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Princípios do Direito Tributário

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Faculdades Integradas do Tapajós 
Direito Tributário
Professor: Ubirajara Bentes
Acadêmico: Maurício Sá Figueiredo 
 
Princípio da Estrita Legalidade
O princípio da legalidade vem reforçado no que tange à sua aplicação, já que não se satisfez o legislador constitucional com a disposição genérica do art. 5º, II, indo além no detalhe característico dos temas constitucionais tributários e formulando, na especificidade do art. 150, I, a exigência de lei para a instituição ou majoração de exações tributárias.
Princípio da Capacidade Contributiva
A Carta Magna Federal prevê no texto do art. 145, §1º, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Princípio da Capacidade Econômica
Tal princípio pode ser compreendido em sentido objetivo (presença de uma riqueza passível de ser tributada) e em sentido subjetivo (determina qual parcela da riqueza pode ser tributada em virtude das condições individuais), portanto, o Estado é obrigado a cobrar o tributo não em razão da renda potencial das pessoas, mas sim da que a mesma efetivamente dispõe.
Princípio da Vedação Art. 145, parágrafo 2º, CF/88
O princípio da irretroatividade tributária, também conhecido apenas como irretroatividade, é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não haverá cobrança de tributo sobre fatos que aconteceram antes da entrada em vigor da lei que o instituiu. Segundo a doutrina majoritária, tal princípio decorre da ideia de irretroatividade das normas, segundo a Constituição, art. 5º, segundo a qual "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada". De forma mais específica, a irretroatividade tributária encontra seu fundamento legal na Constituição Federal, em seu art. 150, III, "a".
Princípio da Anterioridade de Exercício
O princípio da anterioridade tributária, também conhecido apenas como princípio da anterioridade, é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não haverá cobrança de tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Assim sendo, um tributo só poderá ser cobrado pelo Fisco no ano seguinte àquele em que a lei que o criou fora promulgada. Sua base legal é a Constituição Federal, em seu art. 150, II, "b": ou seja se a lei for divulgada hoje só pode ser exercida no ano seguinte.
Princípio da Anterioridade Mitigada
As contribuições social-previdenciárias instituídas ou modificadas por medida provisória, à luz da jurisprudência do STF, devem obedecer ao Princípio da Anterioridade Tributária Especial. Assim, para as contribuições social-previdenciárias (PIS, COFINS, CSLL, e outras previstas no artigo 195 , incisos I a IV da CF), que de acordo com o § 6º do artigo 195 da CF , deverá ser exigida 90 dias após a publicação da lei que a instituiu ou a modificou, assim, aplica-se o Princípio da Anterioridade Nonagésima ou Mitigada a elas. E mais, a parte final do § 6º do artigo 195, não deve ser aplicada o princípio da anterioridade comum prevista no art. 150 , III , b, da CF . Isso significa que se aplica somente o período da anterioridade de 90 dias, a qual o termo a quo será o da data da publicação da lei instituidora do gravame.
Princípio da Vedação de Confisco
O princípio da vedação do confisco é previsto no sistema tributário nacional como uma das limitações constitucionais ao poder de tributar. Segundo a regra ínsita no art. 150, IV, da Constituição Federal, “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco”.
Princípio da Limitação para Pessoas e Bens
Esse dispositivo visa coibir a limitação à transposição de fronteiras interestaduais ou intermunicipais, de modo que a saída de pessoas e bens não pode constituir fato gerador de tributo. Seu fundamento é a liberdade de locomoção.
Princípio Isonomia 
Uma parcela da soberania exercida internamente pelo Estado se caracteriza pelo poder de exigir de quem estiver sob sua subordinação contribuições pecuniárias necessárias a consecução de seus fins. É o denominado Poder de Tributar, que pode ser conceituado como “o exercício do poder geral do Estado aplicado no campo da imposição de tributos”, ou seja, nada mais é que a aptidão para instituir tributos.
Princípio Imunidade Recíproca
As imunidades do art. 150, VI protegem certas pessoas e coisas contra a incidência dos impostos, mas não dos tributos contra prestacionais, que são aqueles que não ferem os direitos da liberdade garantidos naquela norma.
Princípio da Imunidade dos Templos de Qualquer Culto
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embarcar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Portanto, tem-se a partir deste momento o nascimento de um País laico, ou seja, aquele que não possui uma religião dita como oficial, e que repele o envolvimento religioso em seus assuntos governamentais. Nestes termos, o laicismo abraçado pela Constituição Federal possibilitou, por conseguinte, germinar a pluralidade de cultos, está atrelada a liberdade religiosa compreendida através dos incisos VI a VIII do artigo 5ª da CF.
Princípio da Imunidade Ideológica
O Supremo Tribunal Federal (STF), com todo o seu conhecimento, além de reconhecer aqueles mencionados valores da imunidade tributária, entende que as imunidades têm o “teor de cláusulas pétreas, expressões de direitos fundamentais, na forma do art. 60, § 4º, da CF/88, tornando controversa a possibilidade de sua regulamentação através do poder constituinte derivado e/ou ainda mais, pelo legislador ordinário”. Em miúdos, a imunidade tributária não pode nem mesmo ser modificada, retirada e alterada pelo legislador.
Princípio da Imunidade Sindical
Esta imunidade tributária está prevista no art. 150, VI, c. Seu contraponto na Carta Magna não está nos direitos fundamentais (art. 5º) e sim nos direitos sociais (art. 8º). 
Outra diferença com os direitos fundamentais é que estes protegem os direitos dos homens, que transcendem os interesses de classes ou grupos. Segundo Ricardo Lobo Torres, "sendo a imunidade qualidade da pessoa humana ou âmbito de validade dos direitos fundamentais, segue-se que a intributabilidade das entidades sindicais dos trabalhadores se classificará como mera não-incidência constitucional, pelo lugar que ocupa no texto de 1988, ou como privilégio." O mesmo autor considera que a Assembleia Constituinte na época os direitos sociais ganharam o merecido destaque mas foram, por vezes, confundidos com os fundamentais.
Princípio da Unidade sobre Instituições PIAS e sobre Instituições Partidos Políticos e suas Fundações
A imunidade tributária tratada no presente trabalho foi prevista pela primeira vez na CF/46, em seu artigo 31, V. Após, pela EC 18/65, em seu artigo 2º, IV, "c". A CF/67, no artigo 20, III, "c", manteve as mesmas imunidades da CF de 1946 e, em 1969, pela EC 1, foi inserido no texto constitucional o dispositivo "renda" (que antes se referia apenas a "bens" e "serviços"), no artigo 19 da CF vigente à época. Com a promulgação em 1988 da vigente CF, o artigo 150, VI, "c", continuou prevendo a imunidade para as instituições de fins educacionais e de assistência social, inovando apenas ao acrescentar o requisito da ausência da finalidade de lucro das instituições já mencionadas (que inclusive é requisito estabelecido pelo CTN).
Princípio da Imunidade do Conhecimento
Existem duas teses que se referem à imunidade tributária, que é uma limitação ao poder de tributar. A primeira diz que se a limitação está prevista na Constituição, é imunidade.Já a segunda tese, que é a defendida por RLT, vincula a imunidade aos direitos e garantias fundamentais, que estão espalhadas por toda a Constituição, e não apenas no seu título referente.
Princípio da Seletividade
A seletividade, no Direito Tributário, é uma técnica empregada pelo legislador (ao lado da proporcionalidade) ao instituir tributos em obediência capacidade. Por este princípio, certas classes de bens de maior utilidade social (tais como medicamentos e alimentos) serão tributadas com uma alíquota reduzida em relação a outros bens que não possuem esta propriedade (como bebidas alcoólicas, cigarros e artigos de luxo). Constitui, portanto, um notável exemplo de extrafiscal idade, de modo a selecionar quais bens cujo consumo é mais ou menos essencial. A Constituição Federal estabelece a observância do princípio da seletividade em dois impostos: o IPI (art. 153, §3º, I) e o ICMS (art. 155, §2º, III).
Princípio da Não Cumulatividade
Um dos mais conhecidos princípios constitucionais tributários o princípio da não-cumulatividade é costumeiramente desrespeitado pela administração tributária, seja no âmbito federal, como nos estaduais e municipais, De suma importância para os impostos federais regulatórios, além do estadual ICMS, a partir do início deste século o princípio foi usado também para as contribuintes à COFINS e ao PIS, causando transtornos aos contribuintes, pelas razões expostas em vários artigos de nossa autoria, citados no item V deste.
Princípio da Progressividade
A progressividade é o aumento das alíquotas de um determinado imposto em função de um parâmetro definido. Para o clássico De Plácido e Silva, a progressividade “caracteriza-se pelo aumento crescente da tarifa ou dos elementos, que servem de base à verificação do imposto, em razão do aumento da quota ou da riqueza, em que vai incidir.”
Princípio da Universalidade
No Direito Tributário brasileiro, a tributação das pessoas físicas é regida pelo princípio da universalidade ou do world wide income taxation. Este princípio encontra as suas origens na lei prussiana de 24 de julho de 1891 e no direito brasileiro por meio do Regulamento do Imposto de Renda de 1980 (RIR/80), em seu artigo 21, o qual dispunha que os rendimentos recebidos no exterior compunham o rendimento bruto. Nesse diapasão, o princípio da universalidade foi mantido, por meio da Lei nº 7.713 de 22 de dezembro de 1988, materializado no artigo 38 do RIR[11], estabelecendo novos parâmetros e dispondo o seguinte: “Art. 38.  A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer. Título”. (Grifos meus) Depreende-se do texto legal a consolidação do princípio da universalidade, principalmente, quando menciona que a tributação independe do local, da nacionalidade ou da fonte do rendimento. Diante dessas prerrogativas, faz-se mister realizar algumas distinções.
Princípio da Generalidade
O princípio da generalidade (art.153, §2º, I) decorre do princípio da isonomia. Na verdade, ele não é mais do que uma aplicação desse princípio ao imposto de renda. Significa simplesmente que o Imposto de Renda deve incidir e ser cobrado, tanto quanto possível, de todas as pessoas. O princípio da generalidade encontra-se no critério pessoal da Regra Matriz da Incidência Tributária.
Princípio da Tributação de Pequenas Propriedades Rurais
As modificações mais importantes ocorreram no artigo 49 do Estatuto da Terra, segundo o qual, “as normas gerais para a fixação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural passam a obedecer a critérios de progressividade e progressividade, levando-se em conta os seguintes fatores: o valor da terra nua; a área do imóvel rural; o grau de utilização da terra na exploração agrícola, pecuária e florestal; o grau de eficiência obtido nas diferentes explorações; a área total, no País, do conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário; a classificação das terras e suas firmas de uso e rentabilidade”. Em 1990, o nível arrecadado corresponde à insignificante quantia de US$ 20,30 por imóvel rural. A carga tributária correspondeu a 25% de um salário mínimo/ano em janeiro de 1992.
Princípio do Acesso à Justiça
O princípio da justiça tributária encontra vida, alma e impulso na virtude da justiça. Esta leva o contribuinte virtuoso a viver como cidadão que luta por uma ordem tributária socialmente mais justa. Somos éticos, justos e virtuosos, no espaço social, ninguém é ético para si mesmo; somos éticos em relação aos outros, neste sentido, ética tributária é a prática da justiça tributária, ou, comportamento ético tributário é, antes de tudo, comportamento segundo a justiça tributária, e conforme já sabemos, a ética tributária é fiscal privada (contribuinte) e fiscal pública (Estado), ambos, com deveres e direitos na relação jurídico-tributária.
Princípio do Mínimo Existencial
Constata-se que o mínimo existencial está ligado à pobreza absoluta, assim compreendida a que deve ser combatida pelo Estado, ao contrário da pobreza relativa, que depende da situação econômica do país, sendo sanada em consonância com o orçamento. O mínimo existencial não possui dicção constitucional própria, devendo-se procurá-lo na ideia de liberdade, nos princípios da igualdade, do devido processo legal, da livre iniciativa, nos direitos humanos, nas imunidades e privilégios do cidadão. Carece de conteúdo específico, podendo abranger qualquer direito, ainda que não seja fundamental, como o direito à saúde, à alimentação, etc. Considerado em sua dimensão essencial e inalienável.

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