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SERVISO SOCIAL
Aline Vieira da Silva
Celimara Pola Salvador
Cidiana de Jesus Souza
Evani Capetine Botello
Elizabete Alves de A. Jacinto
O ENFRENTAMENTO DO PROBLAMA DO CRACK NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA
Colatina
2015
SERVISO SOCIAL
Aline Vieira da Silva
Celimara Pola Salvador
Cidiana de Jesus Souza
Evani Capetine Botello
Elizabete Alves de A. Jacinto
O ENFRENTAMENTO DO PROBLAMA DO CRACK NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA
Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral da disciplina de Metodologia Científica.
Orientador. Professores: Gleiton Lima, Rosane Malvezzi e Clarice da Luz Kernkamp.
Colatina
2015
Resumo
 Pode-se afirmar que a presença do crack e de outras drogas deixou de ser um problema relacionado aos grandes centros urbanos e se alastrou para quase a totalidade dos Municípios do País, a maioria dos gestores está preocupada com o tema e, de alguma, forma atua no combate ao crack. Contatou-se ainda, que mais de 91% não possuem programa municipal de combate ao crack e nenhum tipo de auxílio dos governos federal e estadual para desenvolver ações no âmbito da prevenção e enfrentamento do crack e outras drogas, promovendo tratamento adequado e a reinserção social e profissional dos usuários de drogas.
 A principal estratégia para o acolhimento e tratamento dos usuários está concentrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Pensa-se em um trabalho que busque reintegrar o indivíduo a sociedade de forma produtiva e participativa, o que requer uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, médicos, enfermeiros, pedagogos, terapeutas e assistentes sociais, isso significa que o atendimento aos usuários do crack e outras drogas vem ocorrendo de forma emergencial e paliativa.
 Apesar do ainda incipiente Plano Nacional de Enfrentamento do Crack os Municípios brasileiros mesmo sem apoio necessário, estão realizando ações como o atendimento a familiares e amigos de usuários, capacitação de profissionais da área, tratamento aos dependentes, estudos e pesquisas, combate ao tráfico, reinserção social, ampliação da rede assistencial e diagnóstico sobre o consumo de crack.
 Ma ação política eficaz pode reduzir o nível de problemas relacionados ao consumo do crack e outras drogas. Para tanto, é necessário o desenvolvimento das ações integradas de prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários.
Esse é o compromisso que deve ser assumido pelas três esferas do governo e implementado de forma interinstitucional, iniciado pela revisão da proposta da Política Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, considerando-se a diversidade existente entre as cidades e as regiões, envolvendo além dos segmentos governamentais a sociedade civil organizada.
Sumário
Introdução .........................................................................................................05
Enfrentamento do crack no Brasil na âmbito da saúde pública...................06
 2.1 Prevensão.............................................................................................................06
 2.2 Tratamento...........................................................................................................07
 2.3 Fundo Nacional Antidrogas................................................................................09
 3. Enfrentamento do crack na Região Noroeste...................................................09
 3.1 O Espirito Santo que foca no trabalho de prevenção..........................................10
 3.2 Colatina em Combate..........................................................................................10
 4. Conclusão.............................................................................................................12
 5. Referencias Bibliograficas..................................................................................13
Introdução
 Vivemos hoje uma epidemia do uso do crack, em que aproximadamente todo o País que está enfrentando problemas com a circulação ou consumo de crack e outras drogas. O baixo custo desta droga é um fator que contribui para sua proliferação.
 O problema do crack passou a ser considerado uma questão social, um problema de saúde pública, envolvendo hoje todo o País, inclusive todas as esferas do Poder Pública. Esta droga não escolhe cor, raça, condição econômica ou social, todos estão a mercê de sua existência e conseqüências.
 São inúmeros os desdobramentos da questão do crack e, Poe isso, se faz necessário conhecer esse problema para pensar ações numa perspectiva de resolução e mudança social.
 Acreditando que cidadãos informados e conscientes serão o futuro do nosso País. 
Enfrentamento do crack no Brasil no âmbito da saúde pública
 O consumo de drogas tem se mostrado um dos mais complexos e inquietantes fenômenos de nossos tempos, exigindo que o governo e a sociedade partilhem a responsabilidade na busca de alternativas que levem à sua melhor compreensão e abordagem. 
A estratégia de governo está definida em três eixos de atuação, coordenados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
A realização de um diagnóstico situacional, sobre o consumo de drogas, seu impacto nos diversos domínios da vida da população, por meio de estudos e pesquisas de abrangência nacional, na população geral e naquelas específicas que vivem sob maior vulnerabilidade para o consumo e o tráfico de drogas. 
A capacitação dos profissionais que trabalham diretamente com o tema drogas, e também de multiplicadores de informações de prevenção, tratamento e reinserção social. Essa formação e a articulação de uma ampla rede de proteção social, formada por conselheiros municipais, educadores, profissionais das áreas de saúde, de segurança pública, entre outros.
A implantação de projetos estratégicos de alcance nacional que ampliam o acesso da população às informações, ao conhecimento e aos recursos existentes na comunidade.
Prevenção
	
 As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas ao desenvolvimento humano, o incentivo à educação para a vida saudável, acesso aos bens culturais, incluindo a prática de esportes, cultura, lazer, a socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento científico, o fomento do protagonismo juvenil, da participação da família, da escola e da sociedade na multiplicação dessas ações.
 As mensagens utilizadas em campanhas e programas educacionais e preventivos devem ser claras, atualizadas e fundamentadas cientificamente, considerando as especificidades do público-alvo, as diversidades culturais, a vulnerabilidade, respeitando as diferenças de gênero, raça e etnia.
Diretrizes
Garantir aos pais e/ou responsáveis, representantes de entidades governamentais e não-governamentais, iniciativa privada, educadores, religiosos, líderes estudantis e comunitários, conselheiros estaduais e municipais e outros atores sociais, capacitação continuada sobre prevenção do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, objetivando engajamento no apoio às atividades preventivas com base na filosofia da responsabilidade compartilhada.
Dirigir as ações de educação preventiva, de forma continuada, com foco no indivíduo e seu contexto sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas, incentivar a diminuição do consumo e diminuir os riscos e danos associados ao seu uso indevido.
Incluir processo de avaliação permanente das ações de prevenção realizadas pelos Governos, Federal, Estaduais, Municipais, observando-se as especificidades regionais.
Fundamentar as campanhas e programas de prevenção em pesquisas e levantamentos sobreo uso de drogas e suas conseqüências, de acordo com a população-alvo, respeitadas as características regionais e as peculiaridades dos diversos segmentos populacionais, especialmente nos aspectos de gênero e cultura.
Propor a inclusão, na educação básica e superior, de conteúdos relativos à prevenção do uso indevido de drogas.
Priorizar ações interdisciplinares e contínuas, de caráter preventivo e educativo na elaboração de programas de saúde para o trabalhador e seus familiares, oportunizando a prevenção do uso indevido de drogas no ambiente de trabalho em todos os turnos, visando à melhoria da qualidade de vida, baseadas no processo da responsabilidade compartilhada, tanto do empregado como do empregador.
Recomendar a criação de mecanismos de incentivo para que empresas e instituições desenvolvam ações de caráter preventivo e educativo sobre drogas.
Tratamento 
 No Orçamento Geral da União devem ser previstas dotações orçamentárias, em todos os ministérios responsáveis pelas ações da Política Nacional sobre Drogas, que serão distribuídas de forma descentralizada, com base em avaliação das necessidades específicas para a área de tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional, estimulando o controle social e a responsabilidade compartilhada entre governo e sociedade
 A capacitação continuada, avaliada e atualizada de todos os setores governamentais e não-governamentais envolvidos com tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional dos usuários, dependentes e seus familiares deve ser garantida, inclusive com recursos financeiros, para multiplicar os conhecimentos na área.
Diretrizes
Promover e garantir a articulação e integração em rede nacional das intervenções para tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional (Unidade Básica de Saúde, ambulatórios, Centro de Atenção Psicossocial, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, comunidades terapêuticas, grupos de auto-ajuda e ajuda mútua, hospitais gerais e psiquiátricos, hospital-dia, serviços de emergências, corpo de bombeiros, clínicas especializadas, casas de apoio e convivência e moradias assistidas) com o Sistema Único de Saúde e Sistema Único de Assistência Social para o usuário e seus familiares, por meio de distribuição descentralizada e fiscalizada de recursos técnicos e financeiros.
Desenvolver e disponibilizar banco de dados, com informações científicas atualizadas, para subsidiar o planejamento e avaliação das práticas de tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional sob a responsabilidade de órgãos públicos, privados ou de organizações não-governamentais, devendo essas informações ser de abrangência regional (estaduais e municipais), com ampla divulgação, fácil acesso e resguardando o sigilo das informações.
Definir normas mínimas que regulem o funcionamento de instituições dedicadas ao tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional, quaisquer que sejam os modelos ou formas de atuação, monitorar e fiscalizar o cumprimento dessas normas, respeitando o âmbito de atuação de cada instituição.
Estabelecer procedimentos de avaliação por uma comissão tripartite e paritária para as diversas
modalidades de tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional, para usuários dependentes e familiares, com base em parâmetros comuns, adaptados às realidades regionais, permitindo a comparação de resultados entre as instituições, aplicando para esse fim recursos técnicos e financeiros.
Desenvolver, adaptar e implementar diversas modalidades de tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional dos dependentes químicos e familiares às características específicas dos diferentes grupos: crianças e adolescentes, adolescentes em medida socioeducativa, mulheres, gestantes, idosos, pessoas em situação de risco social, portadores de qualquer co-morbidade, população carcerária e egressos, trabalhadores do sexo e populações indígenas, por meio da distribuição descentralizada de recursos técnicos e financeiros.
Propor, por meio de dispositivos legais, incluindo incentivos fiscais, o estabelecimento de parcerias e convênios em todos os níveis do Estado, que possibilitem a atuação de instituições e organizações públicas, não- governamentais ou privadas que contribuam no tratamento, na recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional.
Propor a criação de taxas específicas para serem arrecadadas em todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal) sobre as atividades da indústria de bebidas alcoólicas e do tabaco, para financiar tratamento, recuperação, redução de danos e reinserção social e ocupacional de dependentes químicos familiares.
Fundo Nacional Antidroga
	
		
	
		
 O Fundo Nacional Antidrogas (Funad) é gerido pela Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Seus recursos são constituídos de dotações específicas estabelecidas no orçamento da União, de doações, de recursos de qualquer bem de valor econômico, apreendido em decorrência do tráfico de drogas de abuso ou utilizado em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas, após decisão judicial ou administrativa tomada em caráter definitivo.
 Os recursos da Funad, em síntese, são destinados ao desenvolvimento, à implementação e à execução de ações, programas e atividades de repressão, de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes de substâncias psicoativas.
 
Garantir a destinação dos recursos provenientes das arrecadações do Fundo Nacional Antidrogas (composto por recursos advindos da apropriação de bens e valores apreendidos em decorrência do crime do narcotráfico) para tratamento, recuperação, reinserção social e ocupacional.
Estabelecer parcerias com universidades para implementação da capacitação continuada, por meio dos pólos permanentes de educação, saúde e assistência social.
Propor que a Agência Nacional de Saúde Suplementar regule o atendimento assistencial em saúde para os transtornos psiquiátricos e/ou por abuso de substâncias psicotrópicas, de modo a garantir tratamento tecnicamente adequado previsto na Política Nacional de Saúde.
Enfrentamento do crack na Região Noroeste
 Essa é uma das ações previstas no pacote de combate à droga do governo federal. 
308 Consultórios de Rua com médicos, psicólogos e enfermeiros farão uma busca ativa.
2.462 leitos em enfermarias especializadas em dependência química serão criados no SUS.
2,8 milhões de aluno serão beneficiados em ações de prevenção às drogas nas escolas.
Internação voluntária que acontece com consentimento do paciente. 
Nesse caso, o hospital deve comunicar ao Ministério Público estadual em até 72h.
Internação compulsória quando é determinada pela Justiça.
 
O Espírito Santo quer focar no trabalho de prevenção.
O Estado e os municípios terão direito a "uma fatia do bolo" de R$ 4 bilhões do governo federal. "Depende apenas de que preparem os projetos que estejam ligados à questão da dependência química, e que façam parte da rede. Uma vez protocolado o serviço junto ao Ministério da Saúde, os recursos são liberados".
Atualmente, 12 Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) estão em construção no Estado. Cada prédio custa R$ 1,5 milhão. O município doa o terreno, e o Estado paga a construção e a mobília.
Municípios já desenvolvem projetos e vão ampliar ações
No município da Serra, foi feita uma unidade de tratamento para dependentes químicos, em Muribeca. O local - que é administrado pela Fazenda da Esperança - tem 40 vagas para internação e foi inaugurado no primeiro semestre de 2012.
Também na Serra, foi feita a construção de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) voltado para o atendimento de crianças e adolescentes. Além disso, o Consultório de Rua entrou em operação no início de 2012.
Enquanto isso, em Vitória, o Consultório de Rua já funciona há três anosna Vila Rubim, no Sambão do Povo e na Praia do Canto.
3.2 Colatina em combate 
 O Projeto “Caminhos do Cuidado” vai capacitar trabalhadores em saúde de Colatina
Está sendo realizado em Colatina, o Projeto “Caminhos do Cuidado”, que vai capacitar trabalhadores em saúde no atendimento aos usuários de crack e outras drogas através do curso de “Formação em Saúde Mental (Crack, Álcool e outras Drogas)”.
O curso de formação é para os agentes comunitários de saúde distribuídos por todos os estados e regiões do país. O projeto abrange ainda um auxiliar ou técnico de enfermagem por equipe de saúde da família. 
O Projeto “Caminhos do Cuidado” se configura na formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família, com vistas a prevenção em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas’ visando melhorar a atenção ao usuário e seus familiares, por meio da formação e qualificação dos profissionais da Rede de Atenção Básica à Saúde. 
Os profissionais receberão informações sobre os melhores procedimentos e as práticas mais eficientes para o atendimento aos usuários de drogas, visando sempre a redução de danos. 
Colatina acolheu o curso com a ideia de melhorar a qualificação de seus profissionais de saúde. Sendo que no momento estão sendo capacitadas três turmas com a média de quarenta alunos cada, durante cinco encontros semanais nas terças, quartas e quintas-feiras no auditório da Secretaria Municipal de Saúde. Serão disponibilizadas mais três turmas para serem capacitadas em agosto abrangendo assim 100% dos Agentes comunitários de Saúde e Técnicos de enfermagem. 
O curso é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, o Grupo Hospitalar Conceição e a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS). A meta é oferecer formação para aproximadamente 290.197 alunos, em todo território nacional.
	 
	 
	 
Conclusão
 
 Pensar em solução para a questão do crack e outras drogas, significa objetivar uma rede articulada de ação de prevenção e enfrentamento da questão, que envolva a comunidade, as escolas, a rede de saúde, as delegacias, os conselhos tutelares, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referências Especializados de Assistência Social (CREAS), as ONGs, os narcóticos anônimos, as instituições de práticas terapêuticas, a mídia, as igrejas, a família e principalmente, o usuário. Só envolvendo toda a sociedade se pode enxergar perspectivas de mudança no quadro social.
 Não é uma tarefa fácil, mas é fundamental, e a possibilidade de mudança e reinserção social só existem a partir do fortalecimento dos vínculos afetivos; por isso se faz necessário ouvir o usuário a partir da realidade na qual está inserido, o que inclui analisar a estrutura que o Município, Estado ou Região dispõe para o atendimento daquele usuário. Nenhuma política consegue por si só garantir tamanho propósito. 
 Para alinhar a rede de assistência em uma idéia de prevenção, atendimento e enfrentamento da questão do crack é preciso também pensar o acolhimento, o tratamento, a reinserção social e a capacitação da equipe que irá atender a acompanhar o usuário, contando com atendimento a jovens grávidas e mães de usuários. Uma mobilização nacional é de suma importância, Pois produzirá informações e orientações, com uma atenção maior às áreas de vulnerabilidade ao tráfico de drogas e as regiões de fronteira.
 Assim o intuito de dialogar, mobilizar e fortalecer os Municípios, Estado e Regiões na prevenção e enfrentamento dos problemas que o crack e outras drogas vêm causando.
Referencias Bibliográficas 
Drogas, Política sobre; WWW.portal.mj.gov.br
A Gazeta; WWW.gazetaonline.globo.com/es
Fundo Nacional Antidrogas; WWW.governo.estadodoespiritosanto.br
Pacto pela PAZ contra o CRACK; WWW.projetocrackemortecolatinaes.com.br
Colatina Online; www.es.gov.br/noticias/mostrar

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