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Controle de Qualidade Hudson A Bode, Prof. Dr. hudson.bode@fatec.sp.gov.br 1 1° Semestre de 2015 Método Taguchi: Qualidade voltada para o Projeto do Produto e do Processo O que é? Método Taguchi é uma abordagem da engenharia de qualidade “off- line” que busca aumentar a robustez dos produtos por meio da diminuição dos efeitos dos parâmetros “ruído” no seu desempenho. Segundo Taguchi, a qualidade é medida pelo desvio que uma característica funcional apresenta em relação ao valor esperado da mesma . Os fatores chamados “Ruído” (temperatura, umidade, poeira, deterioração, etc.) causam tais desvios e resultam em perda de qualidade do produto. Este “prejuízo” pode ser avaliado através de uma “função perda” que foi inicialmente proposta pelo professor Taguchi. 3 Estratégia Convencional de Controle de Qualidade Controles rígidos com custos crescentes & retorno econômico decrescente Produção (Estratégia Convencional) Proposta de Taguchi Produção Premissa: ao invés de concentrar os esforços constantemente no processo de produção (equipamentos, ferramentas, mão de obra, etc), deve-se procurar projetar um produto que seja robusto o suficiente para garantir alta qualidade, a despeito de variações que venham a ocorrer no processo de produção. 6 Off-Line São os esforços aplicados à qualidade do projeto, o que inclui qualquer atividade de projeto e desenvolvimento que ocorre antes da fabricação do produto. É o controle da qualidade aplicado durante o projeto do produto e durante o projeto do processo. On-Line É o controle de qualidade exercido durante a produção ou manufatura do produto. Controle de Qualidade Para fazer frente as PERDAS a Engenharia de Qualidade deveria , segundo Taguchi, ser estruturada da seguinte maneira: Projeto Robusto Taguchi avalia qualidade pela perda que um produto causa à sociedade após a sua venda. Quanto maior a perda associada ao produto, menor a sua qualidade. Neste âmbito as perdas são classificadas em 2 tipos: • Perdas causadas pela variabilidade da função intrínseca do produto durante a sua vida útil (variabilidade da função do produto); • Perdas causadas pelos efeitos colaterais nocivos do produto (efeitos associados ao seu uso) Para Taguchi produto de boa qualidade é aquele que desempenha sua função sem variabilidade e que causa poucas perdas (ou nenhuma) à sociedade através de seus efeitos colaterais nocivos. Produto com Qualidade superior Perda mínima para a Sociedade Projeto Robusto ... ... minimiza as Perdas ! Função Perda de Taguchi (Função Quadrática) 2)()( mykyL Perda na qualidade em valores monetário devido ao desvio de “Y” em relação a “m” Valor nominal para a característica (especificação eng.ª) Valor real de uma característica de interesse de certo produto (fabricação/operação/utilização) constante A ideia é que qualquer variação em uma característica de desempenho (Y) em relação ao valor nominal (m) implica em uma perda para o consumidor/sociedade (A) 2 2 A A k k Perda monetária para oconsumidor/sociedade Intervalo de tolerância para a característica nominal(m) do produto 2 2 )()( my A yL Substituindo na fórmula anterior , teríamos a Função Perda para 1 produto: Desenvolvendo “k” ... Porém ... N mymymyA yL N 22 2 2 1 2 )(...)()( )( 2 2 )( A yL 2 desvio padrão do processo de fabricação ... o valor real de uma característica (Y) pode mudar ao longo do ciclo produtivo em função das unidades produzidas . Então: variância da série ( )2 Lembrando que ... “N” unidades produzidas Neste caso a Função Perda Média de Taguchi para “N” unidades produzidas seria : Resultado real #1 Resultado real #2 Forma clássica Pergunta Geral: vale a pena a FORD aperfeiçoar o processo ou passar todas as transmissões para serem produzidas pela Mazda ? Analise em Equipe utilizando a Função Perda de Taguchi L(y) EXERCÍCIO 1 PROPOSTO – Projeto Produto Robusto (Projeto por Tolerância) FORD contratou MAZDA para fabricar parte de suas necessidades de transmissão automática para equipar carros FORD. Problema reportado pelos clientes: solicitação de assistência técnica menor para os carros FORD equipados com transmissões fornecidas pela MAZDA. Projeto das transmissões FORD MAZDA Carros FORD m Tolerância m + m - Ford: 80% Mazda: 27% FASE 1: DIAGNÓSTICO FORD- características críticas da transmissão - comparando-se as transmissões, verificou-se que os diâmetros internos das válvulas apresentavam DIFERENTES DISPERSÕES entre os fabricantes: Qual seria o motivo ? FASE 2: Entendendo o motivo das dispersões Após análise no processo verificou-se que MAZDA estava usando uma retificadora mais precisa & sofisticada, o que proporcionava uma dispersão menor no seu processo PERGUNTA 1: Quem tem o melhor processo? Análise utilizando a Função Perda de Taguchi L(y) Dados do Problema: •Custo de uma transmissão quebrada:2 $/unidade; •Intervalo de tolerância: = 5 •Desvios padrão dos processos: MAZDA = 1.67 FORD=2.88 Aplicar a fórmula para Mazda & Ford 2 2 )( A yL SOLUÇÃO Pergunta 1 Função Perda L(y) MAZDA L(y)MAZDA = 0.223 $ / unidade FORD L(y)FORD = 0.663 $ / unidade L(y)MAZDA < L(y)FORD Conforme verificado, a transmissão da Mazda possui qualidade superior a transmissão Ford 2 2 67,1 5 2 )( yL 2 2 88,2 5 2 )( yL Pergunta 2 : vale a pena a FORD aperfeiçoar o processo? Ex - : 2.88 (atual) 1.60 (ser melhor que a MAZDA) A redução no Desvio do Processo significa comprar uma máquina nova (parecida com a utilizada pela Mazda). Máquina nova = custo ! Consequentemente com a compra do novo equipamento, teríamos um adicional por item produzido: Custo adicional de 0.21 $ por item produzido Resolver utilizando a Função Perda de Taguchi 2 2 )( A yL SOLUÇÃO Pergunta 2: L(y)ATUAL Ford = 0.663 $/unidade Aperfeiçoando o processo: L(y)APERF. FORD = 0.205 $/unidade < L(y)MAZDA = 0.223 $ / unidade Analisando sob a ótica da Perda TotaL: PERDA TOTAL = L(y)APERF. + Custo adicional por item PERDA TOTAL = 0.205 + 0.21 = 0.415 $/unidade PERDA TOTAL < L(y) Ford ATUAL APERFEIÇOAR O PROCESSO ! (decisão estratégica) 205,060,1 5 2 )( 2 2 yL Diluído ao longo do tempo EXERCÍCIO 2 – Projeto Processo Robusto (Projeto por Tolerâncias) Um determinado Fabricante produz transformadores de alta tensão com as seguintes características: Tensão de saída (m): 115 V (especificação/nominal) Limites de tolerância (∆) da tensão de saída: 25V (cfme Norma Consumidor) Perda estimada (A) de $300 quando (m-) ou (m+) Pergunta 1: Como ficaria a Função de Perda Quadrática para operação do produto em questão ? Adicionar na análise 2 pontos intermediários quaisquer (Y) entre os limites de tolerância e represente os valores no gráfico abaixo: m m- m+ C u s to d e r e tr a b a lh o d o p ro d u to P e rd a d a q u a li d a d e Modelo de Perda Quadrática: útil quando um valor nominal específico é melhor para a característica de desempenho e a perda aumenta simetricamente à medida que “Y” se desvia do valor nominal “m” mm- m+ C u s to d e r e tr a b a lh o d o p ro d u to P e rd a d a q u a li d a d e 2 2 )115( 25 300 )( yyL SOLUÇÃO Pergunta 1 115 V 140V90 V 300 $ 95 V 100 V 192 $ 108 $ Perdas serão menores Perdas serão menores 135 V130 V Função Perda Quadrática para operação de cada Transformador conforme tolerância do Consumidor: nominal 108)115100( 25 300 )( 2 2 yL Ex. para 100 V: Produção de transformadores de alta tensão Tensão de saída (m): 115 V (especificação/nominal) Limites de tolerância (∆) da tensão de saída: 25V (cfme Norma Consumidor) Perda estimada (A) de $300 quando (m-) ou (m+) Produção deverá produzir o mais nominal possível ... Ainda na fábrica, quando y 115V (verificado pelo controle de qualidade On-Line), o produtor pode reparar o transformador a um custo de $1UM (ex: troca de resistor) antes de envia-lo para o mercado, e assim minimizar outras perdas e insatisfações. Pergunta 2: Qual deveria ser então o intervalo de tolerância a ser implantado na Fábrica para minimizar as perdas durante o ciclo de vida do produto ? Utilize a Função Perda de Taguchi. L(y) CONSUMIDOR = L(y) PRODUTOR Dicas para solução: EXERCÍCIO 2 – Projeto Processo Robusto (Projeto por Tolerâncias) L(y) CONSUMIDOR = L(y) PRODUTOR Tensão de saída para o Consumidor= 115V 25 V Tensão de saída para o Produtor = 115V 1,4 V SOLUÇÃO Pergunta 2 V passo passo passo passo passo yy passo 4,1/25. 300 1 6 300 25.1 5 300 25.1 4 25.1.300 3 1 25 300 2 )115( 1 )115( 25 300 1 2 2 2 22 22 2 2 2 2 Propriedade das Raízes 252525 2 2 2 2 Tolerâncias que minimizam as perdas m 115 90 140 m-0 m+0 Amplitude permissível no consumidor Amplitude funcional m- m+ Tolerância Ótima Produção L(y) y C u s to d e r e tr a b a lh o d o p ro d u to P e rd a d a q u a li d a d e 116,4V113,6V Aplicar modelos tradicionais de controle na Produção para verificação e melhorias do processo (Ex: CEP) L(y) CONSUMIDOR = L(y) PRODUTOR SOLUÇÃO Pergunta 2 – Projeto Processo Robusto (Projeto por Tolerâncias) Função Perda de Taguchi Além do modelo NOMINAL MELHOR para características de desempenho, existem: MENOR QUE O NOMINAL MELHOR: (Ex) quantidade de impureza em um produto cirúrgico MAIOR QUE O NOMINAL MELHOR: (Ex) resistência mecânica de um componente aeronáutico 2 2 )( y A yL 2 2 1)( y AyL Aplicações: Desgaste Ruído Poluição Aplicações: Resistência de materiais Rendimento de combustíveis Ruídos e Controle da Qualidade Off-Line As causas que afetam a variabilidade da função do produto recebem o nome de ruído ou fatores de perturbação. Existem 3 tipos • Ruídos Externos relacionadas as condições de uso do produto em relação ao ambiente (operação incorreta do produto, umidade de ar, tensão da rede de energia, poeira, temperatura, etc. • Ruídos Internos ou Ruídos Degenerativo associados aos parâmetros (características) do produto que se alteram durante o uso ou estocagem • Ruídos da Produção ou Imperfeições na Produção correspondem à variabilidade entre unidades do produto manufaturadas sob as mesmas condições Tendo em vista objetivos de eficácia econômica, o produto e o processo de produção devem ser projetados de modo que os seus desempenhos sejam os menos sensíveis a todos os tipos de ruídos. Essa resistência ou robustez deve ser interpretada no sentido de que as características funcionais do produto sejam insensíveis aos ruídos. Para fazer frente aos RUÍDOS a Engenharia de Qualidade deveria , segundo Taguchi, ser estruturada da seguinte maneira: A principal característica do Controle de Qualidade Off-Line é o uso de delineamento de experimentos e a análise da relação sinal/ruído Para fazer frente aos RUÍDOS a Engenharia de Qualidade deveria , segundo Taguchi, ser estruturada da seguinte maneira: Projeto Robusto PROJETO ROBUSTO Um produto irá desempenhar as funções previstas, independentemente das circunstâncias de utilização. •Projeto do Sistema ( a partir dos recursos e tecnologia disponíveis desenvolve-se o projeto básico do produto que atenda as necessidades do mercado. •Projeto por Parâmetros •Projeto por Tolerâncias Projeto por Parâmetros: Otimizar o desempenho do sistema (produto) através experimentos. Determinação de parâmetros do produto tal que as suas características funcionais sejam otimizadas e apresentem mínima sensibilidade a ruídos (fatores de projeto não controlados). Projeto por Tolerâncias: Procura controlar as fontes de ruídos, atuando sobre as causas, geralmente aumentando os custos associados ao produto(Ex: substituição equip. no exercício da Ford). Determinação de um conjunto de tolerâncias que reflitam a funcionalidade das partes, bem como uma fabricação realista (exercício Aula 6 – Transmissão Mazda/Ford & Fabricante de Transformador) PROJETO ROBUSTO A principal característica do Controle de Qualidade Off-Line é o uso de delineamento de experimentos e a análise da relação sinal/ruído Para fazer frente aos RUÍDOS a Engenharia de Qualidade deveria , segundo Taguchi, ser estruturada da seguinte maneira: Projeto Robusto FATORES DE CONTROLE: são aqueles estabelecidos pelo fabricante do produto e que não podem ser diretamente modificados pelo consumidor. FATORES DE RUÍDO: são aqueles sobre os quais o fabricante não possui controle direto, mas que variam de acordo com o ambiente e hábito do consumidor. PROJETO ROBUSTO POR PARÂMETROS FATORES DE CONTROLE E DE RUÍDO FATORES DE CONTROLE ( fabricante controla e o consumidor não pode alterar): material dos pistões, tensão dos anéis, folga do diâmetro interno. FATORES DE RUÍDO ( fabricante não tem controle direto e variam de acordo com a utilização pelo consumidor) : diferentes lotes de material, desgaste, deterioração, variação de peça a peça. Exemplo: motor de combustão interna PROJETO ROBUSTO POR PARÂMETROS FATORES DE CONTROLE E DE RUÍDO ÍNDICE SINAL / RUÍDO (S/R) Utilizado para identificar os fatores de controle que contribuem mais eficazmente para a redução da variação da característica em análise (melhoria da qualidade), deixando o processo menos suscetível aos ruídos. Há várias relações S/R, de acordo com o tipo de característica: •Menor – Melhor •Nominal – Melhor •Maior - Melhor ÍNDICE SINAL / RUÍDO (S/R) ) 1 log(10/ 2 iy n RS ) 11 log(10/ 2 iyn RS )log(10/ EVRS Menor – Melhor: Nominal – Melhor: Maior – Melhor: Exercício de aplicação: Processo de fabricação de válvulas de plástico Antes de começar a fabricar, deve-se encontrar a melhor relação S/R para a vazão do polímero dentro do molde. molde Abertura/vazão segundo fuso: RPM, Temp primeiro fuso: RPM, Temp taxa alimentação do polímero ÍNDICE SINAL / RUÍDO (S/R) Fase 1: estabelecer delineamento de experimentos com os parâmetros que se deseja controlar e anotam-se os resultados obtidos. Fase 1: Experimento com vários fatores Teste 1: referência Teste 2: Efeito do parâmetro A Teste 3: Efeito do parâmetro B Teste 4: Efeito do parâmetro C Teste 5: Efeito do parâmetro D Parâmetros e níveis Teste n0 A B C D Resultados do ensaio 1 1 1 1 1 R1 2 2 1 1 1 R2 3 1 2 1 1 R3 4 1 1 2 1 R4 5 1 1 1 2 R5 no desempenho do produto ÍNDICE SINAL / RUÍDO (S/R) Exemplo de aplicação: Processo de fabricação de válvulas de plástico PARÂMETRO NÍVEIS TOLERÂNCIA Taxa de alimentação 1000 1200 1400 20% RPM: 10 fuso 400 440 480 10% RPM: 20 fuso 850 900 950 10%Abertura do molde -0.030 0 +0.030 10% Temperatura: 10 fuso 280 320 380 15% Temperatura: 20 fuso 320 360 400 15% Parâmetros de Controle: 6 parâmetros, 3 níveis Matriz ortogonal 1 log10)log(10/ N SSSS VRS MTE Fase 2 : S/R Nominal – Melhor Testes S / R [db] T1 11 10 9 11 10 9 T2 12 10 8 12 10 8 T3 12 11 10 10 9 8 T4 21 20 19 21 20 19 Resultados ÍNDICE SINAL / RUÍDO (S/R) Tabela - Resultados dos Testes para regulagem da vazão(mm³/s) (antes de liberar a produção & padronizar a operação no Roteiro de Fabricação) Resultados vem da combinação da regulação dos parâmetros que antecedem a injeção (Fase 1-DOE) Obj: quanto mais NOMINAL melhor ! (evitar problemas nas peças) 1 log10/ N SSSS RS MT Testes T1 11 10 9 11 10 9 Resultados 604 6 1 2 i iT ySS 600 2 N T SSM 8,0 5 600604 1 N SSSS V MTE )8,0log(10/ RS ][97,0/ dbRS Passo 1 –Soma Total dos Quadrados Passo 2 – Soma dos Quadrados devido a média Passo 3 Passo 4Somatório observações Nºobservações Solução Teste (T1) 1 log10)log(10/ N SSSS VRS MTE 616 6 1 2 i iT ySS 2,3 5 600616 1 N SSSS V MTE )2,3log(10/ RS ][05,5/ dbRS Testes T2 12 10 8 12 10 8 Resultados 600 2 N T SSM 1 log10)log(10/ N SSSS VRS MTE 610 6 1 2 i iT ySS 2 5 600610 1 N SSSS V MTE )2log(10/ RS ][01,3/ dbRS Testes T3 12 11 10 10 9 8 Resultados 600 2 N T SSM 1 log10)log(10/ N SSSS VRS MTE 2404 6 1 2 i iT ySS 2400 2 N T SSM 8,0 5 24002404 1 N SSSS V MTE )8,0log(10/ RS ][97,0/ dbRS Testes T4 21 20 19 21 20 19 Resultados Testes S / R [db] T1 11 10 9 11 10 9 0,97 T2 12 10 8 12 10 8 -5,05 T3 12 11 10 10 9 8 -3,02 T4 21 20 19 21 20 19 0,97 Resultados ÍNDICE SINAL / RUÍDO (S/R) 45 Bibliografia utilizada: 1 - Slides de Aula Prof. Dr. Luís Gonzaga – ITA (Disciplina DIP) 2 - Método Taguchi: Qualidade voltada para o projeto do Produto e do Processo Almeida, S. A.; Toledo, J. C. – Revista de Administração (1989) 3 – Projeto Robusto: Experimentos para Melhores Produtos. Ulrich, K. T.; Eppinger, S. D.. Irwin McGraw-Hill, 2000 4 – Slides de Aula Prof. Samuel Bloch da Silva
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