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PC - Modificação de Comportamento - Cap 22

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Psicologia Comportamental 
Modificação de Comportamento: O que é e como fazer 
Capitulo 22 – Avaliação Funcional das Causas do Comportamento-problema
Cada vez mais os analistas de comportamento estão utilizando a compreensão das causas de comportamento-problema para trata-los com maior eficácia. 
	 A avaliação funcional das causa de comportamentos problema envolve perguntar:
Quais são os antecedentes (SD) ou os estímulos eliciadores, ou as operações estabelecedoras do comportamento. 
Quais são as consequências imediatas do comportamento? O comportamento esta sendo controlado ou eliciado por determinados estímulos? Ele está sendo reforçado? O comportamento permite se livrar de eventos aversivos? Do ponto de vista do cliente, que função tem o comportamento?
As respostas a tais questões têm implicações importantes para o planejamento de um tratamento eficaz. 
Formas de Abordar a Analise Funcional
	Consideramos agora procedimentos – o que é chamado de avaliação funcional para identificar variáveis que estão controlando comportamentos-problema específicos , assim como exemplos de como tal conhecimento pode ajudar a planejar um programa de tratamento.
	
Avaliação por Questionário
Uma maneira de descobrir os antecedentes e as consequências que controlam o comportamento-problema é a utilização de um questionário pelo qual é feita uma serie de perguntas relevantes a pessoas próximas ao cliente. 
Avaliação por Observação
Outra forma é fazer uma avaliação por observação ou descritiva, na qual se observa cuidadosamente e se descreve os antecedentes e consequências imediatas do comportamento, em seu ambiente natural.
A partir de tais descrições, a pessoa levanta hipóteses sobre os estímulos antecedentes, as variáveis motivacionais e as consequências que controlam o comportamento-problema. Depois a pessoa planeja e implementa um plano de tratamento com base em tais hipóteses. 
Analise Funcional
Uma terceira forma de descobrir as variáveis controladoras é avaliar diretamente os seus efeitos sobre o comportamento-problema, o que é chamado de avaliação funcional experimental ou analise funcional. 
Há na literatura certa confusão a respeito dos termos avaliação funcional e analise funcional. Porém alguns autores fizeram a distinção entre os termos:
Avaliação funcional se refere a uma variedade de maneiras de tentar identificar antecedentes e consequentes de um comportamento
Analise funcional se refere à manipulação sistemática de eventos ambientais para testar experimentalmente o papel de tais eventos como antecedentes ou como consequências que controlam e mantem comportamentos-problema específicos. 
Embora as analises funcionais possam fornecer demonstrações convincentes das varias que estão controlando comportamentos-problema, elas tem algumas limitações. 
	Em primeiro lugar, muitos comportamentos-problema ocorrem em frequência inferior a um por dia. Em segundo lugar, elas podem ser aplicadas a comportamentos extremamente perigosos, como ameaças de suicídio. Em terceiro lugar, uma vez que exigem o agendamento de uma serie de sessões de observação, os custos e a exigência de pessoal podem ser proibitivos. Numa tentativa de minimizar tal limitação, diversos pesquisadores compararam analises funcionais padrão com outras envolvendo sessões mais curtas em menos numero para cada condição. 
Principais Causas de Comportamentos-problema
Comportamentos-problema Mantidos por Atenção por Parte de Terceiros – reforçamento positivo social
Excessos comportamentais são frequentemente desenvolvidos e mantidos pela atenção social que evocam. Indicadores de que o comportamento está sendo mantido por atenção incluem:
O fato de atenção seguir-se constantemente ao comportamento.
O fato de o individuo olhar para ou se aproximar da pessoa encarregada, logo antes de se engajar no comportamento.
O individuo sorrir logo antes de se engajar no comportamento.
A ocorrência conjunta desses três eventos é um forte indicio de que o comportamento é mantido por atenção.
Se uma analise causal indicar que o comportamento é mantido por atenção seria recomendável o tratamento envolvendo reforçamento social. O objetivo de tal programa seria eliminar o comportamento indesejável, ou levar o comportamento a ocorrer quando for mais apropriado e depois reduzi-lo a um ponto que seja aceitável. 
Comportamentos-problema Mantidos por Autoestimulação – reforçamento positivo sensorial Interno
	Comportamentos são quase sempre reforçados por alguma forma de estimulação sensorial de nosso organismo. Ex.: massagear o couro cabeludo produz uma sensação agradável de formigamento. Infelizmente, pessoas com desenvolvimento atípico esse tipo de consequência pode manter também comportamentos autoestimulatorios que podem chegar a extremos, como balançar o corpo, agitar as mãos, fixar o olhar em luzes e até comportamentos autolesivos. Os reforçadores para tais comportamentos podem consistir em feedback sensorial ou perceptual. Um dos indicadores seria que o comportamento continua inalterado, numa frequência estável, apesar de não ter efeito aparente sobre ostros indivíduos ou no ambiente externo. Se aparentemente o comportamento estereotipado ou autolesivo for mantido por reforçamento sensorial, então um componente importante do tratamento poderia ser o enriquecimento do ambiente do individuo, de maneira a reduzir sua privação de estimulação sensorial. Como alternativa a extinção de um comportamento auto estimulante, pela alteração das consequências sensoriais que o comportamento produz poderia ser eficaz.
Comportamentos-problema Mantidos por Consequências Ambientais – reforçamento positivo sensorial externo
	Algum comportamento-problema pode ser mantido com visões e sons do ambiente não social externo. Uma criança que atira os brinquedos no chão talvez aprecie o ruído alto provocado por isso. Atirar objetos no vaso sanitário e dar descarga repetidamente ou deixar as torneiras abertas até que a pia transborde podem ser mantidos pela visão produzida. Para ter uma indicação de que determinado comportamento-problema está sendo reforçado por estimulação sensorial externa não social, nota-se o individuo mantem o comportamento, sem redução por varias ocasiões mesmo que aparentemente não haja consequências sociais. Caso uma avaliação funcional indique que o comportamento é mantido por reforçamento sensorial externo, então um componente do programa de tratamento poderia envolver reforçamento sensorial de um comportamento alternativo adequado. 
Comportamentos-problema Mantidos por Fuga-Esquiva – reforçamento social negativo
	Muitos de nossos comportamentos são mantidos por fuga-esquiva de estímulos aversivos, como apetar os olhos na presença de uma luz forte ou proteger as orelhas com as mãos para fugir de um som alto. A fuga-esquiva de estímulos aversivos também pode causar comportamentos-problema. Para alguns indivíduos, por exemplo, pedidos feitos por terceiros podem ser aversivos. O comportamento problema pode ser uma maneira de se esquivar ou evitar exigências feitas sobre tal individuo. Por exemplo, quando solicitadas a responder algumas perguntas difíceis, algumas crianças se engajam em comportamentos de birra que são fortalecidos pela retirada da solicitação. Um forte indicador de que um comportamento-problema se insere nessa categoria é que o individuo apresenta o comportamento apenas quando certos tipos de solicitações lhe são feitas. Caso sua avaliação funcional corroborar esse tipo de interpretação, seriai possível persistir com as solicitais até que ocorra a obediência em vez do comportamento problemático de fuga-esquiva. É possível desenvolver um programa de tratamento no qual o nível de dificuldade do comportamento solicitado comece baixo e seja gradualmente aumentado. 
Causas Médicas Para Comportamentos-problema
Alguns comportamentos surgem como resposta a uma alteração orgânica do organismo 
Observar se o comportamentosurge repentinamente, sem alteração aparente no ambiente do organismo.
Nestes casos o tratamento combinado (médico e comportamental) em geral é a melhor opção.
Ex: hiperatividade.
Diretrizes para Condução de uma Avaliação Funcional
	Orientações importantes ara a condução de uma avaliação funcional:
Defina o comportamento problema em termos comportamentais
Identifique eventos antecedentes que precedem consistentemente o comportamento-problema
Identifique consequências que se seguem imediatamente ao comportamento-problema
Conforme sugerido pelo diagnostico comportamental, considere variáveis pessoais, medicas, de saúde que possam contribuir para o problema
Levantar hipóteses sobre os eventos consequentes que mantem o comportamento-problema, os eventos antecedentes que o eliciam ou evocam w as variáveis que o exacerbam.
Levante dados sobre o comportamento, seus antecedentes e consequências, em seu ambiente natural, assim como variáveis para determinar qual das hipóteses da orientação 5 está provavelmente correta.
Se possível realize uma analise funcional, testando diretamente as hipóteses desenvolvidas na orientação 5
Desenvolva e execute um programa de tratamento baseado na hipóteses com maior probabilidade de estar correta, como determinado pelas orientações 6 e 7
Se o tratamento for bem sucedido. Considere confirmada a analise causal. Se não, refaça a analise funcional.

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