jurídica de direito privado e direito público. Nas causas entre Autarquias Federais e Entidades Públicas locais, a competência é da JUSTIÇA FEDERAL (Súmula 511/STF). SÚMULA 511/ STF: COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL, EM AMBAS AS INTÂNCIAS, PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS ENTRE AUTARQUIAS FEDERAIS E ENTIDADES PÚBLICAS LOCAIS, INCLUSIVE MANDADO DE SEGURANÇA, RESSALVADA A AÇÃO FISCAL, NOS TERMOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1967, 119, §3º.” MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 9 de 27 Enunciado Determinada empresa jornalística pretende ajuizar ação judicial para obter junto à Secretaria Municipal de Educação informações sobre os processos de licitação referentes ao fornecimento de merendas às escolas do Município Beta. O acesso a tais informações fora negado de forma arbitrária à empresa. Entre os remédios constitucionais previstos pela ordem constitucional vigente, aquele cabível na situação hipotética narrada é: Assertiva correta O mandado de segurança individual. (PC-SC - Delegado - 2024 - FGV) 4. LEGITIMIDADE ATIVA PARA IMPETRAR MANDADO DE SEGURANÇA Tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança: Fonte: Direito Constitucional Descomplicado, Vicente Paula e Marcelo Alexandrino, Método, 17ª ed., 2018, pág. 214 PONTO DOUTRINÁRIO - Marcelo Novelino Legitimidade Ativa Definidos por lei Pessoas físicas e jurídicas - direito público e privado - art. 1º, “caput”. Pessoas formais Condomínio, espólio, massa falida, etc. Entes despersonalizados Apesar de não terem personalidade jurídica, são dotadas de personalidade judiciária - Chefe do Poder Executivo, Mesas das Casas Legislativas, Superintendências da Administração Pública, etc. Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora - Juspodium, 2023, pág. 511. Art. 1º, § 1º (Cobrado 4x - FGV) Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. Assertiva correta A autoridade coatora é aquela responsável pela prática do ato impugnado, quer por ação, quer por omissão. A título de exemplo, a autoridade delegante de poderes administrativos é considerada como coatora em face de atos praticados pelo delegatário no exercício de competência delegada, contra ela cabendo o mandado de segurança. (Senado - 2022 - FGV). Fundamento Súmula 510 STF: Caso o ato seja praticado pela autoridade delegada, quando for a impetrado o Mandado de Segurança, a autoridade coatora será a autoridade delegada. SUJEITO ATIVO a) Pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil; b) As universidades reconhecidas por lei, que embora sem personalidade jurídica, possuem capacidade processual para defesa de seus direitos. c) Órgãos públicos de grau superior, na defesa de suas prerrogativas e atribuições; d) Agentes políticos (governador de estado, prefeito municipal, magistrados, deputados, senadores, vereadores, membros do Ministério Público, membros dos tribunais de contas, ministros de estado, secretários de estado, etc.), na defesa de suas atribuições e prerrogativas. e) Ministério Público, competindo a impetração, perante os tribunais locais, ao promotor de justiça, quando o ato atacado emanar de juiz de primeiro grau. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 10 de 27 Cuidado! O parlamentar, na condição de cidadão, pode exercer plenamente seu direito fundamental de acesso a informações de interesse pessoal ou coletivo, nos termos do art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal e das normas de regência desse direito. STF. Plenário. RE 865401/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/4/2018 (repercussão geral) (Info 899). Enunciado João, vereadorno Município Alfa, solicitou que o chefe do Poder Executivo do respectivo Município encaminhasse um detalhamento dos custos realizados com determinado programa social direcionado ao idoso, o que foi feito sem que a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Alfa tivesse conhecimento da solicitação. A solicitação foi indeferida pelo prefeito do Município Alfa sob o argumento de que João não tinha legitimidade para apresentá-la, o que resultou na impetração de mandado de segurança pelo solicitante visando à sua obtenção. À luz da sistemática constitucional, o pedido formulado no mandado de segurança deve ser julgado: Assertiva correta procedente, considerando que João, embora ocupe o cargo eletivo de vereador, não deixa de ser cidadão. (SMF-RJ - 2023 - FVG). Fundamento De fato, o mandado de segurança impetrado pelo vereador deve ser julgado procedente, considerando que João, embora ocupe o cargo eletivo de vereador, não deixa de ser cidadão. (STF - Plenário. RE 865401/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/4/2018) (repercussão geral) (Info 899). Art. 1º, § 2º (Cobrado 5x - FGV) Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. (Vide ADIN 4296) Assertiva errada Não cabe mandado de segurança contra atos praticados pelos administradores de empresas públicas e de sociedade de economia mista. (AL- RO - 2018 - FGV). (Contra os atos de gestão comercial e não qualquer ato). Art. 1º, §3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança PONTO DOUTRINÁRIO Marcelo Novelino “Nos termos da Lei, quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, a ação poderá ser impetrada por qualquer delas (Lei 12.016/2009, art. l.°, § 3.°). Daniel Neves (2011) menciona três posicionamentos na doutrina acerca da natureza da legitimação prevista no dispositivo: I) legitimação ordinária individual, "na qual apesar da pluralidade de titulares do direito a Lei permite que qualquer um deles o defenda sozinho em juízo" (Daniel Neves); II) substituição processual, "dando a um indivíduo a Legitimidade de ingressar com mandado de segurança em favor uma coletividade na defesa de diretos coletivos ou individuais homogêneos" (Cassio Scarpinella Bueno); e III) legitimação extraordinária concorrente e disjuntiva, na qual "o sujeito estará em juízo defendendo em nome próprio direito alheio.” Fonte: Curso de Direito Constitucional, Marcelo Novelino, 3ª ed., editora - Juspodium, 2023, pág. 511 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=4296&numProcesso=4296 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 11 de 27 Enunciado Fulano de Tal, cidadão brasileiro, integrante de uma Associação de Moradores de Bairro, tomou conhecimento de que o Prefeito de sua cidade fraudou documentos e, dessa forma, permitiu a construção de edifícios comerciais em um parque estadual. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta. Assertiva errada Fulano de Tal deve impetrar mandado de segurança individual para anulação do ato lesivo. (TJ-AM - 2013 - FGV). Fundamento O enunciado expõe caso hipotético em que se percebe lesividade ao patrimônio público. Portanto, a ação pertinente será a Ação Popular. Art.5º, LXXIII, CF/88- qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, focando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 4.1. LEGITIMIDADE PASSIVA EM MANDADO DE SEGURANÇA AUTORIDADE COATORA: Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. Autoridades Públicas de quaisquer poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios. Representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas (incluídas as fundações governamentais com personalidade jurídica de direito público). Dirigentes de pessoas jurídicas de direito privado, integrantes ou não da administração pública formal, e as pessoas naturais, desde que eles estejam no exercício de atribuições do Poder Público, e somente no que disser respeito a essas atribuições. ATRIBUIÇÃO DELEGADA Autoridade coatora será o agente delegado! Súmula 510/STF (Cobrada 2x - FGV) Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe mandado de segurança ou a medida judicial. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 12 de 27 ATENÇÃO: As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público primário. (Legitimidade ativa) STJ. Corte Especial. AgInt na SLS 3.204-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 23/11/2023 (Info 797). As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público primário, correspondente aos interesses da coletividade como um todo. Caso concreto: empresa privada, concessionária de serviço público de água, ingressou com pedido de suspensão de segurança. O STJ entendeu que ela não tinha legitimidade. Isso porque a concessionária pretendia suspender decisão proferida em demanda de natureza privada na qual a empresa de saneamento discute com a única acionista da sociedade anônima cláusulas contratuais referentes à participação da empresa de saneamento na sociedade. Desse modo, não se configura a legitimidade extraordinária da concessionária, porquanto o pedido não diz respeito direta e imediatamente ao serviço público concedido. Assertiva correta As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada pelo poder público, desde que na defesa do interesse público primário, correspondente aos interesses da coletividade como um todo. (PGE-RN - Procurador - CEBRASPE - 2024). STJ. Corte Especial. AgInt na SLS 3169-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 15/3/2023 (Info 768). A pessoa jurídica de direito privado delegatária de serviço público somente tem legitimidade ativa para ingressar com pedido de suspensão de segurança na hipótese em que estiver atuando na defesa de interesse público primário relacionado com os termos da própria concessão e prestação do serviço público. Fonte: As pessoas jurídicas de direito privado têm legitimidade para formular pedido de suspensão de segurança quando prestadoras de serviço público ou no exercício de função delegada pelo Poder Público, desde que na defesa do interesse público primário. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c Art. 2° Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. COMPETÊNCIA: STJ - Jurisem tese edição n. 85, mandado de segurança II, Item 1) Compete à justiça federal comum processar e julgar mandado de segurança quando a autoridade apontada como coatora for autoridade federal, considerando-se como tal também os dirigentes de pessoa jurídica de direito privado investidos de delegação concedida pela União. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. ATO PRATICADO EM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO POR DIRIGENTE DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL. AUTORIDADE FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Trata-se, na origem, de Mandado de Segurança impetrado por Portes Advogados Associados S/S EPP contra ato https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92 https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92 https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92 https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92 https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c?categoria=10&subcategoria=92 https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/41fa3925a7ec42ce029c43d6676e4b2c javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 13 de 27 (STJ - AgInt na TutPrv no CC 164282 / DF (AGRAVO INTERNO NA TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2019/0063972-1). DJe: 22.09.2020 do Presidente da Comissão de Credenciamento do Edital 2015/002 da empresa Ativos S/A Securitizadora, empresa controlada pelo Banco do Brasil, que julgou improcedente impugnação da impetrante contra exigências editalícias impostas para integrar cadastro de prestadores de serviços técnicos de natureza jurídica. 2. Foi instaurado o Conflito Negativo de Competência entre o Juízo Federal da 7ª Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal e o Juízo de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande/MS, no qual se ajuizou a demanda. 3. O Juízo Estadual declarou-se incompetente, sob o argumento de que, por ser "ação mandamental proposta em face de ato praticado por agente supostamente investido de delegação da Empresa Pública Federal" a competência seria da Justiça Federal. 4. O Juízo Federal, a seu turno, declinou da competência por entender que "o ato atacado é uma licitação de sociedade de economia mista para contratação de sociedade de advogados para prestação de serviços técnicos-jurídicos, cujo objeto não se configura ato de império e muito menos se trata de delegação de atribuição federal, posto os serviços contratados não se qualificam como atos praticados como delegatário estatal". 5. O Supremo Tribunal Federal no RE 726.035/RG, de Relatoria do Min. Luiz Fux, decidiu que, "(...) sendo a sociedade de economia mista pessoa jurídica de direito privado, ela, na execução de atos de delegação por parte da União, se apresenta, inegavelmente, para efeitos de mandado de segurança, como autoridade federal. Sistematicamente, não há como se olvidar não ser competente, em tais casos, a Justiça Federal." 6. Na mesma linha é a jurisprudência da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual a competência para o julgamento de Mandado de Segurança é estabelecida conforme a autoridade indicada como coatora e, em se tratando de ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista federal, a autoridade que o pratica é federal (e não estadual, distrital ou municipal). Precedentes: AgRg no CC 112.642/ES, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, DJe 16.2.2011; AgRg no CC 109.584/PE, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Seção, DJe 7.6.2011; AgRg no CC 118.872/PA, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 29.11.2011, e CC 98.289/PE, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 10.6.2009. 7. No caso dos autos, como afirmado pela própria parte interessada, a Ativos S.A. Securitizadora de Créditos é empresa de economia mista federal (fl. 185), de modo que o fato de ela ter personalidade própria não exclui a competência do Juízo Federal para tanto, porque, como destacado, a competência para o julgamento de Mandado de Segurança é estabelecida conforme a autoridade indicada como coatora e, em se tratando de ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista federal, a autoridade que o pratica é federal. 8. Além disso, não há como ignorar o fato de a agravada ser controlada pelo Banco do Brasil S/A, também sociedade de economia mista federal. 9. Por fim, rechaça-se a tese de que o ato de comissão de licitação é meramente de gestão, porque sujeito às normas de direito público. Nessa linha: REsp 789.749/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 4.6.2007, p. 310; REsp 1.078.342/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15.3.2010.10. Agravo Interno não provido.” Art. 3º (Cobrado 2x) O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. Art. 4º Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. § 1o - Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. § 2o - O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. § 3o - Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 14 de 27 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 15 de 27 5 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SEM GABARITO Parte integrante do material “MANDADO DE SEGURANÇA - Lei Esquematizada + Exercícios” MARQUE CERTO OU ERRADO NAS ASSERTIVAS ABAIXO: 1) (TJES-2023-FGV) - No que se refere ao procedimento do mandado de segurança, reconhecida, em sentença transitada em julgado, a inobservância do prazo decadencial de 120 dias para a propositura da ação, não poderá o autor pleitear a tutela jurisdicional de seu direito em uma segunda demanda, de procedimento comum. (______). 2) (TJES-2023-FGV) - O impetrante poderá interpor recurso ordinário para alvejar acórdão confirmatório da sentença denegatória da segurança. (______). 3) (TJGO-2023- FGV) - Servidor público municipal ajuizou ação de mandado de segurança para impugnar conduta omissiva que atribuiu à Administração, consubstanciada na não inclusão, em seus vencimentos, do valor de uma gratificação a que entendia fazer jus, conforme previsão contida em lei municipal. Apreciando a petição inicial, o juiz indeferiu a medida liminar ali requerida e determinou a notificação da autoridade impetrada, que, em suas informações, sustentou a inconstitucionalidade da lei que criara a gratificação vindicada na exordial. Depois de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, os autos foram conclusos ao juiz. Nesse quadro, é correto afirmar que caso se conceda a ordem,a sentença não estará sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório, transitando em julgado se não for interposto recurso de apelação. (______). 4) (TJPR-2023-FGV) - Adriana, servidora estadual aposentada, impetrou mandado de segurança para impugnar conduta omissiva que atribuiu à Administração Pública, consubstanciada, em sua ótica, na não inclusão, nos respectivos proventos, do valor de uma gratificação a cuja incorporação entendia fazer jus. Depois de prestadas as informações pela autoridade impetrada, de apresentada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito público e de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, o juiz da causa proferiu sentença. De acordo com o ato decisório, foi concedida a segurança vindicada, reconhecendo-se o direito subjetivo de Adriana à incorporação da gratificação e determinando-se à autoridade coatora que procedesse à inclusão do respectivo valor nos proventos da impetrante. Subindo os autos à segunda instância, por força do reexame necessário, o órgão ad quem confirmou a sentença de piso, a que se seguiu, então, o seu trânsito em julgado. Poucos meses depois, Adriana intentou nova demanda, já então pelo procedimento comum, pleiteando a condenação da Fazenda Pública estadual a lhe pagar os valores que reputava devidos, a título da mesma gratificação, relativamente a lapso temporal anterior à data do ajuizamento de sua primeira ação. Tomando contato com a nova petição inicial, deverá o magistrado proceder ao juízo positivo de admissibilidade da ação. (______). 5) (TJSC-2022-FGV) - José é servidor público municipal há dez anos, ocupante de cargo técnico-científico de analista em tecnologia da informação, com jornada de trabalho de quarenta horas por semana. Mediante aprovação em novo concurso público, há seis anos, José foi nomeado para o cargo efetivo estadual técnico- científico de analista de sistemas, com carga horária semanal de vinte horas. Em 2022, o Tribunal de Contas Estadual, ao cruzar informações de servidores públicos, constatou a acumulação de ambos os citados cargos efetivos por José e remeteu peças ao Ministério Público, que instaurou inquérito civil para apurar os fatos. Com o objetivo de trancar as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público, José impetrou mandado de segurança, sustentando a legalidade da acumulação de cargos, bem como a prescrição de eventual pretensão anulatória, pois já exerce funções públicas em ambos os cargos há mais de cinco anos. Com base no texto constitucional e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José é ilegal e protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer época. (______). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 16 de 27 6) (TJMS-2023-FGV) - José, servidor público de determinado Município, ajuizou mandado de segurança para impugnar a validade de ato que lhe impusera uma sanção disciplinar, na esteira de apuração de falta funcional em processo administrativo. O impetrante alegou, como causa petendi, não ter perpetrado o ilícito funcional que a Administração Pública lhe havia atribuído. Apreciando a petição inicial, o juiz da causa, além de proceder ao juízo positivo de admissibilidade da demanda, deferiu a medida liminar requerida na exordial, decretando a suspensão da eficácia da penalidade aplicada em desfavor do impetrante. Depois de prestadas as informações pela autoridade impetrada e de ofertada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito público, Luiz, outro servidor público do mesmo Município, requereu o seu ingresso no polo ativo da relação processual, com a extensão, em seu favor, da medida liminar deferida initio litis. Para tanto, Luiz se valeu de linha argumentativa similar à de José, isto é, a de que havia sido sancionado pela Administração, embora não tivesse cometido qualquer ilícito funcional. Conquanto houvesse, a um primeiro momento, deferido o ingresso de Luiz no polo ativo da demanda, o juiz da causa, reexaminando o tema, reconsiderou o seu posicionamento anterior, determinando a sua exclusão do feito. Após a vinda aos autos da manifestação conclusiva do Ministério Público, foi proferida sentença de mérito, na qual se concedeu a segurança vindicada por José, invalidando-se a penalidade que lhe fora imposta. Não constou do decisum a condenação da Fazenda Pública ao pagamento da verba honorária sucumbencial. Nesse cenário, é correto afirmar que, caso Luiz pretenda se insurgir contra a decisão que o excluiu do feito, caber-lhe-á interpor agravo de instrumento, o qual deverá ser conhecido, porém desprovido pelo órgão ad quem. (______). 7) (TJAP-2022-FGV) - Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista processual do Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros classificados. Maria logrou obter informações e documentos que comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo de analista processual, de necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma função, há ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o prazo de validade do certame, o que gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital do concurso anterior. (______). 8) (TJES-2023-FGV) - O Estado do Espírito Santo possuía contrato com a empresa ABC, que prestava serviços de informática e tecnologia para o setor de inteligência do governo. O instrumento previa, entre outras coisas, a convenção de arbitragem. Diante do inadimplemento de uma das cláusulas contratuais por parte da empresa, foi ajuizada uma ação judicial pelo Estado do Espírito Santo. Em sede de contestação, a empresa ABC arguiu, preliminarmente, a existência de convenção de arbitragem, requerendo a extinção do processo. Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que é cabível a impetração de mandado de segurança contra a sentença terminativa que acolher a preliminar de convenção de arbitragem. (______). 9) (TJPE-2022-FGV) - De acordo com a doutrina e a jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores, quanto aos recursos e às ações autônomas de impugnação, admite-se mandado de segurança para atribuir efeito suspensivo ao recurso em sentido estrito desprovido deste efeito interposto pelo Ministério Público. (______). (Processo Penal). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 17 de 27 10) (MPE-GO-2022-FGV) - Sobre a legitimação ad causam nas ações coletivas, em conformidade com a legislação vigente e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, a exigência de expressa autorização dos associados, individualmente ou por deliberação assemblear, condiciona a legitimação das associações para promoção de ações coletivas de rito ordinário, sob o regime de representação previsto no Art. 5º, XXI, da Constituição da República de 1988, mas não se aplica aos casos de substituição processual, como a impetração de mandado de segurança coletivo. (______). 11) (DPE-MS-2022-FGV) - Ana, defensora pública, passa a fiscalizar determinadaunidade de internação socioeducativa e a demandar inúmeras providências do respectivo diretor. Por entender que sua atuação extrapola as atribuições do cargo, o diretor promove reclamação junto ao Ministério Público que, após abrir procedimento próprio para apuração dos fatos narrados, começa a colher o depoimento de inúmeros funcionários da unidade de internação. Diante de tal quadro, em atuação em defesa de suas prerrogativas, Ana impetraria mandado de segurança, indicando o membro do Ministério Público como autoridade coatora, por faltar-lhe atribuição para investigar a atuação escorreita de membros da Defensoria Pública, que possui órgão próprio para tanto. (______). 12) (DPE-MS-2022-FGV) - João, pipoqueiro em uma pequena cidade do interior do país, que acabara de ser empossado como vereador, procurou o defensor público da comarca e informou que almejava ajuizar a ação constitucional cabível em face dos engenhos produtores de açúcar, que considerava responsáveis pela diminuição da qualidade do ar e pelo fato de as praças da cidade ficarem cobertas de fuligem em determinados períodos do ano, o que impedia a sua utilização pelos munícipes. Ao ouvir a narrativa, o defensor público respondeu, corretamente, que a ação a ser ajuizada é o mandado de segurança. (______). 13) (AGE-MG-Procurador do Estado-2022-FGV) - Leônidas foi empregado doméstico na casa de Ruth. Após ser dispensado sem receber seus créditos, Leônidas ajuizou reclamação trabalhista que tramitou perante a 30ª Vara do Trabalho de Barbacena/MG e foi julgada procedente. Homologado o valor devido, no importe de R$ 18.000,00, a executada foi citada para efetuar o pagamento voluntário, mas quedou-se inerte. Não se conseguiu o bloqueio em ativos financeiros da executada, mas Leônidas descobriu que a ex-empregadora recebe pensão por morte de seu finado esposo no valor de R$ 4.500,00 mensais. Então, requereu em juízo a penhora de 20% desse benefício, até o limite do crédito exequendo. Tão logo cientificada dessa decisão, inconformada, Ruth pretende adotar alguma medida antes de ter a penhora de parte do seu benefício previdenciário. Independentemente de assistir, ou não, razão a Ruth. A opção que contempla a medida adequada é o Mandado de Segurança. (______). 14) (PGE-TO-2018-FCC) - Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; também não se concederá mandado de segurança de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito devolutivo. (______). 15) (PGE-TO-2018-FCC) - O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de trinta dias, quando notificado judicialmente. (______). 16) (PGE-TO-2018-FCC) - Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. (______). 17) (PGE-TO-2018-FCC) - Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, a impetração do mandado de segurança ficará condicionada à formação de litisconsórcio necessário, podendo, porém, ser ajuizada ação declaratória autônoma sem o preenchimento desse requisito. (______). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 18 de 27 18) (PGE-2023-CEBRASPE) - No mandado de segurança preventivo, a circunstância de a alegada ameaça de lesão ao direito pretensamente titularizado pelo impetrante ter-se convolado em ato concreto acarreta perda de objeto do mandamus. (______). 19) (Procurador-2024-CEBRASPE) - A técnica de julgamento ampliado prevista no Código de Processo Civil vigente aplica-se ao julgamento não unânime de apelação interposta em sede de mandado de segurança. (______). 20) (AGU-2010-CEBRASPE) - Paulo ingressou com mandado de segurança individual para que voltasse a receber uma parcela remuneratória que lhe fora suprimida. Ocorre, no entanto, que o sindicato a que ele pertence já havia ingressado com mandado de segurança coletivo com o mesmo objeto. Nessa situação, o juiz deverá extinguir, sem julgamento de mérito, o mandado de segurança individual, já que há litispendência. (______). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 19 de 27 MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 20 de 27 6 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - GABARITO COMENTADO Parte integrante do material “MANDADO DE SEGURANÇA - Lei Esquematizada + Exercícios” AMOSTRA 1) (TJES-2023-FGV) - No que se refere ao procedimento do mandado de segurança, reconhecida, em sentença transitada em julgado, a inobservância do prazo decadencial de 120 dias para a propositura da ação, não poderá o autor pleitear a tutela jurisdicional de seu direito em uma segunda demanda, de procedimento comum. (errado). (Súmula 304/STF e Art. 19, Lei 12.016/09). O reconhecimento da decadência não impede que a parte pleiteie a tutela jurisdicional de seu direito em uma segunda demanda, de procedimento comum, uma vez que não houve apreciação do mérito. “Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.” “Súmula 304/STF. Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada contra o impetrante, não impede o uso de ação própria.” 2) (TJES-2023-FGV) - O impetrante poderá interpor recurso ordinário para alvejar acórdão confirmatório da sentença denegatória da segurança. (errado). (Ar. 18 e Art. 19, Lei 12.016/09; Art. 105, CF). “Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.” Obs.: A decisão não foi proferida em única instância pelo Tribunal, e sim confirmatória de decisão denegatória proferida em primeira instância, não cabendo, pois, a interposição de recurso ordinário. 3) (TJGO-2023-FGV) - Servidor público municipal ajuizou ação de mandado de segurança para impugnar conduta omissiva que atribuiu à Administração, consubstanciada na não inclusão, em seus vencimentos, do valor de uma gratificação a que entendia fazer jus, conforme previsão contida em lei municipal. Apreciando a petição inicial, o juiz indeferiu a medida liminar ali requerida e determinou a notificação da autoridade impetrada, que, em suas informações, sustentou a inconstitucionalidade da lei que criara a gratificação vindicada na exordial. Depois de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, os autos foram conclusos ao juiz. Nesse quadro, é correto afirmar que caso se conceda a ordem, a sentença não estará sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório, transitando em julgado se não for interposto recurso de apelação. (errado). (Art. 14, §1º, Lei 12.016/09). “Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado de segurança, cabe apelação. §1º. Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. (...).” 4) (TJPR-2023-FGV) - Depois de prestadas as informações pela autoridade impetrada, de apresentada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito público e de ofertada a manifestação conclusiva pelo Ministério Público, o juiz da causa proferiu sentença. De acordo com o ato decisório, foi concedida a segurança vindicada, reconhecendo-se o direito subjetivode Adriana à incorporação da gratificação e determinando-se à autoridade coatora que procedesse à inclusão do respectivo valor nos proventos da impetrante. Subindo os autos à segunda instância, por força do reexame necessário, o órgão ad quem confirmou a sentença de piso, a que se seguiu, então, o seu trânsito em julgado. Poucos meses depois, Adriana intentou nova demanda, já então pelo procedimento comum, pleiteando a condenação da Fazenda Pública estadual a lhe pagar os valores que reputava devidos, a título da mesma gratificação, relativamente a lapso temporal anterior à data do ajuizamento de sua primeira ação. Tomando contato com a nova petição inicial, deverá o magistrado proceder ao juízo positivo de admissibilidade da ação. (certo). (Súmula 271/STF). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 21 de 27 Adriana intentou nova demanda pelo procedimento comum, ou seja, não foi em sede de MS. Assim, o magistrado deve proceder o juízo positivo de admissibilidade em relação ao seu pleito. Súmula 271/STF. Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial. 5) (TJSC-2022-FGV) - José é servidor público municipal há dez anos, ocupante de cargo técnico-científico de analista em tecnologia da informação, com jornada de trabalho de quarenta horas por semana. Mediante aprovação em novo concurso público, há seis anos, José foi nomeado para o cargo efetivo estadual técnico- científico de analista de sistemas, com carga horária semanal de vinte horas. Em 2022, o Tribunal de Contas Estadual, ao cruzar informações de servidores públicos, constatou a acumulação de ambos os citados cargos efetivos por José e remeteu peças ao Ministério Público, que instaurou inquérito civil para apurar os fatos. Com o objetivo de trancar as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público, José impetrou mandado de segurança, sustentando a legalidade da acumulação de cargos, bem como a prescrição de eventual pretensão anulatória, pois já exerce funções públicas em ambos os cargos há mais de cinco anos. Com base no texto constitucional e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José é ilegal e protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer época. (certo). (AgInt nos EDcl no AgInt nos RMS 64.859/ES). A acumulação ilegal de cargos públicos, expressamente vedada pelo art. 37, XVI, da Constituição Federal, protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer época, até porque os atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso temporal, não havendo que se falar em decadência da pretensão da Administração. STJ. 1ª Turma. AgInt nos EDcl no RMS 64.859/ES, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/03/2022. 6) (TJMS-2023-FGV) - José, servidor público de determinado Município, ajuizou mandado de segurança para impugnar a validade de ato que lhe impusera uma sanção disciplinar, na esteira de apuração de falta funcional em processo administrativo. O impetrante alegou, como causa petendi, não ter perpetrado o ilícito funcional que a Administração Pública lhe havia atribuído. Apreciando a petição inicial, o juiz da causa, além de proceder ao juízo positivo de admissibilidade da demanda, deferiu a medida liminar requerida na exordial, decretando a suspensão da eficácia da penalidade aplicada em desfavor do impetrante. Depois de prestadas as informações pela autoridade impetrada e de ofertada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito público, Luiz, outro servidor público do mesmo Município, requereu o seu ingresso no polo ativo da relação processual, com a extensão, em seu favor, da medida liminar deferida initio litis. Para tanto, Luiz se valeu de linha argumentativa similar à de José, isto é, a de que havia sido sancionado pela Administração, embora não tivesse cometido qualquer ilícito funcional. Conquanto houvesse, a um primeiro momento, deferido o ingresso de Luiz no polo ativo da demanda, o juiz da causa, reexaminando o tema, reconsiderou o seu posicionamento anterior, determinando a sua exclusão do feito. Após a vinda aos autos da manifestação conclusiva do Ministério Público, foi proferida sentença de mérito, na qual se concedeu a segurança vindicada por José, invalidando- se a penalidade que lhe fora imposta. Não constou do decisum a condenação da Fazenda Pública ao pagamento da verba honorária sucumbencial. Nesse cenário, é correto afirmar que caso Luiz pretenda se insurgir contra a decisão que o excluiu do feito, caber-lhe-á interpor agravo de instrumento, o qual deverá ser conhecido, porém desprovido pelo órgão ad quem. (certo). (Art. 10, §2º, Lei 12.016/09 e REsp n. 1.724.453/SP). MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 22 de 27 Em relação ao cabimento de agravo de instrumento contra a decisão que determina a exclusão do litisconsorte, deve-se aplicar o entendimento firmado pelo STJ, como por exemplo no julgado a seguir: "Considerando que, nos termos do art. 115, I e II, do CPC/15, a sentença de mérito proferida sem a presença de um litisconsorte necessário é, respectivamente, nula ou ineficaz, acarretando a sua invalidação e a necessidade de refazimento de atos processuais com a presença do litisconsorte excluído, admite-se a recorribilidade desde logo, por agravo de instrumento, da decisão interlocutória que excluir o litisconsorte, na forma do art. 1.015, VII, do CPC/15, permitindo-se o reexame imediato da questão pelo Tribunal."(REsp n. 1.724.453/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 19/3/2019, DJe de 22/3/2019.) E, no tocante ao desprovimento do recurso, o fundamento reside no art. 10, §2º, da Lei 12.016/2009, litteris: "Art. 10 (...): § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. Fonte: Professor Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF2 7) (TJAP-2022-FGV) - Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista processual do Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros classificados. Maria logrou obter informações e documentos que comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo de analista processual, de necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma função, há ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o prazo de validade do certame, o que gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital do concurso anterior. (errado). (Repercussão Geral - Tema - 784 - STF - RE 837.311) "7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácitoou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade da Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação (Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado o referido prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da existência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para o Estado." (RE 837.311, rel. Ministro LUIZ FUX, Plenário, 09.12.2015). Vejamos outros julgados sobre o tema: ARE 806.277/RO STF - A contratação precária para o exercício de atribuições de cargo efetivo durante o prazo de validade do concurso público respectivo traduz preterição dos candidatos aprovados e confere a esses últimos, direito subjetivo à nomeação. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 23 de 27 RE 1.168.473/PE - STJ - A mera expectativa de nomeação dos candidatos aprovados em concurso público (fora do número de vagas) convola-se em direito líquido e certo quando, dentro do prazo de validade do certame, há contratação de pessoal de forma precária para o preenchimento de vagas existentes, com preterição daqueles que, aprovados, estariam aptos a ocupar o mesmo cargo ou função. Desta forma, voltando a assertiva supra, deverá ser concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em que foi preterida de forma arbitrária e imotivada por parte da administração pública, em comportamento expresso que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação. 8) (TJES-2023-FGV) - O Estado do Espírito Santo possuía contrato com a empresa ABC, que prestava serviços de informática e tecnologia para o setor de inteligência do governo. O instrumento previa, entre outras coisas, a convenção de arbitragem. Diante do inadimplemento de uma das cláusulas contratuais por parte da empresa, foi ajuizada uma ação judicial pelo Estado do Espírito Santo. Em sede de contestação, a empresa ABC arguiu, preliminarmente, a existência de convenção de arbitragem, requerendo a extinção do processo. Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que é cabível a impetração de mandado de segurança contra a sentença terminativa que acolher a preliminar de convenção de arbitragem. (errado). (Art. 5º, II, Lei 12.016/09 e Art. 1.015, CPC). Não é possível a impetração de MS quando houver recurso que caiba recursos com efeito suspensivo. Art. 5o. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo. Art. 1.015, CPC. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (..) III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem. (...). Diante da situação hipotética, são imediatamente impugnáveis por agravo de instrumento as decisões interlocutórias que rejeitarem a alegação de convenção de arbitragem. 9) TJPE-2022-FGV) - De acordo com a doutrina e a jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores, quanto aos recursos e às ações autônomas de impugnação, admite-se mandado de segurança para atribuir efeito suspensivo ao recurso em sentido estrito desprovido deste efeito interposto pelo Ministério Público. (errado). (Súmula 604/STJ). (Processo Penal). Súmula 604/STJ. Mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público. 10) (MPE-GO-2022-FGV) - Sobre a legitimação ad causam nas ações coletivas, em conformidade com a legislação vigente e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, a exigência de expressa autorização dos associados, individualmente ou por deliberação assemblear, condiciona a legitimação das associações para promoção de ações coletivas de rito ordinário, sob o regime de representação previsto no Art. 5º, XXI, da Constituição da República de 1988, mas não se aplica aos casos de substituição processual, como a impetração de mandado de segurança coletivo. (certo). (Art. 5º, VII e XIX, CF; REsp 1.796.185/RS). O STJ, em julgamento da 2ª Turma. REsp 1796185/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/03/2019, decidiu que as associações possuem legitimidade para defesa dos direitos e dos interesses coletivos ou individuais homogêneos, independentemente de autorização expressa dos associados, o que incluiria o mandado de segurança coletivo. MANDADO DE SEGURANÇA - Lei esquematizada + Exercicios Página 24 de 27 11) (DPE-MS-2022-FGV) - Ana, defensora pública, passa a fiscalizar determinada unidade de internação socioeducativa e a demandar inúmeras providências do respectivo diretor. Por entender que sua atuação extrapola as atribuições do cargo, o diretor promove reclamação junto ao Ministério Público que, após abrir procedimento próprio para apuração dos fatos narrados, começa a colher o depoimento de inúmeros funcionários da unidade de internação. Diante de tal quadro, em atuação em defesa de suas prerrogativas, Ana impetraria mandado de segurança, indicando o membro do Ministério Público como autoridade coatora, por faltar-lhe atribuição para investigar a atuação escorreita de membros da Defensoria Pública, que possui órgão próprio para tanto. (certo). (STJ - RMS 52271; Art. 134, §2º, CF, Art. 103, LC nº 80/94). "Art. 134 (...) § 2º, CF. Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º." "Art. 103, LC 80/94. A Corregedoria-Geral é órgão de fiscalização da atividade funcional e da conduta dos membros e dos servidores da Instituição." O Ministério Público não ostentaria atribuição normativa para conduzir procedimento apuratório relativamente à conduta funcional de defensor público, razão por que haveria ilegalidade ou abuso de poder daí decorrente. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DEFENSORIA PÚBLICA. PROMOÇÃO DOS DIREI- TOS HUMANOS E DEFESA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS. ACESSO AOS AUTOS DE PROCEDIMENTO VERIFICATÓRIO. POSSIBILIDADE. Defensoria Pública pode acessar registro de ocorrências em unidades de internação de adolescentes. A Defensoria Pública atua na preservação e na reparação dos direitos de pessoas vítimas de violência e opressão. “Na ausência de vedação legal, não há falar em impedimento de acesso da Defensoria Pública aos autos de procedimento verificatório instaurado para inspeção judicial e atividade correcional de unidade de execução de medidas socioeducativas, após relatos e denúncias de agressões sofridas pelos adolescentes internados e de outras irregularidades no processo ressocializador”. RMS 52271, STJ, 6a Turma, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 26/06/2018. 12) (DPE-MS-2022-FGV) - João, pipoqueiro em uma pequena cidade do interior do país, que acabara de ser empossado como vereador, procurou o defensor público da comarca e informou que almejava ajuizar a ação constitucional cabível em face dos engenhos produtores de açúcar,