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1-Historia e evolucao da Toxicologia - Janete - 2015 versão final

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Profª Drª Janete Eliza Soares de Lima 
Toxicologia II ( Toxicologia de Alimentos) 
Departamento de Farmácia 
FFOE / UFC 
RESENHA HISTÓRICA 
 
 IDADE ANTIGA: do aparecimento da escrita cerca de 4000 AC até 476 
DC (Século V), ano em que Roma, a capital do Império Romano no 
Ocidente, foi conquistada pelos bárbaros germânicos. 
 IDADE MÉDIA: prolonga-se de 476 (Século V) até 1453 (Século XV) ano 
em que Constantinopla a capital do Império Romano no Oriente foi 
conquistada pelos turcos. 
 IDADE MODERNA: estende-se de 1453 (Século XV) até 1789 (Século 
XVIII) ano em que iniciou-se a Revolução Francesa. 
 IDADE CONTEMPORÂNEA: prolonga-se de 1789 (Século XVIII) até os 
dias atuais. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
2 
História e Evolução da Toxicologia 
 
 Segundo historiadores, paleontólogos e antropólogos: a 
cultura pré-histórica talvez já fosse familiarizada com 
diversos venenos animais e plantas venenosas. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima/ Toxicologia / UFC 
3 
História e Evolução da Toxicologia 
 
 Infere-se que o homem pré-histórico tinha 
algumas noções do que poderia ser uma 
“substância” útil ou nociva: aprendeu a 
considerar alimento o que lhe era conveniente, e 
venenoso o que lhe fazia mal. 
 Observando-se culturas primitivas, extrapola-se 
para a cultura pré-histórica, de onde pode-se 
falar do conhecimento de venenos animais e 
plantas venenosas usados para: para caçar, para 
lutar e eliminar pessoas indesejáveis dos 
pequenos grupos da sociedade primitiva. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
4 
História e evolução da Toxicologia 
 
Na Antiguidade, era conhecida 
uma grande quantidade de drogas 
oriundas de plantas, minerais e 
animais usados como venenos ou 
remédios. 
 
Destacam-se as culturas antigas 
grega, romana e egípcia com 
muitas referências a venenos e 
antídotos. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
5 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
História e evolução da Toxicologia 
Papiro de 
Ebers 
(1500 AC) 
É um dos mais antigos documentos médicos 
preservados. 
Consiste num rolo de 110 páginas, com 
cerca de 20 metros de comprimento, onde 
constam cerca de 800 formulações com 
descrições do uso de muitos venenos. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
6 
História e evolução da Toxicologia 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
7 
 Cicuta (Conium maculatum): veneno 
oficial grego. Usado na execução de 
Sócrates (470 - 399 AC) e na de Foecio. 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
8 
Os alcalóides piperidínicos da cicuta, como a conicina 
(coniina ou conina ou cicutina), apresentam ação 
paralisante das zonas motoras do cérebro e medula 
espinhal (e até dos músculos voluntários e diafragma). 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
9 
 O acônito (Aconitum napellus) e suas raízes 
tuberosas possuem alcalóides, como a 
aconitina, que age nas terminações 
nervosas. Provocam sensação de 
formigamento ou calor e depois anestesia. 
 Toxicidade elevada: 1mg de aconitina é letal 
ao homem. A dose letal do acônico é de 10-
12g. 
 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
10 
A papaver (Papaver sominiferum) de onde 
extrai o ópio. Seus alcalóides opiáceos 
como a morfina [1], codeína, 
papaverina, entre outros, provocam 
ação hipnoanalségica. 
 
[1] 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
11 
O cânhamo ou maconha (Cannabis 
sativa) apresenta canabinóides que 
possuem ação sobre o sistema nervoso 
central. 
 (-)-9-trans-tetra-hidrocanabinol [1] e o 
canabidiol [2]: 
[1] [2] 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
12 
A beladona (Atropa belladona) apresenta 
ação sobre o sistema nervoso periférico e 
parassimpático, com efeitos como 
midriático (dilatação da pupila) e 
antiespasmódico, entre outros. 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
13 
Atropina, (-)-hiosciamina e a 
escopolanima ou hioscina [1]: 
[1] 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
14 
 Arsênio ou arsênico: foram usados 
na Medicina devido a seu possível 
efeito tônico e fortificantes, à 
capacidade de aumentar o efeito 
hematínico do ferro, em dermatoses, 
entre outras condições patológicas. 
 Sua fase áurea como agente 
terapêutico se deu entre o final do 
século XIX e meados do século XX. 
Use em psoríase, pênfigo, eczemas, 
acne, líquen plano, leishmaniose, 
prurigo e sífilis), em certos processos 
pulmonares, para a destruição de 
protozoários parasitas, como 
agentes cáusticos e para “problemas 
de estômago”, “nervosismos” e 
“acessos”, ou ainda no tratamento da 
malária, coréia, epilepsia e asma. 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
15 
 Antimônio: as ações dos compostos 
de antimônio assemelham-se às 
daqueles de arsênio, sendo, porém, 
menos tóxicos. Produzem náuseas, 
vômitos, enterites e nefrites. O efeito 
nauseante foi utilizado em misturas 
expectorantes e diaforéticas, bem 
como para produzir depressão 
circulatória em estados febris e como 
purgativos e eméticos. 
 Certos compostos complexos de 
antimônio são eficientes agentes 
antiprotozoóicos, na leishmaniose. 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
História e evolução da Toxicologia 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
16 
 Chumbo: seus sais solúveis são agentes 
tóxicos violentamente irritantes, antigamente 
usados como adstringentes locais. Os sais 
insolúveis foram usados como protetores 
dérmicos. 
 A resolução de 27/3/2013 RDC 
15/2013 da Anvisa regulamentou o uso da 
substância acetato de chumbo em 
cosméticos, no Brasil: só poderá ser 
empregada em produtos utilizados como 
tintura capilar e a concentração máxima 
expressa em chumbo no produto final não 
poderá ser superior a 0,6%. 
 Cobre: diversos sais foram usados como adstringentes na 
inflamação de mucosas e, externamente, como cáusticos. 
Exemplos de plantas e minerais citados no Papiro de 
Ebers e alguns de seus usos ao longo da história: 
 
No Egito: Cleópatra, 69-30 AC, (veneno de uma 
áspide, Vipera aspis). 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
17 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
 
 Em Roma: o envenenamento 
do imperador Claudius pela 
mulher Agripina, a jovem,com o cogumelo Amanita 
phalloides (chapéu-da-morte 
ou cicuta verde) 
 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
18 
História e evolução da Toxicologia 
Agripina coroando seu filho Nero 
 Antiguidade: 
 
Rei Mitrídates VI (132-163 
AC) de Pontus: 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
19 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
 
Rei Mitrídates VI (132-163 AC) de Pontus: 
 Obcecado por venenos desde criança. 
 Desenvolveu uma mistura com 36 a 50 ingredientes para 
proteger-se de envenenamentos que ingeria regularmente: 
 Primeiro relato de tolerância desenvolvida. 
 Sua história deu origem ao termo “mitridato”: uma mistura 
protetora composta de baixas doses de toxinas. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
20 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
Salomão 
(972-929 AC) 
 Descreve a embriagues 
alcoólica. 
Vedas 
(incluindo 
Ayurveda) 
(900 AC) 
 Citam-se venenos: 
oleandro (Nerium oleander 
[1]), arsênio, mercúrio, etc. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
21 
[1] 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
Hipocrates 
(400 AC) 
 Medicina racional e princípios 
primitivos de toxicologia. 
Dioscóride
s 
 (50 AC) 
 Primeira tentativa de 
classificação dos venenos. 
 Uso de eméticos em 
envenenamento e agentes 
cáusticos em picadas de cobras. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
22 
História e evolução da Toxicologia 
 Antiguidade: 
Roma 
Antiga 
 Morte por envenenamento e os riscos 
ocupacionais da vida pública. 
 Características epidêmicas dos casos 
de envenenamento (até séc. IV DC). 
Lex 
Cornelia 
(c. 82 AC) 
 Primeira lei contra casos de 
envenenamentos. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
23 
História e evolução da Toxicologia 
 Idade Média e Renascimento: 
Na Itália 
 Arte de envenenar e uso político. 
 Cidades de Florença e Veneza e famílias 
famosas como os Médici (Catherine de 
Médici) e os Borgia. 
 Água Toffana: cosmético contendo 
arsênio. 
França, 
Holanda e 
Inglaterra 
 Envenenamento: ameaça pública. 
 Ponto culminante na França: serviços de 
Catherine Deshayes (mais de 2000 
crianças foram vítimas). 
 Chama Ardente: comissão judicial 
especial criada por Luís XIV). 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
24 
História e evolução da Toxicologia 
 Contribuição da medicina oriental na Idade Média: 
Avicena 
(980-1035) 
 Escreve sobre drogas e suas 
prescrições. 
Maimonides 
(1135-1204) 
 
 
 Filósofo judeu da Idade Média. 
 Descreve como evitar intoxicações e 
prescreve o uso de antídotos. 
 Nota, como Hipócrates, que o leite, a 
manteiga e cremes podem alterar a 
“absorção” intestinal. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
25 
História e evolução da Toxicologia 
 Rudimentos da toxicologia experimental 
 Deu-se desde a Antiguidade, Idade Média até a Idade 
Contemporânea, com a observação de experimentos ou 
acidentes, formando uma bagagem de conhecimento sobre: 
 Noção de potência 
 Especificidade e local de ação 
 Sinais clínicos e sintomas. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
26 
História e evolução da Toxicologia 
 Parte da estrutura atual da 
toxicologia. 
 Todas as substâncias são 
venenos. Não existe 
nenhuma que não o seja. É a 
dose que diferencia o 
veneno do remédio. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
27 
 Paracelso - Philippus Aureolus 
Theophrastus Bombastus von 
Hohenheim (1493-1541) 
 Idade Moderna: 
História e evolução da Toxicologia 
 Corolário de Paracelso: 
1. A experimentação é essencial na exame das respostas de um 
agente químico. 
2. Segue-se a distinção entre propriedades terapêuticas e tóxicas da 
substância. 
3. Estas propriedades são algumas vezes, mas não sempre, 
indistinguíveis, exceto pela dose. 
4. Pode-se concluir com a determinação do grau de especificidade 
da substância e seu efeito terapêutico ou tóxico. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
28 
 Idade Moderna: 
História e evolução da Toxicologia 
 Outras contribuições de Paracelso: 
1. Foco no agente tóxico, entidade química, em oposição ao conceito 
grego de mistura. 
2. Introdução do mercúrio como droga de escolha no tratamento da 
sífilis. 
3. Toxicologia ocupacional: intoxicação de mineradores por metais 
tóxicos. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
29 
 Idade Moderna: 
História e evolução da Toxicologia 
 Idade Contemporânea e a Toxicologia Moderna: 
Orfila 
(1787-1853) 
 
 Pai da Toxicologia Moderna. 
 Primeiro toxicologista a usar o material de 
autópsia e a fazer uma correlação sistemática 
entre agente químico e informações biológicas 
dos venenos conhecidos como prova criminal. 
 Demonstrou os efeitos dos venenos em órgãos 
específicos através da análise dos venenos e do 
dano tecidual associado em material para 
autopsiar. 
 Desenvolvimento de técnicas analíticas para 
detecção de venenos. 
 Base da toxicologia forense. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
30 
História e evolução da Toxicologia 
Magendie 
(1783-1885)  Médico e Fisiologista experimental. 
 Estudo do mecanismo de ação da emetina, 
estricnina e veneno de setas. 
 Pesquisou a absorção e distribuição destes 
compostos no organismo, resultando em um 
clássico da Toxicologia e Farmacologia. 
Claude Bernard 
(1813-1878) 
 
 Discípulo de Magendie. 
 Estudo do curare (veneno de setas). 
 Mecanismo de ação do monóxido de 
carbono. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
31 
 Idade Contemporânea e a Toxicologia Moderna: 
História e evolução da Toxicologia 
Louis Lewin 
(1850-1929) 
 Cientista alemão. 
 Toxicologia do metanol, etanol, glicerina 
e álcoois superiores, do clorofórmio, da 
acroleina, do uso crônico de ópio e de 
alucinógenos alcaloídicos em plantas. 
Rudolf Peters, 
Stocken e 
Thompson 
(1945) 
 Dimercaprol (BAL= British Anti-
Lewisite) – antídoto para gases de guerra 
contendo arsênio. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
32 
 Idade Contemporânea e a Toxicologia Moderna: 
História e evolução da Toxicologia 
 Toxicologia Moderna: 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
33 
História e evolução da Toxicologia 
 Toxicologia Moderna: 
Rachel Carson – 
com o livro Silent 
Spring (1962) 
Exposição dos danos ao ambiente 
causados pelo uso indiscriminado de 
pesticidas (DDT). 
 Uma tecnologia que parece 
inócua pode ter efeitos sérios a 
longo prazo no ambiente. 
 A influência ambiental 
dominante na saúde e bem estar 
do ambiente: são as ações dos 
humanos. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
34 
 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
35 
História e evolução da Toxicologia 
Papiro de Ebers (1500 AC) 
Medicina egípcia 
Vedas (900 AC) 
Medicina hindu 
Hipócrates (400 AC) 
Medicina grega 
Aristóteles (384-322 AC) 
Medicina grega 
Teofrasto (307-256 AC) 
Medicina grega 
Avicena (980-1037 DC) 
Galeno (131-200 DC) Dioscórides (50 DC) 
Maimonides (1135-1204 DC) 
Paracelso (1493-1541 DC) 
Orfila 
 (1787-1853 DC) 
Christison 
 (1797-1882 DC) 
Kobert 
 (1854-1918 DC) 
Lewin 
 (1854-1929 DC)História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
EUA (1929-31) 
Intoxicação coletiva (+ de 20.000 
pessoas) – paralisia. 
Tricresil-o-fosfato utilizado na 
preparação de extrato de gengibre. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
36 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
EUA 
(1937) 
Elixir de sulfanilamida a 
10% em dietilenoglicol 
para tratamento de 
faringite estreptocócica. 
107 mortes. 
Profª Janete Eliza de Sá Soares / Toxicologia / UFC 
37 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Japão (1953) 
Caso da baia de Minamata. Paralisia 
sensorial e motora letal. Mercúrio 
oriundo de resíduos industriais. 
Mercúrio  metilmercúrio em peixes  
tiometil-mercúrio  metilmercúrio-
cisteína nos músculos do peixe 
(bioacumulado). 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
38 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Iraque (1956) 
Intoxicação maciça por farinha de 
trigo: grãos tratados com o fungicida 
etilmercúrio-p-toluenossulfanilida. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
39 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Marrocos 
(1959) 
2.000 pessoas com “paralisia do azeite”: 
consumo de azeite adulterado com 
lubrificante usado em aviões, que contem 
a mistura de tricresilfosfatos. 
Holanda 
(1960) 
16.250 intoxicados com a “enfermidade da 
margarina” alérgica: uso de emulsificante 
de um éster do ácido maléico e glicerina. 
EUA: intoxicação paralítica da margarina 
por papel plastifica que cedeu o-
cresilfosfato à margarina. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
40 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Aleman
ha 
(1961) 
10.000 crianças nascem com 
focomelias: uso da talidomida 
como tranquilizante pelas mães 
gestantes no 3º a 6º mês. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
41 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
EUA 
(1971) 
Mulheres jovens de 14-22 anos com 
adenoma vaginal, cujas mães no 3º mês 
de gravidez tomaram dietilestilbestrol 
(DES). 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
42 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Costa-Rica 
(1970-80) 
1.500 trabalhadores de plantações de 
bananas afetados com infertilidade 
permanente: uso do nematocida DBCP 
(1,2-dibromo-3-cloro-propano). 
Correlação dos efeitos com o tempo de 
exposição. 
Afeganistão 
(1975) 
35.000 pessoas intoxicados por alimento 
contaminado com Heliotropium popovi, 
que contem alcalóides pirrolizidínicos 
causando a síndrome veno-oclusiva. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
43 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Itália 
(1976) 
Escape de tetraclorodibenzo-p-dioxina de 
uma fábrica de produtos farmacêuticos. 
Mais de 5000 intoxicados. Autorização de 
aborto. 
Índia 
 (1977) 
268.000 neuro-intoxicações e porfirinas: 
consumo de farinha de grãos tratados com 
o fungicida hexaclorobenzeno. 
1956 na Turquia: crianças intoxicadas por 
causa do pó de talco. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
44 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Espanha 
(1978) 
200 intoxicações com mortes: 
arsenato de sódio no lugar do 
citrato de sódio em vinho. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
45 
Argentina 
(1980) 
Crianças com acrodinia (parestesia, 
sensibilidade nas extremidades, 
avermelhamento, erupção e esfoliação da 
pele e afecção renal): roupas de uma 
lavanderia tratadas com fenilmercúrio 
como antifungo. 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Espanha 
(1981) 
24.396 pessoas com “síndrome do 
azeite tóxico”: azeite de colza 
(Brassica napus) desnaturalizado com 
anilina. Afecção pulmonar e cutânea e 
atrofia muscular e neuropatia 
periférica. 
Profª Janete Eliza de Sá Soares / Toxicologia / UFC 
46 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Índia (1984) 
Tragédia de Bhopal: 200.000 pessoas 
afetadas e 8.000 mortos. Escape de 30 
toneladas de vapor de metil-isocianato 
em uma fábrica de agroquímicos 
(Union Carbide Corporation). 
Profª Janete Eliza de Sá Soares / Toxicologia / UFC 
47 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Brasil (1986) 
 Contaminação e Intoxicação com 
agrotóxicos, como o metamidofós em 
Ribeirão Preto, mandando aves 
silvestres. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
48 
História e evolução da Toxicologia 
49 
História e evolução da Toxicologia 
 Desastres tóxicos: 
Argentina 
(1987) 
Contaminação de carne com 
praguicida arsenical. 
Uruguai 
(1992) 
118 intoxicações por bromato de 
potássio em padaria e pastelaria. 
Transtornos gastrointestinais, auditivos 
e renais). 
Espanha 
(1992) 
Intoxicação de trabalhadores de uma 
industria textil: produto da reação de 
ácido adípico e dietilenotriamina. 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
50 
 
 O que é a Toxicologia? 
 
 Definição da Sociedade de Toxicologia Americana: 
 
Toxicologia é a disciplina que integra toda a 
informação científica de modo a preservar e proteger 
a saúde e o ambiente da periculosidade apresentada 
por agentes químicos e físicos. 
 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
51 
História e evolução da Toxicologia 
 
 
 
Profª Janete Eliza Soares de Lima / Toxicologia / UFC 
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História e evolução da Toxicologia 
Toxicologia 
Farmacologia 
Genética 
Microbiologia 
Ecologia 
Patologia 
Imunologia 
Epidemiologia 
Higiene Social 
Engenharia 
Estatística 
Fisiologia 
Biologia 
Química 
Bioquímica 
Saúde Pública 
Biologia Molecular 
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 Referências Principais:

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