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ESTUDO DOS METAIS - AÇOS.pptx

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ESTUDO DOS METAIS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO AÇO
Aço, por que estudá-lo?
Material metálico mais utilizado pelo homem nas indústrias tais como: construção, aeronáutica, veículos, etc. 
O que é o aço?
Liga ferro-carbono contendo até 2% de carbono.
Apresenta em sua composição, de forma residual ou intencional, outros elementos como, por exemplo, Mn, Si, Nb,Cr, Ni, Ti, etc.
Existem três estruturas cristalinas relativamente simples para a maioria dos metais mais comuns, são elas:
Cúbica de Faces Centradas (CFC);
Cúbica de Corpo Centrado (CCC);
Hexagonal Compacta (HC).
Alotropia- E a propriedade que alguns elementos químicos tem de formar uma ou mais substancias diferentes. Ex: Carbono, oxigênio, fósforo, enxofre, etc.
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OS CONSTITUINTES DO AÇO
Ferrita : 
Também conhecida como ferro-.
Variedade alotrópica (CCC) do ferro. No ferro é estável a temperaturas inferiores a 910ºC. Macia e dúctil, apresenta resistência à tração menor que 310 MPa. Ferromagnético a temperaturas inferiores a 770ºC. 
Austenita: 
Também conhecida como ferro-. 
Variedade alotrópica (CFC) do ferro.
No ferro é estável a temperaturas entre 910 e 1390ºC.
Macia e dúctil nas temperaturas em que é estável.
Não é ferromagnética.
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OS CONSTITUINTES DO AÇO
Ferrita-: 
Variedade alotrópica (CCC ) do ferro, estável a temperaturas superiores a 1394°C.
Apresenta maior solubilidade do Carbono que a ferrita (ferro-).
Cementita:
Composto intermediário da liga Fe-C de composição Fe3C (carboneto de ferro).
Apresenta limites de solubilidade desprezíveis.
É extremamente dura e frágil (Dureza da ordem de 600 HV). 
Não é uma fase de equilíbrio verdadeira.
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OS CONSTITUINTES DO AÇO
Perlita: 
Mistura específica das fases ferrita e cementita, formada a partir da decomposição da austenita de composição eutetóide.
Apresenta aspecto lamelar (plaquetas alternadas de ferrita e cementita).
Diagrama de equilíbrio
A medida que se vai aquecendo um metal, vai aumentando a sua actividade orbital ate que chega um ponto em que começa a fusão.
Enquanto toda a massa não esta fundida a temperatura permanece constante, depois da fusão, a temperatura começa a ascenção.
Diagrama ferro carbono
Diagrama Ferro-Carbono
Na natureza o ferro contém sempre carbono e, conforme este carbono é distribuído, variam as qualidades da liga. 
Aços com mesmo teor de carbono podem ter propriedades bastante diferentes. 
Além do carbono, outras substâncias incluem a liga ferro-carbono na fabricação e não se conseguindo elimina-las, dão determinadas e variadas propriedades a liga.
Diagrama Ferro-Carbono
O diagrama de fases Ferro-Carbono ou diagrama de equilíbrio como também é denominado, têm como finalidade mostrar alterações de estado físico e de estrutura que sofrem as ligas metálicas, em decorrência de aquecimentos ou resfriamentos lentos. 
O diagrama de fases Ferro-Carbono é obviamente o diagrama mais estudado entre todas as ligas metálicas presentes na actualidade, facto facilmente explicado já que os aços carbono, além de serem os materiais metálicos mais utilizados pelo homem, apresentam variadas e interessantes transformações no estado sólido. 
 
Diagrama Ferro-Carbono
O diagrama de fase ou de equilíbrio das ligas ferro-carbono, representa no eixo horizontal, as diversas percentagens de carbono e, no vertical, as temperaturas de fusão. 
Ele mostra, consequentemente, as transformações que sofrem os cristais nas diversas temperaturas e dosagens.
Diagrama Ferro-Carbono 
O estudo do diagrama de fases permite-nos compreender porque variações do teor de carbono nos aços resultam na obtenção de diferentes propriedades, e dessa maneira, possibilitam a fabricação de aços de acordo com propriedades desejadas. 
Diagrama Ferro-Carbono
Do diagrama podemos destacar: 
Campo ferrítico (fase α) – Campo correspondente à solução sólida de carbono no ferro α, nesse campo a estrutura atômica é cúbica de corpo centrado (CCC). 
Campo austenítico (fase γ) – Campo correspondente à solução sólida de carbono no ferro γ, nesse campo a estrutura atômica é cúbica de face centrada (CFC). Essa fase tem solubilidade máxima de carbono de 2,06% à 1148°C. 
Diagrama Ferro-Carbono
Ponto eutetóide – Ponto correspondente à composição de carbono de 0,8%. 
Os aços com percentagem de carbono acima de 0,8% (composição eutetóide) são denominados aços hipereutetóides, enquanto que os aços com percentagem de carbono inferior a 0,8% são denominados aços hipoeutetóides. 
Diagrama Ferro-Carbono
Ponto eutético – Ponto correspondente à composição de carbono de 4,3%. Trata-se do ponto de mais baixa temperatura de fusão ou solidificação, 1147°C. Ligas dessa composição são denominadas ligas eutéticas. 
O diagrama pode ser dividido em duas faixas de percentagem de carbono: 
A faixa correspondente aos aços, de 0,008% até 2,11% de C, e a faixa correspondente aos ferros fundidos, com percentagens de carbono acima de 2,11%. 
DIAGRAMA FERRO-CARBONO 
Analogamente, os ferros fundidos com percentagem de carbono acima de 4,3% (composição eutética) são denominados ferros fundidos hipereutéticos, e os ferros fundidos com percentagem de carbono inferior a 4,3% são denominados ferros fundidos hipoeutéticos. 
Diagrama Ferro-Carbono
Os aços carbono podem ainda ser divididos em três grupos distintos, classificados em função do teor de carbono presente. São eles: 
ƒ Aços de baixo teor de carbono, com % de C inferior a 0,2%; 
ƒ Aços de médio teor de carbono, com % de C entre 0,2% e 0,5%; 
ƒ Aços de alto teor de carbono, com % de C superior a 0,5%. 
Deve-se ressaltar que o diagrama Fe-C é um diagrama dependente somente da temperatura e da percentagem de carbono, e as transformações microestruturais que ocorrem sob aquecimento e resfriamento lentos são transformações ditas de equilíbrio. 
Para transformações rápidas o suficiente a ponto de evitar as transformações de equilíbrio estuda-se um diagrama distinto, o diagrama TTT (tempo-temperatura-transformação). 
PRODUÇAO DO AÇO
A produção do aço é feita a partir da transformação de mineiros de ferro (existentes em cerca de 5% na natureza) e compreende 4 fases:
	1) Tratamento do Minério
A extração é geralmente feita ao céu aberto e a concentração inicia-se com uma passagem por britadeira, seguida por classificação por tamanho. O mineral é lavado com jacto de água fria para eliminar a argila, solos, etc. os pedaços pequenos são aglutinados devendo a granulometria estar entre 12 e 25 mm para entrada no alto forno.
Tratamento do minério (cont.)
Os minérios de ferro apresentam-se sob a forma de carbonatos (siderita CO3Fe com 30 a 42% de ferro); 
óxidos (magnetita ou imã natural Fe3O4 com 45 a 70% de ferro; 
hematita ou oca vermelha Fe2O3 com 50 a 60% de ferro; 
limonita ou hematita parda 2Fe2O3 3H20 com 20 a 60% de ferro);
Sulfatos (piritas SFe em que o ferro é subproduto em cerca de 40% e a ganga normal é a sílica.
 
2) Redução do Minério Tratado
Tem por fim retirar o oxigênio (O2) do ferro e separar a ganga, o que resulta da combustão do carbono do coque com o oxigênio. Além disso, a combustão do coque com o oxigênio do ar fornece o calor necessário a fundição do metal e da ganga (C+02 2C0). 
Temos dois processos de redução que são:
Redução indireta: Fe2O3 +CO 2FeO+CO2
Redução direta: FeO +CO Fe+CO2
ALTO FORNO-Esquema Simplificado
No fundo do alto-forno (cadinho) extrai-se periodicamente o metal puro(ferro) e a escória, dum lado e doutro, respectivamente.
O ferro assim obtido é o ferro gusa, impuro, com alto teor de carbono. 
É deixado solidificar em moldes(leitos de areia) ou conduzido directamente para a aciaria. 
Por causa de certas impurezas sobrantes(silício, fosforo, níquel, crômio, etc.), são refundidos em fornos menores(chamados cubilot), refinando-se mais.
As escórias podem ser usadas como material de construção: fabrico de cimento, inertes, pavimentação de estradas, etc.
3) Obtenção do Aço
A gusa contem
habitualmente 3 a 6% de carbono, enquanto o aço só admite ate 2,0%, então faz-se obtenção que consiste na redução dos teores de carbono, fosforo, silício, manganês, etc., por aumento da temperatura da gusa ate 1300 a 1600oc.
A eliminação dos elementos referidos faz-se por oxidação recorrendo-se a 4 métodos diferentes, dada a maneira de adição de oxigênio e aumento da temperatura, os quais:
 Processo de Siemens-Martin(SM)- Usam-se queimadores a gás ou fuel, sendo relativamente caro. O processo permite o uso de sucata que contem oxigênio. E um processo demorado e de elevada capacidade(80 a 100 tonelada por hora);
Processo Linz-Donnawitz(LD) - O oxigênio e adicionado sob forma gasosa. E vantajoso porque não há contacto do ferro com o ar mas apenas com o oxigênio. A ligação dos elementos é exotérmica, o que favorece o ferro. Pode usar-se sucata. O tempo de ciclo do processo é de 40 minutos com capacidade de 400 toneladas.
 Processo por Afinação(TB)- Usam-se convertedores de Thomas-Bessemer. O processo é semelhante ao anterior com a diferença no revestimento dos convertedores. Neste caso, o revestimento é feito por elementos ácidos( argila e quartzo) usados em minérios básicos com baixo teor em fosforo, enquanto que, no anterior o revestimento e em básicos( tijolo de dolomite MgO) e usados em minérios ácidos. O oxigênio e fornecido pelo fundo do convertedor. 
Processo por Afinação(TB
Processo de Fundição no forno Elétrico (FE)
Usa-se para aços nobres ou com baixo teor de carbono. Os materiais resultantes deste processo podem ser o aço não ligado, aço ligado e aço carbono.
Enobrecimento do Aço
Nesta fase os aços são tratados com o fim de melhorar as suas propriedades mecânicas.
Dada a gama apreciada de tratamentos, podemos dividi-los nos seguintes grupos:
 Tratamentos térmicos- São processos térmicos de arrefecimento e aquecimento a que os aços se submetem com fim de modificar a sua estrutura para melhorar as suas características sem alterar contudo as suas composições químicas.
Tratamentos mecânicos- São processos de deformação (a quente ou a frio) do aço com o fim de melhorar as suas propriedades mecânicas.
Tratamentos químicos- Consistem em modificar a composição química de uma película superficial da peça.
Tratamentos superficiais- Tem por finalidade melhorar as qualidades das superfícies das peças. Trata-se de um depósito na superfície da peça a tratar sem alterar a composição química.
Existem também os tratamentos termomecânicos e termoquímicos, que são combinações feitas em determinada fase de produção.
Tratamentos térmicos
O aço pode existir numa larga variedade de condições, desde o bem macio ao bem duro, e pode ser mudado de uma maneira para outra através do tratamento térmico.
As propriedades do aço não são determinadas apenas pela proporção entre os constituintes( essencialmente ferro e carbono), mas, pela forma como se combinaram. É o tratamento a quente que pode alterar essa distribuição.
Os principais tratamentos térmicos são:
Normalização- Serve para eliminar as tensões internas que aparecem naturalmente na laminação ou outras formas de moldagem. Resulta um aço mais macio, menos quebradiço. Leva-se o aço a temperatura acima da critica, espera-se a transformação total em austenita e deixa-se esfriar lentamente ao ar livre.
Recozimento- Consiste no reaquecimento do metal ate uma determinada temperatura, na permanência desta temperatura durante algum tempo e no subsequente resfriamento lento. Resulta a eliminação das tensões que se originam na fundição e a elevação dos índices tecnológicos do metal. As temperaturas adoptadas ficam próximas a critica.
Têmpera- consiste no aquecimento do metal ate a temperatura de formação de austenita, na permanência nessa temperatura durante algum tempo e no subsequente resfriamento brusco( usa-se azeite ou agua, etc.). O esfriamento pode dar origem a diferentes tipos de cristais e dependa da velocidade com que se procede. Resulta no aumento da dureza, o limite de elasticidade, a resistência a tração e, diminui o alongamento e a tenacidade.
Revenimento - E semelhante ao recozimento, porem e feito a temperaturas abaixo da linha critica e tem a finalidade de corrigir defeitos aparecidos durante uma tempera. Esses defeitos podem ser: Excesso de dureza ou tensões internas.
Beneficiamento - Consiste em proceder em simultâneo a tempera e o revenimento com o fim de atingir alta tenacidade.
Tratamentos mecânicos
O metal e solido com cristais de tamanho uniforme. Quando submetido a esforços que tendem a deforma-lo a frio, os grãos tendem a orientar-se no sentido da deformação (é o encruamento) 
O encruamento altera as propriedades mecânicas: aumenta a resistência a tração e a dureza, diminui a ductilidade e o alongamento. 
Os tratamentos mecânicos comuns são:
Laminagem- E a deformação longitudinal permanente devido a compressão transversal. Existe laminagem a quente e a frio.
Estiragem- E a deformação longitudinal permanente devido a tração nas extremidades das barras ou fios. E inconveniente por provocar ramificações nas secções por falta de homogeneidade.
Trefilagem- E a estiragem através de feiras, reduzindo o inconveniente anterior. Recorre-se antes a palentagem que garante a uniformidade e lubrificação com solução de bórax.
Torção- É o tratamento que resulta na melhoria da aderência(ao Betão) quando a face e nervurada em secção circular.
Tratamentos Químicos
Tem por finalidade enriquecer a camada superficial do aço com uma capa protectora onde apareçam outros elementos. Conforme a substancia empregada, ter-se-á a resistência ao desgaste, a abrasão, a corrosão ou outras.
São eles: 
Cimentação (com carbono); 
Nitretacao ( com o nitrogênio); 
Cianetação ( com carbono e nitrogênio);
Aluminização (com alumínio) 
Cromagem (com cromo), etc.
CONVERSOR DE BESSEMER:
O processo de oxidação remove impurezas tais como silício, manganês e carbono, na forma de óxidos gasosos ou escórias sólidas. O revestimento refratário do conversor também tem um papel no processo: o revestimento de argila é usado no processo ácido de Bessemer, no qual há pouco fósforo na matéria-prima. Quando o teor de fósforo é alto, usa-se o processo básico de Bessemer: o revestimento nesse caso é de dolomita, embora calcário ou magnesita possam às vezes substituí-la
Ensaio sobre os aços:
Introdução
Para a construção, as propriedades que interessam considerar aos metais são várias, concretamente, a aparência, densidade, dilatação e condutibilidade térmica, condutibilidade eléctrica, resistência à tracção, resistência ao choque, dureza, fadiga, corrosão e durabilidade.
No entanto, para designar o aço para betões, recorre-se comumente a resistência à tracção, a partir dos ensaios de tracção e dobragem.
Ensaio de Tracção
Resisténcia a tracção.
Quando se submete uma barra à tracção axial, aparecem tensões. A tensão de tracção é obtida dividindo-se a força aplicada pela área da secção transversal da barra. Essa tensão determina uma deformação notada pelo aumento do comprimento da barra denominada extensão ou alongamento.
Ensaio de Tracção
Os valores para a construção deste diagrama são obtidos submetendo o material ao ensaio de tracção. 
As propriedades mecânicas dependem da composição química, processo de laminação e tratamento térmico do aço. 
Outros factores podem influenciar, tais como: técnica de ensaio, temperatura, geometria do corpo de prova, etc. Portanto, verificou-se que os aços apresentam dois tipos de diagramas.
Diagrama tensão-extensão
Aços laminados a quente ou macios 
(Fig.) 
Diagrama Tensão-Extensão
Dentro de certos limites (fase elástica), ao tracionar-se uma peça, a sua deformação segue a “Lei de Hooke”, ou seja, é proporcional ao esforço aplicado (Fig. 2).
 
A proporcionalidade pode ser observada no trecho rectilínio do diagrama tensão-extensão. Ultrapassando o limite de proporcionalidade, tem lugar a fase plástica, na qual ocorrem deformações crescentes sem variação de tensão
(patamar de escoamento ou cedência). 
O valor constante da tensão, nessa fase, é chamado limite de escoamento do aço.
Diagrama Tensão-Extensão
Após o escoamento, ainda na fase plástica, a estrutura interna do aço se rearranja e o material passa pelo encruamento, em que se verifica novamente a variação da tensão com a deformação, porém não-linearmente. 
O valor máximo da tensão é chamado de limite de resistência do aço.
O limite de escoamento de um material é calculado dividindo-se a carga máxima que ele suporta, antes de escoar, pela área da secção transversal inicial do corpo de prova. 
Diagrama Tensão-Extensão
Em materiais como os aços, o limite de escoamento é bem definido, pois a determinada tensão aplicada, o material escoa, isto é, ocorre deformação plástica sem haver praticamente aumento da tensão.
O limite de resistência de um material é calculado dividindo-se a carga máxima que ele suporta, antes da ruptura, pela área da secção transversal inicial do corpo de prova. 
Este limite, como os demais, é expresso em unidade de tensão (kgf/cm2 ou kN/cm2 ou MPa).
Diagrama Tensão-Extensão
Observa-se que o limite de resistência é calculado em relação à area inicial, o que é particularmente importante para os materiais dúcteis, uma vez que estes sofrem uma redução de área quando solicitados pela carga máxima. 
Embora a tensão verdadeira que solicita o material seja calculada considerando-se a área real, a tensão tal como foi definida anteriormente é mais importante para o engenheiro, pois os projectos devem ser feitos com base nas dimensões iniciais.
Diagrama Tensão-Extensão
Em um ensaio de compressão, sem a ocorrência de flambagem (dobra ou encurvadura), obtêm-se um diagrama tensão-deformação similar ao do ensaio de tracção, porém com tensões sempre crescentes após o escoamento; ocorre um aumento da área da secção transversal, sem que seja atingida a ruptura propriamente dita.
Durante o alongamento da barra, há uma contracção lateral (é a estricção), e não têm nenhum efeito no diagrama tensão-extensão imediatamente após o limite de escoamento, (Fig. 1).
Designação dos Aços
O patamar de escoamento costuma apresentar uma tensão de escoamento maxima seguida de uma tensão de escoamento minima . 
Genericamente, refere-se à tensão superior como tensão de escoamento à qual corresponde a deformação.
Resumidamente, os parâmetros a determiner no ensaio de tracção são:
Tensão limite de proporcionalidade.
É o valor da tensão correspondente ao final da recta de proporcionalidade.
Resistência à fadiga
É definida como a tensão para o qual o aço rompe depois de repetidas aplicações de carga, está relacionada com o número de ciclos de carga e com a amplitude da variação das cargas.
Diagrama tensão-extensão
Aços laminados a frio
Os aços tratados (laminados a frio ou duros) não apresentam patamar de escoamento. 
A tensão de escoamento é obtida com a intersecção de uma recta traçada paralela a recta inclinada referente ao periodo elástico com o próprio gráfico tensão-deformação correspondente a uma deformação de n% de acordo com o gráfico seguinte:
Diagrama tensão-extensão
Aços laminados a frio
Diagrama tensão-extensão
Aços laminados a frio
O valor n adaptado normalmente é de 0,2% para os aços, e entre 0,1 e 0,55 para os outros metais e apresenta o limite de elasticidade, até o qual as deformações não são permanentes.
O limite de escoamento é a constante física mais importante no cálculo das estruturas de aço. Deve-se impedir que essa tensão seja etingida nas secções transversais das barras, como forma de limitar a sua deformação.
Ensaio de Dobragem
Há dois tipos de ensaios de dobragem: a dobragem simples e a dobragem alternada.
O ensaio de dobragem simples tem por finalidade verificar a capacidade do metal em ser dobrado até um determinado ângulo sem fissurar nem romper. 
Nesse ensaio o metal é dobrado em torno de um pino cilíndrico de diâmetro dado até ficarem paralelas as duas pontas (da barra ou chapa), é a dobragem a 180º .
Ensaio de Dobragem
No ensaio de dobragem alternada, não normalizado, a amostra, sujeita a um torno, é levada a dobragens alternadas num ângulo de 90º para cada lado até haver fissuração ou ruptura. A máquina de ensaios deve aplicar esforços progressivamente, sem golpes, e permitir regular a velocidade de aplicação.
Designação dos Aços 
Os aços são designados a partir de uma letra “A” (maiúscula), acompanhada do valor característico da tensão de cedência ou tensão limite convencional de proporcionalidade à 0,2% e ainda, a esta letra e algarismo, seguem-se as letras “N” ou “E” conforme se trata de um aço natural ou tratado e “L” e “R” caso o aço seja liso ou rugoso. 
Características de armaduras para Betão Armado e Pré-esforçado
As armaduras para betão são caracterizadas pelo seu processo de fabrico que está relacionado com a composição química do aço, pelas propriedades mecânicas, pela configuração geométrica, que se relaciona também com as características de aderência ao betão.
Pois, dessa maneira, podemos considerar, na base da classificação em termos de resistência mecânica e superfície exterior, que temos por um lado aços macios e aços duros e por outro lado, aços lisos e nervurados.
Composição química
O aço do betão armado, comummente usado, não possui mais do que 0,2% de carbono. É portanto, um aço macio (a sua resistência é relativamente baixa com uma deformacão plástica considerável).
O aço do betão pre-esforçado como tem de ter resistências e tensões de cedência muito maiores do que as de betão ordinário, tem uma percentagem de carbono maior, é um aço carbono (entre 0,6 a 0,9%). Contém ainda 0,3 a 0,8% de manganês e silício e limites pequenos e rigorosos de impurezas.
Configuração geométrica 
As armaduras usadas no betão armado e pré-esforçado, são na grande maioria dos casos, de secção circular.
Os aços para betão armado denominam-se por armaduras ordinárias com diâmetros de 6, 8, 10, 12, 16, 20, 25, 32 e 40 mm. 
O aço macio menos resistente toma a designação de A 235 e pode ter superfície lisa ou nervurada . 
As nervuras surgem para melhorar a aderência aço-betão.
Configuração geométrica (Cont.)
Os aços duros para serem distinguidos dos macios, levam a meio um traço a ligar as nervuras a 45º .
A partir de um aço macio nervurado pode-se obter um aço duro com a seguinte superfície (Ex: da obtenção do A400ER a partir do A400NR). A aderência aço-betão é ainda maior.
 Outros tipos de aços, 
Existem outros tipos de aços, considerados especiais (Aço Bi e Aço Malhasol)
- Aço Bi – trata-se de uma associação de duas verguinhas de aço duro, ligadas entre si através de travessas de aço macio. Neste aço a ligação com o betão já não se faz por aderência, mas sim através dos processos, que resistem por flexão, compressão e corte, devido a haver betão ente eles.
Possuem tensão de cedência de cerca de 700 Mpa, tensão de rotura de 800 Mpa e extensão após rotura de 6%, portanto, conseguem altas resistências apesar de serem pouco utilizados a não ser em estruturas especiais.
- Malhasol – é constituída por uma série de ferros cruzados segundo direcções perpendiculares, soldados entre si nos nós. Há vários tipos dependendo do espaçamento dos ferros. Os diâmetros variam entre 2,5 à 12mm.
Possuem tensão convencional de cerca de 500 Mpa, tensão de rotura de 600 MPa extenão após rotura de 7%. Usa-se normalmente o tipo AR (100mmx300mm) como malha de distribuição em lajes aligeiradas ou armadura principal em pequenas lajes unidirecionais ou, em outros tipos para armar lajes nas duas direcções.
Aços no Betão Pré-esforçado 
No betão pré-esforçado usam-se fios e quando se pretendem diâmetros maiores usam-se cabos e cordões. 
Os cabos são constituídos por 2,3 ou até 7 cordões. 
Em cordões, os fios enrolam-se em hélices cujo o peso depende do diâmetro dos fios,
Os aços usados são aços duros com tensões de rotura variáveis, no entanto muito elavadas, podendo ser superiores
a 2000 Mpa.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL
Como vantagens das estruturas do aço podemos citar:
Alta resistência do material nos diversos estados de tensão (tracção, compressão, flexão etc.) 
 Garantia das dimensões e propriedades dos materiais.
3. Material resistente a choques e vibrações.
4. Oferecem uma grande margem de segurança no trabalho, o que se deve ao fato de o material ser único e homogéneo, com limite de escoamento, ruptura e módulo de elasticidade bem definido.
Vantagens das estruturas do aço (Cont.)
Sua montagem é mecanizada, permitindo com isso diminuir o prazo final da construção, em caso de necessidade, possibilita a desmontagem das estruturas e sua posterior montagem em outro local. 
Os elementos de aço podem ser desmontados e substituídos com facilidade, o que permite reforçar ou substituir facilmente diversos elementos da estrutura.
Vantagens das estruturas do aço (Cont.)
Possibilidade de reaproveitamento do material que não seja mais necessário à construção (valores que chegam a 100% de aproveitamento).
Como desvantagens das estruturas de aço podemos citar:
Limitação da execução em fábrica em função do transporte até o local de sua montagem final.
Necessidade de tratamento superficial das peças conta oxidação devido ao contacto com o ar atmosférico.
Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para sua fabricação e montagem.
Limitação de fornecimento de perfis estruturais.

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