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Administração
angélica Martins
direito empresarial
atividade SEMIPRESENCIAL
Canoas
05.09.2015
01 – No que consiste o direito das obrigações? Exemplifique.
	O direito das obrigações, também chamado de Direito Pessoal, consiste em um conjunto de normas que regem as relações jurídicas de ordem patrimonial, onde o sujeito tem o dever de prestar e o outro tem o direito de exigir essa prestação, ou seja, um deve fazer algo e o outro deve receber algo. Ex: A obrigação da empresa que vende eletrodomésticos pela internet de entregar o referente produto ao comprador.
02 – Quais as espécies de obrigações, no nosso ordenamento jurídico?
As espécies de obrigações do nosso ordenamento jurídico são: Obrigação de DAR, que se subdivide em dar coisa certa ou incerta e de restituir. Obrigação de FAZER, que se subdivide em fungível e infungível. E obrigação de NÃO FAZER.
03 – Explique e exemplifique casa uma das espécies da obrigação.
As espécies da obrigação são três, duas positivas (dar e fazer) e uma negativa (não fazer). A obrigação de DAR: Conduta humana que tem por objeto uma coisa, subdividindo-se em três – Obrigação de dar coisa certa, obrigação de restituir e obrigação de dar coisa incerta. Ex: Dar um documento a alguém. 
Obrigação de FAZER: Conduta humana que tem por objetivo um serviço, que no qual o devedor se compromete a praticar algum serviço lícito em benefício do credor. Ex: Fazer uma reforma em parede divisória entre terrenos.
Obrigação de NÃO FAZER: Trata-se de uma obrigação negativa cujo objetivo da prestação é uma omissão ou abstenção. Ex: Não fazer um murro elevado a certa altura.
04 – Quem são os sujeitos da relação obrigacional?
Os sujeitos da relação obrigacional são constituídos pelo sujeito CREDOR (ativo), de um lado; e o DEVEDOR (passivo), do outro
O CREDOR é a pessoa a quem se proporciona a vantagem resultante da prestação, o titular do interesse que o devedor de prestar visa satisfazer. 
O DEVEDOR é, por seu turno, a pessoa sobre a qual recaí o dever específico de efetuar a prestação.
05 – Como se resolvem as inadimplências das obrigações?
As inadimplências das obrigações se resolvem da seguinte forma: quando não há culpa do devedor, extinguem-se para ambas as partes, mas quando há culpa do devedor, resolve-se com perdas e danos.
06 – Como pode ser as obrigações de DAR? Explique-as.
Ocorre quando o sujeito passivo compromete-se a entregar ao sujeito ativo uma coisa que pode ser certa ou incerta.
Obrigação de dar coisa certa (Arts. 233 a 242, do Código Civil), é tudo que pode ser individualizada, identificado quanto a número, modelo, marca etc. O credor de coisa certa não está obrigado a receber outra coisa no lugar, ainda que seja mais valiosa, tendo em vista que a vontade das partes volta-se para um determinado objeto. A obrigação de dar coisa certa abrange também os acessórios da coisa, exceto se não houver possibilidade, ou o contrário tiverem ajustado as partes
Obrigação de dar coisa incerta (Arts. 243 a 246, do Código Civil), é tudo aquilo que não pode ser individualizado, mas que deve ser ao menos indicado quanto a seu gênero e quantidade. Na obrigação de dar coisa incerta, como regra, o devedor é quem deve fazer a escolha da coisa que será entregue ao credor e, neste caso, aplica-se o princípio da equivalência, segundo o qual não se pode entregar a pior coisa quando se está obrigado a entregar melhor. No entanto, as partes podem ajustar que a escolha seja efetuada pelo credor e estabelecer esta deliberação no título. Quando a escolha couber ao devedor, enquanto este não designar qual coisa entregará, não poderá ser alegada a perda ou a deterioração da coisa, ainda que decorrentes de força maior ou caso fortuito.
Obrigações de não fazer (Arts. 250 a 251, do Código Civil), Ocorre quando o devedor compromete-se perante o credor a não fazer determinada coisa ou a não praticar determinando ato. Assim, se o devedor descumprir a obrigação, praticando o ato que se comprometeu a não praticar, o credor poderá exigir que o devedor desfaça-o, sob pena de mandar o credor desfazê-lo à custa do devedor, sem prejuízo das perdas e danos.
Entretanto, em caso de comprovada urgência, o credor poderá desfazer ou mandar que terceiro desfaça o ato independentemente de autorização judicial, sendo ressarcido do devido. Mas a obrigação de não fazer ficará resolvida para ambas as partes se tornar-se impossível, para o devedor, abster-se do ato. Isto, da mesma forma, consistirá em causa de extinção da obrigação sem o pagamento.
07 – No que consiste uma obrigação fungível e infungível? Exemplos.
Uma obrigação fungível pode ser prestada por quem quer que seja, pois o importante é a obrigação em si, pois o importante é a obrigação em si, e não quem irá exercê-la. Para exemplificar tem-se a obrigação do conserto de um carro. Ora, trata-se de obrigação fungível, pois qualquer oficina tem condições de consertar o carro.
Por outro lado, as obrigações infungíveis são aquelas que não podem ser exercidas por outra pessoa, senão aquela que se obrigou. Neste tipo de obrigação, o grau maior de importância baseia-se na pessoa que irá exercer a conduta, e não na obrigação em si. Um exemplo seria a contratação de um show com o cantor Roberto Carlos. Não adianta que outro cantor vá realizar o show; o importante é que o cantor Roberto Carlos realize o show. Por essa impossibilidade de substituição da pessoa que exerce a obrigação, diz-se que as obrigações infungíveis são intuitu personae. 
08 - O que é uma obrigação personalíssima? Exemplo.
Obrigação personalíssima é o mesmo que a obrigação infungível, quando for convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação. Exemplo a contratação de famoso artista para a execução de um show.
09 – Porque se diz que as relações obrigacionais são transitórias e jurídicas?
	As obrigações têm vinculo jurídico transitório em virtude do qual uma pessoa fica sujeita a satisfazer uma prestação econômica em proveito de outra.
            - vínculo jurídico: o vínculo é o motor da obrigação e precisa interessar ao Direito; um vínculo apenas moral (ex: ser educado, ser gentil, dar “bom dia”) ou religioso (ex: ir à missa todo Domingo) não tem relevância jurídica;
            - transitório: a obrigação é efêmera, tem vida curta (ex: uma compra e venda de balcão dura segundos), podendo até ser duradoura (ex: alugar uma casa por um ano), mas não dura para sempre. Inclusive um direito de crédito se extingue quando é exercido (ex: José bate no carro de Maria, quando Maria cobra o prejuízo e José paga, a obrigação se extingue). Já os Direitos Reais são permanentes, e quanto mais exercidos mais se fortalecem (ex: a propriedade sobre uma fazenda passa por gerações de pai para filho, e quanto mais à fazenda for usada mais cumprirá sua função social, ficando livre de invasões e desapropriação).
10 – O que significa lucros cessantes? Exemplo:
Lucros cessantes se referem aos danos materiais efetivos sofridos por alguém, em função de culpa, omissão, negligencia, dol o e imperícia de outrem. Para caracterização da culpa, há necessidade de efetiva comprovação dos lucros cessantes, não basta argumentar que existam deve-se prová-los. Ex: um advogado que tem seu vôo trocado e perde a hora de uma audiência.
11 – Expliquem e exemplifiquem as obrigações alternativas (disjuntiva) e cumulativas (conjuntivas).
A obrigação alternativa é a que contem duas ou mais prestações com objetos distintos, da qual o devedor se libera com o cumprimento de uma só delas, mediante a escolha sua ou do credor; caracteriza-se por haver dualidade ou multiplicidade de prestação heterogênea, e operar a exoneração do devedor pela satisfação de uma única prestação, escolhida para pagamento ao credor. Ex: “A” deve dar a “B” R$ 10.000,00 ou uma carro. 
A obrigação cumulativa simples é aquela cuja prestação recai somente sobre uma coisa (certa e incerta) ou sobre um ato (fazer ou não fazer); destino-se a produzir um único efeito, liberando o devedor quando cumprir a obrigaçãoa que se obriga. Ex: “A” deve dar a “B” um livro e um caderno.
12 – Estabeleça a diferença existente entre uma obrigação civil e natural?
A obrigação civil é aquela que permite que seu cumprimento seja exigido pelo próprio credor, mediante a ação judicial.
A obrigação natural permite que o devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua prestação. Entretanto, se o devedor realiza o pagamento da obrigação, não terá o direito de requerê-la novamente, pois não cabe o pedido de restituição.
13 – Dê exemplo de obrigação civil e natural, exemplifique qual a sanção estabelecida para casa uma delas?
Exemplo de obrigação Civil: A obrigação da pessoa que vendeu um carro de entregar a documentação do veículo.
Exemplo de obrigação Natural: Arts. 814, 882 e 564, III do cód. Cível “artigo 814 CC- as dívidas de jogo ou de aposta não obrigam o pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interditado”
As obrigações (art. 397º do Código Civil) são um ramo do Direito Civil que se ocupa das relações entre as pessoas jurídicas que se consubstanciam na promessa por parte de um, em cumprir uma determinada tarefa para o outro. Uma obrigação nasce quando alguém se obriga a dar (entregar), fazer ou não fazer algo para alguém.
 As obrigações civis encontram-se protegidas pelas garantias jurídicas que asseguram o seu cumprimento e/ou instituem sanções no seu descumprimento, Na obrigação civil há um vínculo jurídico contemplado pelo direito que sujeita o devedor à realização de uma prestação positiva ou negativa no interesse do credor, estabelecendo um laço entre os dois sujeitos, abrangendo o dever da pessoa obrigada (debitum) e sua responsabilidade em caso inadimplemento (obligatio), o que possibilita ao credor recorrer à intervenção estatal para obter a prestação, tendo, por exemplo, como garantia o patrimônio do devedor. Há, com efeito, uma série de garantias jurídicas que revestem o vínculo estabelecido entre credor e devedor de uma obrigação civil. De fato o estabelecimento de obrigações e o seu cumprimento, são o pilar da vida em sociedade. O direito entende, por isso, disciplinar o seu cumprimento. Tal não acontece com as obrigações naturais.
Nas obrigações civis o cumprimento pode ser exigido porque encontra amparo no direito, o ordenamento jurídico dá apoio ao credor.
 As obrigações naturais segundo o art. 402.º do Código Civil, são as que se "fundam num mero dever de ordem moral e social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponda a um dever de justiça".
A obrigação natural não se encaixa na juridicidade das relações de direito, pois carece de garantia jurídica, ou seja, está submetida ao livre arbítrio do devedor, que pode cumpri-la ou não. O credor nada tem a fazer, senão esperar pelo cumprimento espontâneo da prestação, para, assim, retê-la a título de pagamento.
 Alguns exemplos de obrigações naturais são as dívidas prescritas, dívidas de jogo e os juros não convencionados. Não podem ser cobradas em Juízo. No entanto, depois de cumpridas estas obrigações naturais, não podem as mesmas ser anuladas com base nas obrigações de prestação.
14 – Como uma obrigação de dar coisa incerta passa a ser certa. Exemplifique.
Uma coisa de dar coisa incerta passar a ser certa, quando há o pagamento da obrigação. Tal coisa incerta, indicada apenas pelo gênero e pela quantidade no início da relação obrigacional, vem a se tornar determinada por escolha no momento do pagamento. Ressalto que coisa “incerta” não é “qualquer coisa”, mas coisa sujeita a determinação cem laranjas a José, estas frutas precisam ser escolhidas no momento do pagamento para serem entregues ao credor. Esta escolha chama-se juridicamente de concentração. Conceito: processo de escolha da coisa devida, de média qualidade, feita via de regra pelo devedor. A concentração implica também em separação, pesagem, medição, contagem e expedição da coisa, conforme o caso. As partes podem combinar que a escolha será feita pelo credor,  ou por um terceiro, tratando-se este artigo 244 de uma norma supletiva, que apenas completa a vontade das partes em caso de omissão no contrato entre elas.
Após a concentração a coisa incerta se torna certa. Antes da concentração a coisa devida não se perde, pois genus nunquam perit (o gênero nunca perece). Se João deve cem laranjas a José não pode deixar de cumprir a obrigação alegando que as laranjas se estragaram, pois cem laranjas são cem laranjas, e se a plantação de João se perdeu ele pode comprar as frutas em outra fazenda.
Todavia, após a concentração, caso as laranjas se percam (ex: incêndio no armazém) a obrigação se extingue, voltando as partes ao estado anterior, devolvendo-se eventual preço pago, sem se exigir perdas e danos.  Pela importância da concentração, o credor deve ser cientificado quando o devedor for realizá-la, até para que o credor fiscalize a qualidade média da coisa a ser escolhida.
15 – No que consiste uma cessão de crédito?
 	A cessão de credito é o meio pelo qual, de forma bilateral e sem que haja a extinção do vinculo obrigacional, o credor de determinada obrigação transfere a terceiro sua posição na relação obrigacional, de forma gratuita ou onerosa, com todas as garantias e acessórios, sem a necessidade do consentimento do devedor.
16 – Quais são os sujeitos da cessão de créditos?
Os sujeitos da cessão de crédito são: Cedente, cessionário e cedido.
17 – A cessão de crédito depende da anuência do cedido? Por quê?
A cessão de crédito não depende da anuência do cedido, mas evitar o pagamento válido ao cedente e possibilitar a oposição ao cedente e ao cessionário de exceções, como pagamento já realizado, compensação, existência de vícios como erro, dolo ou coação. Se não opuser exceção nesse momento, aceitou a cessão e não mais pode opor. Até a compensação, que opera sem necessidade de manifestação das partes, deixa de ocorrer e não pode ser alegada posteriormente pelo cedido, em homenagem à boa-fé do cessionário.
18 – O que é um credor putativo?
Credor putativo é a pessoa que, estando na posse do título obrigacional, passa aos olhos de todos como sendo a verdadeira titular do crédito (credor aparente). A validade do pagamento a ele realizado não depende de que se faça ulteriormente, a prova de não ser o verdadeiro ou de ser vencido numa ação em que se dispute a propriedade da dívida.
A deve a B, mas B morre e deixa um testamento nomeando C seu herdeiro, então A paga a C, mas depois o Juiz anula o testamento, A não vai precisar pagar novamente, pois pagou a um credor putativo; C é que vai ter que devolver o dinheiro ao verdadeiro herdeiro de B.
19 – Qual a diferença de cessão de crédito “pro soluto” e cessão de crédito “pro solvendo”?
Na cessão pro soluto, a intenção do cedente é a de transferir seu crédito para imediatamente extinguir a obrigação, eximindo-se completamente de qualquer consequência, assim, o terceiro correrá sozinho o risco do não recebimento do crédito que passou a lhe ser devido. Já na cessão pro solvendo, ocorre a transferência de um direito de crédito, sendo que aqui a intenção é facilitar a realização do crédito, de maneira que o cedente ficará responsável pela insolvência do devedor ao terceiro.
20 – O que é uma obrigação principal e acessória? Exemplos:
A obrigação é principal quando o contribuinte tem por prestação (por dever) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em dinheiro). A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente com o crédito tributário dela decorrente. Exemplo: fato gerador - circulação de mercadorias, sujeita ao ICMS. A obrigação principal somente se extingue com o pagamento (recolhimento) do valor integral devido. Se for recolhido parcialmente, não se considera extinto.
A obrigação é acessória quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de fazer ou não fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco,tudo no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Exemplo: escrituração das operações de circulação de mercadoria (notas fiscais), sujeitas ao ICMS, e apuração do respectivo saldo devedor (ou credor) nos livros fiscais. Ressalve-se que, independentemente de ser exigido ou não o cumprimento de obrigação principal, o contribuinte é sempre obrigado a cumprir a obrigação acessória. É o caso, por exemplo, de uma venda estar isenta do ICMS, mas de esse fato não desobrigar o comerciante a emissão da respectiva Nota Fiscal, acobertando a operação. Ou de se apurar saldo credor do ICMS (saldo a favor do contribuinte, onde não haverá recolhimento do imposto).
21 – Qual a consequência da nulidade de uma obrigação principal em relação a uma obrigação acessória e vice-versa?
A obrigação depende de uma obrigação principal (oriunda de um contrato, normalmente, mas podendo provir de um ato unilateral, como o testamento). Conseqüências: 1) a nulidade da obrigação principal anula também a pena; ex.: num contrato leonino, nula será também sua cláusula penal; mas 2) a nulidade da cláusula penal não anula a obrigação principal; ex.: os juros usurários não anulam o empréstimo feito; 3) a resolução da obrigação principal sem culpa do devedor resolve também a pena convencional; ex.: se a obrigação se impossibilitar pelo perecimento da coisa, quer naturalmente quer por caso fortuito ou força maior, impossível sobreviver à pena estipulada em razão do inadimplemento.
22 – Essa transferência denominada cessão, tem que ser total?
Não. A cessão pode ser operada de forma total ou parcial. Será parcial quando o cedente (credor), tiver interesse em permanecer vinculado à relação obrigacional, de modo assim, que apenas cederá a terceiro parte de seus direitos. Mas o credor também poderá ceder sua posição na relação obrigacional a mais de uma pessoa, dividindo-a como considerar conveniente.
23 – Quais as modalidades de cessão de crédito?
 A cessão de crédito pode resultar da lei, quando esta determina a substituição do credor, como nos casos de sub-rogação, por exemplo, do acordo de vontade entre cedente e cessionário, sendo que tal acordo deve ser levado a termo, podendo se dar de formas gratuita ou onerosa, ou ainda, por determinação judicial.
 
 
24 – Quais são os requisitos indispensáveis para que seja possível a cessão de crédito entre credor e terceiro?
 Em primeiro lugar, o cedente deverá ter o poder de disposição, ou seja, o bem deve ser de sua titularidade, além do que, as partes devem gozar de plena capacidade civil, o objeto do negócio jurídico deve ser lícito, possível, determinado ou determinável e a forma deve estar prevista em lei.
25 – O incapaz pode fazer cessão de crédito?
Sim, desde que na oportunidade da cessão, esteja devidamente representado por procurador que detenha poderes especiais e expressos para tanto em instrumento de procuração, caso contrário, nestas circunstâncias a cessão apenas será possível com prévia autorização judicial.
26 – Qualquer crédito pode ser objeto de cessão?
A maioria deles, mas não todos. Os créditos de natureza personalíssima, como, vencimentos salariais, créditos alimentícios, os que não podem ser individualizados (por não serem determinados ou determináveis), herança de pessoa viva, créditos já penhorados, dentre outros, não podem ser objetos de cessão.
27 – O devedor precisa ser informado quanto à formalização da cessão?
O credor não precisa da anuência do devedor para operar a cessão de crédito, todavia, a cessão não terá eficácia em relação ao devedor se este não tiver ciência da existência da cessão, via de regra, feita por notificação. Não há prazo fixado em lei para que o devedor seja notificado, mas deve ser feita antes do pagamento do débito pela via judicial ou extrajudicial. Caso não seja notificado, estará exonerado da obrigação ao pagar o débito ao credor primitivo.
 28 – Que efeitos produzem a cessão de crédito entre cedente e cessionário?
 O principal efeito da cessão é transmitir para o cessionário a titularidade da relação jurídica cedida. Entretanto, o cedente se responsabiliza pela existência do crédito ao tempo em que foi cedido, pela sua titularidade e validade, quando tratar-se de cessão a título oneroso. No caso de cessão a título gratuito, terá as mesmas responsabilidades se comprovado que agiu de má fé. O cessionário, por sua vez, terá todos os direitos e ônus do credor a quem substituiu.
29 – E em casos de diversas cessões referentes à mesma obrigação, como deve agir o devedor?
Na hipótese, o devedor deverá pagar ao cessionário detentor do título representativo da cessão, uma vez que imprescindível a tradição de tal título para a comprovação do pagamento. Caso o devedor não consiga efetuar o pagamento por falta de cessionário que detenha o título e possa transferi-lo, deverá propor ação de consignação em pagamento para ver-se desobrigado.
30 – No que consiste a responsabilidade cível?
A responsabilidade é a parte integrante do direito obrigacional, pois a principal consequência da pratica de um ato ilícito é a obrigação que acarreta, para seu autor, de reparar o dano, obrigação essa de natureza pessoal, que se resolve em perdas e danos.
31 – Quais as espécies de responsabilidade civil existente em nosso ordenamento jurídico?
A responsabilidade civil costuma ser classificada pela doutrina em razão da culpa e quanto à natureza jurídica da norma violada. Quanto ao primeiro critério a responsabilidade é dividida em objetiva e subjetiva. Em razão do segundo critério ela pode ser dividida em responsabilidade contratual e extracontratual.
32 - Exemplifique e explique uma responsabilidade civil contratual?
A responsabilidade civil contratual configura-se o dano em decorrência da celebração ou da execução de um contrato. O dever violado é oriundo ou de um contrato ou de um negócio jurídico unilateral. Se duas pessoas celebram um contrato, tornam-se responsáveis por cumprir as obrigações que convencionaram. Acerca da responsabilidade por atos unilaterais de vontade. Ex: Se um indivíduo promete pagar uma recompensa a que lhe restitui os documentos perdidos, só será efetivamente responsável, se e quando alguém encontrar e restituir os documentos, ou seja, depois da bilaterização da promessa.
33 – Exemplifique e explique uma responsabilidade civil extracontratual?
 A responsabilidade civil extracontratual, que também é denominada de aquiliana, tem por fonte deveres jurídicos originados da lei ou do ordenamento jurídico considerado como um todo. O dever jurídico violado não está previsto em nenhum contrato e sem existir qualquer relação jurídica anterior entre o lesante e a vítima; o exemplo mais comum na doutrina é o clássico caso da obrigação de reparar os danos oriundos de acidente entre veículos.
34 - Quando ocorre à responsabilidade civil objetiva?
A responsabilidade civil objetiva surge no seguinte contexto “O próximo passo foi desconsiderar a culpa como elemento indispensável, nos casos expressos em lei, surgindo à responsabilidade objetiva, quando então não se indaga se o ato é culpável.” Então a responsabilidade civil é a que prescinde da culpa. A teoria do risco é o fundamente dessa espécie de responsabilidade, sendo resumida pelas seguintes palavras: “Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou independente de ter ou não agido com culpa. Resolve-se o problema na relação de nexo de causalidade, dispensável qualquer juízo de valor sobre a culpa”
35 – Quais as regras da responsabilidade civil do CDC (código de defesa do consumidor)?
Responsabilidade subjetiva e objetiva: Dois são os fundamentos da responsabilização do agente: de um lado, a culpa, baseada na doutrina subjetiva ou teoria da culpa, e, de outro lado o risco, fundamentado pela doutrina objetiva ou teoria do risco. O Código Civil, em seus arts. 186 e 187, adota como regra a responsabilidade subjetiva, ou seja, além da ação ou omissão que causa um dano, ligados pelo vínculo denominado nexo de causalidade, deve restarcomprovada a culpa em sentido lato.
Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço:  Dispõe o artigo 12:
            ”O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos (...)"
Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço: A responsabilidade por vício do produto ou serviço não está relacionada com aquela tratada pelos arts. 12 a 14. A falta de qualidade no fornecimento nem sempre é causa de danos à saúde, integridade física e interesse patrimonial do consumidor.
            O art. 18 elenca as hipóteses em que há vício no produto, sem causar dano à saúde/integridade física do consumidor.
            Os "vícios" no CDC são os vícios por inadequação (art. 18 e ss) e os vícios por insegurança (art.12 e SS.).
36 – Qual a exceção da responsabilidade civil adotada pelo CDC:
Apesar de não estar exposto expressamente no art. 18 do CDC a responsabilidade no caso da responsabilidade pelo vício do produto ou serviço é objetiva e solidária, e independe se são vícios aparentes ou ocultos. Uma exceção à responsabilidade solidária pode ser encontrada no art. 18, §5º em que o CDC aduz que será responsável, no caso dos produtos in natura, o fornecedor imediato do produto, a não ser quando for possível identificar claramente o seu produtor, “Considera-se produto in natura “o alimento de origem vegetal ou animal, que prescinde para o seu consumo imediato, apenas, a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação”. Será também responsável o fornecedor imediato quando ele próprio fizer a “pesagem ou medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais”.

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