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Leishmanioses: Agente, Vetor e Formas Clínicas

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LEISHMANIOSES 
INTRODUÇÃO 
- Amplo espectro de doenças coletivamente conhecidas como 
Leishmanioses; 
- Endêmica em 4 continentes – mais de 88 países; 
- Ampla distribuição geográfica; 
- Primariamente é uma zoonose; 
- Agente etiológico – protozoário pertencente ao gênero 
Leishmania (mais de 30 espécies conhecidas); 
- Vetor – mosquito palha, birigui, tatuquira. Gênero Lutzomyia. 
CLASSIFICAÇÃO 
Reino: Protista 
Sub-reino: Protozoa 
Filo: Sarcomastigophora 
Sub-filo: Mastigophora 
Classe: Zoomastigophorea 
Ordem: Kinetoplastida* 
Sub-ordem: Trypanosomatina 
Família: Trypanosomatidae 
Gênero: Leishmania 
Sub-gêneros: Leishmania e Viannia 
* Presença de cinetoplasto (única mitocôndria) - rica em DNA 
(kDNA) com capacidade de auto-replicação. 
LEISHMANIA sp. 
Promastigota 
Forma infectante 
Hospedeiro invertebrado 
Amastigota 
Células do SMF 
Hospedeiro vertebrado 
VETOR 
Transmissão – picada do mosquito 
 
Ordem Díptera, 
Família Psychodidae, 
Subfamília Phlebotominae, 
Gênero: Lutzomyia (mosquito-palha, birigui ou tatuquira). 
Hábito – voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas. 
VETOR 
Reprodução em matéria orgânica com baixa incidência luminosa; 
Ciclo de vida (ovo-larva-pupa-adulto) – 30 a 40 dias; 
Expectativa de vida – 20 dias; 
Atividade – crepúsculo matutino, vespertino e noturno. 
 
Desenvolvimento de promastigotas – intestino 
 Sub Gênero Leishmania – desenvolvimento Supra pilórico 
(anterior) 
 Sub Gênero Viannia – desenvolvimento Peri pilórico (piloro e 
região posterior) 
CICLO BIOLÓGICO - HETEROXÊNICO 
cdc.gov 
FORMAS CLÍNICAS 
 LEISHMANIOSES 
DIFERENTES ESPÉCIES STATUS IMUNOLÓGICO + 
FOMAS CLÍNICAS 
LTA LEISHMANIOSE 
VISCERAL 
Leishmaniose 
TEGUMENTAR 
AMERICANA 
INTRODUÇÃO 
- Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários 
do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete 
pele e mucosas. 
 
- Sinonímia: Úlcera de Bauru, nariz de tapir, botão do Oriente. 
- Período de incubação: média de 2 a 3 meses. 
PRINCIPAIS ESPÉCIES DE Leishmania 
•Leishmania (Leishmania) amazonensis 
•Leishmania (Viannia) guyanensis 
•Leishmania (Viannia) braziliensis 
Reservatórios 
-Tatu 
- Gambá 
-Ratus ratus 
- Tamanduá 
- Preguiça 
- Canídeos silvestres 
LTA 
Vetores 
Lutzomyia pessoai 
Lutzomyia intermedia 
Lutzomyia wellcomei 
Lutzomyia flasvicutellata 
Lutzomyia umbratilis 
Leishmania (Viannia) braziliensis 
Leishmania (Viannia) guyanensis 
Leishmania (Leishmania) amazonensis 
Leismaniose Tegumentar Americana 
FORMAS CLÍNICAS 
LEISHMANIOSE CUTÂNEA 
LEISHMANIOSE MUCOSA OU 
MUCOCUTÂNEA 
Forma cutânea localizada 
Forma cutânea disseminada 
Forma cutânea difusa 
 
L. Mucosa tardia 
L. Mucosa de origem indeterminada 
L. Mucosa concomitante 
L. Mucosa contígua 
L. Mucosa primária 
FORMAS CLÍNICAS – Leishmaniose Cutânea 
1- Forma cutânea localizada – lesão única ou múltiplas (nos locais 
das picadas). 
Geralmente com tendência à cura 
Responde bem ao tratamento 
2- Forma cutânea disseminada – disseminação sanguínea ou 
linfática do parasito 
Numerosas lesões (pequenas e ulceradas) distantes do local da 
picada 
Responde bem ao tratamento 
FORMAS CLÍNICAS – L. Cutânea 
3- Forma cutânea difusa – rara, muito grave 
Acomete pacientes com deficiência na resposta imune celular 
Início insidioso – com lesão única 
Não responde ao tratamento convencional 
Evolução lenta – formação de placas e múltiplas nodulações não 
ulceradas 
FORMAS CLÍNICAS – L. Mucosa ou Mucocutânea 
1- Forma mucosa tardia – lesão na região oro 
respiratória geralmente após lesões prévias 
com tratamento insuficiente. 
Pode aparecer meses ou anos após o 
tratamento 
2- Forma mucosa de origem indeterminada 
– lesões clinicamente isoladas sem 
evidência de LC prévia 
FORMAS CLÍNICAS – L. Mucosa ou Mucocutânea 
3- Forma mucosa concomitante – 
lesão mucosa simultânea à lesão cutânea 
4- Forma mucosa contígua – propagação 
direta da lesão cutânea localizada 
próxima a mucosas 
5- Forma mucosa primária – picada do vetor diretamente na mucosa 
DIAGNÓSTICO LTA 
- Suspeita clínico-epidemiológica associada a 
Intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva; 
 
Injeta-se na epiderme da pele a mais ou menos de 2 a 3 cm abaixo da dobra do 
cotovelo, 0,1 ml do antígeno padronizado em 40 ug N/ml, de modo a formar uma 
pequena elevação ou pápula. 
A leitura deve ser feita após 48 a 72 horas. 
 
 
- Negativo: ausência de qualquer sinal no ponto de inoculação, ou a presença de 
uma pápula ou enduração com menos de 5 mm de diâmetro. 
 
- Exame direto – punção, raspagem, biópsia - Inprint corado pelo Giemsa 
- Histopatológico; 
- Isolamento em cultura; 
ANTIMONIAIS PENTAVALENTES – 1ª escolha 
- Antimoniato de N-metil Glucamina 
GLUCANTIME 
Tratamento 
- Ambulatorial – IM ou EV 
- Controle de cura clínico (acomanhamento por 12 meses) 
- Pode haver recidiva – 6 meses (co-infecção) 
 
Rápida excreção com pequeno acúmulo (ação) 
– causa do tratamento longo 
2ª escolha 
 
Pentamidina e Anfotericina B 
PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS DE LTA 
Silvestre – transmissão em área de vegetação primária. Zoonose de animais 
silvestres, acomete o ser humano quando este entra em contato com o 
ambiente silvestre. 
Ocupacional e Lazer – associado à exploração da floresta, construção de 
estradas, usinas hidrelétricas, instalação de povoados, extração de madeira, 
atividades agropecuárias, treinamentos militares e ecoturismo. 
Rural e periurbano (áreas de colonização) – relacionado ao processo 
migratório, ocupação de encostas e aglomerados em centros urbanos 
associados a matas secundárias ou residuais. 
EPIDEMIOLOGIA 
LT - problema de saúde pública em 88 países de 4 continentes 
(Américas, Europa, África e Ásia) - registro anual de 1 a 1,5 milhões de 
casos. 
Brasil - ampla distribuição com registro de casos em todas as regiões 
brasileiras. Ocorrência média (últimos 10 anos) de 26 mil casos/ano. 
Maioria Região Norte. 
 
Número de casos de LTA em 2013/Região 
 
Região norte – 8.407 casos 
Região nordeste – 5.355 casos 
Região centro-oeste – 2.922 casos 
Região sudeste – 1.150 casos 
Região sul – 296 casos 
Fonte: Sinan/SVS/MS 
Leishmaniose 
visceral 
Leishmaniose Visceral 
Epidemia focal de áreas pobres 
Expansão geográfica para áreas urbanas 
 
Introdução da doença em áreas onde não havia casos humanos e/ ou caninos 
 
Mudanças ecológicas, ambientais e climáticas 
 
Redução dos investimentos em Saúde e Educação 
 
Descontinuidade das ações de controle 
 
Adaptação do vetor aos ambientes modificados pelo homem 
 
Dificuldades de controle da doença em grandes aglomerados urbanos, onde 
problemas de desnutrição e moradia estão presentes 
 
Novos fatores imunossupressivos como a infecção pelo HIV 
90% dos casos 
da América 
Latina - BRASIL 
Leishmaniose Visceral 
Infecção generalizada do SMF – Disseminação hematogênica 
Doença de caráter oportunista 
Homem: 10 dias a 24 meses, com média entre 2 a 6 meses. 
Cão: de 3 meses a vários anos com média de 3 a 7 meses. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Leishmania (L.) infantum 
(NICOLLE, 1908) 
 
 
Leishmania (L.) chagasi 
(CUNHA & CHAGAS, 1937) 
AGENTE CAUSADOR 
Leishmania (Leishmania) chagasi 
• América Latina – BRASIL 
• Zoonose 
• Forma visceral em crianças, jovens e adultos 
• Canídeos – reservatórios 
Leishmaniose Visceral 
Reservatórios 
- Cão- Gambá (Didelphis albiventris) 
- Raposa: Cerdocyon thous 
 Dusicyon vetulus 
- Homem? 
Leishmaniose Visceral 
Vetor 
Lutzomyia longipalpis 
FORMAS CLÍNICAS – Leishmaniose Visceral 
 
Forma subclínica ou inaparente 
Ausência de sintomas e sinais clínicos; 
Presença de Ac – pesquisa por RIFI ou ELISA; 
Exame físico normal; 
Detecção – busca ativa de casos; 
Não é tratada e nem notificada. 
 
Evolução Cura 
 Doença clássica 
FORMAS CLÍNICAS – Leishmaniose Visceral 
 
1- PERÍODO INICIAL 
Febre com duração inferior a 4 semanas, palidez cutâneo mucosa 
e hepatoesplenomegalia; 
Estado geral preservado. Baço levemente aumentado. Tosse e 
diarreia podem ser relatados. 
RIFI e ELISA - positivos 
Aspirado de medula e baço - positivo 
FORMAS CLÍNICAS – Leishmaniose Visceral 
 
2- PERÍODO DE ESTADO 
Febre irregular, associada a emagrecimento progressivo, palidez 
cutâneo-mucosa e aumento da hepatoesplenomegalia. 
Quadro clínico arrastado - mais de dois meses de evolução, 
associado a comprometimento do estado geral. 
RIFI +, ELISA + 
Aspirados de medula, baço +. 
FORMAS CLÍNICAS – Leishmaniose Visceral 
 
3- PERÍODO FINAL 
Febre contínua e comprometimento intenso do estado geral. 
Desnutrição (cabelos quebradiços, cílios alongados e pele seca), 
edema dos membros inferiores. Hemorragias (epistaxe, gengivorragia e 
petéquias), icterícia e ascite. 
Infecções bacterianas 
secundárias 
ÓBITO 
DIAGNÓSTICO 
 
RIFI - Aceita-se como positivas diluições a partir de 1:80. Nos 
títulos iguais a 1:40, recomenda-se a solicitação de uma nova 
amostra em 30 dias. 
 
- RIFI (Alta sensibilidade, ± Especificidade) 
* Promastigotas em lâmina – contato com o soro 
DIAGNÓSTICO 
 
Punção aspirativa esplênica - método com maior sensibilidade 
(90-95%) porém apresenta restrições quanto ao procedimento; 
Biópsia hepática e a aspiração de linfonodos. 
Aspirado de medula óssea (mais seguro e mais utilizado); 
Exame direto Cultura in vitro Cultura in vivo 
Escolha 
DIAGNÓSTICO 
5’ 
5’ 
3’ 
3’ 
5’ 
5’ 
5’ 
3’ 
3’ 
5’ 
5’ 
5’ 
5’ 
3’ 
3’ 
5’ 
Desnaturação 
Anelamento 
Extensão 
94oC 
60o C 
72o C 
Eletroforese 
Acrilamida 5% 
 
- PCR (Alta sensibilidade, ± Especificidade, Alto Custo) 
• Primer – sequência de DNA específica 
• Enzima Taq DNA Polimerase 
 
 
ANTIMONIAIS PENTAVALENTES – 1ª escolha 
- Antimoniato de N-metil Glucamina 
 
Casos de recidiva - segundo tratamento com a 
mesma dose, porém por tempo mais prolongado 
(no máximo 40 dias). 
Tratamento 
- Ambulatorial – IM ou EV 
- Controle de cura – clínico 3, 6 e 12 meses. 
ANFOTERICINA B – 2ª escolha 
ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 
LV canina no Brasil 
Assintomáticos 
Lesões na pele 
Perda de apetite 
Emagrecimento 
Alopécia 
Hepatoesplenomegalia 
Apatia - Aumento das unhas 
Dificuldades no 
controle 
Vacinação e 
tratamento 
Eutanásia 
• Mortalidade – 70 a 90% dos casos não tratados; 
• Registrada em 19 estados; 
• Aproximadamente 1600 municípios – transmissão autóctone; 
• Prevalência – crianças (80% dos casos < de 10 anos); 
• Grande importância epidemiológica da LV canina; 
• Doença canina + amplamente distribuída – não correlacionada 
com a doença humana; 
• Lutzomyia longipalpis – comportamento promíscuo; 
• Dificuldades no controle. 
Epidemiologia LV 
Leishmaniose Visceral 
Número de casos de LV no Brasil em 
2013/Região 
 
Região nordeste – 1.745 casos 
Região norte – 536 casos 
Região sudeste – 450 casos 
Região centro-oeste – 278 casos 
Região sul – 02 casos 
 
Fonte: Sinan/SVS/MS 
Número de óbitos por LV no Brasil em 
2013/Região 
 
Região nordeste – 96 casos 
Região norte – 29 casos 
Região sudeste – 47 casos 
Região centro-oeste – 33 casos 
Região sul – 0 casos 
Dedetização das casas com inseticidas residuais – resistência 
 
Proteção pessoal – repelentes, cortinados; 
 
Instalação de telas nas janelas e canis; 
 
Manutenção da limpeza dos quintais; 
 
Eutanásia de cães soropositivos; 
 
Controle dos cães vadios. 
 
 
Controle e profilaxia

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