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Ancilostomose - Resumo

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Ancilostomose 
 
Ancylostoma duodenale e Necator americanus Agentes etiológicos das 
ancilostomoses humanas. 
 
Morfologia 
 
Adultos machos e fêmeas cilindriformes, cor róseo-avermelhada (vivos) e 
esbranquiçada (fixados), extremidade anterior curvada dorsalmente, cápsula bucal 
profunda, cutícula consistente e esbranquiçada. Tubo digestivo retilíneo (cavidade oral, 
esôfago e ânus). 
 
Diferenças entre machos e fêmeas 
A. duodenale N. americanus 
Macho Fêmea Macho Fêmea 
8 a 11 mm de 
comprimento por 400 
µm de largura 
10 a 18 mm de 
comprimento por 
600 µm de largura
5 a 9 mm de 
comprimento por 
300 µm de largura 
9 a 11 mm de 
comprimento por 350 
µm de largura 
Extremidade 
posterior: bolsa 
copulatória bem 
desenvolvida 
Extremidade 
posterior: afilada 
Bolsa copulatória 
bem desenvolvida 
Extremidade 
posterior: afilada 
Gubernáculo evidente 
Vulva no terço 
posterior do corpo 
Gubernáculo 
ausente 
Vulva próxima ao 
terço anterior do 
corpo 
 
Diferenças entre as espécies 
A. duodenale N. americanus 
Dois pares de dentes ventrais na margem 
interna da boca 
Margem interna da boca com dois pares 
de lâminas cortantes, um par na região 
subventral e outro par na região subdorsal. 
Um par de lancetas ou dentes triangulares 
subventrais no fundo da cápsula bucal 
Fundo da cápsula bucal com um dente 
longo, ou cone dorsal, sustentando por 
uma placa subdorsal e duas lancetas 
(dentículos), triangulares e subventrais. 
 
Ovos Elípticos, 60 µm por 40 µm, casca fina e transparente. 
 
 Ancylostoma duodenale
 
Larvas rabditóides 
 
Estádio L1 250 µm, esôfago compreende 1/3 do corpo, vestíbulo bucal longo, 
pequeno primórdio genital, alimenta
chegando a medir 400 µm. Perde a cutícula externa após ganhar uma nova, 
transformando-se em larva de segundo estádio.
 
Estádio L2 700 µm, também alimenta
Subsequentemente começa a produzir uma nova cutícula
coberta pela cutícula velha (agora cutícula externa), passando então a se transformar em 
larva de terceiro estádio. 
 
Estádio L3 Larva filarióide, é a 
cilíndrico e filiforme. Alimenta
negativo (onde as larvas se deslocam para cima, em busca de posições sempre mais 
altas, se enterradas em solos arenosos e úmidos, elas pode
busca da superfície), termotropismo positivo (
ativam sistemas enzimáticos, facilitando sua penetração pela pele de um possível 
hospedeiro), hidrotropismo positivo (
a dessecação da superfície faz com que voltem a enterrar
desidratadas) e tigmotropismo
sólidas ou mesmo à superfície cutânea do hospedeiro
interior do hospedeiro. 
 
Ciclo biológico 
 
É monoxeno (não necessita de hospedeiros intermediários). Duas fases bem definidas: a 
primeira, que se desenvolve no meio exterior, é de vida livre, e a segunda
desenvolve no hospedeiro, obrigatoriamente de vida parasitária.
 
 Necator americanus
Ancylostoma duodenale 
250 µm, esôfago compreende 1/3 do corpo, vestíbulo bucal longo, 
pequeno primórdio genital, alimenta-se no solo de matéria orgânica e micro
chegando a medir 400 µm. Perde a cutícula externa após ganhar uma nova, 
se em larva de segundo estádio. 
700 µm, também alimenta-se de matéria orgânica e micro
Subsequentemente começa a produzir uma nova cutícula, internamente, que passa a ser 
coberta pela cutícula velha (agora cutícula externa), passando então a se transformar em 
Larva filarióide, é a forma infectante para o hospedeiro. O esôfago é 
cilíndrico e filiforme. Alimenta-se de suas próprias reservas. Apresenta geotropismo 
(onde as larvas se deslocam para cima, em busca de posições sempre mais 
altas, se enterradas em solos arenosos e úmidos, elas podem subir cerca de um metro em 
, termotropismo positivo (buscam temperaturas mais elevadas, pois 
ativam sistemas enzimáticos, facilitando sua penetração pela pele de um possível 
, hidrotropismo positivo (tendência das larvas em buscar solos úmidos, pois 
a dessecação da superfície faz com que voltem a enterrar-se, pois podem morrer 
e tigmotropismo positivo (tendência das larvas em aderir 
sólidas ou mesmo à superfície cutânea do hospedeiro). Estádios L4 e L5 ocorrem no 
É monoxeno (não necessita de hospedeiros intermediários). Duas fases bem definidas: a 
primeira, que se desenvolve no meio exterior, é de vida livre, e a segunda
desenvolve no hospedeiro, obrigatoriamente de vida parasitária. 
 
Necator americanus
250 µm, esôfago compreende 1/3 do corpo, vestíbulo bucal longo, 
se no solo de matéria orgânica e micro-organismos, 
chegando a medir 400 µm. Perde a cutícula externa após ganhar uma nova, 
se de matéria orgânica e micro-organismos. 
, internamente, que passa a ser 
coberta pela cutícula velha (agora cutícula externa), passando então a se transformar em 
para o hospedeiro. O esôfago é 
se de suas próprias reservas. Apresenta geotropismo 
(onde as larvas se deslocam para cima, em busca de posições sempre mais 
m subir cerca de um metro em 
buscam temperaturas mais elevadas, pois 
ativam sistemas enzimáticos, facilitando sua penetração pela pele de um possível 
buscar solos úmidos, pois 
se, pois podem morrer 
tendência das larvas em aderir à partículas 
e L5 ocorrem no 
É monoxeno (não necessita de hospedeiros intermediários). Duas fases bem definidas: a 
primeira, que se desenvolve no meio exterior, é de vida livre, e a segunda, que se 
 
Ovos depositados pelas fêmeas no intestino delgado do hospedeiro são eliminados para 
o meio exterior através das fezes No ambiente, ovo eclode com saída de larva L1 
Larva L2 Larva L3 filarióide infectante Penetram o homem ativamente 
através da pele, conjuntiva e mucosas ou, passivamente, por via oral Alcançam a 
circulação sanguínea e/ou linfática, chegando ao coração, onde então se dirigem aos 
pulmões através das artérias pulmonares Nos pulmões, as larvas se transformam no 
estádio L4 Seguem então para a traquéia, faringe e laringe, onde são ingeridas, 
alcançando o intestino delgado, seu hábitat final 15 dias após a infecção, as larvas 
se transformam em estádio L5, que se diferenciarão em adultos após 30 dias de infecção. 
Os espécimes adultos, exercendo o hematofagismo, iniciam a cópula, seguida da 
postura dos ovos pelas fêmeas. 
 
Transmissão 
 
Via transcutânea ou oral (alimentos ou água). Quando a transmissão se dá por via oral, 
as larvas L3 perdem a cutícula externa no estômago (por ação do suco gástrico e do pH) 
depois de dois a três dias da infecção, e migram para o intestino delgado. 
 
Doença 
 
É assintomática em infecções leves, com sintomas surgindo em decorrência de 
parasitismo intenso. 
 
Fase aguda – As larvas podem provocar, no local de penetração, lesões traumáticas 
seguida por fenômenos vasculares. Transcorridos alguns minutos, aparecem os 
primeiros sinais e sintomas: uma sensação de “picada”, hiperemia (aumento da 
quantidade de sangue circulante), prurido (coceira) e edema resultante do processo 
inflamatório ou dermatite urticariforme. Metabólitos produzidos pelas larvas também 
participam do processo inflamatório. Alterações pulmonares, resultantes da passagem 
das larvas, são pouco usuais, embora possa ocorrer tosse de longa ou curta duração e 
febre. Parasitismo intestinal Dor abdominal, diminuição de apetite, indigestão, 
cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, às vezes, podendo ocorrer diarréia 
sanguinolenta ou não e, menos frequente, constipação. Estes sinais e sintomas são mais 
graves quando tem inicio a deposição de ovos. 
 
Fase crônica – Caracterizada pela anemia causada pelo intenso hematofagismo exercido 
pelos vermes adultos, é o principal sinal de ancilostomose. Sintomas: palidez, cansaço, 
fraqueza, tonturas, vertigens, dores musculares e diminuição do apetite. Geofagia 
(ingestão de “barro”) é umfenômeno frequente. 
 
Infecções por A. duodenale apresentam maior gravidade, pois esta espécie ingere maior 
quantidade de sangue: 0,05 a 0,3 ml/sangue/dia contra 0,01 a 0,04 ml/sangue/dia de N. 
americanus (por parasito). 
 
Diagnóstico 
 
Clínico: anamnese e associação dos sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais. 
Exame parasitológico de fezes: presença de ovos. 
Coprocultura: obtenção de larvas L3. 
Sorologia: pouco utilizada. 
 
Epidemiologia 
 
O solo arenoso, permeável, que preserva mais umidade e aeração, quando é rico em 
matéria orgânica, favorece bem o desenvolvimento dos estágios de vida livre, como em 
locais úmidos próximos ao peridomicílio. Falta de instalações sanitárias favorecem a 
infecção. 
 
Tratamento: Anti-helmínticos (Mebendazol, Albendazol ou Pamoato de Pirantel). 
 
Controle: Saneamento básico, educação sanitária, uso de calçados e hábitos de higiene.

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