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UNIVERSIDADE ESTADUALDE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA 3212 – FÍSICA EXPERIMENTAL CAMPO MAGNÉTICO Acadêmicos e acadêmica: Bruno Moisés da Silva Valentin R.A.: 90255 Gleicon Vinícius de Paula R.A.: 89706 Letícia Utiyama R.A.: 88941 Rômulo Luzia de Araújo R.A.: 82193 Docente: Dr. Antônio Medina Neto MARINGÁ Setembro de 2015 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 6 3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 7 3.1. Materiais ....................................................................................................................... 7 3.2. Métodos ....................................................................................................................... 7 3.2.1. Parte A ................................................................................................................. 7 3.2.3. Parte C ................................................................................................................. 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 9 5. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 14 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 15 3 1. INTRODUÇÃO O estudo do magnetismo originou-se da observação de que certas pedras (a magnetita) podiam atrair pedaços de ferro. Pelo fato da agulha de uma bússola alinhar-se ao campo magnético da Terra, pode-se inferir que ela é um grande ímã natural. Seu polo norte geográfico corresponde ao seu polo sul magnético, logo, o polo norte da agulha de uma bússola apontará ao polo norte geográfico do planeta Terra. Os ímãs tem sidos usados como instrumentos de navegação desde o século XI. A partir de experimentos, no século XIX, mais precisamente em 1820, o cientista dinamarquês Ørsted, ao observar que a agulha de uma bússola sempre era desviada por um fio conduzindo corrente elétrica, notou a relação entre eletricidade e magnetismo. Diz-se que no espaço onde que circunda um ímã, ou um condutor percorrido por uma corrente elétrica, existe um campo magnético. O vetor do campo magnético B está relacionado com suas linhas de indução, de modo que, a reta tangente a uma linha de indução num ponto qualquer dá a direção do vetor B neste ponto.Com os resultados destas práticas, estabeleceu-se a lei de Biot-Savart, que quantifica o cálculo de um campo magnético originado por uma corrente. Quando se trata de um condutor retilíneo, o módulo do campo é expresso por: Para a qual refere-se à permeabilidade magnética do vácuo, com valor de . Figura 1: campo magnético a uma distância r dum fio. 4 As linhas de indução deste campo serão sempre circunferência concêntricas com o fio, sendo seu sentido expresso pela regra da mão direita. Agora, ao se imaginar um fio infinito, o campo magnético em um ponto arbitrário sobre este será dado por: A partir de (2), pode-se também pensar nas proporções tomaria para um campo magnético posicionado ao centro de um número N de espiras, percorridas por uma corrente e perpendicular ao plano da bobina. Vale ter ciência de que os efeitos magnéticos produzidos pela passagem de uma corrente num fio podem ser aumentados enrolando-se este fio de modo a formar uma bobina de muitas espiras. Figura 2: sistema proposto, mostrando orientação da bobina. Com a fórmula desta relação sendo: Ao colocar-se uma bússola em posição central a esta bobina, sua agulha alinhar-se-á à direção do campo magnético exercido pela Terra. Quando uma corrente é estabelecida, a agulha começará a se alinhar na direção do campo magnético resultante. Esta relação de campo magnético resultante e campo magnético terrestre é expressa por: 5 Figura 3: orientação do campo magnético resultante. No qual refere-se ao campo magnético terrestre, que possui valor estimado para a região de Maringá de e ao campo magnético da bobina. Da figura 2 também pode-se extrair que O campo magnético apresenta variação de acordo com sua distância ao longo do eixo, em acordo com a expressão abaixo: Na qual d corresponde à distância do ponto a ser levado em consideração e o centro da espira. Porém, ao tratar-se de um quadrado, onde , tem-se: 6 2. OBJETIVOS Neste experimento, visa-se verificar a proporcionalidade do campo magnético de uma bobina ao número de espiras e à corrente. Quer-se também determinar empiricamente o valor da componente horizontal do campo magnético terrestre aqui da região de Maringá. Além disso, aferir-se-á o valor do campo magnético de uma bobina e verificar a dependência do campo magnético de uma bobina com a distância d em seu próprio eixo. Por fim, a permeabilidade magnética do vácuo será encontrada. 7 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Materiais Bússola; Amperímetro; Cabos; Bússola; Cavaletes de madeira; Jacaré; Fio condutor; Trena. 3.2. Métodos 3.2.1. Parte A O circuito foi mostrado conforme figura abaixo, com o fio condutor formando uma única espira no cavalete, a f.e.m. aplicada neste momento tinha valor de . Para que não houvesse influências grandes na medição, a fonte e o amperímetro foram colocados longe do cavalete, além do experimento ter sido conduzido no chão, para que os metais presentes na estrutura da mesa também não influenciassem no resultado final. Figura 4: circuito RL montado para o experimento. A bússola foi, então, colocada no centro da espira, apoiada pelo cavalete. Fez-se questão de manter a agulha da bussola alinhada ao plano da bobina. Ligou-se então a fonte da tensão, liberando a corrente no sistema. Anotou-se então o que ocorreu com a agulha da bússola. Depois disso, 8 aumentou-se a tensão a e observou-se também o ocorrido. Uma vez que ela se encontrava a , aumentou-se o número de espiras para 5 e, posteriormente, para 10, anotando sempre em seguida o movimento da agulha. A influência da adição de espiras encontra-se transcrita na tabela 1. No fim, ao trocar-se as posições dos terminais da fonte, inverteu-se o sentido das correntes e notou-se o que aconteceu com a agulha. 3.2.2. Parte B Para esta parte do experimento, a bússola foi mais uma vez alinhada ao centro da bobina, porém, desta vez alterou-se a corrente em intervalos de , até atingir-se , mantendo-se sempre o número de 10 espiras. Os ângulos adotados pela agulha da bússola em cada intensidade de corrente foram anotados na tabela 2 que se encontra na seção de resultados e discussões deste relatório. 3.2.3. Parte C Finalizando as atividades experimentais da noite, foi a hora de verificar ainfluência da distância no campo magnético. Para tal, posicionou-se mais uma vez a bússola no centro da bobina, e a corrente foi posta com intensidade de . Então afastou-se a bússola em intervalos de , verificando o desvio da agulha a cada nova posição. Os dados aqui coletados estão contidos na tabela 3. 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES É sabido dos conhecimentos teóricos que a quantidade (N) de espiras condutoras é um fator determinante na intensidade do campo magnético induzido pela corrente elétrica (i) ao passar nas espiras. É entendido que o crescimento dos ângulos em uma bússola significa que o campo magnético que ali passa, está se intensificando. Ao variar a quantidade de espiras, foi possível montar a tabela 1, referente à influência do aumento das espiras, com uma corrente elétrica constante, no campo magnético induzido. Tabela 1: Influência da adição de espiras, com corrente constante a . Nº de espiras 1 5 10 Ângulo (α) 15o 55o 70o tg α 0,27 1,43 2,75 Ao inverter o sentido da corrente elétrica, notou-se que os ângulos da bússola cresciam em sentido oposto ao anterior. Outro fator que afeta diretamente a intensidade do campo magnético induzido é a corrente elétrica. Dessa forma, com o número de espira fixas e a intensidade de corrente foi variada. Com isso, montou-se a tabela 2 e ainda o gráfico 1. Tabela 2: Resultados obtidos da parte B do experimento, com . i (A) 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Ângulo (α) 30o 45o 60o 65o 70o tg α 0,58 1 1,73 2,14 2,75 i (A) 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 Ângulo (α) 73o 75o 78o 80o 80o tg α 3,27 3,73 4,70 5,67 5,67 10 Gráfico 2: Variação da Tangente (tg α) devida à intensidade de corrente elétrica (i). Ainda deste gráfico é possui retirar o coeficiente angular (M), o qual possui um valor de: Mantendo tanto a corrente elétrica (i) e o número de espiras (N) constantes, afastou-se a bússola, em uma trajetória retilínea, do centro do pedestal. Destarte, fez-se a tabela 4 e o gráfico 2, referentes à variação do campo magnético induzido (Bb), de acordo com a variação com a distância. Encontram-se também, os valores teóricos (BB.teo), calculados com o auxílio da equação (5), e experimentais (BB.exp.), encontrados através da equação (4). 11 Tabela 3: Dados coletados a partir da parte C. d (cm) 0 5 10 15 θ 70o 65o 55o 45o tg α 2,75 2,14 1,43 1 BB exp. 5,36x10 -5 4,18x10-5 2,78x10-5 1,95x10-5 BB teo. 4,72x10 -5 3,72x10-5 2,40x10-5 1,42x10-5 d (cm) 20 25 30 35 θ 30o 20o 10o 10o tg α 0,58 0,36 0,18 0,18 BB exp. 1,13x10 -5 7,10x10-6 3,44x10-6 3,44x10-6 BB teo. 8,48x10 -6 5,28x10-6 3,46x10-6 2,35x10-6 Plotou-se, então, estes dados no gráfico abaixo, para melhor visualização e comparação dos resultados obtidos: Gráfico 1: Variação de Bs devido à distância (d). 12 Pode-se verificar através deste gráfico que, a intensidade do campo magnético induzido decresce com o aumento da distância (d) entre a bússola e o centro da espira. Assim como previsto pelos embasamentos teóricos. Ao multiplicar a constante do campo magnético terrestre pela tangente do ângulo entre os campos, isso deveria resultar no próprio campo magnético induzido (BB teo.), mas como os valores relacionados à tangente (tg θ) foram arredondados para a facilidade dos cálculos, houve uma pequena discrepância entre as curvas. Com a manipulação algébrica das equações (3) e (4), presentes na introdução deste relatório, foi possível determinar experimentalmente o campo magnético terrestre (BT) na cidade de Maringá: Utilizando que tg α = 2,75 e BB teo = 4,81x10 -5 T tem-se que: O valor teórico para BT em Maringá é de 1,95x10 -5 T o desvio é de 10,77%. Com base nos dados é possível calcular o desvio percentual das medidas através da equação abaixo: Equação 1: Cálculo de desvio percentual. Atribuindo-se em (6) os valores já previamente encontrados, foi possível realizar a construção de uma tabela, explicitando o desvio atribuído a cada medida experimental em cada distância tomada: 13 Tabela 4: desvio encontrado para cada medida a uma distância d. d (cm) D% 0 13,56% 5 12,36% 10 15,83% 15 37,3% 20 33,3% 25 34,46% 30 0,31% 35 46,38 % Percebe-se que há uma discrepância considerável entre os valores teóricos e experimentais. Pode-se, talvez, justifica-la pela influência de objetos ferromagnéticos (as bancadas, celulares, calculadoras, etc.) que estavam presentes próximos quando realizado o experimento. 14 5. CONCLUSÕES A partir dos resultados obtidos via experimentos realizados, consegue-se notas de que o campo magnético é sim dependente do número de espiras e intensidade da corrente de um sistema, aumentando sempre conforme o valor daquelas também é acrescido. Já o aumento da distância do ponto analisado ao centro da espira tem influência contrária que a corrente e o número de espiras: quanto mais distante, menor é o valor de campo magnético encontrado. Por fim, pode-se medir o valor do campo magnético terrestre utilizando como base os valores experimentais. Encontrou-se valor parecido, sendo a diferença com o teórico explicada por vários fatores, como clima e presença e objetos ferromagnéticos. 15 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] UEM. Apostila de Física Experimental III: Eletricidade e Magnetismo. EDUEM, 2010, p.43-47. [2] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; KRANE, K. S. Física 3. 5ª Ed. Rio de Janeiro, Editora LTC, 2011. [3] CAVALCANTI, P. J. M. Fundamentos de eletrotécnica. 17ª Ed. Rio de Janeiro, Livraria Freitas Bastos S.A. [4] TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros Vol. 2: eletricidade e magnetismo, óptica. 6ª Ed. Editora LTC, 2009.
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