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Legislação Ambiental e Gerenciamento de Riscos

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Gerenciamento de Riscos Ambientais 
Aula 4 – Legislação Ambiental 
 
2Legislação Ambiental– AULA 4 
Gerenciamento de Riscos Ambientais 
Objetivos desta aula 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
- Reconhecer as classes de riscos 
ambientais, 
- Identificar as normas brasileiras para o 
transporte de produtos perigosos; 
- Explicar o histórico do embasamento legal 
para o tratamento dos riscos ambientais e 
sociais. 
 
3Legislação Ambiental– AULA 4 
Gerenciamento de Riscos Ambientais 
Introdução 
-As políticas públicas visam controlar o equilíbrio social, muito desejado 
(inclusive por utopistas), mas provavelmente não atingido, durante longas 
batalhas contra os desafios que os cidadãos metropolitanos enfrentam. 
- Essas políticas são, talvez, a tarefa mais importante dos governos, 
principalmente quando a globalização se intensifica e os diferentes grupos 
sociais enfrentam dificuldade em competir, num cenário que cada dia se 
torna mais urbanizado. 
- Com isso, torna-se fundamental o surgimento de leis que regulem e 
controlem esta competição, inclusive na busca de matérias-primas 
fornecidas pelo meio ambiente. 
 
 
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Gerenciamento de Riscos Ambientais 
Histórico do Embasamento Legal 
-Examinando a formação do direito ambiental, é possível identificar 
basicamente duas fases: 
- a primeira, na qual a proteção ambiental é setorial, ou seja, não 
exclusivamente específica ao meio ambiente, como bem juridicamente 
protegido; 
- a segunda, em que a especificidade do meio ambiente é considerada, 
fazendo com que as normas de controle ambiental, efetivamente, 
caminhem para o aperfeiçoamento. 
 
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Gerenciamento de Riscos Ambientais 
-Em um primeiro momento, temos que nos remeter a competência 
constitucional para administrar o meio ambiente, que prega que a 
Constituição Federal diz ser competência comum da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios “proteger o meio ambiente e combater 
a poluição em qualquer de suas formas; preservar as florestas, a fauna e a 
flora”. (art. 23). 
-Trata-se da competência de implementar a legislação ambiental, pondo em 
prática o direito e o dever de tomar as medidas administrativas para 
prevenir e reparar os danos ambientais, exercendo o controle público 
através do estudo prévio de impacto ambiental, licenciamento ambiental, 
monitoramento e auditoria ambientais e aplicação das penalidades 
administrativas. 
 
 
Histórico do Embasamento Legal 
6Legislação Ambiental– AULA 4 
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-No momento posterior, ainda no artigo 225 – par. 3º. diz-se que: 
- “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os 
danos causados”, que é complementado pelo artigo 173 – par. 5º. : 
-“A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da 
pessoa jurídica, estabelecerá, a responsabilidade desta, sujeitando-a às 
punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a 
ordem econômica e financeira e contra a economia popular”. 
 
 
Histórico do Embasamento Legal 
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-A partir de 1998, através da Lei 9.605 – art. 3º. promulgou-se que: 
- “As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração 
seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de 
seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
- A responsabilidade das PJ não exclui das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes da sua entidade”. 
- Portanto, a lei 9.605/98 veio complementar a Constituição Federal e criou 
o crime de poluir, onde fortaleceu a necessidade urgente da implantação de 
planos de gerenciamento ambientais, para que as empresas pudessem 
cumprir as novas normas, de forma a cada vez mais minimizar os impactos 
ambientais. 
 
Histórico do Embasamento Legal 
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Classificação Produtos Perigosos 
- Quando falamos em resíduos, sabemos que nem todos estão 
relacionados somente a um problema de disposição e tratamento, devido a 
particularidade em característica que apresentam. 
- Muitos estão relacionados ao mal que podem causar não somente ao 
meio ambiente, como também a saúde e qualidade de vida do homem. 
- Baseado nessa premissa, foi necessária a classificação de resíduos 
perigosos, para que houvesse um meio de diferenciar as diversas formas 
de armazenar e tratar os resíduos, conforme suas características. 
 
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Classificação Produtos Perigosos 
-“A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita 
com base no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendações 
para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, compõe-se 
das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9”: 
 
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Classificação Produtos Perigosos 
Classe 1 - EXPLOSIVOS 
Classe 2 - 
GASES, com as seguintes subclasses: 
Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis; 
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos; 
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos. 
Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS 
Classe 4 - 
Esta classe se subdivide em: 
Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis; 
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea; 
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis. 
Classe 5 - 
Esta classe se subdivide em: 
Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes; 
Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos. 
Classe 6 - 
Esta classe se subdivide em: 
Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas); 
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes. 
Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS 
Classe 8 - CORROSIVOS 
Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS. 
 
Tabela 01: Classificação de produtos perigosos. Retirado de 
http://www.ocarreteiro.com.br/modules/cargasperigosas.php (24.out.2010) 
 
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- É importante ressaltar que aqueles produtos relacionados as Classes 3, 4, 
5 e 8 e da Subclasse 6.1 classificam-se, para fins de embalagem, segundo 
três grupos, conforme o nível de risco que apresentam: 
-Grupo de Embalagem I - alto risco; 
-Grupo de Embalagem II - risco médio; e 
- Grupo de Embalagem III - baixo risco. 
 
Classificação Produtos Perigosos 
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Transporte de Resíduos e Produtos Perigosos 
 A partir do momento que temos que gerenciar os resíduos perigosos, 
muitas vezes envolvendo transporte para locais não muito próximos, 
percebemos a necessidade da criação de normas para que isso ocorra da 
forma mais segura possível. E quais são as normas brasileiras para o 
transporte de cargas perigosas? 
O decreto 96.044/88 promulga no art. 7º. : É proibido o transporte de 
produto perigoso juntamente com: 
 I - animais; 
 II - alimentos ou medicamentos destinados ao consumo humano ou 
animal, ou com embalagem de produtos destinados a estes fins; 
 III - outro tipo de carga, salvo se houver compatibilidade entre os 
diferentes produtos transportados. 
 
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NBR 7500 – Painelde Segurança 
 
 
Figura 01: Demonstração de locais desejáveis para a sinalização em veículos terrestres. Retirado 
de http://www.oficinasantaeliza.com.br/downloads/NorNBR-7500SB54.pdf (24.out.2010) 
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Sinalização 
 - Esta sinalização, obrigatória para produtos perigosos, se baseia em 
placas retangulares, medindo 30 cm de altura e 40 cm de largura, de cor 
laranja, afixadas nos veículos de transporte de produtos perigosos, 
possuindo na parte superior o número de risco e na parte inferior o número 
ONU, de identificação do produto, com inscrições de cor preta. 
Exemplo: 
 
 
- Legenda: Número 88: parte superior do painel, pode ter até 3 algarismos 
destinado a identificação do risco. 
Número 1830: parte inferior do painel, de 4 algarismos (nº ONU) que 
identifica o produto perigoso. 
 
 
 
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- São números que permitem a identificação imediata do risco (primeiro 
algarismo) e os riscos subsidiários (segundo e/ou terceiro algarismos). 
- A dupla ou tripla numeração significa a intensificação do risco: 
Exemplo: 
3 - Inflamável 
33 - Muito Inflamável 
333 - Extremamente Inflamável 
6 - Substância Tóxica 
68 - Substância Tóxica e Corrosiva 
 
O número de risco 
 
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-São etiquetas afixadas externamente nas embalagens que apresentam, 
através de símbolos e/ou expressões emolduradas, informações claras e 
objetivas, referentes à natureza do produto perigoso, forma de manuseá-lo 
e dados de sua identificação. 
-Eles têm a forma de um quadrado apoiado por um de seus vértices. 
Exemplo: 
 
 
O rótulo de risco 
 
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- Toda carga de resíduo perigoso deve estar acompanhada de um guia, que 
é um manual de emergência, onde se encontram todos os procedimentos 
relativos ao produto correspondente. Todo guia deve conter: 
1)Título: Informando a característica do produto 
 - Riscos Potenciais 
- Fogo ou Explosão 
- Riscos à saúde 
2)Atitudes quanto à segurança pública: 
- Procedimentos básicos 
- Roupas de proteção 
- Desocupação 
 
 
O rótulo de risco 
 
3)Ação de Emergência: 
- Fogo 
- Vazamento / Derramamento 
- Primeiros Socorros 
 
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Conclusão da aula: 
-A legislação existe para ser cumprida em prol de uma conviência 
harmônica e segura em sociedade 
-A existência de uma sinalização existe para que todos tenham acesso as 
informações dos riscos. 
-Vamos fazer nossa parte, que tal? 
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Nesta aula vimos: 
- As classes de riscos ambientais, 
- As normas brasileiras para o transporte de 
produtos perigosos; 
- Um histórico do embasamento legal para o 
tratamento dos riscos ambientais e sociais.

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