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Introdução Ao Estudo de Direito - Notas de Aula

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SUMÁRIO 
Full 
I – DIREITO ................................................................................................... 1 
1.1. Origem Etimológica ........................................................................... 1 
1.2. Conceito ............................................................................................. 1 
1.3. Importância ........................................................................................ 1 
1.4. Funções ............................................................................................. 1 
II - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO ............................................ 1 
2.1. Conceito ............................................................................................. 1 
2.2. Objetivos ............................................................................................ 1 
2.3. Disciplinas Auxiliares ......................................................................... 1 
2.3.1. A História do Direito ................................................................... 1 
2.3.2. Direito Comparado ..................................................................... 1 
2.3.3. Filosofia do Direito ..................................................................... 1 
2.3.4. Sociologia do Direito .................................................................. 1 
III – CIÊNCIA DO DIREITO ........................................................................... 1 
3.1. Ciência ............................................................................................... 1 
3.2. Ciência Jurídica ou do Direito............................................................ 1 
IV – ZETÉTICA JURÍDICA ........................................................................... 1 
V – FONTES DO DIREITO ........................................................................... 2 
5.1. Lei ...................................................................................................... 2 
5.2. Usos e Costumes .............................................................................. 2 
5.3. Analogia ............................................................................................. 2 
5.4. Princípios Gerais do Direito ............................................................... 2 
5.5. Equidade ............................................................................................ 2 
5.6. Jurisprudência ................................................................................... 2 
5.7. Doutrina ............................................................................................. 2 
5.8. Direito Comparado ............................................................................. 2 
VI – DIREITO E MORAL ............................................................................... 2 
6.1. Generalidades ................................................................................... 2 
6.2. Noção de Moral ................................................................................. 3 
6.3. Setores da Moral ............................................................................... 3 
6.3.1. Moral Natural .............................................................................. 3 
6.3.2. Moral Positiva ............................................................................. 3 
6.4. Diferenças entre Direito e Moral ........................................................ 3 
6.4.1. Tomásio...................................................................................... 3 
6.4.2. Kant ............................................................................................ 3 
6.4.3. Fitche .......................................................................................... 3 
6.5. Critérios Modernos de Distinção ....................................................... 3 
6.5.1. De Ordem Formal ...................................................................... 3 
6.5.2. Quanto ao Conteúdo .................................................................. 4 
VII - SANÇÃO JURIDICA E SANÇÃO MORAL ........................................... 4 
7.1. Sanção Jurídica ................................................................................. 4 
7.2. Sanção Moral ..................................................................................... 4 
VIII - DIREITO NATURAL ............................................................................. 4 
8.1. Conceito do Direito Natural ............................................................... 4 
8.2. Importância do Direito Natural ........................................................... 5 
8.3. Características do Direito Natural ..................................................... 5 
IX – DIREITO POSITIVO .............................................................................. 5 
9.1. Conceito de Direito Positivo .............................................................. 5 
9.2. Característica do Direito Positivo ...................................................... 5 
X – DIREITO OBJETIVO .............................................................................. 5 
XI – DIREITO SUBJETIVO ........................................................................... 5 
11.1. Conceito ........................................................................................... 5 
11.2. Alcance ............................................................................................ 5 
XII – DIREITO SUBJETIVO PATRIMONIAL ................................................ 6 
XIII – DIREITO SUBJETIVO EXTRA-PATRIMONIAL ................................. 6 
XIV – DIREITO SUBJETIVO ABSOLUTO ................................................... 6 
XV – DIREITO SUBJETIVO RELATIVO ...................................................... 6 
XVI – DIREITO POTESTATIVO .................................................................... 6 
XVII – EXPECTATIVA DE DIREITO ............................................................. 6 
XVIII – DICOTOMIA DO DIREITO ................................................................ 6 
XIX – DIREITO PÚBLICO ............................................................................. 6 
XX – DIREITO PRIVADO .............................................................................. 6 
XXI – RAMOS DO DIREITO PÚBLICO ........................................................ 6 
21.1. Direito Constitucional ....................................................................... 6 
21.2. Direito Administrativo ....................................................................... 6 
21.3. Direito Tributário .............................................................................. 6 
21.4. Direito Penal (Criminal) .................................................................... 7 
21.5. Direito Processual ............................................................................ 7 
21.6. Direito Internacional Público ............................................................ 7 
21.7. Direito Internacional Privado............................................................ 7 
XXII – RAMOS DO DIREITO PRIVADO ....................................................... 7 
22.1. Direito Civil ....................................................................................... 7 
22.2. Direito Empresarial .......................................................................... 7 
22.3. Direito do Trabalho (Trabalhista) ..................................................... 7 
XXIII – LEI E NORMA JURÍDICA ................................................................. 7 
XXIV – INSTITUTO JURÍDICO E ORDENAMENTO JURÍDICO ................. 7 
XXV – ESTRUTURA DA NORMA JURÍDICA .............................................. 8 
25.1. Concepção de NJ para Hans Kelsen .............................................. 8 
25.1.1. Divisão da Norma Jurídica ....................................................... 8 
25.1.2. Estrutura(NJ) ........................................................................... 8 
25.1.3. Crítica a Estrutura da NJ (Kelsen) ........................................... 8 
25.1.4. Estrutura Una da NJ (Kelsen) .................................................. 8 
25.2. Teoria da NJ para Miguel Reale ...................................................... 8 
XXVI – CARACTERÍSTICA DAS NORMAS JURÍDICAS ............................ 8 
26.1. Bilateralidade (NJ) ........................................................................... 8 
26.2. Generalidade (NJ)............................................................................ 9 
26.3. Abstratividade (NJ) .......................................................................... 9 
26.4. Imperatividade (NJ).......................................................................... 9 
26.5. Coercibilidade (NJ) .......................................................................... 9 
XXVII – CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS ............................. 9 
27.1. Quanto ao Território ......................................................................... 9 
27.1.1. Federais (NJ) ............................................................................ 9 
27.1.2. Estaduais (NJ) .......................................................................... 9 
27.1.3. Municipais (NJ)......................................................................... 9 
27.2. Quanto à Imperatividade ................................................................. 9 
27.2.1. Cogentas (NJ) .......................................................................... 9 
27.2.2. Dispositivas ou Supletivas (NJ) ............................................. 10 
27.3. Quanto à Violação ......................................................................... 10 
27.3.1. Mais que Perfeitas (NJ) .......................................................... 10 
27.3.2. Perfeitas (NJ) ......................................................................... 10 
27.3.3. Menos que Perfeitas (NJ) ...................................................... 10 
27.3.4. Imperfeitas (NJ) ...................................................................... 10 
 
27.4. Quanto ao Conteúdo ..................................................................... 10 
27.4.1. Preceptivas (NJ)..................................................................... 10 
27.4.2. Proibitivas (NJ) ....................................................................... 10 
27.4.3. Permissivas (NJ) .................................................................... 10 
27.5. Quanto à Aplicação ....................................................................... 10 
27.5.1. Genéricas (NJ) ....................................................................... 10 
27.5.2. Particulares (NJ) .................................................................... 10 
27.5.3. Individualizadas (NJ) .............................................................. 11 
XXVIII – CLASSIFICAÇÃO DA LEI ............................................................ 11 
28.1. Conceito de Lei .............................................................................. 11 
28.2. Modalidades de Lei........................................................................ 11 
28.2.1. Lei em Sentido Amplo ............................................................ 11 
28.2.2. Lei em Sentido Estrito ............................................................ 11 
28.2.3. Leis Primárias ........................................................................ 11 
28.2.4. Leis Secundárias.................................................................... 11 
XXIX – HIERARQUIA DAS LEIS PRIMÁRIAS .......................................... 11 
29.1. Constituição da República ............................................................. 11 
29.1.1. Conceito (CRF) ...................................................................... 11 
29.1.2. Alterações à Constituição (CRF) ........................................... 11 
29.1.3. Cláusula Pétrea da Constituição (CRF) ................................ 11 
29.2. Emenda Constitucional .................................................................. 11 
29.2.1. Conceito (EC) ......................................................................... 11 
29.2.2. Aprovação (EC)...................................................................... 12 
29.2.3. Sanção (EC) ........................................................................... 12 
29.3. Lei Complementar ......................................................................... 12 
29.3.1. Conceito (LC) ......................................................................... 12 
29.3.2. Aprovação (LC) ...................................................................... 12 
29.3.3. Alteração (LC) ........................................................................ 12 
29.4. Lei Ordinária .................................................................................. 12 
29.4.1. Conceito (LO) ......................................................................... 12 
29.4.2. Aprovação (LO) ...................................................................... 12 
29.5. Lei Delegada .................................................................................. 12 
29.5.1. Conceito (LD) ......................................................................... 12 
29.5.2. Importância (LD) .................................................................... 13 
29.6. Medida Provisória .......................................................................... 13 
29.6.1. Conceito (MP) ........................................................................ 13 
29.6.2. Delegação de Poderes (MP) ................................................. 13 
29.6.3. Efeitos (MP) ........................................................................... 14 
29.6.4. Congresso Nacional (MP) ...................................................... 14 
29.6.5. Urgência (MP) ........................................................................ 14 
29.6.6. Prorrogação (MP)................................................................... 14 
29.6.7. Efeitos (MP) ........................................................................... 14 
29.7. Decreto Legislativo ........................................................................ 15 
29.7.1. Conceito (DL) ......................................................................... 15 
29.7.2. Aprovação (DL) ...................................................................... 15 
29.8. Resolução ...................................................................................... 15 
29.8.1. Conceito (Res.) ...................................................................... 15 
29.8.2. Aprovação (Res.) ................................................................... 15 
XXX – HIERARQUIA DAS LEIS SECUNDÁRIAS ..................................... 15 
30.1. Decreto Regulamentar .................................................................. 15 
30.1.1. Conceito (DR) ........................................................................ 15 
30.1.2. Oportunidade (DR) ................................................................. 15 
30.2. Portaria .......................................................................................... 15 
XXXI – PROCESSO LEGISLATIVO ........................................................... 16 
31.1. Iniciativa da Lei .............................................................................. 16 
31.2. Exame e Revisão ........................................................................... 16 
31.3. Sanção ........................................................................................... 16 
31.4. Prazo da Sanção ........................................................................... 17 
31.5. Sanção Tácita (Presumida) ...........................................................17 
31.6. Veto ................................................................................................ 17 
31.7. Apreciação do Veto........................................................................ 17 
31.8. Rejeição do Veto ............................................................................ 17 
31.9. Promulgação .................................................................................. 17 
XXXII – VIGÊNCIA DA LEI ......................................................................... 19 
32.1. Publicação...................................................................................... 19 
32.2. Início da Vigência ........................................................................... 19 
32.3. “Vacatio Legis” ............................................................................... 19 
32.4. Prazo da “Vacatio Legis” ............................................................... 19 
32.5. Princípio da Obrigatoriedade ......................................................... 20 
32.6. Princípio da Continuidade .............................................................. 20 
32.7. Revogação da Lei .......................................................................... 20 
32.7.1. Ab Rogação ............................................................................ 20 
32.7.2. Derrogação ............................................................................. 20 
32.7.3. Expressa ................................................................................ 20 
32.7.3. Tácita (Presumida) ................................................................. 20 
32.8. Lei Temporária (Excepcional) ........................................................ 20 
32.9. Efeito Repristinário......................................................................... 21 
XXXIII – LEI NO TEMPO ............................................................................. 21 
33.1. Princípio da Irretroatividade (não volta) ........................................ 21 
33.1.1. Direito Adquirido ..................................................................... 21 
33.1.2. Ato Jurídico ............................................................................ 21 
33.1.3. Coisa Julgada ......................................................................... 21 
XXXIV – RELAÇÃO JURÍDICA .................................................................. 21 
34.1. Conceito ......................................................................................... 21 
34.2. Partes ............................................................................................. 21 
34.2.1. Sujeito Ativo ........................................................................... 22 
34.2.2. Sujeito Passivo ....................................................................... 22 
XXXV – DEVER JURÍDICO ........................................................................ 22 
35.1. Dever Jurídico Contratual ou Extracontratual ............................... 22 
35.1.1. Dever Jurídico Contratual ...................................................... 22 
35.1.2. Dever Jurídico Extracontratual ............................................... 22 
35.2. Dever Jurídico Positivo ou Negativo .............................................. 22 
35.2.1. Dever Jurídico Positivo .......................................................... 22 
35.2.2. Dever Jurídico Negativo ......................................................... 22 
35.3. Dever Jurídico Permanente ou Transitório .................................... 22 
35.3.1. Dever Jurídico Permanente ................................................... 22 
35.3.2. Dever Jurídico Transitório ...................................................... 22 
XXXVI – FATO JURÍDOCO ........................................................................ 22 
36.1. Fato ................................................................................................ 22 
36.2. Fato Jurídico .................................................................................. 22 
36.3. Classificação do Fato Jurídico ....................................................... 22 
36.3.1. Fato Jurídico Natural .............................................................. 22 
36.3.2. Fato Jurídico Humano ............................................................ 23 
XXXVII – ATO JURÍDICO ........................................................................... 23 
37.1. Conceito de Ato Jurídico ................................................................ 23 
37.2. Ato Jurídico em Sentido Estrito ..................................................... 23 
37.3. Negócio Jurídico ............................................................................ 23 
37.4. Ato Ilícito ........................................................................................ 23 
37.4.1. Elementos do Ato Ilícito ......................................................... 23 
37.4.2. Intenção .................................................................................. 23 
37.4.3. Dano ....................................................................................... 23 
37.4.4. Consequências....................................................................... 23 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
1 
I – DIREITO 
1.1. Origem Etimológica 
A palavra Direito, advém de uma expressão em latim “De-
rectum”,, que por sua vez é a conjugação dos termos “Dis 
+ rectum”. 
“Dis” = muito “Rectum” = correto, justo 
 
1.2. Conceito 
Direito é o complexo de preceitos e regras obrigatórias 
constituídas de sanção que regem as relações humanas 
estabelecidas em sociedade. 
 
1.3. Importância 
1.3.1. A sociedade necessita do Direito para que ela seja 
organizada no sentido de conduzir a conduta das pessoas. 
1.3.2. Alcançar os fins sociais. 
1.3.3. O Direito é uma expressão da vontade coletiva e do 
momento social em que vivemos. 
 
1.4. Funções 
1.4.1. Regular as relações jurídicas estabelecidas em 
sociedade, apontando direitos e deveres a serem cumpri-
dos. 
1.4.2. Solucionar conflitos existentes na coletividade vi-
sando a paz social 
1.4.3. Promover o bem estar comum e o bem estar coleti-
vo. 
Exemplo: coibir o tráfico de drogas. 
 
 
II - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO 
DIREITO 
2.1. Conceito 
É a disciplina jurídica que apresenta o sistema de conhe-
cimentos advindos de inúmeras fontes, oferecendo as 
bases essenciais ao estudo do Direito. 
(O Direito não é uma ciência isolada, levam-se em conta 
diversos aspectos - financeiro, social, etc) 
 
2.2. Objetivos 
Apresentar os princípios, os conceitos e os institutos fun-
damentais que serão aplicados nos diversos ramos do 
Direito. 
Exemplo: Princípio protecionista Direito do trabalho, Códi-
go defesa do consumidor. 
 
2.3. Disciplinas Auxiliares 
2.3.1. A História do Direito 
É a disciplina que visa a pesquisa e a análise dos Insti-
tutos Jurídicos pretéritos que servem de informação e 
base para a definição e alcance do Direito atual 
(fatos históricos que tiveram repercussão no Direito, 
Exemplo: a evolução histórica do trabalho. 
 
2.3.2. Direito Comparado 
É o estudo comparativo de ordenamentos jurídicos 
estrangeiros que vão orientar o ordenamento jurídico 
brasileiro. 
O legislador busca experiências de outros países e 
trazem para o Brasil. 
Exemplo: buscar legislação americana para aplicar em 
crimes na internet. 
 
2.3.3. Filosofia do Direito 
É a disciplina que procura refletir a respeito dos funda-
mentos do Direito, questionando o critério de justiça 
contido na norma jurídica. 
 
2.3.4. Sociologia do Direito 
É a disciplina que examina o Direito sob o ponto de 
vista social, verificando se a norma jurídica está de 
acordo com os fatos sociais. 
 
III – CIÊNCIA DO DIREITO 
(Estuda as normas jurídicas, ordenamento jurídico) 
 
3.1. Ciência 
É o conjunto de conhecimentos coordenados relativa-
mente a um determinado objeto. 
 
3.2. Ciência Jurídica ou doDireito 
É a responsável pelo estudo das normas jurídicas im-
postas de forma obrigatória pelo Estado à sociedade 
com o objetivo de determinar ou coibir condutas huma-
nas. 
 
IV – ZETÉTICA JURÍDICA 
É a disciplina que adota diversas ciências autônomas 
(sociologia; economia; contexto social; ...) para o estudo 
da ciência do direito, analisando o ordenamento jurídico 
sob diferentes aspectos. 
(O Direito não é uma ciência isolada). 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
2 
 
V – FONTES DO DIREITO 
(De onde vem, como é criado, tudo que faz nascer o direi-
to) 
 
5.1. Lei 
(Impõem regras a serem observadas) 
É uma norma comum e obrigatória advinda do poder com-
petente (não pode ser criada por qualquer pessoa) e pro-
vida de sanção (penalidade). 
Observação: 
A lei é hipotética (algo que pode acontecer. Se alguém 
casar tem as leis), abstrata (regula o casamento em si, se 
casar passa a ser concreto) e genérica (geral para todos). 
 
5.2. Usos e Costumes 
Constituem o Direito Costumeiro ou Direito Consuetudiná-
rio, que por sua vez são as práticas habituais e constantes 
que se tornam regras obedecidas por todos. 
(art. 4º do Código Civil – o juiz pode aplica a lei ou usos e 
costumes) 
Exemplo: a regulamentação dos atos do comércio, das 
troca empresarial nasceu dos usos e costumes (cheque 
pré-datados; suspensão de trabalhador 1 a 3 dias ...) 
O interesse da Inglaterra e dos EUA, normalmente predo-
minam. 
LEI COSTUME 
Poder legislativo Práticas habituais da socie-
dade. 
Tem vigência Naturalmente – espontânea 
Processo para instauração Habitual 
Escrita Conduta 
Eficaz/vigente Vigente porque é eficaz. 
 
5.3. Analogia 
(por mais que não exista uma lei para a situação, o juiz 
busca uma norma que resolva o problema) 
É a aplicação a um caso não previsto em lei de uma norma 
jurídica que rege hipótese semelhante. 
Exemplo: direito autoral virtual, difamação virtual, servidor 
público que não tem direito a greve. 
 
5.4. Princípios Gerais do Direito 
São regras gerais que servem de base para todo o orde-
namento jurídico. 
Exemplo: Direito trabalho – principio da proteção ao 
empregado; Direito penal – principio a favor do réu: todo 
mundo é inocente até que se prove o contrário. 
 
5.5. Equidade 
É a justiça do caso concreto através da adaptação da 
lei ao fato concreto promovendo sua suavização. 
Exemplo: a venda de um bem para um filho sem conhe-
cimento dos demais. 
Cheque é não causal, não precisa explicar o motivo da 
emissão. Duplicata é causal, está ligada a uma venda. 
Um drogado emite um cheque para comprar droga. 
 
5.6. Jurisprudência 
É a sequência de decisões em um mesmo sentido, 
proferidas pelos tribunais que são utilizadas pelo judici-
ário na solução dos conflitos. 
(Forma de nortear uma decisão, conjunto de julgados 
em um mesmo sentido, vários juízes julgam isolados 
alguma causa e forma a jurisprudência). 
 
5.7. Doutrina 
É a opinião dos juristas apresentada em suas publica-
ções no sentido de orientar a elaboração das leis e a 
sua aplicação ao caso concreto. 
Exemplo: livros, pareceres, seminários onde os juristas 
expõem seus conhecimentos. Os doutrinadores devem 
participar na elaboração, opinião e forma de interpreta-
ção, serve também para preencher as lacunas da lei, 
tipo petições, julgamentos. 
 
5.8. Direito Comparado 
São as leis estrangeiras e os julgamentos proferidos no 
exterior que servem de orientação ao legislador para 
elaborar as leis e ao judiciário para aplica-las nos casos 
concretos. 
(Alguns países têm leis mais avançados em algumas 
áreas e podem ser adaptadas à nossa legislação. 
Exemplo: contrato franquia dos EUA, direito virtual, 
casamento homossexual). 
 
VI – DIREITO E MORAL 
6.1. Generalidades 
O Direito e a Moral são instrumentos de controle social 
que se complementam e se influenciam na medida em 
que eles não podem ser separados ou isolados. 
Consciência individual moral – todo mundo sabe o que 
pode ou não fazer. Muitas vezes o que o Direito consi-
dera lícito não é moral. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
3 
Exemplo: evasão fiscal é ilícito para pagar menos IR 
Elisão fiscal é licito, mas não é moral – adotar uma forma 
dentro da lei para pagar menos imposto. 
No programa Criança Esperança, a Globo deduz IR com o 
dinheiro do povo. 
 
6.2. Noção de Moral 
Esta ligada ao bem (conduta). Na Grécia antiga, o bem 
consistia no desprendimento em superar o sofrimento. 
Modernamente o bem é tudo aquilo que satisfaz o homem 
em sociedade e individual. 
Agir conforme os costumes (varia no tempo e no espaço, 
ou seja, de acordo com a época e lugar) é moral. 
 
6.3. Setores da Moral 
6.3.1. Moral Natural 
Consiste na ideia do bem captada da natureza humana e 
que não varia no tempo e no espaço. 
(Tudo que prejudica os direitos naturais – privacidade, ser 
feliz, trabalho, lazer) 
 
6.3.2. Moral Positiva 
6.3.2.1. Moral Autônoma 
É a noção do bem de forma particular, advinda da consci-
ência individual. 
(Não atravessar sinal vermelho, uns respeitam e outros 
não e não têm problema de consciência) 
 
6.3.2.2. Moral Social 
É a noção do bem que deriva de princípios determinantes 
em uma sociedade, numa determinada época. 
(A submissão da mulher em épocas passadas – “Mulher 
honesta”).) 
 
6.3.2.3. Ética Superior dos Sistemas Religiosos 
É a noção do bem consagrada e transmitida pelas religiões 
aos seus seguidores. 
Exemplo: Relações sexuais, só para fins de procriação. 
 
6.4. Diferenças entre Direito e Moral 
6.4.1. Tomásio 
Segundo o filósofo, o Direito se ocuparia apenas dos as-
pectos exteriores do comportamento social, sendo alheio à 
consciência individual que seria atribuída à moral. 
(Esta diferença não é ideal – dolo ou culpa – civilmente 
tem que pagar - penalmente depende da situação). 
Exemplo: atropelar sem querer, distração! 
 
6.4.2. Kant 
A conduta humana está de acordo com a moral quando 
tem por motivação a vontade de alcançar o bem (fins). 
Por outro lado o Direito se preocupa com a exterioriza-
ção da conduta e não com seus motivos. 
(Pouco importa o motivo não esta ligada ao direito - 
dolo e culpa) 
Exemplo: Atropelamento, independente da intenção. 
 
6.4.3. Fitche 
O Direito permite situações que a moral não concorda 
Exemplo: elisão fiscal (A moral é contra) 
 
6.5. Critérios Modernos de Distinção 
6.5.1. De Ordem Formal 
6.5.1.1. Determinação x Abstração 
O Direito se manifesta através de um conjunto de re-
gras que determinam as condutas e a forma de agir. (O 
critério é mais objetivo). 
A Moral tem caráter geral e abstrata sem particularida-
des (o critério é mais subjetivo). 
Direito: impõe formas de conduta. 
Moral: não determina a conduta, depende do local, das 
relações, do tempo. Depende da experiência individual 
da pessoa. 
 
6.5.1.2. Bilateralidade x Unilateralidade 
O Direito é bilateral impondo um dever jurídico e atribu-
indo o direito respectivo (na relação entre as pessoas 
existem direitos e deveres). 
Exemplo: Contrato de trabalho 
A Moral é unilateral, eis que ela não impõe condutas. 
(não impõem deveres; a dívida de jogo não pode ser 
exigida, não tem respaldo na lei, não tem sustentação 
do Direito, não gera obrigação) 
Exemplo: DVD pirata, agiotagem. 
 
6.5.1.3. Interiorização x Exteriorização 
Quanto a moral os atos são interiorizados (na consci-
ência de cada um) e estão no pensamento abstrato. 
(dor na consciência). 
Direito contem atos exteriorizados e possuem dimen-
são concreta (as condutas são exteriores, como saber 
os direitos e deveres de um contrato). 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
4 
 
6.5.1.4. Autonomia x Heteronomia 
A moral é autônoma e espontânea nascendo da consci-
ência individual ou social. 
O Direito é heterônomo porque impõem condutas obriga-
tórias que poderão ser cumpridas ou não na prática. 
 
6.5.1.5. Coercibilidade x Incoercibilidade 
O Direito possui coerção (sanção, penalidade) eis que 
impõem penalidades para garantir o seu cumprimento. 
Exemplo: Imposto de RendaA moral não possui coerção, podendo ocasionar uma 
reação adversa, individual e social. (não tem penalidade 
pela lei). 
Exemplo: Dívida de jogo do bicho. 
 
6.5.2. Quanto ao Conteúdo 
6.5.2.1. Teoria dos Círculos Concêntricos 
A ordem jurídica está totalmente incluída no campo da 
moral. A moral é mais ampla que o Direito, sendo que ele 
se subordina à moral. (o direito tem que atender a moral, 
antes de ser direito tem que ser moral) 
 
6.5.2.2. Teoria dos círculos secantes 
O Direito e a moral possuiriam uma faixa de competência 
comum e uma área particular independente. 
O dever dos pais de cuidar do filho menor está na esfera 
da moral e também na do direito. A dívida de jogo e a 
gratidão e considerada moral. 
Elisão fiscal é um direito, mas é considera imoral. 
 
 
 
6.5.2.3. Teoria kelsiana (Hans Kelsen) 
O Direito e a moral são sistemas totalmente indepen-
dentes. A norma jurídica (regra, conduta) é o único 
elemento essencial ao Direito, cuja validade não de-
pende da moral. (se existe uma regra jurídica, pouco 
importa a moral) 
 
6.5.2.4. Teoria do Mínimo Ético 
O Direito representa um mínimo de regras morais ne-
cessárias ao bem estar social. (a lei tem que ter um 
padrão mínimo de moral, mas ambos continuam sepa-
rados) 
Exemplo: Paz social – um mínimo de moralidade para o 
direito ser aceito. 
 
VII - SANÇÃO JURIDICA E SANÇÃO 
MORAL 
7.1. Sanção Jurídica 
O Direito deve ser cumprido de forma espontânea, mas 
ele possui coerção e se dá através da possibilidade do 
uso da força ou da coação, através da punibilidade 
como forma de garantir o seu cumprimento. 
Tem alcance coletivo, alguém deixa de cometer um 
crime pelo receio. Pois, outros já foram punidos. 
É a penalidade que decorre da lei e todos deveriam 
cumpri-la. Quando isso não acontece sujeita-se a san-
ção da lei. 
Exemplo: Prisão por falta de pensão é uma coação. 
Utopia (ideal): todos cumprindo a lei, seguindo as nor-
mas! 
 
7.2. Sanção Moral 
A sanção moral existe, mas não possui coerção através 
da força ou da coação. 
Não é induzido por força ou ação jurídica. Pode ser de 
foro íntimo, consciência individual: remorso. Ou 
reprovação social: por não pagar dívida de jogo é 
excluído desse grupo. 
 
VIII - DIREITO NATURAL 
8.1. Conceito do Direito Natural 
É o Direito constituído por princípios da própria natureza 
humana advindos da experiência e da razão que vão 
direcionar o legislador na elaboração das normas jurídi-
cas. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
5 
A dignidade da pessoa humana é o elementar; para regu-
lar a própria vida humana, liberdade, honra. Tudo que é 
básico para o homem viver em sociedade. 
Vem do elementar (direito a vida) direito a liberdade, hon-
ra, moradia (defende a dignidade humana) – Constituição 
– cláusulas pétreas. 
 
8.2. Importância do Direito Natural 
Serve para buscar um ordenamento jurídico justo que seja 
capaz de proteger o homem. 
Ou seja, fazer com que o direito natural seja respeitado. 
Direito a moradia (criou-se o usucapião para garanti-la) 
Pois é melhor um possuidor zeloso do que um proprietário 
descuidado. 
Exemplo: focos do mosquito da dengue em moradias 
abandonadas. 
 
8.3. Características do Direito Natural 
• Ele não é necessariamente escrito. 
• Ele não foi criado pela sociedade, eis que advém da 
natureza humana (a sociedade não cria, tem alcance na 
esfera social). 
• Não é imposto pelo Estado a princípio. 
• Ele é universal (atende a todo e qualquer homem em 
qualquer lugar na terra). 
• Ele é eterno (cláusulas Pétreas, não podem ser modifi-
cadas) 
• Ele é imutável 
 
IX – DIREITO POSITIVO 
9.1. Conceito de Direito Positivo 
É o direito imposto pelo Estado através do ordenamento 
jurídico obrigatório, em determinado tempo e lugar. 
Imposto pelo Estado deve ser obedecido. 
Exemplo: relações de trabalho, impõem obrigações e direi-
tos para ambas as partes (Direito do Trabalho). 
Muitas vezes o Direito Natural é positivado, ou seja, institu-
ído pelo Estado. 
 
9.2. Característica do Direito Positivo 
• O Direito Positivo não é necessariamente escrito, eis 
que o Direito Costumeiro ou Consuetudinário deriva de 
práticas habituais realizadas em sociedade. 
O direito brasileiro é quase todo escrito porque sistema 
jurídico brasileiro deriva-se do sistema romano-
germânico. 
Exemplo: Lei do Silêncio (não é escrita) 22 horas 
• O Direito Atual é aquele que está em vigor. Uma vez 
que o Direito pretérito (passado) integra a história do 
direito. 
Vigor = Vigência 
• O Direito é imposto pelo Estado e constituído de 
sanção. 
• O Direito Positivo se desdobra no Direito Objetivo e 
no Direito Subjetivo. 
 
X – DIREITO OBJETIVO 
É o Direito como norma de organização social, para 
regular as relações sociais. 
Ele é a própria ordem jurídica instituída pelo Estado. 
Exemplo: Direitos do Trabalho (trabalho = salário) 
Tributário (IPTU = proprietário de bem imóvel) 
 
XI – DIREITO SUBJETIVO 
11.1. Conceito 
É aquele que corresponde às possibilidades, os pode-
res e as faculdades que a ordem jurídica garante as 
pessoas. 
Exemplo: o direito do trabalhador de receber o salário. 
o direto de receber a importância da venda de um imó-
vel. 
O Direito do Trabalho é positivo e gera deveres/direitos 
objetivos. Direito subjetivo é o poder que as pessoas 
têm de cobrar seus direitos. A cada dever subjetivo 
(pagar salário, empregador) gera-se um dever subjetivo 
(prestação do serviço, empregado). 
Ou seja, também: A cada direito subjetivo (receber 
salário, empregado) gera-se um direito subjetivo (pres-
tação de serviço, empregador) 
Observação: O Direito Subjetivo concede ao seu titular 
a prerrogativa de invocar o Estado para garantir a sua 
satisfação. 
 
11.2. Alcance 
O Direito Subjetivo se desdobra no Direito Patrimonial e 
no Direito Extra-Patrimonial. Bem como no Direito Abso-
luto e do Direito Relativo. 
DIREITO POSITIVO 
Direito Objetivo Direito Subjetivo 
• Direito Patrimonial 
• Direito Extra-Patrimonial 
• Direito Absoluto 
• Direito Relativo 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
6 
 
XII – DIREITO SUBJETIVO PATRIMONIAL 
É o Direito que possui caráter econômico ou patrimonial. 
Exemplo: direito de receber salário 
Patrimônio também é considerado dinheiro 
O patrimônio do dever pode ser utilizado/leiloado para 
sanar a dívida. 
 
XIII – DIREITO SUBJETIVO EXTRA-
PATRIMONIAL 
É o direito que não tem conteúdo econômico, ou patrimo-
nial na medida em que visa proteger os atributos da pes-
soa humana. 
Exemplo: Direito Subjetivo a vida; a imagem; a honra; a 
fidelidade conjugal. É muito importante porque não tem 
preço (inestimável). 
 
XIV – DIREITO SUBJETIVO ABSOLUTO 
É o direito que pode ser exercido contra todos. (erga om-
nes) 
Exemplo: Direito a propriedade (ninguém pode entrar) 
 
XV – DIREITO SUBJETIVO RELATIVO 
É aquele que só pode ser exigido de uma pessoa determi-
nada. 
Exemplo: exigir o salário ao empregador. 
 
XVI – DIREITO POTESTATIVO 
É poder conferido a alguém para interferir na esfera jurídi-
ca de outra pessoa. 
Pátrio poder – direcionar a vida de uma pessoa sob sua 
responsabilidade (filho) 
Tutor - responsável pela tutela (menor). 
Curador – representante do incapaz (viciado) 
Procuração -- o procurador tem o Direito Potestativo. 
 
XVII – EXPECTATIVA DE DIREITO 
É a possibilidade de se adquirir o direito. O direito ainda 
não se formou, mas existe a possibilidade de adquiri-lo 
futuramente. 
Exemplo: Direito Nascituro (feto) 
O nascituro tem direito a herança (mãe solicita reserva do 
quinhão) 25% pois existe, já outros 3 filhos. 
 
XVIII – DICOTOMIA DO DIREITO 
É a divisão do direito em dois grandes ramos ou grupos: 
• Direito Público 
• Direito Privado 
 
XIX – DIREITO PÚBLICO 
É o conjunto de ramos do Direito que regula as relações 
jurídicas em que o estado* é parte, atuando com sobe-
rania e buscando atender o interesse social. 
*Estado (Estado, cidade, União, ente público em geral) 
IPTU – município (estado) x particular (Prop. Imóvel 
urbano)XX – DIREITO PRIVADO 
É o conjunto de ramos do direito que regula a relação 
jurídica entre os particulares. 
O Estado não participa da relação, apenas regula, atra-
vés das leis. 
Exemplo: Empréstimo pessoal. 
 
XXI – RAMOS DO DIREITO PÚBLICO 
21.1. Direito Constitucional 
É o ramo do Direito que tem como objeto o estudo da 
Constituição Federal. Dentre as suas funções, ele esta-
belece a forma do Estado e o regime de governo; orga-
niza os poderes do Estado; assegura os direitos e ga-
rantias fundamentais do cidadão. 
ADIN => STF 
Superior Tribunal Federal - STF = guardião da sobera-
nia nacional, da Constituição. 
Todo advogado e fundamentalmente constitucionalista. 
Porque os demais ramos do direito derivam da relação 
de submissão Constituição Federal. Não podendo ir 
contra ela. 
21.2. Direito Administrativo 
É o ramo do Direito que regula a atuação do Estado na 
prática dos atos administrativos, visando alcançar o 
interesse público e social. Ele regulamenta a adminis-
tração pública e os seus desdobramentos. 
Exemplo: Contrato de licitação 
O Direito Administrativo trata de tudo que tem interesse 
público. 
 
21.3. Direito Tributário 
Regula o conjunto de normas jurídicas que envolvem a 
instituição, a arrecadação e a fiscalização dos tributos, 
como fonte de recursos para o Estado. 
Criação do tributo é o seu fim. E determinar quem terá a 
competência para cobrar esse tributo. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
7 
 
21.4. Direito Penal (Criminal) 
É o ramo do direito que fixa as condutas criminosas e as 
suas penas. 
Exemplo: uma conduta criminosa pode ser por ação (ho-
micídio), ou omissão (não prestar socorro). 
 
21.5. Direito Processual 
Rege a organização do Poder Judiciário de forma a esta-
belecer as regras para a aplicação do Direito no caso 
concreto. 
Quando há divergências entre as partes, entra-se na Justi-
ça, independente do ramo, devem-se seguir os procedi-
mentos legais, que são regulados/determinados pelo Direi-
to Processual (formas e prazos impetrar ações de apela-
ções judiciais ...). 
 
21.6. Direito Internacional Público 
Objetiva regular as relações entre os Estados que com-
põem a comunidade internacional através de tratados e 
convenções internacionais. 
Exemplo: ONU => países do Oriente (Líbia) 
Conselho de Segurança. 
 
Cada nação tem o seu ordenamento jurídico, mas o Direito 
Internacional Público tem instituições, como a ONU (Orga-
nização das Nações Unidas) que pode intervir nas rela-
ções internacionais, para manutenção da paz e garantir os 
direitos humanos (em teoria). 
 
21.7. Direito Internacional Privado 
Direito Internacional regula a relação do Estado com indi-
víduos de outro Estado, quanto ao conflito das leis. 
 
 
Relação entre pessoa e o Estado (País). 
Exemplo: se uma pessoa comete um crime em outro país 
e foge para o Brasil, casa-se e tem filhos, não poderá ser 
extraditado (Ronald Biggs). 
Para evitar o conflito armado (guerra), hoje as nações se 
utilizam de boicotes e sanções econômicas, como forma 
de pressionar outras nações na solução dos conflitos. 
 
XXII – RAMOS DO DIREITO PRIVADO 
22.1. Direito Civil 
É o ramo do Direito que regulamenta as relações jurídi-
cas entre os particulares (pessoas naturais e pessoas 
jurídicas de direito privado). 
Parte Geral serve de sustentação da parte especial. 
Estuda as pessoas, os bens, domicilio, ato jurídico, 
prescrição. 
Parte Especial (Específico): 
• Deveres e obrigações (devedor x credor) 
• Contratos (compra e venda) 
• Direitos Reais (uso, habitação, hipoteca) 
• Direito de Família (casamento, tutela) 
• Direito de Sucessão (testamento, herança, inventá-
rio). 
 
22.2. Direito Empresarial 
É o ramo do Direito que regulamenta as relações jurídi-
cas empresariais. 
Exemplo: contrato comercial, títulos de crédito, tipos de 
sociedade, letras de câmbio. 
 
22.3. Direito do Trabalho (Trabalhista) 
É o ramo do Direito que regulamenta as relações jurídi-
cas entre empregado e empregador, fixando direitos e 
deveres para ambas as partes. 
Trabalhador 
Funcionário Público 
Empregado 
Empregado Rural 
Avulso 
Autônomo 
 
XXIII – LEI E NORMA JURÍDICA 
A Lei (espécie) é apenas uma das formas de expressão 
e revelação da norma jurídica, que por sua vez também 
se manifesta através das outras fontes do Direito. 
A Norma Jurídica (gênero) é o conjunto das fontes do 
Direito. 
 
XXIV – INSTITUTO JURÍDICO E 
ORDENAMENTO JURÍDICO 
Instituto jurídico é a reunião de normas jurídicas afins 
que possuem harmonia, coerência e lógica, identifica-
das pelo seu objeto e pela finalidade que desejam al-
cançar. 
Exemplo: casamento (conjunto de regras a observar na 
sua manutenção: fidelidade. E também rescisão: divor-
cio, partilha). 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
8 
Contrato de compra e venda (direitos e deveres, objeto, 
pagamento, entrega) 
 
Ordenamento jurídico é o conjunto de normas jurídicas 
que formam o direito positivo em vigor em determinado 
território. 
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 
(Todos os ramos do Direito Brasileiro) 
Ramo: Direito do Trabalho 
 
INSTITUTO 
(Salário) 
Norma Jur. + Norma 
Jur. + Norma Jur. + 
Norma Jur 
 + 
INSTITUTO 
(FGTS) 
Norma Jur. + Norma 
Jur. + Norma Jur. + 
Norma Jur 
 
 
INSTITUTO 
(Férias) 
Norma Jur. + Norma 
Jur. + Norma Jur. + 
Norma Jur 
+ 
INSTITUTO 
(13º) 
Norma Jur. + Norma 
Jur. + Norma Jur. + 
Norma Jur 
 
Observação: 
1. Diversos institutos jurídicos afins formam um ramo do 
direito. 
2. Diversos ramos do Direito formam um ordenamento 
jurídico. 
Instituto: salário, férias, 13º, FGTS (Ramo Direito do Tra-
balho) 
D. Trabalho + D. Civil + Direito Penal ..... (Direitos Positi-
vos) = Ordenamento. 
 
XXV – ESTRUTURA DA NORMA 
JURÍDICA 
25.1. Concepção de NJ para Hans Kelsen 
25.1.1. Divisão da Norma Jurídica 
25.1.1.1. Norma Jurídica Primária (conduta) 
Define o dever jurídico em razão de uma situação de fato. 
Para determinar o dever jurídico tem-se que analisar o 
fato. 
FATO OBRIGAÇÃO 
Filho menor Pais: cuidar do filho 
Existência do empregador Pagar o salário 
 
25.1.1.2. Norma Jurídica Secundária (sanção) 
Ela impõe uma sanção em caso de descumprimento do 
dever jurídico. 
Exemplo: pai deve pagar pensão para o filho. Em caso 
de descumprimento, sofrerá uma sanção. 
 
25.1.2. Estrutura (NJ) 
Em algumas circunstâncias o sujeito deve observar uma 
conduta (norma primária) e senão cumpri-la, o Estado 
deve impor uma sanção (norma secundária). 
Estrutura da Norma Jurídica = Norma Primária + Norma 
Secundária. 
 
25.1.3. Crítica a Estrutura da NJ (Kelsen) 
Ao se dividir a estrutura da norma jurídica, parecem 
serem criadas duas alternativas, quais sejam, adotar a 
conduta lícita ou sujeitar-se á sanção prevista. 
Entretanto, a violação da norma jurídica não é facultati-
va, eis que o seu cumprimento é obrigatório. 
Cria-se a princípio uma alternativa entre cumprir ou não 
a norma jurídica. Mas na verdade é obrigatório seu 
cumprimento. 
 
25.1.4. Estrutura Una da NJ (Kelsen) 
A situação de fato deve estar de acordo com a conduta 
exigida, sob pena da aplicação da sanção prevista. 
Exemplo: Se recebo anualmente acima de tanto, deve 
declarar IR (situação de fato). Se não cumpro, sofro 
uma penalidade. 
 
25.2. Teoria da NJ para Miguel Reale 
Para Miguel Reale a norma jurídica é a definição da 
conduta social exigida pelo Estado, que por sua vez 
impõem o dever jurídico a ser cumprido para que seja 
possível a convivência em sociedade. 
As normas jurídicas apontam os direitos e os deveres a 
serem observados. 
É a conjugação de direitos e deveres para convivência 
harmônica na sociedade. 
 
XXVI – CARACTERÍSTICA DAS 
NORMAS JURÍDICAS 
26.1. Bilateralidade (NJ) 
O Direito é vinculado ao menos a duas pessoas em 
diferentes polos (lados) atribuindo direito a uma delas e 
dever a outra. 
Assim sendo, pode-se enxergar o Direito Subjetivo e o 
dever jurídico. A relação jurídica é composta pelo titular 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
9 
do direitosubjetivo (sujeito ativo) e o detentor do dever 
jurídico (sujeito passivo). 
Pelo menos 2 pessoas, uma de cada lado oposto. Pois, 
podem existir mais de uma pessoa nos dois lados. 
Direito Tributário: IPTU 
SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO 
Poder Público (Município) Proprietário de imóvel 
urbano 
Direito Subjetivo Patri-
monial: lançar e cobrar 
Dever jurídico: pagar 
Pode existir mais de 1 
proprietário (sujeito pas-
sivo) 
 
26.2. Generalidade (NJ) 
A norma jurídica é uma regra de alcance geral que obriga 
a todos que estejam em igual situação. 
Exemplo: possuidor de Imóvel ou um animal de estimação 
- Direito real de propriedade – Direito Subjetivo Absoluto. 
Todos menos eu, são sujeitos passivos e tem o dever de 
abstenção (não violar a minha propriedade). Ou seja, a 
norma jurídica se aplica a toda sociedade (não proprietá-
ria) 
Direito Subjetivo Relativo, com relação empregado (sujeito 
ativo) exigir o pagamento de salário ao empregador (sujei-
to passivo). 
 
26.3. Abstratividade (NJ) 
A norma jurídica é abstrata porque busca atingir toda a 
sociedade. 
Exemplo: Direito de Família – instituto do casamento: por 
ser abstrata, normatiza o casamento de qualquer pessoa. 
Ela tem alcance para toda a sociedade e é aplicada no 
caso concreto (quando 1 pessoa se casa a norma passa a 
ser concreta) 
Se a norma jurídica fosse concreta teria que existir uma 
específica para cada pessoa que casasse. A NJ para o 
casamento do João com a Creuza, NJ do casamento do 
José com a Maria, ou seja, milhões! 
 
26.4. Imperatividade (NJ) 
A norma jurídica é imperativa porque não há possibilidade 
de escolha quanto ao seu cumprimento ou descumprimen-
to. 
Se existe a Lei em vigor, tem que ser cumprir, ou se 
sujeitar a sanção! 
 
26.5. Coercibilidade (NJ) 
A norma jurídica contém coerção no sentido de coagir a 
sociedade a cumpri-la. A coerção tem alcance psicoló-
gico e material. 
Exemplo: A pessoa pode querer matar alguém (subjeti-
vo) se matar (objetivo). 
Através da coerção, o Estado vai impor a sanção. Esta 
sanção pode inibir a pessoa (psicológico – caráter sub-
jetivo) e se não inibir aplica a sanção (material caráter 
objetivo). 
 
XXVII – CLASSIFICAÇÃO DAS 
NORMAS JURÍDICAS 
27.1. Quanto ao Território 
27.1.1. Federais (NJ) 
São aquelas advindas de leis federais, válidas em todo 
território nacional, criadas e aprovadas pelo Congresso 
Nacional (Câmara do Deputados Federais e Senado 
Federal) 
Exemplo: Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional 
 
27.1.2. Estaduais (NJ) 
Elas são reveladas por leis estaduais, válidas em cada 
estado da Federação, criadas e aprovadas pelas As-
sembleia Legislativa. 
Exemplo: ICMS, IPVA, ITCD (causa mortis) tem uma 
lei em cada estado da Federação. 
 
27.1.3. Municipais (NJ) 
São aquelas que têm abrangência no território dos 
municípios, sendo elas criadas e aprovadas pela Câma-
ra dos Vereadores. 
Exemplo: IPTU (lançar e cobrar, ou não) competência 
do município. 
 
27.2. Quanto à Imperatividade 
27.2.1. Cogentas (NJ) 
São aquelas que possuem mais grau de imperatividade 
porque são absolutas e não podem ser afastadas pela 
vontade de seus destinatários. 
Exemplo: tentativa de homicídio (pena 6 anos). A víti-
ma não pode intervir e pedir para diminuir a pena para 3 
anos. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
10 
A NJ não dá margem à escolha de sua aplicabilidade. É 
imperativo, independe da vontade da parte prejudicada. 
 
27.2.2. Dispositivas ou Supletivas (NJ) 
São NJ que possuem menor grau de imperatividade po-
dendo os seus destinatários ajustá-las conforme a sua 
intenção. 
Exemplo: Relação de consumo – Código de Defesa do 
Consumidor: A lei determina Taxa de juros de até 12% 
a.a.. Mas o comerciante pode cobrar juros menores de 
acordo com sua vontade/possibilidades. 
A possibilidade de ajuste está mais ligada às leis que não 
têm sanção. 
 
27.3. Quanto à Violação 
27.3.1. Mais que Perfeitas (NJ) 
São aquelas que ao serem descumpridas impõem duas 
consequências: 
� Nulidade do ato praticado; e 
� Sanção pessoal. 
Exemplo: Bigamia – o segundo casamento fica nulo. 
Pode ocasionar sanção ao autor e a sua nova cônjuge (se 
essa tiver ciência e for conivente com o fato) 
 
27.3.2. Perfeitas (NJ) 
São aquelas que uma vez violadas provocam a nulidade 
do ato. 
Exemplo: Contrato celebrado por um menor de 16 anos 
(absolutamente incapaz) sem ser representado pelos pais, 
na falta desses, por um tutor (o ato será nulo de pleno 
direito). 
 
27.3.3. Menos que Perfeitas (NJ) 
São aquelas que impõem uma sanção pessoal em caso 
de caso de descumprimento ou violação. 
Exemplo: Homicídio (sanção), não tem como anular a 
morte da pessoa. 
 
27.3.4. Imperfeitas (NJ) 
São aquelas que não impõem ao infrator qualquer pena-
lidade/sanção. 
Exemplo: Obrigações naturais. 
Aquela que existe o débito, mas não tem responsabili-
dade jurídica. Só pode acontecer uma reprovação social 
(moral): Dívida de jogo 
Dívida Prescrita (prazo para cobrar a efetividade dos 
direitos) 
 
27.4. Quanto ao Conteúdo 
27.4.1. Preceptivas (NJ) 
São aquelas que impõem uma conduta positiva, que se 
visualiza através de uma ação. 
Exemplo: Direito Tributário – Rendimentos anuais su-
periores a tantos reais tem que declarar o Imposto de 
Renda. Exige a ação de declarar, a omissão gera uma 
sanção. 
 
27.4.2. Proibitivas (NJ) 
São aquelas que impõem uma conduta negativa, visua-
lizada através de uma omissão (abstenção). 
Exemplo: NJ de Direito Penal (criminal) – não pode 
matar, roubar ... (condutas negativas) Se pratica a ação 
existirá a sanção. 
 
27.4.3. Permissivas (NJ) 
São aquelas que permitem ao destinatário praticar ou 
não uma conduta. 
Exemplo: Usucapião (modalidade aquisitiva de propri-
edade) passa de possuidor a proprietário. 
Contrato – celebra, se quiser. 
 
27.5. Quanto à Aplicação 
27.5.1. Genéricas (NJ) 
São aquelas direcionadas a todos que tenham interesse 
em praticar determinado ato. 
Exemplo: se há o casamento (se casa por livre e es-
pontânea vontade) terão que se submeter a norma 
geral. 
Contrato de compra e venda – é espontâneo – mas se 
realizado terá que se submeter a norma geral. 
 
27.5.2. Particulares (NJ) 
São aquelas direcionadas a um grupo específico de 
pessoas. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
11 
Exemplo: Cláusula (norma jurídica) - questões que direci-
onam o contrato, se assinou o contrato tem que cumprir 
todas as suas cláusulas. 
 
27.5.3. Individualizadas (NJ) 
São aquelas a serem cumpridas individualmente. 
Exemplo: Se matar, será sentenciado (norma jurídica) a 
reclusão. 
 
XXVIII – CLASSIFICAÇÃO DA LEI 
NORMA JURÍDICA 
 
Lei 
 + 
Jurisprudência 
+ 
... 
 
 
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+ 
 
+ 
 
Sentença 
+ 
Costume 
+ 
... 
 
 
 
28.1. Conceito de Lei 
A Lei é um dos instrumentos que constitui a forma de ex-
pressão e revelação da norma jurídica. 
 
28.2. Modalidades de Lei 
28.2.1. Lei em Sentido Amplo 
É o instrumento de revelação das normas jurídicas advin-
das do poder legislativo e do poder executivo. 
Exemplo: Medida Provisória (Presidente) 
 
28.2.2. Lei em Sentido Estrito 
É o conteúdo normativo advindo do poder legislativo, atra-
vés do denominado processo legislativo, devendo ela ser 
publicada par que se opere a introdução das regras que 
vão regulamentar as relações jurídicas sociais. 
Exemplo: Leis só do Poder Legislativo. 
 
28.2.3. Leis Primárias 
São aquelas que vão reger o comportamento humano em 
sociedade. 
Exemplo: Lei de locação de imóveis. 
 
28.2.4. Leis Secundárias 
São as leis subordinadas às leis primárias, e apresentam 
menor alcance social. 
Exemplo: Portaria – conteúdo legislativo que vigora em 
um departamento/instituição. 
 
XXIX – HIERARQUIA DAS LEIS 
PRIMÁRIAS 
29.1. Constituição da República 
29.1.1. Conceito (CRF) 
É o instrumento que objetiva regular a estrutura do 
estado, organizar os poderes do Estado e assegurar os 
direitos e garantias fundamentais do cidadão. 
 
29.1.2. Alterações à Constituição (CRF) 
As alteraçõesdas normas jurídicas constitucionais po-
dem ser efetuadas através de emendas constitucionais, 
devendo-se respeitar as cláusulas pétreas e o processo 
legislativo específico. 
 
29.1.3. Cláusula Pétrea da Constituição (CRF) 
A Constituição não pode ser modificada para abolir a 
forma federativa do estado, o voto direto, secreto, uni-
versal e periódico, a separação dos poderes e os direi-
tos e garantias fundamentais do cidadão. 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
DE 1988 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante propos-
ta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos De-
putados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das uni-
dades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros. 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprova-
da se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respecti-
vos membros. 
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o res-
pectivo número de ordem. 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emen-
da tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou 
havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta 
na mesma sessão legislativa. 
 
29.2. Emenda Constitucional 
29.2.1. Conceito (EC) 
É a forma de se alterar (suprimir/acrescentar) o texto 
constitucional. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
12 
29.2.2. Aprovação (EC) 
A emenda constitucional é aprovada por 3/5 dos membros 
do Congresso Nacional em 2 turnos de votação em cada 
uma das casas [Câmara dos Deputados (513) e dos Se-
nado Federal (81)]. 
 
29.2.3. Sanção (EC) 
A emenda constitucional não precisa da sanção do Presi-
dente da República, porque ela produz efeito imediato 
após a promulgação pela Câmara dos deputados e do 
Senado Federal. 
 
29.3. Lei Complementar 
29.3.1. Conceito (LC) 
Ela tem o objetivo de complementar o texto constitucional, 
sendo ela, criada quando a própria constituição exigir. 
CRF DO BRASIL DE 1988 
“Art. 128. O Ministério Público abrange: 
... 
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja inicia-
tiva é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelece-
rão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério 
Público, observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder 
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante 
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo 
voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla de-
fesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e 
ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 
2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - as seguintes vedações: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, salvo uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 45, de 2004) 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições 
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004) 
 
29.3.2. Aprovação (LC) 
A lei complementar deve ser aprovada por maioria abso-
luta dos membros do Congresso Nacional, em um turno 
único de votação. 
Maioria absoluta: É mais que a metade do número 
total de indivíduos que compõe o grupo, ou seja, meta-
de do número total de indivíduos que compõe o grupo 
mais 1 ou mais ½. Caso o grupo tenha 40 integrantes, a 
maioria absoluta será 21 (metade mais um), enquanto 
que se o grupo tiver 41 integrantes, a maioria absoluta 
também corresponderá a 21 (metade mais meio, já que 
a metade de 41 é 20,5). Ou seja, equivalente ao primei-
ro número inteiro superior à metade do colegiado a que 
se referir. 
No caso do Senado Federal, com 81 senadores, a 
maioria absoluta será 41 votos (metade: 40,5 + 0,5). Na 
Câmara dos Deputados, com 513 deputados, a maio-
ria absoluta será 257 votos (metade: 256,5 + 0,5). E no 
Congresso Nacional que a união dos membros das 
duas casas (Câmara dos Deputados, 513 + Senado 
Federal, 81) com 594 membros, a maioria absoluta será 
298 votos (metade: 297 + 1). 
 
29.3.3. Alteração (LC) 
A lei complementar não se confunde com o texto consti-
tucional, porque ela não pode alterar a constituição. 
 
29.4. Lei Ordinária 
29.4.1. Conceito (LO) 
As leis ordinárias são as demais leis que compõem o 
ordenamento jurídico. 
LEI Nº 6.515, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977 - Regula os ca-
sos de dissolução da sociedade conjugal e do casamento. Di-
vórcio (revogada tacitamente) 
LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989 - Dispõe sobre o 
exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, 
regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comuni-
dade. 
 
29.4.2. Aprovação (LO) 
Deve-se respeitar a sua aprovação por maioria sim-
ples (metade do número total de presentes a sessão 
legislativa mais 1 ou mais ½, equivalente ao primeiro 
número inteiro superior à metade) do Congresso Nacio-
nal, das assembleias legislativas dos Estados e das 
câmaras dos vereadores dos municípios em 1 turno de 
votação. 
 
29.5. Lei Delegada 
29.5.1. Conceito (LD) 
São as leis criadas pelo Presidente da República em 
virtude da delegação promovida pelo Congresso Nacio-
nal. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
13 
CRF DO BRASIL DE 1988 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da 
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacio-
nal. 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência ex-
clusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da 
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reserva-
da à lei complementar, nem a legislação sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a car-
reira e a garantia de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleito-
rais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de re-
solução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e 
os termos de seu exercício. 
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo 
Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qual-
quer emenda. 
 
29.5.2. Importância (LD) 
Cabe ao poder legislativo o ato de legislar, entretanto, 
existe a necessidade da criação das leis em menor espaço 
de tempo, o que se viabiliza através da delegação de po-
deres ao Presidente da República. 
 
29.6. Medida Provisória 
29.6.1. Conceito (MP) 
A medida provisória é adotada pelo Presidente da Repú-
blica em casos de relevância e urgência, sendo que elas 
têm força de lei. 
 
29.6.2. Delegação de Poderes (MP) 
A edição da medida provisória não configura delegação de 
poderes advinda do Congresso Nacional, porque a própria 
Constituição autoriza o Presidente a editá-las. 
CRF DO BRASIL DE 1988 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (In-
cluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e 
direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a car-
reira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional nº 32, de 2001) 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e crédi-
tos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 
§ 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança 
popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
III – reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso 
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da Re-
pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração 
de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 
154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se 
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que 
foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 
12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem converti-
das em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos 
do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Na-
cional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas 
delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, 
de 2001) 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação 
da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de 
recesso do Congresso Nacional.(Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 32, de 2001) 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Na-
cional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de 
juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos consti-
tucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta 
e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de 
urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do 
Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a 
votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em 
que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência 
de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado 
de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas 
Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 32, de 2001) 
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câ-
mara dos Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
32, de 2001) 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores 
examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, 
antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plená-
rio de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdi-
do sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º 
até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de me-
dida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorren-
tes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão 
por ela regidas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto 
original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente 
em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. (Incluí-
do pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
14 
29.6.3. Efeitos (MP) 
A medida provisória produz efeitos durante 60 dias, pror-
rogável por mais 60. Em caso de recesso parlamentar 
interrompe-se a contagem do tempo. 
No caso das medidas provisórias editadas anteriormente a 
EC 32/2001: 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 32, de 11 de setembro de 
2001. Congresso Nacional. 
Altera dispositivos dos arts. 48, 57, 61, 62, 64, 66, 84, 88 e 246 da 
Constituição Federal, e dá outras providências. 
... 
Art. 2º As medidas provisórias editadas em data anterior à da 
publicação desta emenda continuam em vigor até que medida 
provisória ulterior as revogue explicitamente ou até delibera-
ção definitiva do Congresso Nacional. 
Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua 
publicação. 
Brasília, 11 de setembro de 2001 
(Extrato) 
(DOU de 12/09/2001 - Seção I - pág. 1) 
 
29.6.4. Congresso Nacional (MP) 
A medida provisória deve ser remetida ao Congresso Na-
cional para que ele a aprecie dentro de 45 dias após a 
publicação. 
 
29.6.5. Urgência (MP) 
Se a medida provisória não for apreciada até 45 dias após 
a publicação, ela entrará em vigor em regime de urgência 
paralisando-se as demais deliberações legislativas até que 
sejam votadas. 
 
29.6.6. Prorrogação (MP) 
Se a medida provisória não tiver sido apreciada dentro de 
60 dias, após a publicação, a sua vigência será prorrogada 
por mais 60 dias. 
ATO DO PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL 
Nº 12, DE 2010 
O PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL, cum-
prindo o que dispõe o § 1º do art. 10 da Resolução nº 1, de 2002-
CN, faz saber que, nos termos do § 7º do art. 62 da Constituição 
Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, 
de 2001, a Medida Provisória 481, de 10 de fevereiro de 2010, que 
"Autoriza o Poder Executivo a doar estoques públicos de alimen-
tos para assistência humanitária internacional.", tem sua vigência 
prorrogada pelo período de sessenta dias. 
Congresso Nacional, 30 de março de 2010. 
Senador SERYS SLHESSARENKO 
Segunda Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no 
exercício da Presidência 
(DOU de 31/03/2010) 
 
29.6.7. Efeitos (MP) 
Se a medida provisória não for convertida em lei ao 
final de 120 dias contados da publicação ou rejeitada 
no decorrer desse período, ela perderá os seus efei-
tos automaticamente. 
 
 
Lista Medidas Provisórias em vigor e revogadas! 
 
A Medida Provisória deixa de vigorar quando: 
• Rejeitada 
ATO DECLARATÓRIO Nº 1, DE 2011 
O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL faz saber que, em 
sessão realizada no dia 17 de março de 2011, o Plenário da 
Casa rejeitou a Medida Provisória nº 508, de 8 de outubro de 
2010, que "Abre crédito extraordinário, em favor do Ministério 
da Educação, no valor de R$ 968.185.382,00, para os fins que 
especifica". 
Senado Federal, em 21 de março de 2011 
Senador JOSÉ SARNEY 
Presidente 
(DOU de 22/03/2011) 
 
• Sem eficácia 
A MP é declarada sem vigência após 120 dias da sua 
publicação: 
ATO DECLARATÓRIO DO PRESIDENTE DA MESA DO 
CONGRESSO NACIONAL Nº 19, DE 2010 
O PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL, 
nos termos do parágrafo único do art. 14 da Resolução nº 1, 
de 2002-CN, faz saber que a Medida Provisória nº 481, de 10 
de fevereiro de 2010, que "Autoriza o Poder Executivo a doar 
estoques públicos de alimentos para assistência humanitária 
internacional", teve seu prazo de vigência encerrado no dia 
10 de junho do corrente ano. 
Congresso Nacional, em 16 de junho de 2010 
Senador JOSÉ SARNEY 
Presidente da Mesa do Congresso Nacional 
(DOU de 17/06/2010) 
 
• Quando convertida em Lei, convalidando (tornar 
válido) os atos praticados pela Medida Provisó-
ria: 
LEI Nº 9.069, de 29 dejunho de 1995. 
Conversão da MP nº 1.027, de 20 de junho de 1995 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
15 
Dispõe sobre o Plano Real, o Sistema Monetário Nacional, estabe-
lece as regras e condições de emissão do REAL e os critérios pa-
ra conversão das obrigações para o REAL, e dá outras providên-
cias. 
 
29.7. Decreto Legislativo 
29.7.1. Conceito (DL) 
O decreto legislativo é criado pelo Congresso Nacional no 
exercício do poder legislativo para tratar de matéria de sua 
competência privativa. 
Tratado aprovado por DL tem força constitucional. 
CRF DO BRASIL DE 1988 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos inter-
nacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a cele-
brar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo territó-
rio nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados 
os casos previstos em lei complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se 
ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o 
estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem 
do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Se-
nadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 
153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da Re-
pública e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os 
arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Re-
pública e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de 
governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Ca-
sas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração in-
direta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face 
da atribuição normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de 
emissoras de rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da 
União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a ativida-
des nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveita-
mento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas mine-
rais; 
 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de ter-
ras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hecta-
res. 
 
29.7.2. Aprovação (DL) 
A aprovação ocorre por maioria simples. 
 
29.8. Resolução 
29.8.1. Conceito (Res.) 
São atos normativos editados para tratar da competên-
cia privativa do Congresso Nacional por imposição 
constitucional. 
Exemplo: Resolução para perda de mandato de depu-
tado. 
A diferença entre resolução e Decreto Legislativo 
está na questão da aprovação. 
 
29.8.2. Aprovação (Res.) 
Ela deve ser aprovada por maioria absoluta. 
 
XXX – HIERARQUIA DAS LEIS 
SECUNDÁRIAS 
30.1. Decreto Regulamentar 
30.1.1. Conceito (DR) 
É um ato do Poder Executivo editado no exercício da 
administração pública. Competência: Presidente, go-
vernador, prefeito. 
 
30.1.2. Oportunidade (DR) 
O decreto regulamentar é utilizado quando as leis cria-
das pelo legislativo não estabelecerem todas as condi-
ções para a sua aplicabilidade. 
Exemplo: a câmara legislativa cria uma lei proibindo 
animais na praia. O prefeito (executivo) edita um decre-
to regulamentar que cria o órgão regulatório (aplicabili-
dade). 
 
30.2. Portaria 
A portaria é adotada pelo superior hierárquico no âmbito 
do serviço público para estabelecer ordens aos seus 
subalternos para o funcionamento do serviço. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 
16 
XXXI – PROCESSO LEGISLATIVO 
 
 
 
31.1. Iniciativa da Lei 
A iniciativa das leis complementares e das ordinárias cabe 
às seguintes pessoas: 
CRF DO BRASIL DE 1988 
Subseção III 
Das Leis 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da 
República, ao Supremo Tribunal Federal (STF), aos Tribunais 
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, 
na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
II - disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na adminis-
tração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e or-
çamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Ter-
ritórios; 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, 
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, re-
forma e transferência de militares para a inatividade; 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, 
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da 
União, bem como normas gerais para a organização do Ministério 
Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Territórios; 
e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da 
administração pública. 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pú-
blica, observado o disposto no art. 84, VI (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento 
de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e 
transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional 
nº 18, de 1998) 
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à 
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 
um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos 
eleitores de cada um deles. 
 
TRIBUNAIS SUPERIORES: 
1. Supremo Tribunal Federal (STF) - é o órgão de cúpula do Poder 
Judiciário Brasileiro, tendo jurisdição em todo o território nacional. 
2. Tribunal Superior do Trabalho (TST) - que compete conciliar e julgar 
os dissídios individuais e coletivos, bem como outras controvérsias 
decorrentes da relação de trabalho entre patrões e empregados. 
3. Superior Tribunal de Justiça (STJ) - tutor da inteireza positiva, da 
autoridade e da uniformidade interpretativa da lei federal, bem como 
da uniformidade de interpretação entre os tribunais das normas ema-
nadas da União. 
4. Superior Tribunal Militar (STM) - Tem competência para julgar os 
crimes militares tipificados no Código Penal Militar. 
5. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - Sua finalidade é cuidar da lisura de 
todo o processo eleitoral. 
 
31.2. Exame e Revisão 
O projeto de lei pode ser apresentado por qualquer uma 
das casas (CD/SF) devendo ser revisto pela outra casa. 
CRF DO BRASIL DE 1988 
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto 
pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado 
à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou 
arquivado, se o rejeitar. 
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa 
iniciadora. 
Se a casa revisora rejeitar o projeto de lei, ele será 
arquivado. 
Se a casa revisora aprovar o projeto de lei, ele será 
enviado à sanção ou à promulgação. 
 
31.3. Sanção 
A Casa revisora enviará o projeto de lei aprovado pelo 
Congresso ao Presidente

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