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PACOTE DAS MATÉRIAS COMUNS PARA O MPU 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
Olá, prezado aluno! 
Nesta aula 1, trataremos do emprego e da colocação de 
classes de palavras, assunto importante nas provas do Cespe. Portanto 
estude o assunto com muito empenho. 
Ao todo, são dez as classes de palavras. Umas variáveis e outras 
invariáveis. É importante fazermos uma síntese delas e de suas definições 
nesse primeiro momento. Eis abaixo um quadro que resume bem a parte 
teórica: 
Classe Gramatical Definição 
Substantivo 
É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares, 
instituições, animais, entes de natureza espiritual 
ou mitológica, etc.) 
Substantivo comum de 
dois números 
Tem a mesma forma para o singular e o plural: 
lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será 
estabelecida por meio de outro elemento 
linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus 
etc. 
Substantivo comum de 
dois gêneros 
Apresenta uma só forma para ambos os gêneros. 
Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de 
qualquer outro determinante. Exemplos: o/a 
colega, o/a agente, o/a lojista. 
Substantivo 
sobrecomum 
Possui uma só forma e um só gênero a fim de 
designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a 
pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o 
monstro. 
Substantivo epiceno 
Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de 
designar animais de ambos os sexos. Usam-se as 
expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a 
distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a 
PACOTE DAS MATÉRIAS COMUNS PARA O MPU 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
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2
cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou 
fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. 
Artigo 
(definidos: o, a, os, 
as; indefinidos: um, 
uma, uns, umas) 
É a palavra que se antepõe ao substantivo, 
servindo basicamente para generalizar ou 
particularizar o sentido desse substantivo. Em 
alguns casos, o artigo é essencial na identificação 
do gênero e do número do substantivo. Exemplos: 
Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à 
aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi 
demitida. – O pires quebrou. / Os pires 
quebraram. 
Adjetivo 
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe 
atribuir uma característica. Com ele concorda em 
número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros 
bons, árvore alta, tapete novo etc. 
Adjetivo uniforme 
Mantém a mesma forma tanto quando se refere a 
substantivos masculinos quanto a femininos. 
Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável, 
obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça 
adorável. 
Numeral 
É a palavra que indica a quantidade ou a posição 
dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem 
(cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo 
(ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze 
avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo 
(multiplicativos). 
Advérbio 
É a palavra invariável que se refere a um verbo, um 
advérbio ou a um adjetivo, indicando uma 
circunstância (causa, tempo, modo etc.). Exemplos: 
PACOTE DAS MATÉRIAS COMUNS PARA O MPU 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
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3
Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal 
“chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu 
bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, 
intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude 
menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, 
intensificando-lhe o sentido). 
Interjeição 
É a palavra invariável que exprime emoções ou que 
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a 
adotar certo comportamento sem que se faça uso 
de estruturas linguísticas mais elaboradas. 
Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! 
Preposição 
É a palavra invariável que conecta (liga) palavras 
ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do 
céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu 
para sair mais cedo. 
Conjunção 
É a palavra invariável que une orações ou termos 
de uma oração. No desempenho desse papel, a 
conjunção pode relacionar termos e orações 
sintaticamente equivalentes (as chamadas orações 
coordenadas) ou relacionar uma oração principal a 
uma oração que lhe é subordinada. Exemplos: 
Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e 
Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos. 
Verbo 
É a palavra que designa um processo (ação, desejo, 
estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe 
gramatical mais rica em variação de formas. Pode 
mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número 
e voz. No dicionário, são encontrados no modo 
infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser, 
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amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do 
verbo. Exemplos: Ele estuda. (ação) / 
Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está 
doente. (estado) / A lagarta virou borboleta. 
(mudança de estado) / Choveu forte. 
(fenômeno) 
Pronome 
Palavra que substitui o nome (pronome 
substantivo) ou que o acompanha (pronome 
adjetivo) para tornar claro o seu significado. 
Existem seis classes de pronomes: 
Pessoal 
Indica diretamente as pessoas do discurso (no 
singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª 
pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se 
fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, 
se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, 
comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, 
convosco. Também são pessoais os pronomes de 
tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa 
senhoria, vossa excelência, etc. 
possessivo 
Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a 
posse de algo.: Meu, minha, meus, minhas, 
nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, 
tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, 
seus, suas. 
demonstrativo 
Indica a posição dos seres em relação às pessoas 
do discurso, situando-os no tempo e no espaço. 
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto. 
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, 
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5
aquilo. 
relativo 
É aquele que, em uma oração, se refere a um 
termo constante em oração anterior, chamado 
antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava 
danificado. São pronomes relativos: que, quem, 
quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, 
a qual, os quais, as quais. 
indefinido 
Refere-se à terceira pessoa do discurso num 
sentido vago ou exprimido quantidade 
indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre 
alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e 
número. São pronomes indefinidos: algum, 
alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, 
quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. 
interrogativo 
É aquele usado para formular uma pergunta direta 
ou indireta: que, quem, qual, quanto. 
 
Tenho observado que bancas examinadoras como Cespe, Esaf e 
FCC não se detêm, geralmente, nos questionamentos sobre a definição dessas 
classes. Antes, privilegiam o emprego delas no contexto em que estão 
inseridas e, consequentemente, o nexo semântico que estabelecem com o 
restante do período. Todavia, é a partir do conhecimento das definições que 
reuniremos subsídios para compreender o funcionamento de cada classe 
gramatical. 
 
• Emprego de substantivos 
Com frequência, as formas sintéticas de aumentativo e diminutivo 
indicam valor semânticopejorativo: mulherzinha; livreco, sabichão etc. 
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Às vezes, essas mesmas formas são empregadas para traduzir 
valor semântico afetivo, carinhoso: amorzinho, mulherão, mãezona, paizinho 
etc. 
Em alguns casos, o emprego dessas formas já não indica mais a 
ideia de grau aumentativo ou diminutivo. Passam elas a sugerir significado 
diferente daquele expresso pelo substantivo normal: caixão, cartilha, folhinha 
(calendário), película, portão, flautim, calção etc. 
[...] 
 
1. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/Telecomunicações e Eletricidade/2012) Na 
construção do sentido do texto, destaca-se a ambiguidade do vocábulo 
“militar”, que, no contexto em que aparece, pode ser classificado ora 
como substantivo, ora como verbo. 
Comentário – Como substantivo, o vocábulo “militar” significa integrante de 
uma das Forças Armadas. Como verbo, significa seguir uma carreira, ou atuar 
em um partido, uma organização etc. Portanto é possível entender que o 
jornalista aproveitou a oportunidade para reclamar da intromissão das Forças 
Armadas na liberdade de imprensa ou para, a exemplo do coronel, desabafar 
sobre as dificuldades da sua própria atividade profissional. 
Resposta – Item certo. 
 
• Emprego de artigos 
 
1) Ambos 
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, 
caso este admita o seu uso. 
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Ex.: Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é 
substantivo que admite artigo.) 
Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que admite 
artigo.) 
Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento 
que não admite artigo.) 
 
2) Todos 
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento 
posterior, caso este admita o seu uso. 
Ex.: Todos os atletas foram declarados vencedores. 
Todas as leis devem ser cumpridas. 
Todos vocês estão suspensos. 
 
3) Todo 
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar 
integralidade do que é considerado, totalidade daquilo que é 
mencionado; não se usa para indicar generalização. 
 
Ex.: Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro, totalmente.) 
Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país 
indiscriminadamente.) 
 
ATENÇÃO! É possível surgirem questões que abordam a diferença entre os 
sentidos desses tipos de enunciados. Normalmente, é perguntado se o 
emprego ou a retirada do artigo preserva ou altera a informação original. 
Perceba que há alteração de sentido. Tomando o segundo exemplo como ponto 
de partida, a construção Todos os países (no plural mesmo) sofrem por 
algum motivo conserva o significado inicial. 
 
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8
 [...] 
 No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os 
 requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do 
25 requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos 
 legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo 
 universal. 
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações). 
2. (Cespe/TRE-MS/Técnico Judiciário/2013) O artigo masculino plural os 
poderia ser corretamente inserido após “Todos”, em “Todos requisitos” 
(L.25). 
Comentário – A expressão Todos os requisitos legítimos abrangeria 
requisitos diferentes daqueles mencionados no texto. Bastaria que fossem 
legítimos para que diversos requisitos estivessem subentendidos na expressão 
em negrito. Essa não é a ideia original. O pronome “Todos” sintetiza e retoma 
especificamente os requisitos listados no trecho anterior: “requisitos da 
nacionalidade, idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento 
eleitoral”. A ideia originalmente expressa pelo enunciador é que os requisitos 
mencionados são todos legítimos. 
Perceba também que o emprego do artigo os prejudicaria a 
coesão entre os elementos do texto, pois sugeriria que a expressão Todos os 
requisito legítimos seria um suposto sujeito sem um verbo que lhe servisse 
de base para compor uma oração. Analise: Todos os requisito legítimos 
(???) e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo universal. Assim, a 
passagem tem sua coerência e sua coesão prejudicadas. 
Resposta – Item errado. 
 [...] 
 Para um número crescente de pessoas em todo o 
 mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como 
28 relativamente fixa e determinada. [...] 
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9
Anthony Giddens. Democracia. In: Mundo em descontrole. 
Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 78-82 (com adaptações). 
3. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) A interpretação da expressão 
“todo o mundo” (L.26-27), em “Para um número crescente de pessoas em 
todo o mundo”, é ambígua, assim como a da expressão todo mundo em 
Em todo mundo há esperança. 
Comentário – Não existe essa tal ambiguidade. O que existe é a ideia de 
integralidade no primeiro caso e de generalização no segundo. Na frase “todo o 
mundo”, considera-se totalmente o mundo, isto é, todas as partes dele, não 
ficando nada de fora, conforme o próprio contexto. Na frase Em todo mundo 
há esperança, a ideia é que existe esperança em qualquer pessoa, 
indiscriminadamente. 
Resposta – Item errado. 
 
4) Cujo 
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo. 
 
Ex.: As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e 
não: cujas as bolsas.) 
 
5) Nomes de jornais, revistas, obras literárias 
Deve-se evitar contrair com preposição o artigo que faz parte do 
nome de jornais, revistas, obras literárias. 
 
Ex.: Li a notícia nO Estado de São Paulo. (ou Li a notícia no Estado de 
São Paulo) – não recomendado 
Li a notícia em O Estado de São Paulo. – recomendado 
 
 
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10
[...] 
 
[...] 
 
4. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) A inserção 
do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” 
(L.6) não alteraria o sentido original do período. 
Comentário – Sem o artigo, o substantivo é entendido em sentido genérico, 
não especificado. Quais ou quantos “policiais”: todos, alguns, dois, três? Com o 
artigo definido os, o substantivo “policiais” tem seu alcance semântico 
delimitado. A referência agora é a todos os policiais da delegacia. 
Resposta – Item errado. 
 
[...] 
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11
 
5. (Cespe/PC-CE/Inspetor/2012) Os substantivos “velhice” (L.1) e “tese” 
(L.11) estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido 
genérico. 
Comentário – Para resolver acertadamente esta questão, você precisa notar o 
que vem antes desses substantivos. Em “à velhice”, tem-se a fusão da 
preposição a com o artigo definido a. Os artigos definidos (o, os, a, as) são 
antepostos aos substantivos para dar aos seres um sentido determinado. 
Semelhantemente, é isso que também ocorre em “à tese”. 
Resposta – Item errado. 
 
• Emprego de adjetivos 
Destacarei dois fatos importantes quanto ao emprego deles. O 
primeiro éque também atingimos o grau superlativo (elevação ou redução da 
qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de outro 
ser) com a repetição do adjetivo: 
Ex.: O filme foi muito lindo. 
O final do filme foi lindo, lindo. 
O segundo fato é que, quando comparamos a mesma qualidade 
atribuída a dois seres, não empregamos as formas mais bom, mais mau, 
mais grande e mais pequeno. 
Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar. 
A reprovação é pior do que alguns meses de dedicação. 
Mas quando comparadas duas qualidades do mesmo ser, 
usamos a forma analítica desses adjetivos. 
Ex.: João é mais pequeno do que inteligente. 
Seu comportamento é mais bom do que mau. 
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• Emprego de pronomes 
1. Diferença quanto ao emprego dos pronomes pessoais 
a) Ele virou ela. 
 
 
 
b) Quero falar com ele. 
Sou útil a ele. 
Vi-o na rua. 
 
1 Especialmente no que comunica o papel da justiça 
 eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral, cabe a ela 
 garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe 
4 é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas 
 ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente 
 pelo eleitor no resultado das urnas. [...] 
Paola Biaggi Alves de Alencar. A concretização do direito eleitoral 
a partir dos princípios constitucionais estruturantes. In: Revista 
de Julgados/Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, vol. 1, 2002, 
Cuiabá: TRE/MT, 2002/6 v, p. 99 (com adaptações). 
6. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) O pronome “lhe” (L.3) exerce a 
função de complemento verbal indireto na oração em que se insere. 
Comentário – O pronome oblíquo átono “lhe” complementa o sentido do 
adjetivo “cabível”, portanto não funciona como complemento indireto de verbo. 
A função do pronome é de complemento nominal. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
Serão empregados os do caso oblíquo nas 
demais funções sintáticas (complemento 
verbal, complemento nominal etc.) 
Na função de sujeito e de predicativo, o pronome 
pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto. 
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13
 
c) Eu contei a ti o que acontecera. 
Você terá de viajar com nós dois. 
Você terá de viajar conosco. 
 
 
 
 
 
CUIDADO! Não vá sem eu saber. 
Todos saíram, exceto eu. 
 
 
 
 
d) Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. 
Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. 
 
 
 
 
e) Mandei-o sair da sala. 
Fiz-lhes ver que estavam errados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como complementos 
verbais, o(s), a(s) 
desempenham função de 
objeto direto; lhe(s), de 
objeto indireto. 
Mesmo diante de preposição, o 
pronome pessoal do caso reto 
será empregado quando for 
sujeito de verbo, ainda que este 
esteja elíptico. 
Os pronomes oblíquos tônicos são 
precedidos de preposição. 
Usa-se com nós ou com vós 
quando tais expressões vierem 
acompanhadas de elementos de 
realce, numeral, pronome ou 
oração adjetiva. 
LHE(S) só poderá ser sujeito de 
verbo infinitivo transitivo direto. 
Mandei-lhe sair da sala seria 
uma construção errada, já que 
“sair” tem regência intransitiva. 
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2. Pronomes de tratamento 
PRONOME DE 
TRATAMENTO 
ABREVIATURA 
USADO PARA SE 
DIRIGIR A 
Senhor, Senhora Sr., Srª tratamento formal 
Você V. tratamento informal 
Vossa Alteza V. A. príncipes e duques 
Vossa Eminência V. Emª cardeais 
Vossa Excelência V. Exª 
altas autoridades e 
oficiais-generais 
Vossa Magnificência V. Magª reitores de universidades 
Vossa Majestade V. M. reis e imperadores 
Vossa Reverendíssima V. Rev.ma sacerdotes em geral 
Vossa Santidade V. S. papa 
Vossa Senhoria V. Sª 
tratamento formal para 
pessoas graduadas. 
 
As formas de tratamento designam indiretamente a 2ª pessoa do 
discurso (aquela com quem se fala), mas conduzem todas as concordâncias 
nominal e verbal da frase para a terceira pessoa do singular ou do plural, 
conforme o caso. 
• Particularidades 
a) Vossa Excelência fez um belo discurso. (para dirigir-se à pessoa, ainda 
que por meio de correspondências) 
Sua Excelência fez um belo discurso. (fala-se da pessoa) 
b) Vossa Excelência apresentará seus projetos? (note que o verbo e o 
pronome correspondem à terceira pessoa; o adjetivo tende a concordar 
com o gênero da pessoa – concordância ideológica) 
 
c) Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado) 
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Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo) 
(muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os 
outros pronomes para a terceira pessoa) 
 
3. Pronomes possessivos 
 
Referem-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de 
algo. Concordam em gênero e número com “a coisa” possuída. 
Primeira pessoa 
Meu(s), minha(s), 
nosso(s), nossa(s) 
Segunda pessoa 
Teu(s), tua(s), 
vosso(s), vossa(s) 
Terceira pessoa Seu(s), sua(s) 
 
4. Pronomes demonstrativos 
Indicam a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, 
situando-os no tempo e no espaço. 
 
RONOMES TEMPO ESPAÇO 
Este(s), esta(s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala 
Esse(s), essa(s), isso 
Passado próximo Perto da pessoa com 
quem se fala 
Aquele(s), aquela(s), 
aquilo 
Passado longínquo Longe de quem fala e da 
pessoa com quem se fala 
Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito. 
Este rapaz ao meu lado é meu amigo. 
Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis. 
O que é isso aí do teu lado? 
Naquela época, a vida era melhor. 
O que é aquilo atrás do carro? 
Ex.: Eu trouxe meu caderno. 
Tu trouxeste tuas canetas. 
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16
• Casos Especiais 
a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este: 
empregado quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão 
textual conhecida como catafórica.). 
Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse: 
empregado quando já foi feita a referência; promove a coesão textual 
conhecida como anafórica) 
b) Comprei um carro e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão; aquele, 
para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar elementos já 
citados. Este diz respeito ao último termo; aquele, ao primeiro.) 
 
c) O que ele disse era verdade. 
Passará a que for mais capacitada. (O e a diante de que – pronome 
relativo – e de – preposição – serão pronomes demonstrativos) 
 
 [...] 
16 o triunfo de uma moral tecida de perplexidade. As execuções 
 acontecem em lugares fechados, diante de poucas testemunhas: 
 há uma espécie de vergonha. Essa discrição é apresentada como 
19 um progresso: os povos civilizados não executam seus 
 condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um 
 corolário da incerteza ética de nossa cultura. 
 [...] 
7. (Cespe/DPF/Papiloscopista/2012) O termo “Essa discrição” (l.18) 
refere-se apenas ao que está expresso na primeira oração do período 
que o antecede. 
Comentário– Este é um caso típico em que o pronome demonstrativo foi 
usado como elemento de coesão anafórica. A tal “discrição” é a maneira como 
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17
as mencionadas execuções são feitas: “em lugares fechados, diante de poucas 
testemunhas”. 
Resposta – Item certo. 
 
5. Pronomes indefinidos 
São os que têm sentido vago, impreciso, indeterminado. Alguns 
podem flexionar-se em gênero e número. 
 
• Casos Particulares 
a) Certo livro: antes do substantivo, equivale-se a pronome indefinido. 
 Livro certo: depois, equivale-se a adjetivo. 
 
b) Algum livro deve ser igual a este. Antes do substantivo, tem valor 
positivo, exprime possibilidade. 
 Livro algum deve ser igual a este. Depois, tem valor negativo, expressa 
impossibilidade. 
6. Pronomes relativos 
a) Eis os velhos amigos de que lhe falhei. 
Eis o instrumento de que lhe falei. 
O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para substituir 
coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposições com duas ou mais 
sílabas e dispensa sem e sob 
Lembre-se de que para ser conjunção integrante, esse vocábulo 
deve unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto 
indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal. 
Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada uma é.”, 
em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal “explicam” e o 
“que” não é pronome relativo. 
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18
 
b) A casa onde morei era muito antiga. (certo) 
 A reunião onde estávamos acabou tarde. (errado) 
ONDE é usado restritivamente em referência a lugar. 
A escola onde estudo foi fechada. 
A escola aonde vais é muito longe. 
A escola donde vens é muito longe. 
ONDE é pronome relativo quando substitui um termo antecedente, 
como no primeiro exemplo (onde = escola). Não deve ser confundido com 
onde = advérbio interrogativo: “Onde você estuda?”. Observe que agora o 
vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, apenas introduz uma 
pergunta que exprime a ideia de lugar. 
Usaremos aonde (contração de a + onde) quando o verbo que 
surgir após esse pronome relativo exprimir ideia de movimento e exigir a 
preposição “a”. Caso o verbo indicativo de movimento reger preposição “de”, 
usaremos “donde” (contração de de + onde). 
Ressalto que o verbo seguinte deve indicar movimento e não 
permanência (como no primeiro exemplo). Com verbos estáticos, que 
exprimem permanência, a preposição empregada será “em”. Na Língua 
Portuguesa não existe nonde, isto é, a contração de em + onde. 
c) Ele participou da reunião, a qual deu origem ao atual grupo de trabalho. 
O relativo o qual (e variações) é útil para desfazer ambiguidades. 
Perceba que, se fosse empregado o relativo QUE, haveria margem para a 
seguinte dúvida: a reunião ou ele deu origem ao atual grupo de trabalho? 
d) É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar. 
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19
O pronome relativo CUJO(S)/CUJA(S) estabelece uma relação de 
posse/dependência entre os termos antecedente e consequente. Concorda em 
gênero e número com a “coisa” possuída. 
Muito cuidado quando a banca lhe propuser a substituição dele 
por outro relativo (que, a/o qual, quem), a pretexto de que serão mantidas a 
correção gramatical e a coerência argumentativa. ISSO NÃO É VERDADE. 
NÃO É POSSÍVEL FAZER TAL SUBSTITUIÇÃO. Não confunda o caso 
anterior (correspondência entre que e o/a qual) com este. 
Observe esta construção: O professor cujo o filho nasceu está feliz. 
O que acha dela? Certa ou errada? ERRADA. A norma gramatical não abona o 
emprego de artigo antes (...o cujo...) ou depois (...cujo o...) do relativo CUJO, 
daí o motivo de não se empregar o acento indicativo de crase diante dele. 
 
1 A China já entendeu que sua passagem de emergente 
 para desenvolvida não pode prescindir da qualificação de seus 
 trabalhadores. Os chineses têm investido pesadamente no 
4 ensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicado por 
 seis nos últimos dez anos. [...] 
Editorial, O Estado de S. Paulo, 19/7/2012. 
8. (Cespe/TRE-RJ/Técnico Judiciário/2012) Mantém-se a correção gramatical 
do período ao se substituir “cujo” (L.4) por qual. 
Comentário – Se você leu atentamente o que eu acabei de escrever, não 
deve ter perdido tempo com esta questão. Não é possível substituir cujo por 
qual. O pronome relativo cujo estabelece relação de 
posse/dependência/pertencimento entre o antecedente e o consequente 
(número de matrículas do ensino superior). 
Resposta – Item errado. 
 
e) Esta é a pessoa a quem prezo como amigo. 
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O pronome relativo QUEM é utilizado em referência a pessoas e se 
faz acompanhar de preposição. Eu disse PREPOSIÇÃO e não artigo. Portanto, 
se perguntarem a você qual a classe gramatical daquele “a” em negrito, NADA 
DE DIZER “ARTIGO”. 
 
f) Esqueci tudo quanto foi dito. 
Podemos confiar em todos quantos estão presentes. 
Podemos confiar em todas quantas estão presentes. 
QUANTO (e variações) será pronome relativo quando estiver 
acompanhado de tudo (e variações). 
 
g) Essa é a hora quando as garças levantam vôo. 
Não entendi a maneira como ela se dirigiu a mim. 
QUANDO e COMO são pronomes relativos sempre que se referirem a um 
termo antecedente (“a hora” e “a maneira”, nessa ordem). O primeiro tem 
valor semântico de tempo; o segundo, de modo. 
 
[...] 
 
 
[...] 
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21
 
9. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2011) O elemento que 
possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de 
retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. 
Comentário – Preste muita atenção no enunciado. O que o examinador 
procura, na verdade, é um pronome relativo, pois é ele que retoma palavras 
ou expressões antecedentes. Assim sendo, o item está errado. Vejamos: 
– “mostra que há setores” (l. 7) => conjunção integrante, 
pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo 
mostrar. 
– “como a construção civil, que tem uma” (l. 8) => 
pronome relativo, pois substitui a expressão “construção civil” na oração em 
que aparece. Repare: a construção civil tem uma. Observação: a oração 
introduzida por pronome relativo é chamada subordinada adjetiva. 
– “que é um equívoco” (l 13) => outra conjunção 
integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto 
direto do verbo mostrar (l. 12). 
– “mostram que o mercado de trabalho já é bem” (l. 14) => 
outra vez temos uma conjunção integrante, que introduz oração 
substantiva. O “que” introduz o objeto direto do verbo mostrar. Repare o 
artifício: Os números mostram ISSO. O vocábulo ISSO se equivale à oração 
(substantiva) “que o mercado de trabalho já é...” 
Resposta – Item errado. 
[...] 
 
[...] 
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10. (Cespe/TJ-ES/AnalistaJudiciário/2011) A supressão da preposição em “em 
que” desrespeitaria as regras gramaticais, pois, por meio dela, se 
indica que o pronome “que” retoma “subjetividade” . 
Comentário – Não é verdade que o pronome relativo “que” retoma 
“subjetividade”. Ele retoma o antecedente “êthos”. A oração adjetiva pode ser 
reescrita assim: A sociabilidade assume um tom caracteristicamente 
marcante na êthos. 
Resposta – Item errado. 
[...] 
 
11. (Cespe/FUB/Analista de Tecnologia da Informação/2011) Na linha 49, o 
vocábulo “se” é empregado com a mesma função nas duas ocorrências: a 
de marcar reciprocidade de ação. 
Comentário – Não é verdade. No primeiro caso, o “se” é parte integrante do 
verbo assemelhar-se (= ser semelhante a; parecer-se), como em queixar-se, 
suicidar-se etc. No segundo, o pronome indica reciprocidade, ou seja, “Criador 
e criatura” praticam e sofrem a ação um em relação ao outro. 
Resposta – Item errado. 
 
• Colocação dos Pronomes Oblíquos átonos 
Antes de apresentar os casos de colocação pronominal – assunto 
que não é muito explorado pelo Cespe –, cabe lembrar que próclise é a 
ocorrência do pronome antes do verbo (Fingiu que não o reconheceu.). 
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Quando acontece o inverso, ou seja, o pronome surge após o verbo, temos um 
caso de ênclise, que na escrita é marcada pela presença do hífen (Dá-me sua 
ajuda.). A mesóclise, que só ocorre com verbos no futuro do presente e no 
futuro do pretérito, é o emprego do pronome no “meio” do verbo, entre a 
forma infinitiva e a desinência modo-temporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.). 
Casos de Próclise 
a) Palavras de sentido 
negativo 
Nada me fará desistir. 
Ninguém me fará desistir. 
b) Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves. 
Talvez se cumprimentassem. 
c) Conjunções 
subordinativas e pronomes 
relativos 
Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito. 
O livro que me deste é muito interessante. 
d) Conjunções 
coordenativas alternativas 
Ora se atribulava, ora se aquietava. 
Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu. 
e) Pronomes e advérbios 
interrogativos 
Quem lhe contou a verdade? 
Por que te afliges tanto? 
f) Pronomes indefinidos Tudo me foi dado. 
Alguém te contou a verdade? 
g) Frases exclamativas e 
optativas 
Como te atreves! 
Deus o abençoe, meu filho! 
h) Preposição em + 
verbo no gerúndio 
Em se tratando desse assunto, nada mudará. 
Casos de Mesóclise 
a) Verbo no futuro do 
presente ou do pretérito, 
sem palavra atrativa 
 
Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida 
inteira.) 
Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.) 
Casos de Ênclise 
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a) Antes de tentar decorar 
qualquer outra regra, é 
fundamental saber que a 
tendência da língua 
portuguesa recai sobre 
o uso da ênclise. 
Portanto, se não ocorrer 
qualquer um dos casos 
mencionados 
anteriormente, usaremos a 
ênclise. 
Levante-se e lute. 
Tratando-se desse assunto, nada mudará. 
Vendê-lo era o que mais importava. 
Aqui, fazem-se chaves. 
Alguns pontos precisam ser ressaltados neste momento: 
1 – O particípio não admite ênclise. 
Dada-me a resposta, calei-me. (errado) 
Dada a mim a resposta, calei-me. (certo) 
2 – O futuro do presente e o futuro do pretérito também não admitem ênclise. 
Direi-te a verdade. (errado) 
Dir-te-ei a verdade (certo) 
3 – O numeral ambos, quando sujeito, também atrai o pronome oblíquo átono. 
Ambos se casarão amanhã. 
4 – É licita a próclise ou a ênclise quando o infinitivo estiver precedido de 
preposição ou palavra negativa. 
Estou aqui para te servir (ou servir-te). 
Meu desejo era não o incomodar (ou incomodá-lo). 
5 – Quando o infinitivo vier precedido pela preposição a, a próclise não será 
possível se o pronome for o ou a. 
Estamos a contemplá-la. 
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Se soubesse, não continuaria a lê-lo. 
Começou a lhe ensinar português (ou ensinar-lhe). 
Até agora, a posição do pronome oblíquo átono levou em conta a 
existência de apenas um verbo. Veja a seguir como empregá-los em relação a 
uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal). 
a) Verbo auxiliar + infinitivo 
Ex.: Eu devo-lhe fazer um favor. (ênclise do verbo auxiliar) 
Eu devo fazer-lhe um favor. (ênclise do verbo principal) 
Eu não lhe devo fazer um favor. (próclise do verbo auxiliar; a palavra 
atrativa impede a ênclise) 
Eu não devo fazer-lhe um favor. (ênclise do verbo principal; o advérbio 
“não” é insuficiente para impedi-la) 
b) Verbo auxiliar + preposição + infinitivo 
Ex.: Os jovens deixaram de se falar. (próclise do principal) 
Os jovens deixaram de falar-se. (ênclise do principal) 
c) Verbo auxiliar + gerúndio 
Ex.: Estou-lhe obedecendo. (ênclise do auxiliar) 
Estou obedecendo-lhe. (ênclise do principal) 
Não lhe estou obedecendo. (próclise do auxiliar, em virtude da palavra 
atrativa, que impede a ênclise) 
Não estou obedecendo-lhe. (ênclise do principal; distante, o advérbio 
perde sua força atrativa) 
d) Verbo auxiliar + particípio 
Ex.: Havia-me levado ao cinema. (ênclise do auxiliar; não é possível a ênclise 
do verbo principal por estar ele no particípio) 
Não me havia levado ao cinema. (próclise do auxiliar, em virtude do 
advérbio de negação) 
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Devo esclarecer ainda que, na fala brasileira (diferentemente do 
que ocorre na tradição lusitana), os pronomes oblíquos átonos tendem a ficar 
“solto” entre o verbo auxiliar e o principal, formando a próclise deste, como 
atestam os exemplos abaixo, extraídos de excelentes escritores modernos. 
a) “Mas agora já sabemos nos defender” (Guimarães Rosa) 
b) “Meus olhos iam se enchendo de água.” (Raquel de Queirós) 
c) “A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestígio para isso?” (Jorge 
Amado) 
 
 
• Advérbios 
Referem-se a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo, 
acrescentando-lhes informações circunstanciais, acessórias. 
Ex.: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou” e indica 
quando a ação verbal se realizou) 
Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, 
intensificando o modo indicado pelo advérbio) 
Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, 
adicionando-lhe valor semântico intensificador) 
 
Em alguns casos, os advérbios podem se referir a uma oração 
inteira. Nesse caso, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou 
escreve sobre o conteúdo da oração. 
Ex.: Infelizmente, os deputados aprovaram as emendas. 
As providências foram infrutíferas, lamentavelmente. 
Observamos que os advérbios bem e mal, quando juntos a 
adjetivos (ou a particípios), são empregados na forma analítica para indicar o 
grau comparativo de superioridade. 
 
Ex.: O quarto está mais bem pintado (do) que a sala. 
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Joaquim é mais mal educado (do) que Pedro. 
Alguns advérbios podem assumir formas diminutivas (e passam a 
ter valor superlativo) para indicar linguagem afetiva. 
 
Ex.: Chegaram agorinha. 
Termineia prova rapidinho. 
 
Ocorrendo o emprego sequencial de advérbios terminados em 
mente, a terminação pode ser usada apenas no último advérbio ou em todos 
eles. 
Ex.: Calma e silenciosamente, a aluna repassava os ensinamentos. 
 Calmamente e silenciosamente, a aluna repassava os 
ensinamentos. 
 
ATENÇÃO! É possível que alguns adjetivos sejam empregados com advérbios. 
Nesse caso, ficam invariáveis. 
 
Ex.: Não falem alto! 
As aulas de português não custam caro. 
• Preposições 
Conecta (liga) palavras e orações, estabelecendo uma relação de 
subordinação do consequente ao antecedente. 
Ex.: O caderno de português ficou na escola. (a preposição estabeleceu 
vínculo entre as palavras “caderno” e “português”, pertencentes à 
mesma oração) 
 O medo de fracassar atormentava-o dia e noite. (agora, a 
preposição promoveu o vínculo entre o substantivo “medo” e a 
oração completiva nominal “fracassar”. 
Usualmente, as preposições são desprovidas de valor semântico. 
Porém, às vezes indicam noções fundamentais à compreensão da frase. 
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Ex.: Estou com você. (associação, a favor) 
Estou contra você. (posição contrária) 
Pus sob a mesa. (posição inferior) 
Pus sobre a mesa (posição superior) 
Às noites, jogava dominó. (tempo habitual, periodicidade) 
Dei pirulitos para as crianças, uma a uma. (distribuição) 
Veio de casa. (origem) 
 
1 A tecnologia passou a dominar não apenas o 
 comércio, as cidades, a vida cotidiana e a intimidade do 
 homem, mas foi além: transformou-se na linguagem do mundo 
4 contemporâneo, nossa mediação universal. Como sistema 
 universal, a História — da mesma maneira que as ciências, as 
 artes e a política — é vista da mesma perspectiva, isto é, por 
7 meio de um conjunto de regras de conhecimentos, geralmente 
 quantificados, que valem de forma diferenciada para todas as 
 dimensões do real. 
10 É impossível despojar o mundo das suas 
 ambiguidades, paradoxos e enigmas, e dominá-lo plenamente 
 por meio da racionalidade técnica e de forma sistemática. Em 
13 vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio dos 
 acontecimentos, o homem moderno tem a pretensão de 
 dominá-lo pela técnica. Mas ele não se dá conta de que essa 
16 pretensão é o que o transforma no escravo moderno: dominado 
 por causas exteriores, o homem perde a prudência e age como 
 qualquer ser passional, isto é, tudo o que ele faz só faz porque 
19 é levado pelos acontecimentos. 
Russell A. Mittermeyer. Um planeta febril. In: Istoé, 23/12/2009, p. 117 (com adaptações). 
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12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Considerando o uso das estruturas 
linguísticas no texto, assinale a opção correta. 
(A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre 
o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos” 
(l.7). 
(B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a 
ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e 
a “técnica” (l.15). 
(C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se 
a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13. 
(D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade 
técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos 
para a expressão “por meio”. 
(E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à 
preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e a 
coerência do texto. 
Comentários – Alternativa A: Muito cuidado, pois apenas uma parte do que 
foi dito está correta. Embora a locução conjuntiva “da mesma maneira que” 
estabeleça uma comparação, esta ocorre entre “a História” e “as ciências, as 
artes e a política”. 
Alternativa B: aqui não há problemas. A locução prepositiva 
“por meio de” confere ao termo “um conjunto de regras” circunstância de 
instrumento, o qual é utilizado para que “a História” seja vista “da mesma 
maneira que as ciências, as artes e a política”. Semelhantemente, a contração 
da preposição per com o artigo a (= “pela”) provoca o mesmo efeito no termo 
“técnica” – é por meio dela que o “homem moderno tem a pretensão de” 
dominar o mundo. 
Alternativa C: este item trata da função referencial dos 
pronomes, aspecto que as bancas gostam de explorar. O exercício não é difícil, 
mas requer atenção do candidato quanto à leitura do texto. Em “dominá-lo”, o 
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pronome realmente se refere ao termo “mundo”. O problema surge agora: em 
“o transforma”, o pronome oblíquo se refere a “homem moderno” (l. 14). 
Alternativa D: em “da racionalidade técnica”, a preposição 
(que se contraiu com o artigo “a”) indica exatamente o que o examinador 
afirmou. Já em “de forma sistemática”, a preposição integra locução adverbial 
com valor semântico de modo/maneira (de dominar o mundo plenamente). 
Portanto a relação é estabelecida com o verbo dominar. 
Alternativa E: eu sugiro a reescritura da passagem como 
propões a banca, pois facilita a análise. 
“Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio aos 
acontecimentos...” 
É notória a falta de coesão entre os elementos textuais, a qual 
consequentemente prejudica a coerência argumentativa. Experimente manter 
a presente alteração e trocar o conectivo “no” por em: 
“Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver em meio aos 
acontecimentos...” 
Ficou melhor assim? Como isso não foi proposto, o item 
também está errado. 
Resposta – B 
 
1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus 
 produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa 
 forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 
4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor 
 supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza 
 imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
 orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
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 fundamentais para a sobrevivência da espécie. A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
 mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
 capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
 coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
 produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
 atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
 redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
 produtivo. Deixemos bem claro: não se discute aqui a 
 necessidade de tecnologia nas sociedades contemporâneas, 
22 mas a condição de que esta seja ambientalmente segura, 
 socialmente benéfica (para todos) e eticamente aceitável. 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
13. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) A coerência e a correção 
gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir 
(A) “erigida em valor supremo” (l.4-5) por erigida valor supremo. 
(B)“fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a 
sobrevivência. 
(C) “atingido mediante a elevação” (l.17) por atingido pela elevação. 
(D) “condição de que esta seja” (l.22) por condição que esta seja. 
Comentário – Alternativa A: a ausência da preposição constitui erro 
gramatical e prejudica a coerência do texto. A locução verbal “é erigida” (= é 
erguida, é construída) tem seu sentido modificado pela circunstância expressa 
pela locução adverbial “em valor supremo”. Uma locução adverbial é composta 
por preposição + substantivo (Eu caminho à noite.), adjetivo (Fiz o trabalho de 
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novo.) ou advérbio (Eu vim de lá.). A preposição serve para conectar o termo 
anterior e o posterior; sem ela, a locução perde sua característica. 
Alternativa B: a coerência estaria preservada, mas a correção 
gramatical não. A troca da preposição “para” por a faz surgir a crase (fusão da 
preposição com o artigo “a”), que deve ser indicada por meio do acento grave: 
à. 
Alternativa C: são equivalentes a locução prepositiva por 
meio de, a preposição acidental “mediante” e o vocábulo pela (contração da 
preposição per com o artigo a), todos denotam circunstância de instrumento. 
A preposição mediante não se aglutina com artigo, 
diferentemente da preposição per. Por isso a forma é "mediante a elevação..., 
[mediante] a redução... [mediante] o aumento de investimentos...". Não há 
necessidade de repetir a preposição. 
Vamos trocar "mediante" por per, que se aglutina com 
artigo: "pela elevação..., a redução... o aumento de investimentos...". Assim 
como não houve necessidade de repetir a preposição "mediante", não há a 
obrigatoriedade de repetir o vocábulo per. 
Alternativa D: o caso aqui é semelhante ao da alternativa A. 
a preposição “de” conecta o substantivo “condição” ao seu complemento: “de 
que esta seja”. A ausência dela prejudica a correção gramatical e afeta o 
sentido original do texto. Note ainda que o vocábulo “que” é, primeiramente, 
conjunção integrante; depois, passa a ser pronome relativo. 
Resposta – C 
 
 [...] O fato é que essa ininterrupta e 
 incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
 insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
 em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
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33
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
14. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A repetição da preposição a 
em “ao tentar” (l.11) é fundamental para mostrar que a oração aí iniciada 
está em paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão” (l.10); e que 
não se trata de mais um termo da enumeração de verbos que 
complementam “afã de” (l.11). 
Comentário – Antes da oração reduzida “ao tentar realizar” há uma 
enumeração de orações (“de descobrir, criar, conquistar”) coordenadas entre si 
e ligadas ao substantivo “afã” por meio da preposição “de”. A preposição “a” 
introduz oração que indica quando o homem se depara com seus limites. 
Resposta – Item certo. 
 
1 A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores 
 envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para 
 compreender as mudanças recentes, pois o modo de as pessoas 
4 fazerem uso de suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas 
 para produzir foi transformado. [...] 
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. 
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 
15. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A organização das ideias no 
texto mostra que “realidade atual” (l.1) constitui a circunstância de tempo 
em que a “temática da saúde” (l.2) está sendo considerada; por isso, 
mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção gramatical ao se 
iniciar o texto com Na realidade atual. 
Comentário – Cuidado! “A realidade atual” (termo personificado, usado em 
sentido figurado), é o agente do processo verbal; sintaticamente, é o sujeito 
dele – por isso não deve ser aglutinado à preposição em como se fosse um 
adjunto adverbial. 
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Resposta – Item errado. 
 
16. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 2, em razão da 
acepção de “envolvidos” usada no texto, é possível substituir “com a” por 
na, sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar incoerente a 
relação entre as ideias apresentadas. 
Comentário – o significado do vocábulo é o seguinte: que se envolveram ou 
deixaram envolver; implicados; comprometidos: Envolvidos em uma 
conspiração, os acusados precisam de um bom álibi para escapar da prisão. 
Resposta – Item certo. 
 
17. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A preposição em “para 
compreender” (l.2-3) e “para produzir” (l.5) expressa o sentido de 
finalidade: a finalidade dos “esforços” (l.2) e das “capacidades” (l.4), 
respectivamente. 
Comentário – No texto, a preposição “para” também exprime finalidade. 
Resposta – Item certo. 
 
18. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No trecho "estão 
convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou 
históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção 
gramatical do período. 
Comentário – Sim, pois ela promove o vínculo entre o adjetivo “convencidos” 
e a oração completiva nominal subsequente. A retirada dela afetaria a coesão 
do período e as regras de regência nominal. 
Resposta – Item certo. 
 
 
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[...] 
 
[...] 
19. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A substituição da 
locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o 
sentido original do texto. 
Comentário – Sim, são equivalentes quanto ao sentido a locução prepositiva 
“a fim de” e a preposição para, ambas exprimem circunstância de finalidade. 
Também não se verifica incorreção gramatical na substituição: ...ir agachar-se 
sob o túmulo para escapar dos golpes do destino... 
Resposta – Item certo. 
 
 
[...] 
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20. (Cespe/STJ/Analista Judiciário/Área Judiciária/2012) A preposição “para”, 
em “para a discussão” (L.3) e em “para colecionar livros” (L.23), introduz 
expressão que exprime finalidade. 
Comentário – Apesar de alguns protestos por parte de alguns estudantes, não 
vejo problemas em considerar certo este item. Na linha 3, a preposição “para” 
introduz uma finalidade da biblioteca de Alexandria: servir de epígrafe para a 
discussão sobre a materialidade da comunicação. Na linha 23, a mesma 
preposição introduz a finalidade da procura por uma biblioteca estruturada: 
colecionar livros. 
Resposta – Item certo. 
 
• Conjunções 
Unem orações ou termos de uma oração. No desempenho desse 
papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente 
equivalentes (as chamadas orações coordenadas)ou relacionar uma oração 
principal a uma oração que lhe é subordinada. 
Note que as preposições, ao conectarem termos de uma mesma 
oração, estabelecem entre eles um vínculo de subordinação. Já as conjunções, 
um vínculo de coordenação. 
 
Ex.: Pedro e Paulo saíram. (os vocábulos “Pedro” e “Paulo” mantêm 
entre si uma relação de equivalência sintática) 
Pedro foi ao cinema, e Paulo foi ao teatro. (as orações “Pedro foi ao 
cinema” e “e Paulo foi ao teatro” também estão em um vínculo de 
coordenação) 
 
É preciso que estudemos. (agora, a conjunção “que” estabelece 
uma relação de subordinação entre as orações “É preciso” e “que 
estudemos”) 
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Há palavras que podem pertencer a diferentes grupos de 
conjunções (e, que, porque, pois, porquanto, por exemplo). Mais 
importante do que memorizar as conjunções será observá-las em seus 
contextos e, a partir dessa observação, encaixá-la em um grupo 
(coordenativas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas; 
subordinativas integrantes ou adverbiais – causal, comparativa, concessiva, 
condicional, conformativa, consecutiva, final, proporcional ou temporal). 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
aditivas 
e, nem, mas, também, mas ainda, como também, bem 
como 
adversativas 
e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao 
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não 
obstante, apesar disso, em todo caso) 
alternativas ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer 
conclusivas 
logo, portanto, por conseguinte, pois (após verbo), por 
isso 
explicativas que, porque, porquanto, pois (antes de verbo) 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
integrantes (introduzem orações 
subordinadas que funcionam como 
substantivos: subjetiva, predicativa, 
objetiva direta, objetiva indireta, 
completiva nominal, apositiva) 
que, se 
adverbiais (introduzem orações subordinadas que traduzem circunstâncias) 
causais 
que, porque, pois, como, porquanto, visto que, visto 
como, já que, uma vez que, desde que, na medida em 
que, se 
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comparativas 
como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão 
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou 
do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do 
mesmo modo que), o mesmo que (= como) 
concessivas 
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda 
quando, mesmo quando, poso que, por mais que, por 
muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), 
nem que, dado que, sem que (= embora não) 
condicionais 
se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= 
se não), a não ser que, a menos que, dado que. 
conformativas como, conforme, segundo, consoante 
consecutivas 
que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de 
modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que 
(não) 
finais para que, a fim de que, que (= para que), de modo que 
proporcionais 
à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto 
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), 
quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), 
(tanto)... quanto 
temporais 
Quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre 
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até 
que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que 
 
1 Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê 
 que, para ficar impedido de concorrer a um cargo público 
 eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um 
4 órgão colegiado, ainda que ele esteja com recursos em 
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 tramitação, caso muito comum, por exemplo, em condenações 
 de tribunais eleitorais. 
 [...] 
Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a fichalimpa 
e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba. 
Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações). 
21. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) No texto, a expressão “ainda 
que” (L.4) tem sentido equivalente ao da expressão desde que. 
Comentário – A locução conjuntiva “ainda que” transmite valor concessivo à 
informação e pode se substituída, por exemplo, pela conjunção embora. A 
locução desde que transmitira ao leitor um sentido de condição. 
Resposta – Item errado. 
 
 
22. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Atendente Comercial/2011 – 
adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens 
abaixo. 
I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o 
seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. 
II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos 
trechos, semelhantes relações de sentido. 
III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de 
tempo. 
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Comentário – Item I: errado. O verbo desculpar corretamente flexionado na 
segunda pessoa do singular do presente do subjuntivo. Quanto ao número e à 
pessoa, a referência é o pronome TU, representante da pessoa com quem o 
enunciador fala. Quanto ao tempo e modo verbal, o subjuntivo traduz a ideia 
de possibilidade presente nas palavras do poema. 
Item II: errado. A conjunção “Porque” apresenta o motivo pelo 
qual o autor escreve a carta; a conjunção “Porém”, como conjunção 
adversativa que é, introduz ideia de ressalva, contraste. 
Item III: errado. “Talvez” exprime circunstância de dúvida; 
“até” denota ideia de inclusão. 
Resposta – Itens errados. 
 
 [...] A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
 mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
 capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
 coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
 produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
 atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
 redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
 produtivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
23. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo, 
relativos ao emprego das estruturas linguísticas do texto. 
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(A) Na linha 10, preserva-se a coerência textual ao se inserir da antes de 
“produtividade”; mas, para se preservar a correção gramatical, será 
necessário mudar “faz” para fazem. 
(B) Para a coerência dos argumentos no texto, é indiferente o uso de 
“quando” (l.15) ou de se, em seu lugar, pois o período sintático preserva 
a ideia de condição. 
(C) Seriam mantidas as relações entre os argumentos se, em lugar de “ou” 
(l.18), antes do último termo da enumeração, fosse usado e; mas a 
desvantagem seria a repetição do mesmo conectivo. 
Comentário – Alternativa A: as locuções adjetivas “da competição” e “[da] 
produtividade” estão subordinadas ao substantivo “ideologia” pormeio da 
mesma preposição: “de” (que se contraiu com o artigo “a” = “da”). Por isso a 
repetição dela é desnecessária. Ainda que se queira empregá-la novamente, o 
núcleo do sintagma permanece “ideologia” (terceira pessoa do singular), o que 
obriga o verbo também a permanecer flexionado no mesmo número e na 
mesma pessoa. 
Alternativa B: frequentemente, classificamos a conjunção 
quando como subordinativa adverbial temporal. Antes, porém, é preciso 
analisar o seu real valor semântico no período em que ocorre. É o caso, por 
exemplo, da passagem aludida pelo examinador. Nela, o valor semântico do 
conectivo assemelha-se ao da conjunção condicional “se”. Por isso o uso de um 
ou de outro é indiferente. 
Alternativa C: a conjunção alternativa “ou” serviu para nos 
comunicar que a concretização de um dos fatores (elevação proporcional dos 
salários; redução dos preços de bens e serviços e aumento de investimentos 
dos lucros gerados) é suficiente para elevar o nível de bem-estar coletivo. Já a 
conjunção aditiva e muda esse entendimento e passa a indicar que deve haver 
o somatório desses fatores (eles devem ocorrer solidariamente) para que o 
objetivo seja atingido. 
Resposta – Itens errado, certo e errado. 
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42
 [...] Pesquisas científicas 
 recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 
7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo 
 menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um 
 ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 
10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que 
 aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma 
 probabilidade muito maior de estar bem situadas 
13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física 
 e emocional com seus amigos e familiares. [...] 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
24. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por causa das duas 
ocorrências do pronome “que” (l.7-8) no mesmo período sintático, não é 
recomendada a substituição de “no qual” (l.9) por que, apesar de a 
coerência e a correção do texto serem mantidas. 
Comentário – O “que” (l. 7-8) é conjunção integrante. Note que ele introduz 
orações que funcionam como objeto direto dos verbos mostrar e admitir. 
Isso nada tem a ver com a substituição proposta pelo examinador, que focaliza 
pronome relativo. A razão do problema causado pela troca é outra. 
O conjunto “no qual” (l. 9) é composto pela preposição em e 
pelo pronome relativo o qual. A preposição é obrigatória porque introduz o 
advérbio de lugar “um ponto em sua carreira”, expresso na oração anterior e 
representado pelo pronome no segmento subsequente: não consegue mais 
progredir em um ponto em sua carreira (= “no qual”). Substituir “no qual” por 
“que”, sem a presença da preposição “em”, prejudica a correção gramatical. 
Além disso, a coerência textual também sofre, observe: 
“...chegou a um ponto em sua carreira que não consegue 
mais progredir...” 
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43
Percebeu que agora é a “carreira” que não progride mais? 
Essa mudança brusca de sentido afeta a coerência. 
Resposta – Item errado. 
 
[...] 
 
[...] 
 
[...] 
25. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) Nos trechos “que de fato 
desprezava” (L.7) e “que ensinamentos tirei da leitura” (L.22), o elemento 
“que” recebe a mesma classificação morfossintática. 
Comentário – Na linha 7, o vocábulo classifica-se como pronome relativo, 
substitui o antecedente “mulheres” e introduz oração subordinada adjetiva 
restritiva. 
Na linha 22, o “que” é conjunção integrante, introduz oração 
subordinada substantiva objetiva direta. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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44
[...] 
 
[...] 
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2012) Mantendo-se a correção gramatical e a 
coerência do texto, a oração “se alguém é executado” (l.12), que expressa 
uma hipótese, poderia ser escrita como caso se execute alguém, mas 
não como se caso alguém se execute. 
Comentário – Além de expressar uma hipótese por causa da conjunção 
subordinativa “se”, a estrutura original transmite noção de passividade do 
termo “alguém”: ele sofre a ação de ser executado. 
A primeira proposta de substituição preserva tanto a correção 
gramatical quanto a coerência do texto. A conjunção se foi substituída pela 
também conjunção condicional caso. É digna de nota a flexão do verbo 
executar, obrigatoriamente conjugado no subjuntivo (execute) por causa da 
conjunção caso. 
Mas a segunda proposta apresenta problemas. Com respeito 
à correção gramatical, a justaposição das conjunções condicionais se caso fere 
a normatividade da língua. Parece que o examinador quis confundir os 
candidatos aproximando tal construção de outra bem semelhante: se acaso. 
Nesta estrutura, não temos duas conjunções condicionais, mas uma conjunção 
e um advérbio (= eventualmente). Em relação à coerência textual, segunda 
proposta transmite noção reflexiva. Alguém executa a si mesmo? Pratica e 
sofre a ação ao mesmo tempo? Não, não é essa a ideia original. 
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45
Resposta – Item certo. 
 
[...] 
 
[...] 
 
27. (Cespe/PCCE/Inspetor/2012) O conector “pois” (L.18) introduz ideia de 
consequência no trecho em que ocorre. 
Comentário – A conjunção “pois” introduz uma explicação ou justificativa 
para o progresso do cientista político Phillippe Schmitter. Eis alguns conectivos 
que transmitem a ideia de consequência alegada pelo examinador: que 
(precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes 
subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira 
que. 
Resposta – Item errado. 
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46
 
28. Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do período ao 
se substituir o conectivo “pois” (L.1) por já que, uma vez que, 
porquanto, visto que ou porque. 
Comentário – Perceba que existe uma relação de causa e efeito entre as 
orações ligadas por meio da conjunção “pois”, a qual introduz a oração 
subordinada causal. Releia, portanto, o quadro das conjunções subordinativas 
adverbiais causais para confirmar que todas as conjunções apresentadas pelo 
examinador podem expressar noção de causa. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Especialmente no que comunica o papel da justiça 
 eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral, cabe a ela 
 garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe 
4 é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas 
 ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente 
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 pelo eleitor no resultado das urnas. Assim, embora louvável o 
7 esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas 
 pelos votos legitimamente conquistados. 
 [...] 
 Sabe-se que, no Brasil, o eleitor geralmente escolhe 
 seus candidatos em função de sua imagemsocial, pelo que os 
19 meios de comunicação de massa lhe vendem, ou por aquilo que 
 é produzido e maquiado no grande mecanismo de promoção 
 pessoal que é a propaganda eleitoral. No entanto, uma 
22 característica essencial da liberdade em nosso processo 
 democrático é que o eleitor brasileiro não precisa (e não deve) 
 justificar as suas escolhas. [...] 
Paola Biaggi Alves de Alencar. A concretização do direito eleitoral 
a partir dos princípios constitucionais estruturantes. In: Revista 
de Julgados/Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, vol. 1, 2002, 
Cuiabá: TRE/MT, 2002/6 v, p. 99 (com adaptações). 
29. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) Os elementos “Assim” (L.6) e 
“No entanto” (L.21) expressam ideias equivalentes. 
Comentário – Na linha 6, o elemento “Assim” serve para expressar uma ideia 
conclusiva em relação à atuação da justiça eleitoral. O conectivo “Assim” 
equivale-se a portanto, logo, por conseguinte. Já o elemento “No entanto”, 
na linha 21, expressa ideia distinta, pois estabelece uma ressalva à declaração 
feita sobre o voto do eleitor brasileiro. A locução “No entanto” equivale-se a 
porém, contudo, entretanto. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
 outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as 
 ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a 
13 quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças 
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 contrapostas e atraiam considerável resistência, sobretudo da 
 parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão dos 
16 grupos socialmente fragilizados. 
Joaquim Barbosa B. Gomes. As ações afirmativas e os processos de 
promoção da igualdade efetiva. In: AJUFE (Org.). Seminário internacional: as 
minorias e o direito. 1.ª ed. 2003, p. 91-2 (com adaptações). 
30. (Cespe/CNJ/Analista Judiciário/2013) Na linha 11, o vocábulo “pois” está 
empregado com valor conclusivo, equivalendo a portanto. 
Comentário – Este é um caso clássico da preposição pois com sentido 
conclusivo: após o verbo da oração e isolada por meio de vírgulas. Veja 
novamente: “É crucial, pois, que as ações afirmativas...”. 
Resposta – Item certo. 
 
• Verbos 
a) FLEXÕES VERBAIS 
Voz 
1. ATIVA � indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo. 
Ex.: Cabral descobriu o Brasil. 
2. PASSIVA � indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo. 
Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral. 
ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o 
SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o 
OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva. 
2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for 
INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA. 
Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado. 
As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz 
passiva sem agente da passiva. 
3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e 
pronominal ou sintética. 
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49
Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal 
no particípio = analítica. 
Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + 
pronome SE = sintética. 
Agora considere o seguinte trecho: “[...] Pacientes afetados pela 
síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ 
[...]”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva. 
VOZ ATIVA VOZ PASIVA 
 
Sujeito 
Pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Agente da 
passiva 
pelos pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Verbo 
transitivo 
direto 
ultrapassaram (o 
que?) 
Locução verbal 
(voz passiva 
analítica) 
foi ultrapassada 
Objeto direto 
a fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Sujeito 
paciente 
A fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
 
Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa: 
a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = 
sujeito indeterminado 
b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = 
sujeito indeterminado 
c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO + 
SE = sujeito indeterminado 
d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO 
DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado 
 
3. REFLEXIVA � indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo 
sujeito ao mesmo tempo. 
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50
Ex.: Não me considero tão importante. 
Reservamo-nos o direito de ficar calado. 
Ele se deu um presente. 
ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o verbo 
vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto e 
representa a mesma pessoa do sujeito. 
2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando, 
conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, 
etc. 
Ex.: Feri-me a mim mesmo. 
Julgai-vos a vós mesmos. 
3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade. 
Ex.: Os amigos se cumprimentaram. 
Amavam-se um ao outro. 
 
1 Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem 
 ao longo da história tem sido seu constante anseio de 
 buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, 
4 investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o 
 conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos 
 dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, 
7 este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças 
 impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e 
 incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
 insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
 em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
PACOTE DAS MATÉRIAS COMUNS PARA O MPU 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
51
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
31. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Seriam preservadas a 
correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua 
argumentação, se, em lugar de “tem sido” (l.2), fosse usada a forma 
verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter 
contínuo e constante dos aspectos mencionados. 
Comentário – Vamos reescrever a passagem utilizando a forma verbal 
sugerida: “Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da 
história é seu constante anseio...”. Pronto, ficou claro que realmente não 
existe problema. Usado no presente, o verbo ser indica um fato atual, 
simultâneo ao ato da fala. Mas o pretérito perfeito composto, de fato, imprime 
à passagem um aspecto durativo, contínuo, não limitado no tempo. Vamos 
“ouvir” o que Cegalla tem a nos dizer: “O pretérito perfeito composto traduz 
um fato passado repetido, ou que se prolonga até o presente: 
Tenho-lhe dado sempre bons conselhos.” 
Resposta – Item certo. 
 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
 à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
 dos indivíduos, visando

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