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Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Exerc´ıcios Resolvidos: Taxa Relacionada Contato: diegoalvez@pop.com.br Resolver problemas relativo a taxas relacionadas e´ um processo de seis passos. 1. Verifica-se os dados que o problema nos da´ e o que e´ requerido; 2. Encontra-se uma relac¸a˜o geral entre os dados que apo´s a derivada da relac¸a˜o fornec¸a o valor desejado; 3. Substitu´ımos na relac¸a˜o os valores que sa˜o constantes; 4. Derivamos a relac¸a˜o implicitamente; 5. Evidenciamos o resultado desejado; 6. Fazemos as substituic¸o˜es necessa´rias para obter a resposta. Tambe´m e´ aconselha´vel que se fac¸a um desenho ou esquema da situac¸a˜o para que seja poss´ıvel entender melhor o problema, embora dependendo da habilidade do aluno isso possa ser dis- pensa´vel. Exemplo 1: Uma pipa esta voando a uma altura de 40 m. Uma crianc¸a esta empinado a de tal forma que ela se mova horizontalmente a uma velocidade de 3 m/s. Se a linha estiver esticada, com que velocidade a linha esta sendo “dada”, quando o comprimento da linha desenrolada for de 50m? Soluc¸a˜o: 10 Passo: Dados: y = 40 m z = 50 m dx/dt = 3 m/s dz/dt = ? Com base no problema e nos dados fornecidos constru´ımos um triaˆngulo retaˆngulo com as seguintes medidas. 40 m x = 30 m 50 m 1 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Onde o valor de x foi determinado pelo teorema de Pita´goras (x2 = 502 − 402). 20 Passo: O desenho do problema sugere que a relac¸a˜o entre os dados (x, y, z) e´ o pro´prio teorema de Pita´goras. z2 = x2 + y2 Note que se derivarmos essa relac¸a˜o obteremos dz/dt. Que e´ o que desejamos saber. 30 Passo: No problema a pipa se move apenas horizontalmente. Assim a altura da pipa (y) se mante´m sempre constante. z2 = x2 + 402 z2 = x2 + 1600 Ja´ o z (tamanho da linha), e o x (distancia horizontal entre a pipa e o menino), na˜o sa˜o constantes. 4◦ Passo: Agora deriva-se a relac¸a˜o anterior implicitamente em relac¸a˜o ao tempo. 2z dz dt = 2x dx dt + 0 A derivada ocorre em relac¸a˜o ao tempo pois o deslocamento da pipa em qualquer direc¸a˜o pode ser descrito em func¸a˜o do tempo. 50 Passo: Agora que evidenciamos dz/dt. dz dt = 2x dx dt 2z 60 Passo: E finalmente substitu´ımos x, y e dx/dt para obter o valor desejado. dz dt = 2(30)(3) 2(50) dz dt = 180 100 dz dt = 9 5 m/s 2 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Exemplo 2: Acumula se areia em um monte com a forma de um cone onde a altura e´ igual ao raio da base. Se o volume de areia cresce a uma taxa de 10 m3/h, a que raza˜o aumenta a a´rea da base quando a altura do monte e´ 4 m? Soluc¸a˜o: 10 Passo: Dados: h = 4 r = 4 dA dt e´ o que desejamos saber. dV dt = 10 m3/h h = d/2 d 20 Passo: Neste caso a fo´rmula capaz de fornecer o que sera´ pedido e´ a da a´rea do circulo. A = pir2 30 Passo: O raio do cone varia com a altura. E a altura por sua vez tambe´m varia a medida que a areia e´ despejada, assim na˜o existe valores constantes na relac¸a˜o A = pir2. Logo podemos pular o passo 3. 40 Passo: dA dt = 2pir dr dt 50 Passo: O passo seguinte seria evidenciar dA/dt, mas como isto ja´ esta feito passamos para o passo 6. 50 Passo: 3 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Como r = 4 enta˜o: dA dt = 2 · 4pidr dt dA dt = 8pi dr dt O fato interessante e´ que o problema na˜o nos da´ o valor de dr/dt, pelo menos na˜o diretamente. Sabe-se que o volume de um cone e´ dado por: V = 1 3 pir3 Derivando a expressa˜o implicitamente se teˆm: dV dt = 1 3 pi3r2 dr dt dV dt = pir2 dr dt dr dt = 1 pir2 dV dt substituindo o valor de r dr dt = 5 8pi m2/h Agora de posse do valor de dr/dt podemos finalizar o 6◦ passo. dA dt = 8pi ( 5 8pi ) m2/h dA dt = 5 m2/h Os pro´ximos exerc´ıcios seguem a mesma lo´gica do passo a passo, mas por questa˜o de economia sera˜o resolvidos de forma menos detalhada. Exemplo 3: Uma escada de 6 m de comprimento esta´ apoiada em uma parede vertical. Se a base da escada comec¸a a escorregar horizontalmente a taxa constante de 0.6 m/s, com que velocidade o topo da escada percorre a parede quando esta a 4 m do solo? Soluc¸a˜o: Dados: x = 2 √ 5 m y = 4 m 4 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira z = 6 m dx/dt= 0.6 m/s dy/dt = ? Com base nos dados constru´ımos um triaˆngulo com as seguintes medidas. 4 m x = 2 √ 5 m 6 m Onde x foi obtido atrave´s do teorema de Pita´goras. A fo´rmula que fornecera´ o valor desejado sera´ o teorema de Pita´goras. x2 + y2 = z2 Como a escada na˜o pode alterar seu comprimento enta˜o z e´ constante e igual a 6. x2 + y2 = 36 Derivando implicitamente. 2x dx dt + 2y dy dt = 0 2(2 √ 5m)0.6m/s+ 2(4m) dy dt = 0 2.4 √ 5m2/s+ 8m dy dt = 0 Evidenciando dy/dt dy dt = −0.3 √ 5m/s Neste caso o sinal de negativo indica o sentido do movimento da escada (para baixo). Exemplo 4: Um tanque tem a forma de um cone circular reto invertido, com 4 m de altura e raio da base 2 m. Se a´gua entra no tanque a´ raza˜o de 0.001 m3/min calcule a raza˜o em que o n´ıvel de a´gua esta´ subindo quando a altura e´ 1 m? Soluc¸a˜o: Dados: h = 4 m r = 2 m dV dt = 0.001 m3/min 5 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Queremos descobrir dh dt quando h = 1 m. A equac¸a˜o que ira´ relacionar dh/dt aos dados sera´: V = 1 3 pir2h Derivando implicitamente. dV dt = 1 3 pi ( 2rh dr dt + r2 dh dt ) Pelo problema sabe-se que: h r = 4 2 ⇒ h = 2r Da igualdade anterior ainda temos que: dh dt = 2 dr dt ⇒ dr dt = dh 2dt Substituindo dr/dt = dh/2dt e tambe´m h = 1r em dv/dt chega-se: dV dt = 1 3 pi ( 2 ( h 2 ) h dh 2dt + ( h 2 )2 dh dt ) dV dt = 1 3 pi ( h2 2 dh dt + h2 4 dh dt ) dV dt = 1 3 pi dh dt ( h2 2 + h2 4 ) dV dt = 1 3 pi dh dt ( 3 4 h2 ) dV dt = pi dh dt ( h2 4 ) 4 h2pi · dV dt = dh dt dh dt = 4 h2pi · dV dt Finalmente quando h = 1 m temos: dh dt = 4 1pi · 0.001 (m/min) ' 0.00127 m/min Exemplo 5: Ao ser aquecida uma chapa circular de metal, seu diaˆmetro varia a´ raza˜o de 0.005 cm/min. Determine a taxa a´ qual a a´rea de uma das faces varia quando o diaˆmetro e´ 30 cm. 6 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Soluc¸a˜o: Dados: dD/dt = 0.005 cm/min dA/dt = ? D = 30 cm Tomando a relac¸a˜o A = pir2 que e´ fo´rmula para a´rea do c´ırculo. E derivando a implicitamente temos: dA dt = 2pir dr dt Sabe-se que o diaˆmetro (D) e duas vezes o raio (D = 2r) enta˜o: dD dt = 2 dr dt ⇒ 0.5dD dt = dr dt Assim: dA dt = 2pi(D/2) ( 0.5 dD dt ) dA dt = piD ( 0.5 dD dt ) dA dt = 30pi (0.5(0.005)) dA dt = 0.075pi (cm2/min) Exemplo 6: Suponha que uma bola de neve esteja se derretendo, com raio decrescendo a raza˜o constante 2 cm/min. Qual a variac¸a˜o do volume quando o raio esta´ com 25 cm? Soluc¸a˜o: Dados: dr/dt = -2 cm/min dv/dt = ? r = 25 cm. A fo´rmula do volume da esfera e´: V = 4 3 pir3 Derivando implicitamente. 7 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira dV dt = 4 3 pi3r2 dr dt dV dt = 4pir2 dr dt Finalmente substituindo os valores dV dt = 4pi(25)2(−2) cm3/min dV dt = 5000pi cm3/min Exemplo 7: A areia que vaza de um deposito e forma uma pilha coˆnica cujaaltura sempre e´ igual ao raio da base. Se a altura da pilha aumenta a uma raza˜o de 15 cm/min Determine a taxa a qual a areia esta´ se escoado quando a altura da pilha for de 25 cm. Soluc¸a˜o: Dados: h = r dh/dt = 15 cm/min dv/dt = ? h = 25. V = 1 3 pir2h Derivando implicitamente. dV dt = 1 3 pi2r dr dt h+ 1 3 pir2 dh dt Como h = r enta˜o dr/dt = dh/dt e assim: dV dt = 1 3 pi ( 2r dr dt h+ r2 dh dt ) dV dt = 1 3 pi ( 2h dh dt h+ r2 dh dt ) dV dt = 1 3 pi dh dt ( 2h2 + h2 ) 8 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira dV dt = 1 3 pi dh dt 3h2 dV dt = pi15(25)2 dV dt = pi15(25)2 = 9375pi dV dt = 9375pi cm3/min Exemplo 8: Uma pedra jogada em um lago emite ondas circulares, cujo raio cresce a uma taxa constante de 3 m/s. Com que rapidez estaria variando a a´rea englobada pela onda crescente ao final de 10 segundos? Soluc¸a˜o: Dados: dr/dt = 3 m/s dA/dt = ? t = 10s A = pir2 dA dt = 2pir dr dt Como o raio varia 3 m/s em 10 segundos teremos um raio de 30 m. dA dt = 2pi(3 · 10)(3) = 180pi m2/s Exemplo 9: Um bala˜o esfe´rico e´ inflado de tal forma que o volume cresce a taxa de 3 m3/min. Com que rapidez o diaˆmetro do bala˜o estara´ crescendo quando o raio for de 1 m? Soluc¸a˜o: V = 4 3 pir3 dv dt = 4pir2 dr dt 9 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira 3 (m3/min) = 4pi(1 m)2 dr dt dr dt = 3 4pi (m/min) Exemplo 10: Dois carros esta˜o se encaminhando em direc¸a˜o a um cruzamento, um seguindo a direc¸a˜o leste a uma velocidade de 90 km/h e o outro seguindo a direc¸a˜o sul, a 60 km/h. Qual a taxa segundo a qual eles se aproximam um do outro no instante em que o primeiro carro esta´ a 0.2 km do cruzamento e o segundo a 0.15 km? Soluc¸a˜o: Dados: dx/dt = 90 dy/dt = -60 dz/dt = ? x = 0.2 Km y = 0.15 Km 60 km/h 90 km/h Neste caso desejamos saber dz dt quando x = 0.2 Km e y = 0.15 Km. Para isso usaremos o teorema de Pita´goras: x2 + y2 = z2 Derivando implicitamente. 2x dx dt + 2y dy dt = 2z dz dt E simplificando 10 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira x dx dt + y dy dt = z dz dt substitu´ımos os valores de dx/dt e dy/dt 2x(90) + 2y(60) = 2z dz dt e evidenciamos o dz/dt. dz dt = 0.2(90) + (0.15)(−60) z Quando x = 0.2 e y = 0.15, z e´ igual 0.25 (teorema de Pita´goras). E portanto: dz dt = −108 Km/h Um resultado interessante neste problema ocorre se aplicarmos o teorema de Pita´goras dire- tamente as velocidades (que sa˜o nada mais que vetores). Vz = √ 602 + 902 ≈ 108.167 km/h Que e´ um resultado bastante pro´ximo do calculado por meio da derivac¸a˜o impl´ıcita. Exemplo 11: Suponha que, em certo mercado, x milhares de caixas de laranjas sejam fornecidos diariamente sendo p o prec¸o por caixa e a equac¸a˜o de oferta px− 20p− 3x+ 105 = 0 Se o fornecimento dia´rio estiver decrescendo a uma taxa de 250 caixas por dia, com que taxa os prec¸os estara˜o variando quando o fornecimento dia´rio for de 5 mil caixas? Soluc¸a˜o: Queremos descobrir dp dt quando x = 5. Derivando a expressa˜o implicitamente chega-se a`:( x dp dt + dx dt p ) − 20dp dt − 3dx dt + 0 = 0 dp dt (x− 20) + dx dt (p− 3) = 0 dp dt = −dx dt (p− 3) x− 20 Quando x = 5 p = 6 p(5) - 20p - 3(5) + 105 = 0 p = 6 11 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Portanto: dp dt = −0.25(6− 3) (5− 20) = 0.05 R$ Exemplo 12: Um avia˜o voa a 152.4 m/s paralelamente ao solo, a uma altitude de 1.220 m no sentido oeste, tomando como referencia um holofote fixado no solo que o focaliza e que se encontra a` esquerda da projec¸a˜o vertical do avia˜o em relac¸a˜o ao solo. Sabendo-se que a luz do holofote devera´ permanecer iluminado o avia˜o, qual devera´ ser a velocidade angular (de giro) do holofote, no instante em que a distaˆncia horizontal entre ele e a projec¸a˜o vertical do avia˜o for de 610 m? Soluc¸a˜o: 1220 m Queremos encontrar dθ dt quando x = 610 m. tg θ = 1220 x sec2θ dθ dt = −1220 x2 dx dt Substituindo dx dt = −152.4 na equac¸a˜o anterior e dividindo por sec2 θ, iremos obter dθ dt = 185.928 x2sec2θ Quando x = 610, tgθ = 2 e sec2 θ = 5. dθ dt = 185.928 6102 · 5 ≈ 1 10 rad/s Exemplo 13: Uma piscina tem 5 m de largura por 10 m de comprimento, 1 m de profundidade na parte rasa, e 3 m na parte mais funda. Sua secc¸a˜o transversal esta´ mostrada na figura. Se a piscina for enchida a uma taxa de 0.1 m3/min, qua˜o ra´pido estara´ subindo o n´ıvel de a´gua quando sua profundidade no ponto mais profundo for de 1 m? Soluc¸a˜o: 12 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Com base nos dados esboc¸amos o desenho a seguir. b yx h 2 3 1.5 4 A´rea do trape´zio: A = (b+ 3) 2 h Como a piscina teˆm 5 m de largura enta˜o: V = 5A = 5 (b+ 3) 2 h Pelo desenho percebemos que: x h = 1.5 2 ⇒ x = 0.75h y h = 4 2 ⇒ y = 2h Substituindo estes valores na equac¸a˜o do volume e sabendo que b = x + 3 + y V = 5 ((x+ 3 + y) + 3) 2 h V = 5 (x+ y + 6) 2 h V = 5x+ 5y + 30 2 h V = 5(0.75h) + 5(2h) + 30 2 h V = 3.75h2 + 10h2 + 30h 2 V = 1.875h2 + 5h2 + 15h Derivando implicitamente dV dt = 3.75h dh dt + 10h dh dt + 15 dh dt dV dt = dh dt (13.75h+ 15) 13 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Substituindo a taxa e h = 1 m. 0.1 = dh dt (13.75(1) + 15) dh dt ≈ 0.0035 m Exemplo 13: A´gua esta´ saindo de um tanque em forma de um cone invertido a uma taxa de 10.000 cm3/min no momento em que a´gua esta´ sendo bombeada para dentro a uma taxa constante. O tanque tem 6 m de altura e seu diaˆmetro no topo e´ 8 m. Se o n´ıvel da a´gua esta´ subindo a uma taxa de 20 cm/min quando a altura era 2 m, encontre a taxa com que a a´gua esta´ sendo bombeada para dentro. Soluc¸a˜o: 2 m = 200 cm 600 cm 800 cm A variac¸a˜o do volume de a´gua e´ dada pela fo´rmula dv dt = Taxa que entra− Taxa que sai dv dt = Taxa que entra− 10000 Para determinar a taxa que entra devemos saber o valor de dv/dt. V = 4 3 pirh Do problema sabemos que 4 r = 6 h e que r = 2 3 h e portanto V = 1 3 pi ( 2h 3 )2 h = 4pih3 27 que derivando implicitamente obtemos dv dt = 4pih2(dh/dt) 9 = Taxa que entra − 10000 logo a taxa de entrada no momento em que a altura era 200 cm era Taxa que entra = ( 4pi(200)220 9 + 10000 ) cm3/min 14 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Exemplo 14 Um corredor corre em uma trajeto´ria circular de raio 100 m a uma velocidade constante de 7 m/s. Um outro indiv´ıduo esta´ parado a uma distaˆncia de 200 m do centro da pista. Qual a taxa de variac¸a˜o da distaˆncia entre os dois quando esta distaˆncia era 200 m? Soluc¸a˜o: Observe o esquema a seguir 100 m 200 m θ x y z O problema e´ que na˜o sabemos exatamente a posic¸a˜o dos dois corredores. Enta˜o na˜o podemos usar o teorema de Pita´goras. Vamos usar a lei dos cossenos para expressar a distaˆncia entre os dois: z2 = x2 + y2 − xy · cosθ Derivando implicitamente e levando em conta que x e y na˜o variam no tempo chega-se a´: 2z dz dt = 104 · 2(senθ)dθ dt dz dt = 104 z (senθ) dθ dt dz dt = 104 200 (senθ) dθ dt dz dt = 50(senθ) dθ dt Da f´ısica sabemos que s = rθ. ds dt = r dθ dt 7 m/s = (100 m) dθ dt dθ dt = 0.07 rad/seg sabendo que adistaˆncia entre eles era 200 m podemos determinar o aˆngulo θ a saber: 2002 = 1002 + 2002 − 2 · 104cosθ cosθ = 1 2 15 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira implicando que θ = 60◦. Assim: dz dt = 50 · sen(60◦) · 0.07 ≈ 3.032 m/s Exemplo 15 A equac¸a˜o de demanda de uma determinada camisa e´ 2px+ 65p− 4950 = 0, onde x centenas de camisas sa˜o demandadas por semana quando p for o prec¸o unita´rio. Se a camisa estiver sendo vendida esta semana $ 30 e o prec¸o estiver crescendo a uma taxa de $ 0.20 por semana, ache a taxa de variac¸a˜o na demanda. Soluc¸a˜o: A equac¸a˜o e´ a seguinte: 2px+ 65p− 4950 = 0 Na˜o ha´ constantes no problema, pois tanto x como p variam com o tempo. Deste modo na˜o ha´ substituic¸o˜es a fazer. Derivando a equac¸a˜o implicitamente chega-se a`: 2 dp dt x+ 2p dx dt + 65 dp dt = 0 Como p = 30 e dp dt = 0.2 enta˜o: 2(0.20)x+ 2(30) dx dt + 65(0.20) = 0 dx dt = −65(0.20) + 2(0.20)x 2 · 30 Para descobrir o valor de x usamos a equac¸a˜o inicial. 2px+ 65p− 4950 = 0 2(30)x+ 65(30)− 4950 = 0⇒ x = 50 Portanto dx dt = −65(0.20) + 2(0.20)(50) 2 · 30 = −0.55 Decresce a taxa de 55 camisas por semana. Exemplo 16: Uma laˆmpada esta´ pendurada a 4,5m de um piso horizontal. Se um homem com 1,80m de altura caminha afastando-se da luz, com uma velocidade de 1,5m/s: a)qual a velocidade de crescimento da sombra? b)com que velocidade a ponta da sombra do homem esta´ se movendo? 16 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Soluc¸a˜o: O problema envolve uma semelhanc¸a de triaˆngulos. A D C E B Onde: AD = y DC = x AB = 4,5m DE = 1,80m dy/dt = 1,5 m/s dx/dt = ? Item (a) d(x + y)/dt = ? Item (b) Da semelhanc¸a entre os triaˆngulos ∆ABC e ∆CDE temos que: AC AB = DC DE (x+ y) 4, 5 = x 1, 80 x (x+ y) = 0, 4 x = 0, 4x+ 0, 4y 0, 6x = 0, 4y Como queremos achar dx/dt, derivamos em ambos os lados em relac¸a˜o ao tempo(t): 0,6(dx/dt) = 0,4(dy/dt) dx/dt = 0,4 (dy/dt) 0, 6 17 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira dx/dt = (0, 4 · 1, 5)/0, 6 dx/dt = 1 m/s (Primeira resposta). A velocidade com que a ponta da sombra do homem esta´ se movendo e´ a derivada da sua distaˆncia horizontal ate´ a laˆmpada em relac¸a˜o ao tempo, portanto e´ o mesmo que derivar x + y em relac¸a˜o a t. d(x + y)/dt = dx/dt + dy/dt d(x + y)/dt = 1,5 + 1 d(x + y)/dt = 2,5 m/s Respostas: (a) 1,0 m/s (b) 2,5 m/s Exemplo 17: Um radar da pol´ıcia rodovia´ria esta´ colocado atra´s de uma a´rvore que fica a 12 metros de uma rodovia que segue em linha reta por um longo trecho. A 16 metros do ponto da rodovia mais pro´ximo do radar da pol´ıcia, esta´ um telefone de emergeˆncia. O policial mira o canha˜o do radar no telefone de emergeˆncia. Um carro passa pelo telefone e, naquele momento, o radar indica que a distaˆncia entre o policial e o carro esta´ aumentando a uma taxa de 70 km/h. O limite de velocidade naquele trecho da rodovia e´ de 80km/h. O policial deve ou na˜o multar o motorista? Soluc¸a˜o: O problema acima e´ esquematizado na figura abaixo: Radar 12m Telefone 16m z2 = x2 + y2 Como a distaˆncia horizontal entre a rodovia e o radar se manteˆm constante. z2 = 122 + y2 z2 = 144 + y2 18 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Derivando implicitamente. 2z dz dt = 0 + 2y dy dt e evidenciando dy/dt dy dt = 2z(dz/dt) 2y dy dt = z(dz/dt) y e finalmente substituindo os valores chega-se ao resultado. dy dt = (70)(122 + 162)0.5 16 = 87.5 Como o limite e´ de 80 Km/h e a velocidade do carro e´ de 87.5 km/h a na˜o ser que o motorista tenha uma boa desculpa ele deve ser multado. Exemplo 18: Considere um bala˜o meteorolo´gico a ser lanc¸ado de um ponto a 100 metros de distaˆncia de uma caˆmera de televisa˜o montada no n´ıvel do cha˜o. A` medida em que o bala˜o sobe, aumenta a distaˆncia entre a caˆmera e o bala˜o e o aˆngulo que a caˆmera faz com o cha˜o. Se o bala˜o esta´ subindo a uma velocidade de 6 m/s, pergunta-se: (a) Quando o bala˜o estiver a 75m de altura, qual a velocidade com que o bala˜o se afasta da caˆmera? (b) Decorridos 5 segundos apo´s o lanc¸amento, para filmar a subida do bala˜o, com que velocidade a caˆmera esta´ girando? Soluc¸a˜o de a: Para resolver o item (a), podemos usar a func¸a˜o seno para obter uma equac¸a˜o que relaciona as vara´veis d (distaˆncia horizontal entre a caˆmera e o bala˜o), h (distaˆncia vertical entre o bala˜o e o solo) e θ (angulo da caˆmera com a horizontal). Assim temos que: senθ = h z Onde z e´ o comprimento da reta que liga a caˆmera diretamente ao bala˜o. Fazendo a derivada da func¸a˜o e evidenciando dθ/dt dθ dt = (dh/dt)z − (dz/dt)h cos(θ)z2 Pelo teorema de Pita´goras quando d = 100 e h = 75 enta˜o z = 125. z = √ 1002 + 752 19 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira Enta˜o: dθ dt = (6m/s)125− (dz/dt)75 cos(θ)(125)2 Pelo pro´prio teorema de Pita´goras e considerando que d = 100 permanece sempre fixo enta˜o: z2 = d2 + h2 z2 = 104 + h2 2(dz/dt) = 0 + 2(dh/dt) (dz/dt) = 0 + (dh/dt) Assim dθ dt = (6m/s)125− (dz/dt)75 cos(θ)(125)2 = (6m/s)125− (dh/dt)75 cos(θ)(125)2 dθ dt = (6m/s)125− (6m/s)75 cos(θ)(125)2 dθ dt = 750− 450 cos(θ)15625 dθ dt = 300 cos(θ)15625 dθ dt = 0.0192 cos(θ) Ocorre que quando h = 75 o seno de θ e´ igual a´: senθ = 75 125 Com essa informac¸a˜o chegamos a primeira soluc¸a˜o. dθ dt = 0.0192 (75/125) = 0.032 Rad/s Exemplo 19: Um homem caminha ao longo de um caminho reto com velocidade 4 m/s. Uma laˆmpada esta´ localizada no cha˜o a 20m da trajeto´ria (distaˆncia ortogonal) e e´ mantida focalizada na direc¸a˜o do homem. Qual a velocidade de rotac¸a˜o da laˆmpada quando o homem esta´ a 15m do ponto do caminho mais pro´ximo da laˆmpada? Soluc¸a˜o de a: 20 Caderno de Exerc´ıcios Diego Alves Oliveira tgθ = x y Como tg(θ) = seno(θ) cos(θ) enta˜o tg′(θ) = sen2(θ) + cos2(θ) cos2(θ) dθ = dθ cos2(θ) Assim: d(θ) cos2(θ) = dx(y)− dy(x) y2 Pelo teorema de Pita´goras 202 = 152 + y2 que resulta em y2 = 175 Substituindo os demais valores e explicitando dθ dθ = 4(175)− 0(15) 1752 cos2(θ) dy = 0 pois, na˜o ha velocidade vertical por parte do homem que caminha em relac¸a˜o a lanterna. dθ = 4(175)− 0(15) 1752 (√ 175 20 ) dθ ' 0.015 Se voceˆ gostou destes exerc´ıcios pode ajudar dando um LIKE neste documento. Isso servira´ para que mais pessoas tenham acesso a ele. 21
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