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PC - Modificação de Comportamento - Cap 8

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Psicologia Comportamental 
Modificação de Comportamento: O que é e como fazer 
Capitulo 8 – Fazendo o Certo no Momento e no Local Certo: Discriminação e Generalização de Estímulos
Aprendizagem de Discriminação de Estímulos e Controle de Estímulos
	Qualquer comportamento só tem valor se ocorrer nos momentos certos e nas situações adequadas. A medida que adquirimos novos comportamentos aprendemos também produzir esses comportamentos no momento e no locar certo. 
Para compreender o processo, primeiro temos que levar em conta que sempre há outras pessoal, locais ou coisas ao redor quando o comportamento é reforçado ou extinto. 
Qualquer situação na qual ocorra comportamento pode ser analisada em termos de três conjuntos de eventos:
Os estímulos que existem imediatamente antes da ocorrência do comportamento, chamados de estímulos antecedentes.
O comportamento em si.
As consequências do comportamento.
Qualquer estimulo pode ser um antecedente ou uma consequência ou uma consequência de um comportamento. Identificar os antecedentes e consequências de um comportamento é denominado de analise de antecedentes, comportamento e consequências. (ABC – antecedente, comportamento, consequência) 
Quando um comportamento é reforçado na presença de determinado estimulo e não de outros, tal estimulo começa a exercer controle sobre a ocorrência daquele comportamento. Quando determinado comportamento tem mais probabilidade de ocorrer na presença de determinado estimulo e não de outros, dizemos que o comportamento está mantido sob o controle daquele estimulo. Usamos a expressão controle de estimulo para nos referirmos ao grau de correlação entre um estimulo e uma resposta subsequente. 
Enquanto alguns estímulos representam previsões consistentes de que determinado comportamento será reforçado, outros estímulos indicam 	que determinado comportamento não será reforçado. 
Por meio da experiência e da regra, aprendemos a evitar a emissão de certos comportamentos na presença de certos estímulos, porque aprendemos que tal comportamento não será reforçado.
O processo pelo qual aprendemos a emitir um comportamento especifico na presença de alguns estímulos e não na presença de outros é chamado de aprendizagem de discriminação de estímulos. O procedimento de ensinar uma discriminação de estimulo, chamado de treino de discriminação de estímulos, envolve o reforçamento de um comportamento na presença de um estimulo especifico e a extinção de tal comportamento na presença de um estimulo diferente. Tais estímulos são chamados de estímulos controladores e existem dois tipos deles.
Tipos de Estímulos Controladores: SD e S∆
	SD ou estimulo discriminativo é uma deixa de que determinada resposta será reforçada.
Caso uma resposta tenha sido colocada em extinção apenas na presença de determinado estimulo, tal estimulo estímulo é chamado de S∆. Um S∆ é um deixa que determinada resposta não terá resultado. 
Um SD pode ser chamado de estimulo para reforçamento e um S∆ pode ser chamado de estímulo para extinção. 
Um estímulo pode ser simultaneamente um SD para uma resposta e S∆ para outra.
Exemplo: A placa do banheiro é SD para a entrada de mulheres e S∆ para a entrada de homens.
	As interações entre tais elementos são as contingencias de reforçamento (ou de reforço). Assim todos os esquemas de reforçamento, incluindo a extinção. Assim como qualquer combinação entre estimulo, resposta e consequências (ABC ou S-R-S).
	Fazer uma analise ABC/S-R-S é identificar as contingencias de reforçamento que controlam um comportamento. 
Generalizão de Estímulos
A generalização de estímulos ocorre quando o comportamento se torna mais provável na presença de um estimulo ou situação, por ter sido reforçado na presença de outro estimulo ou situação.
 Generalização de estímulos não aprendida devido à considerável semelhança física: evoluímos de tal maneira que quanto maior a semelhança física entre dois estímulos maior generalização de estimulo ocorrera entre eles.
Generalização de estímulos aprendida envolvendo semelhança física mínima: há pouca probabilidade de generalização. Exemplo: criança aprende a dizer cachorro diante de um pastor alemão, diante de um chihuahua provavelmente não diria cachorro. Apesar dos 2 cachorros terem certas semelhanças, são muito diferentes em muitos aspectos. Há pouca probabilidade de ocorrer generalização de estímulos até que a criança tenha aprendido a classe de estimulo “cachorro”. Uma classe de estímulos de elementos em comum é um conjunto de estímulos, todos com algumas características físicas em comum.
Outra palavra para classe de estimulo é conceito. No caso de alguns conceitos, seus respectivos conceitos tem muitas características em comum, por exemplo: carros tem 4 rodas, janelas de vidro, volante, e assim por diante. Quando uma criança aprende a dizer a palavra carro ao ver um determinado carro, a criança provavelmente apresentará generalização de estímulos não aprendidos e serão capaz de identificar outros carros. No caso de outros conceitos, seus elementos tem apenas características físicas limitadas em comum, e geralmente é necessário algum aprendizado para que ocorra a generalização de estímulos.
	Quando um individuo emite uma resposta apropriada diante de todos os elementos de uma classe de estímulos de elementos em comum e não emite tal resposta diante de estímulos que não pertencem a classe, dizemos que o individuo generaliza para todos os elementos que compõem uma classe de estímulos de elementos em comum ou conceito. Quando o individuo responde de tal maneira, dizemos que ele apresenta comportamento conceitual.
	É importante considerar que o comportamento verbal não está necessariamente envolvido com o comportamento conceitual.
Generalização de estímulos aprendida devido a classes de equivalências de estímulos: comumente chamada de classe de equivalência, um conjunto de estímulos dissimilares no qual todos os elementos da classe controlam a mesma resposta, exemplo: Suponha que alguém lhe mostre uma cenoura, um lápis, uma ervilha, uma calculadora e uma caixa de leite e lhe peça para identificar os itens alimentares, obviamente você será com a capaz de faze-lo, você estaria apresentando comportamento conceitual em relação ao conceito alimentos. No entanto, não há nada fisicamente semelhante entre eles. Aprendemos que tais itens pertencem a uma classe de equivalência de estímulos.
Fatores que determinam a eficácia do treino de discriminação de estímulos
Escolha de Sinais Claros
Caso seja importante desenvolver controle de estímulos de um determinado comportamento é desejável identificar o SD controladores que sejam muitos claros.
Ao considerar um estimulo a ser estabelecido como SD para comportamento de outra pessoa, você pode se fazer as seguintes perguntas: 
O estimulo é diferente de outros estímulos, em mais de uma dimensão? Ou seja. É diferente em localização, tamanho, cor e modalidade sensorial?
O estimulo pode ser apresentado apenas em ocasiões nas quais o comportamento desejado deveria ocorrer de forma a evitar confusão com a ocorrência do estimulo em outras ocasiões?
Há grande probabilidade de a pessoa reagir ao estimulo quando ele é apresentado?
Existem quaisquer respostas indesejadas que podem ser controladas pelo estimulo escolhido? Se alguma resposta indesejada se seguir ao estimulo, isso interferira com o desenvolvimento de novo controle de estímulo da resposta desejada. 
Uma atenção meticulosa em relação a tais questões aumentara as chances de que seu treino de discriminação de estímulos seja eficaz.
Redução das Oportunidades de Erro
É importante considerar que esforços para escolher sinais claros e para minimizar erros levarão ao desenvolvimento de controle de estímulos eficaz com mais rapidez e com menos frustração do que tentativas de desenvolver discriminações que envolvam deixas sutis.
Considere o exemplo de uma criança aprendendo a atender otelefone, quando esse toca, mas não quando não toca. A resposta de atender ao telefone quando ele não estiver tocando é uma resposta S∆. Isso é tipicamente chamado de erro. O controle de estímulos pode ser desenvolvido com muito mais eficácia quando o modificador de comportamento minimiza a possibilidade de erro. Exemplo: Um pai que está tentando ensinar o filho a atender o telefone de maneira apropriada pode colocar fora de alcance, caso esse não esteja tocando, e acrescentar deixas verbais, depois que o telefone tocar, o pai pode colocar o telefone na frente da criança e dizer que ela pode atender.
Maximização do numero de tentativas
São necessárias varias tentativas reforçadas para o desenvolvimento de comportamentos consistentes em pessoas com déficits comportamentais. Depois de uma serie de ocorrências de reforçamento por responder corretamente aos SD e de extinção por responder aos S∆, tais SD e S∆ provavelmente controlarão a resposta nas ocorrências subsequentes. 
	
Utilização de regras: Descrição das contingências.
O desenvolvimento de controle de estímulos quase sempre envolve tentativa e erro (varias tentativas de reforçamento positivo para um comportamento, na presença de um SD, e varias tentativas deixando esse comportamento sem reforço na presença de um S∆). Uma regra descreve uma contingência de reforçamento – estímulos, comportamento e consequência.
Comportamento governado por regras é aquele que é controlado pelo enunciado de uma regra. Quando se deseja desenvolver um bom controle de estimulo sobre um determinado comportamento, deve-se sempre fortalecer ao individuo uma regra ou um conjunto de regras, determinando quais os comportamentos e em que situações, levarão a que consequências.
Uma forma de encarar as diferenças entre comportamento modelado pelas contingências e comportamento governado por regras, é perguntar a si mesmo se um animal poderia fazê-lo. Bom, o que quer dizer é que o animal só aprende por meio de modelagem por contingências, ele é incapaz de aprender por regras, pois não tem o raciocínio de "não posso fazer xixi nessa grama porque tem uma placa que diz que é proibido", provavelmente ele não faz xixi na grama porque todas as vezes que fez seu dono lhe deu um tapa, e assim ele aprendeu a não emitir mais esse comportamento. 	 
Ciladas do Treino de Discriminação de Estímulos
	Qualquer método eficiente pode ser mal aplicado, e o treino de discriminação de estímulos não é a exceção. 
Caso você perceba que tem que dizer alguma coisa muitas vezes, para determinada pessoa antes que ela responda, ou ache que ninguém o escuta, ou que outros não estão fazendo a coisa certa no momento e local certo, você deve examinar atentamente suas interações como tais indivíduos, a fim de verificar se não é um caso de aplicação inadequada de um treino de discriminação de estímulos.
Diretrizes para o Treino Eficaz de Discriminação de Estímulos
Escolha sinais claros e especifique o SD e o S∆.
Selecione um reforçador adequado
Desenvolva a discriminação 
Planeje a ocorrência de varias respostas reforçadas na presença do SD.
Especifique claramente numa regra a sequencia SD – resposta desejada – reforçador.
No inicio mantenha constantes as deixas verbais.
Afixe as regras num local visível e reveja-as regularmente
Tenha em mente que o controle de estímulos sobre o comportamento não se desenvolvera caso o individuo não esteja atendo às deixas
Apresente deixas para o desempenho correto, imediatamente antes do momento em que a ação deve ocorrer.
Quando o S∆ é apresentado torne muito obvia a mudanças em relação ao SD e siga as regras da extinção para o comportamento de interesse.
Desligando a pessoa do programa
Se o comportamento ocorrer no local certo e no momento certo com uma frequência desejada e ele não estiver ocorrendo em situações de S∆, talvez seja possível eliminar gradualmente os reforços arbitrários e manter o comportamento por reforços naturais. 
Procure outros reforçadores naturais no ambiente que possam manter o comportamento a partir do momento em que ele estiver ocorrendo na presença de SD e não na presença do S∆.
Depois do final do programa, planeje avaliações periódicas do comportamento para assegurar-se de que ele está sendo reforçado ocasionalmente e que a frequência desejada do comportamento na presença do SD é mantida.

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